1-
Introdução
A Bíblia retrata o itinerário da
fé de um povo, por isso, é nela que buscamos luz e inspiração para todo o
processo da evangelização e da catequese, sobretudo quando se trata dos adultos.
Mas para trabalhar de forma adequada, faz-se necessária uma sólida formação
bíblica tanto do/as catequistas e outras lideranças de base, quanto dos seus
formadores. Isto supõe que se conheça e leve à prática, na formação e na
catequese, os avanços no campo da hermenêutica bíblica (métodos de abordagens e de interpretações já assumidos e recomendados
pelo Magistério).
A Palavra de Deus, tal como encontramos na Bíblia é o
coração da Catequese. A catequese nasce da Palavra de Deus nas Sagradas
Escrituras. Na Igreja a partir do Vaticano II a Bíblia recuperou o lugar que
nunca devia ter perdido.
A fonte na qual a catequese busca
a sua mensagem é a Palavra de Deus. A catequese há de haurir sempre o seu
conteúdo na fonte viva da Palavra de Deus, transmitida na Tradição e na
Escritura (CT 27). A Bíblia ocupa lugar especial: nela, a Igreja reconhece o
testemunho autêntico da Revelação divina. É o livro de catequese por
excelência; os textos catequéticos lhe servem de complementação” (TM, 24). O Documento de Catequese
Renovada recorda que os manuais de catequética não devem substituir a leitura
da Bíblia, o livro da catequese por excelência da catequese, mas orientar para
ela (CR nº 154; DNC nº 104).
2-
Dificuldades
mais freqüentes dos catequistas em relação à Bíblia
O catequista como o fiel ouvinte da Palavra é considerado o
ministro da Palavra. Aquele que tem a missão de fazer ressoar a Palavra de Deus
em todo lugar. É aquele e aquela que acompanha, que introduz os catequizandos
na escuta da Palavra. Neste caminhar o catequista encontram-se algumas
dificuldades como:
Falta de preparação
É muito comum entre os catequistas a falta de preparação,
experiência e conhecimento das Escrituras. Ele não é um exegeta, um especialista nas ciências
Bíblicas. Porém sabe que deve ser um bom leitor e conhecedor das escrituras
e procura ser um excelente comunicador da fé. A Bíblia deve ser para o
catequista algo como sua casa, sua família. Porém, como fazer para que o
catequista cresça na familiaridade com a Bíblia? Como
capacitá-los?
Linguagem distinta
Como ouvinte e servidor da palavra, o catequista deve
perceber o mistério de Deus revelado na história humana e transmití-la numa
linguagem que fale ao coração humano. Levar os catequizandos a descobrir a
proposta da mensagem que a palavra traz para cada um. Percebe-se um distanciamento
entre o modo de falar da Bíblia e a maneira como o catequista transmite aos
seus catequizandos. O que fazer para entender a linguagem da Bíblia?
Formas de pensar
diferentes
A maneira de pensar dos catequistas, homens e mulheres de
hoje é muito distinta da forma do pensar que encontramos na Bíblia. Há muitas
palavras, símbolos na Bíblia que correspondem a seu tempo, aos povos e culturas
da época em que surgiu tal livro e que na maioria das vezes não traz nenhuma
mensagem a cultura e a realidade do povo nos seus diversos lugares. Como
entender a maneira de pensar que está por traz de um texto?
Ambientes diversos
Percebe-se uma grande dificuldade em descobrir o ambiente em
que nasceu o texto. O povo da Bíblia era um povo profundamente religioso, de
tal forma que não podia entender nada sem fazer a relação com Deus. O sagrado
estava presente em todas as manifestações de sua vida. Sempre estava em relação
com o divino, o ambiente campesino ou pastoril. A presença do divino estava em
toda parte (Sl 139). Porém hoje os ambientes onde se escuta e transmite a
Palavra é muito distinto do ambiente de onde originou tal texto. O que fazer
para aproximar o ambiente da Bíblia com o ambiente de hoje? O desafio do
catequista e da comunidade catequizadora é o de buscar a atualização e a
formação.
Outras dificuldades
Leitura utilitarista. A leitura ao pé da letra
(fundamentalista). Muitas vezes acham que a Bíblia é um livro muito difícil de
entender e recorrem somente àqueles textos consideram de maior facilidade. Há
um grande crescimento da leitura liberalista da Bíblia. Como motivar os
catequistas para a leitura adequada da Bíblia?
