Parece
que cada vez mais, diminui o número de catequistas nas paróquias. Será que está
diminuindo também o número de catequizandos?
Se
formos pelas estatísticas do número de católicos no mundo, o número deveria diminuir
na mesma escala. Mas parece que não é o que acontece. Mesmo com a queda de
73,6% para 64,6% no percentual de brasileiros que se declaram seguidores da
religião católica nos últimos dez anos, parece que ainda temos muitas famílias
procurando catequese para seus filhos. Há que se louvar isso, no entanto,
estamos com sérios problemas quanto a novas “vocações” e chamados para a missão
de catequizar. Faltam catequistas para tantas crianças.
Por
que será que tem tantas crianças para evangelizar e tão poucos evangelizadores?
A gente encontra catequistas com turmas de até 40 catequizandos.
Vamos
só fazer umas contas....
Quarenta crianças representa pelo menos mais 80 adultos (pai e mãe), isso contando só quem tem filho na catequese. E nenhuma destas pessoas se importa que a pobre da catequista tenha que evangelizar 40 crianças de uma vez?
Vamos estender nossas contas. A catequese é feita por “etapas” que são distribuídasem anos. Mesmo
considerando o menor tempo possível, ainda assim teríamos pelo menos mais uma
turma de Crisma: Mais quarenta crianças, mais 80 pais. Vamos considerar então
que esta é uma comunidade pequena. Se assim for, ela deveria ser bem mais
“unida”. Pequenos grupos tendem a ter um grau maior de solidariedade.
Quarenta crianças representa pelo menos mais 80 adultos (pai e mãe), isso contando só quem tem filho na catequese. E nenhuma destas pessoas se importa que a pobre da catequista tenha que evangelizar 40 crianças de uma vez?
Vamos estender nossas contas. A catequese é feita por “etapas” que são distribuídas
Observa-se
então que entre a comunidade catequética, constituída por pelo menos 160
pessoas, só DUAS são catequistas. Neste meu exemplo parece que não existe lá
muita solidariedade. Vamos, então, fazer algumas reflexões:
Todos
estão tão afastados da Igreja assim, a ponto de não se incomodarem?
Se
querem catequese para os filhos, que no futuro farão parte da comunidade, por que
não se incomodam com a comunidade?
Eles
querem iniciação à vida cristã ou só sacramento?
E
as outras pessoas da comunidade?
Que
comunidade é essa que deixa isso acontecer?
Será que estas pessoas "estão" mesmo na comunidade?
Ah!
Falta espaço para acomodar mais turmas...
Que
comunidade é essa que tem tudo isso de catequizando e não tem
"espaço"?
Se
uma comunidade não tem catequistas é uma comunidade que falha em ser
missionária.
É
uma comunidade que não cumpre seu papel de "comunidade".
É
uma comunidade que aceita inscrições na catequese para formar quem, em que?
Certamente não está formando cristãos conscientes do seu papel!
Certamente não está formando cristãos conscientes do seu papel!
Porque, se estivesse,
teria mais gente para trabalhar...
De
que adianta essa catequese que só se preocupa em "dar" sacramento?
CONCLUSÃO FINAL:
Ninguém volta mais pra Igreja pra trabalhar pela evangelização quando não é
“evangelizado”!
Acho
que não é hora de aceitar inscrição e mais inscrição só porque "não dá pra
recusar". Aceita sim, mas pensa numa forma de resolver o problema da falta
de catequista! É hora de sentar com o padre e a coordenação e pensar numa
maneira de resolver esse problema.
Porque,
se a cada ano, diminui o número de catequistas é porque a catequese está se
mostrando ineficiente em realmente EVANGELIZAR ! Nem sempre quem é
catequizado é evangelizado. Temos muita gente por aí com "diploma" de
sacramento que não assume seu papel de cristão.
E
é isso que algumas comunidades estão fazendo: dando "certificado" de
conclusão de cursinho. Não estão evangelizando! É tanta criança com tão
pouco catequista. E quando tem catequista, este é pego “a laço” e sem formação alguma
e acaba desanimando e abandonando a missão no primeiro ano. Ao invés de pensar
numa catequese de qualidade, estão pensando numa catequese “de massa” que,
visivelmente, não resolve o problema da falta de agentes para a pastoral.
