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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

HOMILIA DA SAGRADA FAMILIA

Sagrada Família, Jesus Maria e José

A Sagrada Família de Nazaré é um ícone de beleza. Leva-nos rapidamente aos sentimentos de pureza, obediência e silêncio. Contudo, a celebração deste dia, no tempo do Natal, não nos deve levar a uma busca moralista de um modelo de família. Uma contemplação idealista, aquela que procura se nortear por um ideal supremo, pode conduzir ao erro de desconsiderar os limites humanos próprios de qualquer história familiar. Pois, onde há ser humano, há conflitos; existem problemas para se resolver ou para se considerar.
Primeiramente os textos nos apontam para as virtudes da vida em família. O primeiro eles é o respeito aos pais, nas palavras do Eclesiástico: “Quem honra o seu pai, alcança o perdão dos pecados; evita cometê-los e será ouvido na oração quotidiana. Quem respeita a sua mãe é como alguém que ajunta tesouros. Meu filho, ampara o teu pai na velhice e não lhe causes desgosto enquanto ele vive. Mesmo que ele esteja perdendo a lucidez, procura ser compreensivo para com ele; não o humilhes, em nenhum dos dias de sua vida” (Eclo 3,4-5.14-15). Hoje vemos o egoísmo invadir as relações. Os mais velhos, tão considerados por sua sabedoria nas sociedades orientais, são vistos no Ocidente, em muitos casos, como pesos, como pedras que precisam ser descartadas. A Palavra de Deus exorta aos filhos para que respeitem e cuidem de seus pais.
Outro elemento fundamental é o amor e o perdão: “revesti-vos de sincera misericórdia, bondade, humildade, mansidão e paciência, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos mutuamente, se um tiver queixa contra o outro. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai vós também. Mas, sobretudo, amai-vos uns aos outros, pois o amor é o vínculo da perfeição” (Cl 3, 12-14; grifo nosso). Este tempo é propício para que examinemos o nosso coração, identificando os rancores. São comuns as histórias de ressentimentos profundos, causados por fatos longínquos entre pais e filhos. O perdão é um remédio terapêutico, pois as dores do passado nos incomodam, trazem tristeza, melancolia, depressão, além de doenças físicas. Também os esposos são convidados a não viver numa submissão passiva, mas compreendendo os limites um do outro, na doação.
O Evangelho nos mostra os primeiros momentos após o nascimento de Jesus. José e Maria, como bons judeus e cumpridores das tradições, vão até o templo para apresentar o menino. Lá encontram dois personagens – Simeão e Ana, que profetizam sobre a criança. Simeão afirma que Jesus seria causa de contradição e ainda que “uma espada transpassaria a alma de Maria”. De fato, ser mãe é inevitavelmente causa de sofrimento. Especialmente no caso de Maria, pois ela viveu a dificuldade de compreender os passos dados pelo seu filho. Junto com José, formaram uma família humilde, que viveu do esforço árduo do trabalho em um clã de um lugarejo desconsiderado. Desde a infância do Salvador Menino, seus pais enfrentaram dificuldades que muitas das famílias também suportam nos dias de hoje. Sinal importante de que constituir família significa uma luta árdua para que os filhos cresçam com dignidade.
E Jesus crescia “em estatura, sabedoria e em graça”. Não bastava a Ele o mero crescimento físico, mas foi ajudado por seus pais e parentes a crescer no sabor das coisas da vida e na graça de seu Pai Eterno. Hoje a sociedade compele os pais a darem sustento e educação direcionada ao mundo do trabalho, visando uma boa condição financeira no futuro dos infantes. O exemplo da Sagrada Família é uma inspiração para que se considerem os valores, a formação na fé e até o lazer criativo na educação dos filhos.


Um feliz 2015 a todos!

Pe. Roberto Nentwig

"Basta-te a minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força!"
(2Cor 12,9)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

HOMILIA DO DOMINGO - ADVENTO 2014 - ANO B

4º. Domingo do Advento - Ano B

“Por que acreditar no poder da graça de Deus, quando me percebo tão dono de mim, tão capaz de realizar tantas coisas?” Esta foi, logo no início do Gênesis, a presunção de Adão no seu desejo de ser como Deus, de se colocar no lugar do próprio Criador. O pecado de Adão é repetido pela sua descendência ao longo dos séculos.