3-
CRITÉRIOS
PARA A LEITURA DA BÍBLIA NA CATEQUESE
v
Crer que
Bíblia é a Palavra de Deus e Palavra da vida
· Esta fé é o ponto de partida para a leitura fiel da
Bíblia
· É a porta de entrada que faz compreender que a Bíblia
é Palavra de Deus, é inspiração de Deus, “ Toda Escritura é inspirada por Deus e
útil para instruir, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim
de que o homem de Deus seja perfeito, qualificado para toda boa obra (2 Tm 3,
16-17).
· A Bíblia é a Palavra de Deus: Por ser Palavra de Deus
ela tem autoridade sobre os leitores e ouvintes dela mesma; é regra da nossa fé
unida a Tradição; está na raiz da vida da Igreja que nasce e alimenta –se nela;
tem uma força especial para realizar o que transmite; comunica o Espírito Santo
a quem lê com fé; está na comunidade para que os pastores (Magistério) vivam
segundo a palavra. Como recomenda Tiago “ Tornai-vos praticantes da Palavra e não
simples ouvintes, enganando-vos a vós mesmos (Tg 1, 22).
v
É Palavra
de Deus em linguagem humana
· O Concilio Vaticano II nos recorda que nas Sagradas
Escrituras Deus falou de modo humano, através de homens e mulheres. Porque é a
única linguagem que os homens e mulheres podem entender. Uma linguagem com
todas as possibilidades e limitações. Como afirma a Dei Verbum, “A Bíblia é Palavra de Deus em linguagem humana, pois Deus
se revelou bem por dentro de nossas lutas e sofrimentos, alegrias e conquistas,
virtudes e pecado (cf DV 2)”.
· Desde o momento da Criação e Encarnação Deus se fez
um como nós para falar em linguagem humana. Para entender a linguagem das
Escrituras faz-se necessário entender a linguagem humana: o modo de falar, os
costumes, a cultura, ritos...
v
Deus se
revela na Palavra e na Escritura
· Antes de ser um conjunto de verdades (dogma de fé) a
Sagrada Escritura é a manifestação plena da vida, da graça, do amor e da
misericórdia de Deus para com seus filhos e filhas.
· Na Bíblia encontramos a presença amorosa de Deus, que
experimentamos com força libertadora na história da humanidade.
· Sua manifestação se faz a partir de um processo
gradativo, tanto no Primeiro como no Segundo Testamento.
v
Jesus é a
chave para compreender a Escritura
· Jesus é a promessa, cumprimento e plenitude da
revelação. Todos os livros das Escrituras nos falam de Jesus Cristo como o
centro da promessa anunciada. A comunidade joanina faz esta referencia quando
diz: “ Vós perscrutais as Escrituras porque julgais ter nela a vida eterna;
ora, são elas que dão testemunho de mim (Jo 5, 39)”.
· Os cristãos buscam na Bíblia conhecer e seguir uma
pessoa chamada de Jesus de Nazaré, o Cristo da nossa fé. O homem nascido de uma
mulher (Gl 4, 4-5).
· Em diversas passagens das Escrituras encontramos a
referência de Jesus como o cumprimento da profecia revelada. Isso significa que
Jesus é a chave para entender as Sagradas Escrituras. São Jerônimo afirma isto
ao dizer que: Ignorar as Escrituras é ignorar a Cristo.
v
Ter a
Bíblia como livro da Comunidade-Igreja
· Este critério da Igreja-Comunidade tem muito valor. A
Bíblia é um livro comunitário. Nasce na comunidade e está dirigido a uma
comunidade. O leitor pode até fazer a leitura pessoal, mas o faz como parte
integrante de uma comunidade de fé.
· A tarefa de interpretar a Sagrada Escritura é uma
tarefa comunitária e nunca individual. Isto é, o leitor está diante de um texto
com uma tarefa comunitária.
· A Palavra da Bíblia há de ser bem proclamada, lida,
celebrada e vivida sempre na comunidade de fé cristã.
v
Ler a
Bíblia aplicando os critérios da fé da Igreja
· É muito importante reconhecer que os textos e livros
da Escritura não são umas séries de pedaços fragmentados, mas sim, um conjunto
harmonioso que tem uma unidade literária. Por isso, se entende melhor a Bíblia
quando colocamos cada livro, cada capítulo, cada texto e cada versículo dentro
do seu conjunto, onde cada detalhe se explica com o todo.
· Outro critério valioso é levar em conta a Tradição
viva da Igreja, ante, durante e depois da escrita. A Escritura é resultado de
muitas experiências humanas e de muitas gerações que ao longo do processo foram
narrando oralmente, aos poucos colocando por escrito, interpretando,
transmitindo e atualizando em cada época.
