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segunda-feira, 23 de abril de 2012

Ser comunidade...


 O que é, afinal, ser comunidade?

Fui ao dicionário buscar as várias definições de comunidade. Desde a definição da Biologia que diz que comunidade é o conjunto de todos os organismos vivos, de todos os tipos, que habitam um dado ecossistema, até a simples definição de que comunidade é qualidade do que é comum; congregação, comunhão; agremiação; sociedade. E achei também uma definição muito “chique” de um escritor: “É uma aglomeração de pessoas relacionadas entre si, que contam com recursos físicos, de pessoas, de conhecimento, de vontade, de instituições, de tradições, etc.” Cheguei até a aprender também uma nova palavra: Biocenose, que é: O Conjunto de todas as populações (microorganismos, animais e vegetais) que coexistem em um determinado lugar (região) e que mantém relações entre si, isso quem diz é a ecologia. A sociologia define como o: Agrupamento que se caracteriza por forte coesão baseada no consenso espontâneo dos indivíduos. E a Política considera o Grupo social cujos membros ocupam uma área geopolítica determinada e compartilha interesses, valores e aspirações.

Não encontrei lá, no dicionário, nenhuma definição dada pela nossa Igreja ou pela religião. Lendo aqui e ali achei uma informação que diz que a palavra comunidade, referindo-se à religião ou a igrejas, surgiu nos Estados Unidos no movimento neo-pentecostal. Mais nada. Podemos claro, encontrar documentos preciosos como a Constituição Dogmática “Lumien Gentium” (LG) que trata sobre a Igreja e ensina que ela é “sinal e instrumento, da união íntima com Deus e da unidade de todo o gênero humano”. A Constituição pronuncia que a Igreja é o reino de Cristo sem, no entanto, referir-se a ela como comunidade.

Mas acho que não é bem isso que significa SER COMUNIDADE...

E eu digo que não é fácil ser comunidade. Muitas vezes, tratando-se de nossa igreja, eu não me sinto comunidade. Porque, para mim, ser comunidade está intrinsecamente ligado a ser Igreja. E essa Igreja é aquela com letra maiúscula. È a grande construção formada por pedras vivas e como diz tão poeticamente um dos nossos mestres catequetas, “ligados pela argamassa da catequese”. Ser comunidade para mim, é ser IGREJA! E ouso dizer que poucos de nós, conseguem ser de verdade.

Etimologicamente a palavra grega ekklesia é composta de dois radicais gregos: ek que significa para fora e klesia que significa chamados. Se traduzirmos literalmente a palavra “Igreja”, veremos fica: “chamado para fora”, se referindo a sair do pecado e atender o chamado fazendo parte do grupo e servindo ao Senhor. Deste conceito podemos tirar que a Igreja deixa de ser uma simples instituição ou um objeto inanimado e passa a ser VIVA. Somos tirados do pecado para viver na Igreja, em comunidade, tendo um Pai em comum e um exemplo vivo, Cristo, cujo objetivo maior é lutar pelo bem comum de todos, como irmãos.
E aí eu me pergunto: Somos mesmos estes tijolinhos todos unidos, formando a verdadeira Igreja de Cristo?

Ângela Rocha

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