Percebe-se hoje que Deus é uma lacuna, mesmo quando o Natal se aproxima. Os jornais ainda falam de Jesus, mas como um adendo, um acessório. O que importa para a mídia nestes tempos são as luzes, as cores, os presentes... Então o drama do pecado original se perpetua: Adão ainda se acha presunçoso, auto-suficiente. Deus é eclipsado, sem escrúpulos.

Mesmo um homem religioso como Davi, quis construir uma casa para o Senhor, achando-se o principal ator da obra. Paradoxalmente, para agradar a Deus, esqueceu-se do próprio Deus. O Senhor, que dobra os poderosos, mostrou por intermédio do profeta Natã que Ele mesmo construiria uma casa para o seu povo, e já havia começado, pois tinha percorrido toda a trajetória do rei, exterminando os inimigos, vencendo batalhas e tornando-o grande.

A história de Davi, na primeira leitura, revela que o advento é uma espera. O Senhor que vem é um dom, não uma posse. É fruto da bondade de Deus, de um amor gratuito, não fruto de nossos esforços. Deus continua vindo e continua nos pedindo apenas a abertura do coração, o espaço para ter onde nascer e habitar, o sim do ser humano. Não deseja habitar nos templos de pedra suntuosos, nem nos shoppings, mas no coração de cada ser humano. Prefere as construções vivas às pedras frias. Quando descobrimos nossa verdadeira humanidade, então Deus encontrou sua morada.

Foi este “aceito” que o Senhor pediu a Maria ao perguntar: “Posso entrar?” E a resposta, duvidosa no início, foi: “Pode, mas como?” A réplica do Anjo não deixa oportunidade para maiores defesas: “Para Deus nada é impossível!” Mais uma vez, Deus no pede uma abertura e uma confiança no poder de Deus, uma confiança na gratuidade. Mais uma vez ele se faz morada, arma a sua tenda, basta que acreditemos e aceitemos o seu amor, que façamos a nossa parte, que digamos o nosso sim.

O Senhor não arromba a casa, mesmo sendo dono. Ele construiu a casa, deu-nos de presente e depois pediu para entrar. Só o amor é capaz de fazer tanto. Maria deixou o Senhor entrar, em nome de todos nós. Agora, ao longo dos séculos, convida homens e mulheres a repetir o seu “sim”.

O seu sim à graça já estava explicito na saudação do Anjo, pois Maria recebeu, de início, um nome novo: “Cheia de graça”. Em grego a expressão “Kechariteméne” tem a raiz na palavra cháris = graça, amor, simpatia, favor, charme... O tempo verbal empregado denota uma ação já realizada. Portanto, Maria foi objeto da ação do Espírito Santo, foi-lhe comunicado o Espírito e agora é para sempre. Ela é antecipadamente repleta do “charis”, ou seja, Maria é já antecipadamente agraciada, escolhida e isenta de todo o pecado, pois é plena da graça. Onde a graça é transbordante, não há espaço para o pecado.

O anjo disse “Alegra-te”. Nós dizemos “Ave Maria”. Na oração cotidiana e por vezes irreflexiva, parece uma simples saudação, mas na verdade é uma palavra que convida à alegria. Tal alegria é a manifestação dos tempos messiânicos (como em Sf 3,14-17; Jl 2,21-27). É uma alegria que brota do fato de Maria ser a mãe de Deus, a agraciada. Deus é conosco e habita em nosso meio, portanto, não cabe mais o medo e a hesitação.

Neste tempo que antecede a vinda do Salvador, somos convidados à alegria. Não basta a alegria das férias, das festas, dos presentes, das cores, mesmo da emoção da família reunida. Tudo isso é apenas sinal. Nossa alegria está no fato de que o Senhor é graça e quer estar conosco. Nossa alegria está na confiança de que o Senhor não só veio, mas continua vindo em nosso socorro, convidando-nos a viver em seu amor! Alegra-te, o Senhor está contigo, veio trazer a sua graça transbordante! A resposta fica por conta de cada um de nós...

Pe. Roberto Nentwig

"Basta-te a minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força!”
 (2Cor 12,9)

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

É NATAL!


