Este sinal da aliança que coloco entre mim e
vós, e todos os seres vivos que estão convosco, por todas as gerações futuras:
ponho meu arco
nas nuvens como sinal da aliança entre mim e a terra (Gn 9, 12-15). Deus estabeleceu
uma aliança com Noé. A aliança é uma iniciativa de amor, de benevolência de
Deus, uma relação de diálogo entre Deus e as pessoas. O Senhor deseja sempre
mostrar o seu amor e a sua vontade para que sejamos felizes. Ele está ao nosso
lado e se compromete com a nossa vida. Sempre podemos estar abertos ao diálogo
e à amizade com Deus. Isto está na base de qualquer aliança divina.
A aliança implica também o lado do ser
humano. Assim, trata-se de um dom, mas também de uma tarefa: ao mesmo tempo em
que a aliança revela a iniciativa e a benção divina, exige de cada um de nós um
esforço para cumprirmos aquilo que Deus no propõe.
“O Espírito levou Jesus para o deserto. E Ele
ficou no deserto durante quarenta dias e foi tentado por satanás. Vivia entre
os animais selvagens, e os anjos o serviam” (Mc 1,12). Jesus cumpriu em tudo a
vontade do Pai, assumiu sua tarefa como Filho de Deus. Mas antes foi conduzido
ao deserto pelo Espírito. O deserto é o lugar da secura, do desânimo. No
deserto a amargura é aparente, pois se este lugar é vencido, podemos desfrutar
de suas graças, no afastamento dos barulhos da vida, encontramos sentido
verdadeiro silêncio.
O deserto é o lugar da tentação. Jesus foi
tentado a deixar a sua missão, foi tentado a desistir de tudo. O Senhor
transformou o deserto em uma oportunidade de encher o seu Espírito de
motivação, de firmar o sentido em sua missão. A Quaresma é uma oportunidade de
tomar novo ânimo, para levar nossa vida com coragem.
No deserto, Jesus foi tentado a utilizar de
modo inadequado o seu messianismo. Poderia utilizar de seu poder para se
autopromover, mas não o fez. Somos também tentados a desvirtuar a nossa missão.
Facilmente utilizamos dos nossos cargos, funções, papéis sociais de um modo
equivocado. Por vezes o poder nos seduz, e somos tentados a focar nossas ações
em nós mesmos, para que tenhamos evidência e bem-estar.
Pe. Roberto
Nentwig
Arquidiocese
de Curitiba-PR
FONTE:
NENTWIG, Roberto. O Vosso Reino que também é nosso. Reflexões Homiléticas - Ano B. Curitiba; Editora Arquidiocesana, 2015. pg. 79.
NENTWIG, Roberto. O Vosso Reino que também é nosso. Reflexões Homiléticas - Ano B. Curitiba; Editora Arquidiocesana, 2015. pg. 79.
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