CONHEÇA!

segunda-feira, 30 de março de 2015

FELIZES AQUELES QUE ACREDITAM

Hoje foi meu quarto encontro com as crianças da catequese. Tenho onze crianças agora para evangelizar: “fazer ecoar a palavra de Deus”. E eu levo isso muito a sério! Semana que vem, não teremos encontro na quarta. Então fizemos nossa páscoa hoje.

Levei para cada um, um saquinho de doces e um cartão: “Mais doce que o chocolate é o enorme amor de Jesus, que morreu na cruz por nós!”.

Apesar de ensinar metodologia nos encontros de formação, minha metodologia, às vezes, é um tanto diversa daquela que tem escrito nos livros. Procuro sempre copiar Jesus: acolho, escuto, ensino com a palavra, e deixo que eles se iluminem com aquilo que entenderam. Não sigo uma regra de: Acolhida, oração inicial, motivação, leitura, atividades de fixação, compromisso... O método ver-julgar-agir-rever é ótimo, mas com crianças é preciso saber adaptar isso aos momentos “deles”.

Para começar, se formos seguir um cronograma de encontro de fio a pavio, corremos o risco de fazer orações mecânicas, leituras mecânicas, atividades chatas e falar de compromissos que ninguém vai seguir. Então em alguns encontros não fazemos orações. Algumas vezes as crianças estão tão dispersas que nem sabem o que estão falando...

E deixo que eles se “iluminem” com a Palavra sem forçá-los a acreditar no que EU acredito. Meu entendimento das Escrituras Sagradas jamais vai ser o de uma criança de dez ou onze anos, então, deixo que uma mente de dez anos veja Jesus com uma mente de dez anos, não com uma de quarenta e três.

E isso, por vezes, não é fácil! Hoje lemos a passagem de João 20, 19-29, que fala de Tomé. Que não acreditava na ressurreição se não pudesse ver com os próprios olhos, a Jesus e suas chagas. A atividade consistia em pedir a eles que me dissessem o que tinha entendido quando Jesus disse: “Felizes daqueles que crêem sem ter visto”. Bom, pra um adulto é fácil (ou não...). Imediatamente nos vem a mente que a Fé é a crença no mistério da ressurreição do Senhor. Mesmo sem termos estado lá para ver.
E para uma criança, o que é isso?
Lemos a passagem mais de uma vez e mesmo assim as crianças tiveram dificuldades em me dizer afinal, o que Jesus queria dizer com aquilo. É por isso que odeio “seguir roteiro”. Quando vi que aquilo que tinha nas mãos parecia ser “vazio” para minhas crianças, tive vontade de pegar aquele roteiro, rasgar, mastigar e cuspir pela janela...

Então partimos para o mais factível. Vocês já viram Deus? Como ele é? Não, ninguém viu. Só imaginam Deus. Vocês já viram Jesus em carne e osso? Ao vivo não. Jesus eles já viram nas imagens, na cruz na Igreja, na imagem do Sagrado Coração no altar. E vocês acreditam em Deus? Acreditam em Jesus? Acreditam que ele morreu crucificado e dali três dias acordou de novo? E a resposta foi um unânime e sonoro: Sim!!! Então chegamos a seguinte conclusão: Somos todos felizes.

Sendo assim, deixamos roteiro pra lá e fomos para a Praça do Santuário sentar aos pés da cruz comendo nossos chocolates de páscoa enquanto eu contava das antigas tradições. Eles amaram a história de que antigamente as pessoas apagavam as luzes das velas e lampiões e até do fogão, na Sexta-Feira Santa e só iam acender no sábado, com o fogo novo, que era feito no pátio da Igreja e aceso com pedras. Nossa, Tia! Você sabe acender fogo com pedra? E falei do Rito Medieval do Ofício das Trevas. E falei do Lava-pés, que o padre lava e beija os pés dos fiéis, da denudação do altar, da benção da água do Batismo, da Vigília, que antigamente a Primeira Eucaristia era no Sábado, que havia toda uma preparação especial para esse momento, da missa da Ressurreição, do som maravilhoso de todos os sinos tocando e da beleza do Glória a Deus. Resumindo: Deixei-os doidinhos para ver tudo isso acontecendo! Pobres pais que vão ter que ir a Igreja nessa Semana Santa, mesmo não querendo...