· A leitura da Bíblia deverá ser feita sempre dentro do
conjunto e integridade da fé professada, para tornarmos mais seguras na fé.
v
Ler a
Bíblia com os olhos da Realidade do povo
· Primeiro, por os olhos na realidade do povo em que o
texto foi escrito: Israel com seus costumes, crenças, organizações, problemas,
experiências... Isto ajudará o leitor a entender porque de tal escrito diz tal
coisa e desta maneira.
· Segundo, com os olhos na realidade do povo que lê a
Bíblia, pois sua situação é muita parecida com a do povo da Bíblia. Deus segue
chamando e esperando, acompanhado e convocando o povo e hoje, os homens e
mulheres para encontrar-se com Ele e dar sentido a vida. O Deus da Bíblia e do
povo da Bíblia se parecem muito com o Deus de hoje e o povo de hoje.
v
Ler a
Bíblia em ambiente de oração
· Se a Bíblia deve ser lida com a fé da Igreja, uma das
experiências mais harmoniosa é sem dúvida, a oração pessoal, comunitária e
litúrgica. Isto quer dizer que, ao ler a Escritura toda nossa vida está
envolvida na vida de Deus. Sua Palavra se encontra com nossa palavra para
entrar em diálogo. Sua
verdade entra em choque com nossas inverdades. Sua misericórdia com nossa
dureza de coração. Um método que deu certo e está se espalhando é o Método da
leitura Orante da Bíblia.
· Assim a Sagrada Escritura é como um espelho donde reflete
nossa relação e fidelidade a Deus, a nós, ao mundo e a nossa história. Uma boa
leitura das Escrituras que começa e termina em oração é a forma mais segura de
avançar no caminho da conversão.
v
Toda
leitura e Interpretação das Escrituras devem ser em função da catequese e da
Evangelização.
· Encontrar-se com a Palavra Bíblica é converter-se em testemunho que anuncia com a vida a
Boa Notícia de Deus. O corpo leitor no contato com o corpo texto torna-se um
corpo que evangeliza e se deixa evangelizar. A ação de Deus na vida pessoal se
prolonga como ação Deus na vida da comunidade.
· O encontro não pode ser de outro modo. Pois como a
mulher samaritana (Jo 4), Zaquel (Lc 19, 1-11) e tantos outros exemplos que o
encontro com a Palavra se transforma em ação.
4-
Presença da catequese na Escritura e
da Escritura na catequese
Afirmar que a Bíblia é fonte por
excelência da catequese é reconhecer esta palavra escrita, como Palavra de Deus
e da Vida. No princípio diz a Bíblia, que Deus com sua palavra criadora modelou
e organizou todas as coisas em seu devido lugar (Gn 1, 1-2).
A Escritura é fonte e princípio da
revelação de Deus. A catequese tem a missão de fazer ressoar na vida dos
catequizandos a Palavra revelada.
A Escritura, Palavra de Deus e palavra humana, são consideradas, como um
manual de catequese uma vez que a catequese foi dando forma a Tradição escrita.
Sabe-se, pela Tradição, que a Palavra de Deus (Tradição oral e escrita) é o
ponto central da vida da comunidade que, no exílio e, sobretudo, após o exílio,
passa a ser lida, relida e atualizada em vista da organização do povo, em
resposta ao Deus da Aliança.
O processo de transmissão
consistia num núcleo fundamental para a exegese hebraica. Esta Tradição oral,
ensinamento foi sendo transmitida de geração em geração. Este
processo podemos chamar de catequese. Para a Igreja a Escritura junto com a
Tradição viva é norma suprema da fé, fonte principal e anúncio de vida.
Qual a relação entre Bíblia e Catequese.
Origem comum: Nasceram juntas. Hoje podemos dizer que a Bíblia é
fonte da catequese, assim como a catequese, de alguma forma foi também fonte da
Bíblia. Antes da Bíblia se tornar escrita, foi anunciada, contada, narrada, uma
verdadeira catequese na comunidade de Israel e nas comunidades cristãs. Os
sábios e hagiógrafos, movidos pelo Espírito Santo (inspiração) e percebendo as
necessidades das comunidades, colocaram por escrito os ensinamentos, o plano de
Deus para seu povo. Assim, a Bíblia se torna livro escrito inspirado, tornando
a fonte da catequese. Hoje é notável esta presença da bíblia na catequese,
assim como, a relação recíproca entre as ambas.