Que neste natal haja...

Paz na terra, entre todos os homens de boa vontade. 
Paz àquele que anseia crescer, evoluir, entender.
Paz àquele que deseja em cada pensamento, em cada atitude, melhorar.
Paz àquele que busca dentro de si entendimento e aceitação,
Paz àquele que estende a mão a procura de bênçãos.
Paz àquele que abençoa com alegria e pureza de coração.
Paz àquele que em um sorriso traz calma e tranqüilidade.
Paz àquele que procura ensinamentos e que esteja em oração.
Paz àqueles que abrem seus corações em luzes puras,
amorosas, que envolvem a terra e permitem abrandar os aflitos...
Paz enfim Senhor, a todos os seres que habitam este universo...
Que a luz traga a todos os homens a fé renovadora,
a força e a coragem.
Que se unam em pensamento todos os de boa vontade.
E que nesta noite busquem a Paz.


Catequistas em Formação


Feliz Natal e um Ano Novo repleto de bênçãos!!

domingo, 7 de dezembro de 2014

A catequese se faz com as mãos...

Mais um ano que finda! E com este final sempre vêm sentimentos de realização por tudo de bom que fizemos e certa tristeza por aquilo que deixou de ser feito. Mas, não finda nunca a nossa esperança em realizar mais ainda nos anos vindouros.

A Catequese de nossa paróquia neste ano, com a graça de Deus, alcançou algumas realizações que são sonhos ainda, em outros lugares. Estamos dando os primeiros passos para uma catequese de verdadeira iniciação cristã, envolvente e mistagógica.

Começamos com a implantação dos Ritos de Entrega nas Celebrações. Quem não lembra o quão lindo e emocionante foi a Entrega da Oração do Pai Nosso nas mãos dos catequizandos do 2º Tempo; ou a Entrega dos pergaminhos com a Profissão de Fé (Creio) aos catequizandos do 3º Tempo? Pais passando às mãos dos seus filhos o mais belo tesouro da nossa fé. São ritos históricos de uma evangelização que marca nossa Igreja há séculos e que agora foram resgatados como passagens marcantes na vida de fé das crianças e dos pais.

Este ano tivemos também, nos primeiros meses do ano, nossa Catequese de Iniciação, o chamado “querigma”, com três meses de encontros com as famílias e os catequizandos que ingressam no primeiro tempo de preparação à Eucaristia. Foram nove encontros realizados aos domingos de manhã envolvendo crianças, pais, mães, irmãos, avós e até amigos dos nossos catequizandos. Sem dúvida um tempo privilegiado de conversão que culminou com a acolhida aos catequizandos em maio, início do nosso “ano catequético”. Nesta celebração, nossos catequizandos recebem também, das mãos dos seus pais, a Bíblia, Palavra de Deus que os acompanhará em todos os cinco anos de catequese e pela vida afora. Esperamos com expectativa o início de 2015 para retornamos com este projeto.
Além da acolhida dos novos catequizandos, em maio tivemos uma grande Gincana Catequética, envolvendo todos os catequizandos numa divertida e competitiva manhã de sábado. E foi pelas mãos de nossos catequistas que este evento aconteceu.

Igualmente marcante, foi o segundo Workshop da Bíblia, realizado no final de setembro como fechamento do Mês da Bíblia, com a participação e envolvimento de todas as turmas da catequese. Uma exposição realizada no Centro de Pastoral mostrando todo o trabalho que é feito com a Palavra de Deus e o quanto é importante valorizá-la. Tivemos também o Terço com os catequizandos do 3º Tempo, onde, a muitas mãos e corações, as dezenas foram construídas.

E foram vários eventos festivos marcando e dinamizando a catequese. Tudo feito a quatro, seis, dez, vinte... Muitas mãos. Mãos da coordenação, envolvida e comprometida; mãos do nosso pároco, sempre apoiador da catequese; mãos das nossas lideranças e demais pastorais, parceiras na evangelização; mãos dos nossos (as) catequistas, incansáveis e abnegados; mãos das nossas famílias e mãos dos nossos catequizandos; sempre lembrando que “onde dois ou mais estiverem reunidos, ali estarei com eles” (Mt 18,20).