E nós fizemos a oração do Pai-Nosso. Lá no meio da praça com todo mundo passando e olhando... Que catequista doida!

Ângela Rocha
Catequista Amadora (aprendendo, aprendendo...)

(25/03/2010)

quarta-feira, 25 de março de 2015

POR ONDE COMEÇO? Gênesis ou os Evangelhos?

Como deve ser um itinerário de catequese com relação à Bíblia e seus ensinamentos? Como se pode trabalhar o “Seguimento a Jesus” usando os ensinamentos do Antigo Testamento?

Por mais que o catequizando venha de uma família onde tenha recebido os primeiros ensinamentos de fé, devemos começar a catequese "apresentando" Jesus ao catequizando, fazendo-o "acolher" Jesus em seu coração, acreditando nele. É a conversão mostrando as ações Dele nos Evangelhos. E o "seguimento" só vem depois da conversão, para seguir Jesus é preciso então saber "de onde Ele veio", o que fez com que Deus mandasse à terra, seu único filho? Para isso é preciso conhecer a história da salvação contida no Antigo Testamento. No entanto, é preciso frisar que esta etapa da catequese de crianças, ainda não exige um estudo aprofundamento do AT. Pode-se apresentar a criação relacionada ao grande amor de Deus por nós ao nos fazer “senhores” de todas as criaturas e da natureza e, assim, responsáveis por ela. Em seguida o início das alianças com os patriarcas e a história do povo escolhido por Deus: reis, juízes, profetas; mesmo assim, relacionando sempre com os Evangelhos. Depois, numa terceira etapa vem o conhecimento dos sacramentos e da Igreja, ou seja, ali é que se "adere" realmente à causa maior de Jesus, o "Reino de Deus". É trabalhando na comunidade ajudando aos outros e sendo discípulo missionário que se adere de verdade à fé.

Jesus veio para fazer uma "Revelação", que somente por Ele se chega ao Pai. É por meio dos ensinamentos de Jesus que chegamos ao Pai, bondoso, amoroso, que perdoa e cura. Se começarmos a catequese pelo Antigo Testamento, que Deus os catequizandos conhecerão primeiro? Aquele Deus dos patriarcas, exigente e que castiga o homem pelos seus erros, muitas vezes, até sem piedade? Será que é este Deus que converte? Não seria melhor primeiro aprender de Jesus o quanto o Pai é bom e só depois conhecer a caminhada do povo escolhido?

Assim como temos catequistas que acreditam que a catequese deve ser “ordenada” pelos livros da Bíblia, ou seja, do Gênesis ao Apocalipse, muitos acham que focar o Antigo Testamento pode se mostrar sem necessidade. De forma alguma ele pode ser ignorado, afinal, trata-se da Tradição e origem da nossa fé. Mas, é preciso dar o "foco" que se deve, à luz de hoje, do mundo de hoje, da pedagogia de hoje.

Por exemplo: ao falar do Gênesis, valorizar a criação, a natureza, os animais e os homens criados por Deus; ao citar os patriarcas estamos falando de um povo "escolhido" por Deus, de Abraão, de Moisés, que deixaram tudo que tinham por "confiança" em Deus; juízes, reis, como as várias tentativas de se juntar um povo em torno de uma mesma fé; e os profetas como aqueles que vinham preparando o caminho para a chegada do Messias. Tudo tem importância. Claro que algumas leituras são mesmo muito difíceis de entender e podem ser deixadas para quando houver mais maturidade.

Outra coisa, os Mandamentos da Lei de Deus estão entre as bases da nossa fé. E eles estão no AT. Como não falar de como eles foram passados ao homem? Lembra-se de Jesus com os discípulos de Emaús: Ele falava e "explicava" as Escrituras. Que escrituras? As que ele conhecia: a fé judaica, o Pentateuco (Torá) e os profetas. E ainda Jesus falando: ele não veio para desfazer as leis e sim para acrescentar uma nova, o amor.

Ângela Rocha

Catequista

O QUE SIGNIFICA MEMORIZAR AS ORAÇÕES ATRAVÉS DO MÉTODO MISTAGÓGICO?

Santa Teresa D'Ávila
Orar é “falar com Deus”.  A oração autêntica é aquela que transforma a pessoa, para orar de verdade a pessoa precisa se recolher em si mesma. No mundo de hoje somos projetados para "fora", damos importância demais ao que acontece ao nosso redor e esquecemos-nos de olhar para dentro da gente.