Finalidade comum: Tanto a Bíblia como a catequese tem a mesma
finalidade. A Bíblia não é um depósito de idéias e nem um livro de doutrinas. É,
sobretudo, a manifestação escrita do ato vivo de Deus, que se comunica sem
cessar as pessoas. Assim, também a catequese. Antes de ser um conjunto de
doutrinas, é a manifestação do amor de Deus sempre presente na vida humana. Transformar,
iluminar e comprometer a vida dos que recebem a Palavra é exatamente o que
busca tanto a bíblia como a catequese.
Mensagem comum: A mensagem da Bíblia é exatamente o mesmo que a
catequese. Tanto para uma como a outra os grandes temas que lhes envolvem são:
v
O Deus vivo, encarnado na história. Tem uma vida de
intimidade chamada comunidade de amor (Trindade);
v
A pessoa humana, homem e mulher, com seu mistério,
sua vocação e sua missão no mundo e na história;
v
O mundo, tarefa da pessoa e espaço de sua convivência
e responsabilidade. Lugar do estabelecimento das relações fraternas;
v
A história, lugar da intervenção gratuita de Deus e
da resposta das pessoas;
v
A comunidade (Israel, a Igreja), sacramento vivo de
Deus, povo santo, família de Deus, povo da palavra;
v
O Reino, presença misteriosa, permanente e
transformadora de Deus no mundo, na história e no coração humano;
v
O seguimento de Jesus, as bem-aventuranças e os
valores centrais do Evangelho;
v
O testemunho e compromisso com o serviço dos irmãos;
v
O sentido que tem a vida humana;
v
A vida da fé, esperança e amor fraterno;
v
A necessidade do diálogo com Deus por meio da oração
pessoal, comunitária e litúrgica;
Pedagogia comum: a pedagogia é a forma como Deus se relaciona se
comunica e liberta as pessoas. Para a catequese não há outra pedagogia que a
pedagogia de Deus usada por Jesus para revelar-se aos homens e mulheres de
ontem e de hoje. A pedagogia de Deus destaca o valor da pessoa humana em
primeiro lugar.
5-
Como ler as Escrituras na Catequese
Há muitas formas de ler
as Sagradas Escrituras na catequese. Porém, Métodos e procedimentos são
caminhos através dos quais podemos ler um texto bíblico e não devem ser
absolutizados. O Diretório Nacional de Catequese lembra-se de dois objetivos na
leitura da função da Bíblia na catequese:
a)
Formar comunidade de fé.
b)
Alimentar a identidade cristã.
5.1- Critérios metodológicos
Todos
os textos da Bíblia têm um valor próprio e especial e por isso foram
conservados ao longo de tanto tempo, e a Tradição os considerou inspirados. É
necessário descobrir esses valores presentes nos textos e deixar que eles
iluminem nossa vida. O texto requer sempre uma atenção especial. Às vezes é tal a ânsia de se servir dele para
expor as próprias idéias, que não se presta atenção ao que ele tem a dizer.
Requer empenho para que pequenas dificuldades com o texto não distraiam da
mensagem fundamental que a Bíblia traz: o
mistério da vida, da história, do Deus sempre imprevisível. Esse critério
ajudará na leitura da Bíblia a superar os riscos de uma leitura fundamentalista, isto é, a impossibilidade de perceber as
riquezas incontáveis da Palavra de Deus.
O povo ama a Bíblia e gosta de ouvir o que diz a Palavra de Deus na liturgia, em grupos ou na oração pessoal. A Palavra de Deus é exigente, mas traz também estímulo, confiança, alimento para a fé. Ela é fonte de alegria mesmo em momentos difíceis. Os métodos exegéticos possibilitam uma melhor compreensão do texto bíblico. O importante é chegar à meta: ouvir o que Deus quer nos dizer. Ler um texto bíblico é aprofundar o sentido da vida. A própria Bíblia é uma mediação para a sublime revelação divina. Quanto
mais experiência de vida e vivência de fé, mais a pessoa penetra a mensagem
bíblica. O importante mesmo é o posicionamento do leitor: lemos a Bíblia como a
lê a nossa Igreja: na perspectiva doutrinal, moral e
evangélico-transformadora... a partir dos desamparados nos quais Deus quer ser
servido. A leitura da Bíblia não é mera questão de técnicas: é uma opção de
vida, fruto do dom do Espírito (cf 1ª Cor 2, 1-16; Rm 11, 33-36).
5.2- Função do Método
1.
Perceber na comunidade e na sociedade a presença de
Deus;
2.
Buscar compreender o Deus revelado na Bíblia como o
Deus da Vida;
3.