Olha,
podem me dar os exemplos que quiserem, mas acho muito difícil, uma só pessoa,
um só catequista, num ano, em 35 ou 40 encontros de 2 horas (às vezes nem
isso), evangelizar 40 crianças. Nem Jesus fez isso! Ele tinha 12. Doze!! Que
ficaram três anos com Ele, todas as horas e todos os dias.
E
estes 12 foram tão bem "evangelizados" que espalharam a Sua Igreja
para o mundo inteiro, espalharam tão bem a sua mensagem que hoje, esta Igreja
tem quase dois bilhões de pessoas. E a proporção já foi muito maior!
Pois
é, Jesus e seus discípulos fizeram uma Igreja maravilhosa... que agora estamos
colaborando para acabar com essa nossa pose de “Ah! Eu posso!”.
Pode coisa nenhuma! Se “pudesse” a Igreja estaria cheia de catequistas.
Pode coisa nenhuma! Se “pudesse” a Igreja estaria cheia de catequistas.
Uma
coisa é certa, quanto mais crianças você achar que “pode” evangelizar, menos
voltarão para ficar no seu lugar. Turmas ideais têm doze crianças. Quinze no
máximo. “Ah! Não dá, se eu não aceitar
não tem outra pessoa!”
Isso, não é problema seu, é problema das lideranças pastorais. O seu é fazer um bom trabalho, é atingir suas doze crianças e seus vinte e quatro pais. Portanto, você já tem 36 catequizandos para cuidar!
Isso, não é problema seu, é problema das lideranças pastorais. O seu é fazer um bom trabalho, é atingir suas doze crianças e seus vinte e quatro pais. Portanto, você já tem 36 catequizandos para cuidar!
Ângela Rocha
angprr@gmail.com
ÂNGELA,
ResponderExcluirACHO QUE É A FALTA DE CATEQUISTA QUE QUEIRA SE COMPROMETER TOTALMENTE COM A CATEQUESE( DE IR AO RETIRO ,UMA FORMAÇÃO DE CATEQUISTA,PRESENÇA NAS ATIVIDADES NA IGREJA ETC) SEI QUE TEMOS CATEQUISTAS CASADAS E TEM FILHOS ,MAIS ELAS QUANDO ENTRA NA CATEQUESE SABE QUE TEMOS QUE EVANGELIZAR E SE EVANGELIZAR.SOU CASADA,TENHO FILHOS ,MEU MARIDO É DE IGREJA,SOU COORDENADORA ,MAIS ORGANIZO MINHA VIDA.AI EU PERGUNTO O QUE FAZER?
Nadia, eu também sou profissional, casada, com filhos, estou fazendo uma pós-graduação, sou dona de casa e tenho tempo pra catequese e pra fazer encontros, cursos, retiros. É aquela história: quem quer fazer arruma um jeito, quem não quer, arruma desculpa. E a maioria não se compromete, é porque não é exigido delas(es), este comprometimento. Um coordenador que começa aceitar catequistas "porque não tem outro pra por no lugar", já começa errado. Um coordenador que vai enchendo as salas de catequese de crianças, sabendo que não tem catequista, também começa mal. Se essa é a realidade da paróquia, é hora de PARAR, FORMAR CATEQUISTAS e depois formar turmas de catequese. E o pároco precisa estar bem consciente disse, afinal ele é o PRIMEIRO CATEQUISTA da paróquia. Conheço muitas heroínas por aí, catequistas que dizem que conseguem catequizar 40 crianças de uma vez... Pode até ser, mas, no mundo de hoje? Sem envolver as famílias? É certo que não terá vocações futuras pois a evangelização não será eficaz!
ResponderExcluirAngela,
ResponderExcluirAssino em baixo tudo que vc falou,mais não é fácil.Tudo que vc falou é a pura verdade..Vc qual vicariato?gostaria muito de falar com vc.A respeito de retiro.Meu email tarcisionadia@gmail.com
beijinhos fica com Deus.
Acima de tudo não dá para exigir se os Catequistas não recebem formação, para nós está vindo pelo Coordenador, ditatorialmente (fiscalizam a utilização do velho livro) e para nós Catequistas está em pauta Um Encontro com a Irmã Formadora.
ResponderExcluirSão realidades tristes que, infelizmente, ainda acontecem. Mas, muita coisa depende de NÓS também... a Igreja não é um "estado político" onde se permite "ditadores". E quanto a utilização de "velhos livros", alguém já apresentou a ideia de um novo?
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