Por isso, ao orar com os nossos catequizandos precisamos nos desprender um pouco do "roteiro". Normalmente a gente chega e já é de praxe que todos se levantem, rezem o Pai Nosso, Ave Maria, Santo Anjo ou outra oração. E, quase sempre, esta oração é vazia. As crianças estão ali agitadas, querendo contar as novidades, conversar com os colegas, querem ser vistas e querem atenção... E nós queremos que elas calem a boca para que possamos começar o encontro!

A oração é antes de tudo a "busca" de Deus, ela precisa ser pessoal, silenciosa, contemplativa. Aí nos esbarramos num “porém”: crianças não conseguem isso com facilidade! A capacidade de abstração de uma criança é bem pequena. Por isso a importância do ambiente: de uma vela acesa, da bíblia, de incenso, da água benta, do silêncio, respiração pausada, olhos fechados. Então precisamos ensinar ás crianças que a oração é uma “conversa”, onde se “escuta” mais do que se fala. Orar é uma relação de amor, é criar uma relação de amizade com Deus, onde ele te escuta e, mesmo sem parecer que responde, Ele age na sua vida.

E nós não nos voltamos para Deus só com a boca ou o pensamento, é preciso voltar-se pra Ele com todo nosso ser. Lembrar-se da Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, que, pela bondade do Pai, faz morada em nós. E podemos, sempre, usar as fórmulas. Desde que as orações sejam “trabalhadas” antes em sua essência. O que se diz a Deus em cada frase do Pai Nosso? De onde vêm as frases da oração à Virgem Maria? Por que invocar o Santo Anjo? Qual é o significado de professar o Creio? É preciso “sentir” em cada frase que sai de nossa boca o significado que ela tem em nosso intelecto.

Enfim, é preciso criar o "clima", orar sem dispersar o pensamento. E não é fácil fazer isso com as crianças. Como já foi dito, elas não tem a capacidade de contemplação acentuada, é preciso então lembrá-las do "concreto", daquilo que acontece com ela no dia a dia, das suas pequenas e angústias e medos; e lembrá-las que basta fechar os olhos e conversar com Deus, contar e ele em pensamento tudo que acontece, que dá medo, tristeza, angústia... E Ele, como Pai amoroso, abraça, traz paz, tranquilidade e te envolve com seu manto de amor.

Para ajudar, existem alguns "exercícios" que podem relaxar o corpo e a mente que é possível fazer, no entanto, sempre com cuidado de não constranger ninguém ou obrigar.

Um deles é pedir que tirem os sapatos, coloquem a planta dos pés no chão, que sintam a energia que emana da terra, do ambiente que Deus criou para nossa morada, que vai subindo devagar pelas pernas, joelhos, estômago, coração até chegar ao cérebro, berço do pensamento. Que respirem o ar pausadamente, sentindo o Espírito Santo se mover para dentro e para fora do seu corpo; fechar os olhos e pensar que, mesmo no escuro, Deus segura sua mão. Outro exercício é primeiro situar-se na realidade deles, perguntar como estão as pessoas que convivem com eles: quem está triste, doente, quem conseguiu alcançar um grande objetivo, está alegre por uma conquista, etc.; e relacionar isso ao louvar, agradecer e suplicar.

Mas, não é em todo encontro que você vai conseguir a verdadeira oração com eles. Existirão momentos em que o “agito” será bem maior que a vontade de orar. Deixe a oração para o final então, quando a “energia” baixar um pouco, quando a calma estiver presente. Então não é preciso começar, necessariamente, o encontro pela “oração inicial”. Com o passar do tempo, as crianças entram numa rotina e acabam ficando no “automático”.

Como começar meu encontro então? Com um alegre e animado bom dia, boa tarde, boa noite, mostrando que estão ali para um encontro de amigos e não uma “aula de catequese”. Lembre às pessoas (e isso vale para adultos também), que elas estarão reunidas para um encontro e pedir que façam o sinal da cruz, pois estarão ali em nome da Trindade. Em seguida use uma motivação, algo que desperte curiosidade pelo tema. Que pode ser uma brincadeira, uma história, uma dinâmica, uma música... E até uma ORAÇÃO, diferente daquelas que estamos acostumados a fazer.