E é com esta “Coroa de Mãos” que finalizamos o ano. Símbolo do Advento e da espera de Cristo Salvador, nossa coroa não poderia deixar de ser feita de “mãos”. Pequenas e quase grandes mãos dos nossos catequizandos, recortadas em verde, símbolo da vida e da esperança em tempos melhores.

Uma feliz “espera” do Salvador a todos! Que nossas mãos se juntem novamente em preces e ações no ano novo que vem aí!

Ângela Rocha

Pastoral Catequética

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

VAMOS VIAJAR! FÉRIAS, PRAIA... TEM COISA MELHOR? MAS, CUIDADO!

Chega o verão e junto com ele muitas coisas boas acontecem. É hora de arrumar as malas e viajar com a família e os amigos, curtir uma boa praia e festejar o tão esperado Natal e Ano Novo. Algumas dicas para você se divertir no verão sem se esquecer de alguns cuidados importantes.

Mantenha-se sempre hidratado, beba no mínimo 2 litros de líquido por dia, preferencialmente água, água de coco e sucos naturais. As crianças e os idosos são mais vulneráveis à desidratação e merecem atenção redobrada. Evite bebidas alcoólicas, pois ressecam e desidratam.


Coma alimentos leves e ricos em água, como frutas, legumes, saladas e vitaminas. Coma pouca carne. Evite alimentos gordurosos. Fracione a quantidade de alimentos em 4 ou 6 refeições durante o dia. Evite longos períodos em jejum. Evite o consumo diário de alimentos industrializados. Reduza o consumo de sal e açúcar refinado. Tome cuidado com os alimentos, pois no calor eles estragam mais rápido e podem causar intoxicação alimentar.


Evite ou diminua a exposição solar no horário das 10h às 16h, quando o sol é mais forte. Use um protetor solar, refazendo a aplicação a cada 2 horas, ou após nadar ou suar em excesso, durante o tempo em que permanecer ao sol. Evite o bronzeamento artificial, a luz ultravioleta emitida por lâmpadas causa queimaduras semelhantes à solar, envelhecimento precoce e aumentam o risco de desenvolver câncer de pele.

Facilite a transpiração, usando roupas folgadas, de tecidos leves e claros. Inclua chapéu ou boné no figurino, para proteger o rosto e os cabelos. Use óculos escuros, com proteção ultravioleta total para evitar queimaduras da córnea e da retina, que causam lesões irreversíveis. Mantenha crianças e idosos protegidos do sol, usando protetores solares e expondo-as em horários favoráveis.

Faça atividade física e dê preferência aos extremos do dia (pela manhã até as 10 horas e a tarde após as 17 horas). Um corpo esteticamente adequado é a consequência natural de um programa de atividade física bem conduzida ao longo dos anos e não de um período curto de dois ou três meses. Sempre que possível, diminua a frequência e a intensidade do esforço físico quando o dia estiver muito quente.  Lembre-se de hidratar-se a cada 20 minutos.

Use o cinto de segurança, respeite os limites de velocidade e se beber NÃO DIRIJA EM HIPÓTESE ALGUMA.

Se você possui algum problema crônico de saúde, não esqueça as medicações e mais do que isso, siga rigorosamente as orientações do seu médico.


Se tiver algum problema e precisar de atendimento, alguns contatos do litoral do Paraná:

ATENDIMENTO EM GUARATUBA:
AMEL - Assistência Médica de Emergência do Litoral (41)3472-2373 - Rua Dr João Cândido, 647

ATENDIMENTO EM  MATINHOS:
CLÍN MÉDICA SÃO FRANCISCO DE ASSIS (clínica médica, fisioterapia, gastroenterologia, nutrição, otorrinolaringologia, psiquiatria, psicologia, radiologia, urologia, pediatria, ginecologia e otorrino) - (41)3453-1072, R.Juscelino Kubitschek de Oliveira, 200.

ATENDIMENTO EM  PARANAGUÁ:
EMERGENCIA HOSPITALAR – Hospital Paranaguá - (41)3721-8000 Rua Nestor Vitor, 222.


BOAS FÉRIAS! BOM VERÃO!

Fonte: Dicas do Saúde Caixa.