Interpretar a vida à luz da Bíblia;
4.
Conhecer e viver intensamente o Projeto de Deus.
5.3- O método recorre às ciências para compreender o texto bíblico:
Para
procurar responder as questões: Quem escreveu o texto? Para quem? Quando? Onde e Como? Método e os subsídios didáticos a serem utilizados na
leitura Bíblica e na Catequese estão a serviço da interação fé e vida:
aproximação, assimilação e vivência da Palavra de Deus e dos ensinamentos da
Igreja, e a serviço das pessoas para que se encaminhem para a maturidade na fé,
sejam ativos na Igreja e evangelizadores eficientes na missão. O uso de um bom
método garante a fidelidade ao conteúdo.
- Leitura Orante da Bíblia / Lectio Divina;
- Leitura da Bíblia nas comunidades;
- Leitura Libertadora / Popular;
- Leitura Histórico-Crítica;
- Leitura dos quatros lados (sociológica)
De
forma: Apologética, Utilitarista, Oportunista, Fundamentalista,
Intimista, Intelectualista,
Desencarnada, como horóscopo. A Bíblia deve permear a ação catequética
evangelizadora no seu todo, mas ainda assim precisa de um trabalho específico.
Dois blocos de indicações:
Impulso
ao Serviço de Animação Bíblica e a Bíblia como alma de toda ação evangelizadora.
5.5- Serviço de Animação Bíblica
Ø
Conhecer e articular as forças já existentes;
Ø
Investir na formação bíblica dos catequistas e de
todos os cristãos;
Ø
Investir na atualização dos presbíteros;
Ø
Dialogar com os movimentos e pastorais;
Ø
Difundir e valorizar a prática da leitura orante da
Bíblia (Leitura, Meditação, Oração e Contemplação);
Ø
Valorizar a tradição da Liturgia das Horas;
Ø
Incentivar círculos bíblicos e/ou grupos de reflexão;
Ø
Cuidar da composição de cantos;
Ø
Vivenciar uma eclesiologia de comunhão e
participação...
5.6-
Atividades e atitudes que envolvem a educação para a leitura bíblica na
catequese
ü
Docilidade ao Espírito, unindo leitura e oração, fé e
vida;
ü
Sintonia com a Igreja;
ü
Preparação cuidadosa das homilias;
ü
Valorização do texto bíblico na liturgia (leituras do
Lecionário);
ü
Divulgação de esquema básico de história bíblica
(linha do tempo);
ü
Respeito à condição sagrada do texto;
ü
Parceria com as Igrejas cristãs para o estudo
ecumênico da Bíblia;
ü
Respeitar a situação dos destinatários: caminhada
processual;
ü
Criação, na paróquia, de uma biblioteca popular;
ü
Revisão dos textos de catequese;
ü
Valor da Bíblia por si mesma e não como mero
instrumental para...;
ü
Valorização da Bíblia como fonte fundamental da
evangelização;
A
leitura Bíblica deve nos tornar pessoas humanas, fraternas e capazes de
construir um mundo melhor. Tornar o leitor capaz de confiar na Palavra como
força para transformar vidas, animar esperanças, alimentar a fé e como caminho
de realização do Plano de Deus.
Texto organizado por Ir. Maria Aparecida Barboza
Teóloga e doutoranda em Sagradas Escrituras
pela PUC-RIO
Outras fontes pesquisadas
1-
MERLOS,
Francisco A. Cómo leer la Bíblia con ojos de
Catequista. Editorial Nueva Palabra. México, 2004.
2-
CNBB.
Crescer na Leitura da Bíblia. Coleção
de Estudos da CNBB, no 86. Paulus,2004.
3-
_________.
Ler a Bíblia com a Igreja. Comentário
Didático Popular à Constituição Dogmática Dei Verbum. Coleção Projeto Nacional
de Evangelização. Paulus e Paulinas, 2004.
4-
Sagradas
Escrituras: Tradução Jerusalém e CNBB
5-
Diretório
Nacional de Catequese
Muito bom, vou salvar pq isto é ensinamento para vida!!!!!!
ResponderExcluirDe fato Deia, é uma preciosidade! E aí? Está acompanhando a gente no Facebook também?
ExcluirComeçando com pé direito!
ResponderExcluirSem dúvida! Que a Palavra de Deus nos conduza!
ExcluirVou copiar e passar pra nossas catequistas!
ResponderExcluirÉ muito bom o texto mesmo, Helena! Vou colocar mais conteúdos do curso de catequética pra vocês. Um abraço!
ExcluirMuito bom o texto!
ResponderExcluir