Hoje, dia 15 de agosto,
a Igreja comemora a Festa de Nossa
Senhora da Glória ou Nossa Senhora da Assunção, um dos muitos títulos dados
a Maria, mãe de Deus.
Uma diferença importante, é que Maria foi assunta, enquanto Jesus ascendeu ao céu. Ser assunta significa que alguém, nesse caso Deus, realizou essa
Ascenção. Isso é importante porque nos mostra que Maria não subiu aos
céus por suas próprias forças, mas pela Graça de Deus. De Jesus, por sua vez, dizemos que Ascendeu
aos céus, o que manifesta mais uma vez seu poder divino.
A Santa Igreja ensina que, a Virgem Maria, “preservada imune de toda a mancha da culpa
original, terminado o curso da vida terrena, foi assunta de corpo e alma à
glória celeste. E para que, mais plenamente estivesse conforme Seu Filho,
Senhor dos senhores e vencedor do pecado e da morte, foi exaltada pelo
Senhor como Rainha do Universo”*.
* Redemptoris Mater, 41, João Paulo II, cita: o
Papa Pio IX definiu solenemente o dogma da Imaculada Conceição de Maria
Santíssima, através da Bula Ineffabilis
Deus, no dia 8 de dezembro de 1854; o Papa Pio XII declarou e definiu
solenemente o dogma da Assunção em corpo e alma da Virgem Maria à glória
celestial, através da Constituição
Apostólica Munificentissimus Deus, no dia 1 de novembro de 1950.
O Papa Pio XII declarou como dogma revelado por
Deus que Maria, Mãe imaculada perpetuamente Virgem de Deus, após a
conclusão da sua vida terrena, foi assunta em corpo e alma à glória dos Céus.
O dogma da Assunção significa que, a Santíssima Virgem foi
assumida por Deus no Reino dos Céus. Significa, também, que ela foi glorificada
de corpo e alma na Jerusalém celeste. Depois de sua vida terrena, a Mãe do
Senhor encontra-se antecipadamente no estado escatológico dos justos na
ressurreição final. Nesse sentido, a crença no dogma da Assunção enche de
esperança o nosso coração. Une a dimensão antropológica, o sentido da nossa
existência terrena, o destino escatológico com o fim último da nossa humanidade
redimida pela Cruz de Cristo.
Quando falamos da Assunção
de Nossa Senhora e da celebração da Solenidade de Nossa Senhora da Glória, estamos nos referindo a
uma mesma realidade, mas em diferentes aspectos. Na Assunção, recordamos
de maneira especial que Maria, terminada sua caminhada na terra foi assunta aos
céus em corpo e alma. Quando falamos de Nossa Senhora da Glória, por sua
vez, acentuamos que lá no céu, Maria já participa da Glória de Deus em
plenitude com seu corpo glorioso.
Existem duas
representações clássicas de Nossa Senhora da Glória: Em sua Assunção, Nossa Senhora é representada com os braços abertos num ato de louvor a
Deus, sustentada (ou erguida) por anjos.
Assunzione - Tiziano
Em sua Glória, ela é representada com uma coroa, representando sua realeza, com um cetro símbolo do poder real e com o menino Jesus no braço direito simbolizando sua maternidade.
A Festa da Assunção de Maria,
como Nossa Senhora da Glória é um
sinal para nós que um dia, pela graça de Deus e os nossos esforços, também
poderemos nos juntar à Mãe Santíssima,
dando glória a Deus. A Assunção é uma fonte de grande
esperança para nós, pois aponta o caminho para todos os seguidores de Cristo,
que imitam a sua fidelidade e obediência à vontade de Deus. Onde Nossa Senhora
está agora, nós também estamos destinados a estar e podemos esperar por isso
contando com a graça divina.
Sobre Nossa Senhora da
Glória, o Papa Bento XVI afirmou:
Ao contemplar Maria na glória celestial, entendemos que a terra não é a
pátria definitiva para nós também, e que, se vivemos com o nosso olhar fixo nos
bens eternos, a terra se tornará mais bela. Consequentemente, não devemos
perder a serenidade e a paz mesmo no meio das milhares de dificuldades
cotidianas. O sinal luminoso de Nossa Senhora recebida no céu brilha ainda mais
intensamente quando as sombras tristes de sofrimento e violência parecem pairar
no horizonte.
Podemos estar certos de que: do alto, Maria acompanha os nossos passos,
com preocupação, gentil, dissipa a escuridão nos momentos de trevas e angústia,
tranquiliza-nos com a sua mão materna. Apoiados por esta consciência, vamos
continuar confiantes no nosso caminho de compromisso cristão onde quer que a
Providência nos levar. Vamos avançar em nossas vidas sob a orientação de Maria.
* (Papa Bento XVI, Audiência Geral,
em Castel Gandolfo no dia 16 de agosto de 2006).
Como seu Filho Jesus Cristo, a Virgem Maria partiu deste
mundo voltando “para a casa do Pai”. Todos nós somos filhos de Deus, todos nós
somos irmãos e irmãs de Jesus. Somos também filhos e filhas de Maria,
nossa Mãe. Todos nós desejamos a felicidade, e a felicidade para a qual todos
nós tendemos é Deus. Todos nós estamos a caminho da felicidade, que chamamos
céu, o qual, na realidade, é a vida com Deus. Que Nossa Senhora nos ajude, nos
dê coragem para fazer com que cada momento da nossa existência seja um passo
neste êxodo, nessa saída em busca da felicidade, nesse caminho rumo a Deus. A
Virgem Maria nos ajude também a tornar presente a realidade do céu, a grandeza
do Senhor na vida do nosso mundo.
Oração
a Nossa Senhora da Glória
Pai Amoroso, Vós que elevastes a Virgem Maria ao céu para compartilhar a
vossa comunhão de amor, fazendo com que ela se torne exemplo e esperança para
cada um de nós, pela vossa misericórdia e pelo sacrifício de nossas orações,
aceitai-nos para aquele abraço santo e definitivo na glória eterna, junto
convosco e com a Virgem Maria. Isso nós vos
pedimos por Cristo nosso Senhor. Amém.
Nossa Senhora da Glória, rogai
por nós!
* Fontes de pesquisa diversas.
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