Uma dica: Um estudo sobre Oração: Itinerário Mistagógico segundo Santa Tereza D'Ávila. Excelente fonte de inspiração para a oração. Como subsídio para o catequista, bem entendido, para o catequizando ainda é cedo! Temos os arquivo para download ali em cima na aba do blog.

Também temos alguns textos sobre oração:
"Entra no teu quarto", excelente para entender um pouco o que é orar.
E você pode achar interessante também este: ROTEIRO DE ENCONTRO: ENSINANDO A ORAR. 
Temos também ORANDO NA CATEQUESE

Ângela Rocha

Catequista

sexta-feira, 20 de março de 2015

TEM UM ITINERÁRIO DE CATEQUESE AÍ PRA ME ARRUMAR?

Ultimamente temos nos deparado com muitos pedidos de ITINERÁRIOS para a catequese, ou seja, que roteiro seguir, que conteúdos abordar, o que, afinal, ensinar às crianças na catequese. E isso vale pra eucaristia, crisma, perseverança, catequese infantil, adultos...

Gente perdoem-me, mas, às vezes, eu acho que vivo em outro mundo, em outro país, em outro planeta... Sei lá. Sem contar que sempre estou voltando a este assunto. Mas, até entendo, sempre temos pessoas novas na catequese e em nosso grupo que ainda não conhecem nossas orientações.

Eu sou da Arquidiocese de Londrina, pertencemos ao Regional Sul II, que congrega as dioceses e arquidioceses do estado do Paraná. Nosso regional tem uma Comissão Bíblica- Catequética, como devem ter todos os outros regionais. Os regionais são uma segmentação feita pela CNBB para melhorar as orientações e os trabalhos dela com relação ás orientações e responsabilidades. Cada regional deve orientar as diversas pastorais, incluindo a catequese, dentro do seu território, direcionando e sugerindo material e conteúdos, baseado no que determina o Diretório Geral de Catequese (DGC) da Santa Sé e o Diretório Nacional da CNBB. As dioceses e arquidioceses possuem também comissões diocesanas de catequese, que orientam as paróquias. 

Em nenhum lugar se pode simplesmente pegar uma apostila de catequese, de qualquer lugar que seja, para adotar na catequese SEM AUTORIZAÇÃO destas comissões. As dioceses podem criar seus itinerários (devem, aliás), mas NUNCA, em hipótese alguma, eu ANGELA, uma simples CATEQUISTA, posso escolher uma apostila pra usar na minha paróquia ou na minha turma, mesmo que eu fosse a coordenadora geral. O que posso fazer, e faço sempre, é buscar material para COMPLEMENTAR OS TEMAS que eu TENHO que trabalhar. Aqui, na arquidiocese de Londrina, é sugerido como roteiro de conteúdos, a coleção Crescer em Comunhão, da Editora Vozes (pelo fato dela estar sintonizada com o que estabelece uma catequese de iniciação à vida cristã). Somos livres para adotar o livro ou não, mas, seguimos o roteiro de TEMAS, orientado por ele.

Eu tenho, em minha biblioteca aqui de casa, em torno de 10 coleções de catequese, entre Eucaristia, crisma, adultos, catequese infantil e outras mais. Tenho inúmeras apostilas de vários lugares, que uso como fonte de referência e de ideias para desenvolver meus encontros. Agora, imprimir para usar com os catequizandos, isso eu não posso e não devo fazer. Como catequista e agente de pastoral eu devo seguir as orientações da Igreja, da minha diocese. E os documentos da Igreja me dizem que TODA DIOCESE DEVE ORIENTAR SUAS PARÓQUIAS. Lá no item 327 do DNC, na alínea d, diz o seguinte: “A coordenação diocesana de catequese, formada por uma equipe, assume tarefas fundamentais como: (...) d) Estabelecer os itinerários e a modalidade da catequese segundo a pedagogia catecumenal para as diversas idades (...)”. E ali são listadas mais 16 tarefas diocesanas com relação á catequese. Caso queiram conhecer mais das RESPONSABILIDADES sobre a catequese é só ler o DNC dos itens 319 ao 330. Vocês vão saber o que cabe ao pároco, à coordenação, as comissões diocesanas, regionais e nacionais. Minha arquidiocese cumpre o que determina o documento e minha paróquia também.

Acontece que muita gente tem me dito que as dioceses não dão orientação alguma, que não fazem diretórios. Agora, elas não fazem ou vocês não sabem se elas fazem? Vocês já foram atrás? Perguntaram ao pároco, ao coordenador de setor, ao coordenador diocesano de catequese? Às dioceses não cabe "fiscalizar", nem fazer "auditoria" pra ver se as paróquias estão fazendo o que devem. São as paróquias que devem buscar orientação. Se ninguém vai em reunião e encontro das comissões de catequese, é difícil saber o que está acontecendo, não é?

Nossa arquidiocese possui um Itinerário que nos orienta a cumprir as "Tarefas da Catequese" determinadas pelo DNC (Diretório Nacional de Catequese, item 53), que é baseado no DGC da Santa Sé, que são: Conhecimento da fé, Iniciação Litúrgica, Formação Moral, Formação para Oração, Formação Comunitária e Formação Missionária. Estas são as seis dimensões que a catequese precisa atingir. No item conhecimento da fé, temos a orientação de 20 temas a trabalhar em cada uma das cinco etapas. Como são mais ou menos 36 encontros por ano, nos outros trabalhamos as festas da Igreja, padroeira, comemorações especiais, eventos extra-sala, CF, mês missionário, mês da Bíblia, etc. Como método usamos o ver-julgar- agir com inspiração da IVC pelo processo catecumenal, privilegiando uma catequese mistagógica e inserida nas outras cinco dimensões. Por exemplo: temos três anos de catequese até o sacramento da Eucaristia; no primeiro ano trabalhamos o "conhecer Jesus", o apaixonar-se por Ele; no segundo trabalhamos a História da Salvação (com alguns tópicos do AT somente) com vistas à conversão, ou o "aderir ao projeto de Jesus"; no terceiro ano, apresentamos a Igreja, a celebração dominical e os sacramentos. Incorporados à estes temas, apresentamos a liturgia, as orações, formação de atitudes cristãs, iniciação a vida da comunidade e missionariedade. Resumindo tudo isso: Somos ORIENTADOS ao que fazer na catequese. O como fazer é que é com a gente.

Então meus queridos catequistas, não botem “chifre em cabeça de cavalo” antes de ter certeza que o bicho existe. Não assumam uma missão que é da Igreja como um todo, completamente sozinhos.

Ah não tem? Então vamos fazer sozinhos. Vamos pegar uma apostila da internet e mandar ver. Vamos escolher uma coleção de uma editora renomada (isso até vai, mas...). Que é isso meu povo? Olha, qualquer catequista que se prese, antes de se meter a uma tarefa dessa grandiosidade, no mínimo deve ter lido o Catequese Renovada (1983) e o DNC (2006), umas 10 vezes cada um, mais uns 200 documentos da Igreja; deve ter pelo menos uns 10 anos de experiência, para pensar (só pensar) em se atrever a escolher um material para sua paróquia ou sua turma.

Ah, mas tem uma apostila maravilhosa que a diocese de “itinerário milagroso” fez, que é ótima! Sim, é ótima... Pra realidade dela, pro contexto social dela, pro conhecimento do povo que vive nela, pra cultura da região dela! Nosso país é CONTINENTAL, enorme! Não dá pra pensar que vivemos a mesma realidade de norte a sul e nem que temos os mesmos interlocutores. E desconfiem de quem tá “vendendo” apostila ou livro que resolve tudo. Isso não existe. O que existe são catequistas responsáveis e comprometidos com a missão que se dispõem a sentar, estudar e adaptar todo o material disponível por aí, à SUA realidade.

E lembrem: catequese não é só conteúdo e doutrina não! É muito, muito, muito mais...

Angela Rocha
Catequista



terça-feira, 17 de março de 2015

A partir de agora tudo será diferente!

Houve uma altura na minha vida, já nem me lembro bem quando, em que comprei uma bicicleta de dois lugares. Era linda… À frente um guiador fantástico, os travões, uma campainha, as mudanças… Uns pedais que se ajustavam na perfeição ao pé e uns rolamentos que pareciam manteiga… Atrás, uma outra espécie de guiador, mas que não “guiava”, claro, nem tinha travões, nem mudanças nem campainha. Era apenas um apoio para as mãos de quem fosse atrás. Mas tinha uns pedais e uns rolamentos iguais…

Montei-me nela e comecei a pedalar contente com a novidade da minha bicicleta. Passei pelo lugar do costume e encontrei-me com o amigo que me tinha feito comprá-la. Parei, pus o pé no chão e dei um “trim-trim” valente. Logo ele apareceu à janela, desviando a cortina com a mão, e riu-se de alegria e espanto com a minha surpresa. Saiu, abraçamo-nos e disse-lhe: “Senta-te aí atrás! Esse lugar é para ti. A partir de agora pedalamos sempre juntos!. 

Ele, de mochila às costas, como quem estava disposto a nunca mais me deixar, sentou-se no banco livre da minha bicicleta num pulo. “A partir de agora tudo será diferente!”, foi o que eu disse, confiante e triunfante, ao mesmo tempo em que dava a primeira pedalada e tirava o pé do chão.

Dirigi-me aos caminhos por onde costumava andar antes e mostrei-os todos a Jesus, montado no banco de trás da minha bicicleta. Sentia que ele estava encantado com os caminhos por onde andávamos, “os meus caminhos”, assim lhes chamava eu, e sorria a cada novidade. Mas, ao mesmo tempo, parecia que “os meus caminhos” não eram novos para ele, como quem também já os tivesse percorrido…

As minhas mãos manejavam o guiador e conduziam-nos por todos os atalhos que eu conhecia bem desde a infância, caminhos que percorrera sozinho na minha bicicleta antiga mais de mil vezes! Pedalávamos contentes, ao mesmo tempo, e sentiamo-nos verdadeiramente felizes! De repente, serpenteando pelos “meus caminhos”, Jesus começou a largar uma das mãos do seu suporte atrás de mim para me apontar veredas e ruelas que eu nunca tinha visto que estavam lá… Primeiro uma, depois outra… Ia-me apontando caminhos novos dentro dos “meus caminhos” que eu nunca reconhecera… Andamos nisto muito tempo… Entre a surpresa e a alegria, andamos nisto muito tempo…

E houve uma altura na nossa vida, já nem me lembro bem quando, em que ele pediu que parássemos. Perguntei-lhe se estava cansado, e ele disse que não. Enquanto pedalávamos, por uns momentos mais devagar, ele disse-me por cima do ombro que era bom pararmos um bocado para pensarmos juntos onde havíamos de ir a seguir. Sorri-lhe… Seria mesmo preciso?! Olhei para trás de relance e vi no seu rosto que sim. Tínhamos aprendido a conhecer-nos, e percebi que ele tinha coisas escondidas para me dizer…

Percebi depois. Queria dizer-me que havia mais caminhos para além dos “meus caminhos”. Paramos à sombra de uma árvore, num planalto já muito sereno e verde, e fechamos ambos um pouco os olhos, como que limitando-nos a respirar fundo. Quando, passado um pouco, lhe disse “Vamos continuar!”, fez-me um pedido inesperado: “Deixa-me ir à frente!” Aquele “Deixa-me ir à frente” ecoou dentro de mim durante uma eternidade… Não era aquilo que eu tinha projetado quando comprei a bicicleta de dois lugares… Era suposto ser eu a ter nas mãos o guiador…

“Por quê?!”, perguntei-lhe eu… E ele sorriu e ficou só a olhar-me. Nos seus olhos vi refletida num instante a História de Amizade que já tínhamos construído. Nunca me dera motivos para não confiar nele… Meio a medo, mas com um entusiasmo diferente do primeiro, lá me sentei no banco de trás da minha bicicleta… Ele sentou-se à frente, pôs o pé no pedal e, antes de arrancar, olhou para trás, piscou o olho e repetiu o que eu tinha dito na nossa primeira partida: “A partir de agora tudo será diferente!”.

Fui a lugares que nem imaginava que pudessem existir, conduziu-me de bicicleta a topos de montanhas que eu achava impossível alcançar e de lá nos fez descer serenos sem nos perdermos nem magoarmos… Fez-me sentir cheiros que nenhuma palavra pode descrever e abriu-me os olhos para um mundo novo ao qual “os meus caminhos” ainda não davam acesso…

O medo e a desconfiança do princípio, debaixo da árvore, desapareceram com a experiência de liberdade e verdade profundas que ele me fazia saborear. Uma vez, enquanto atravessávamos uma enorme planície, perguntei-lhe por cima do ombro por onde andávamos. Fez um silêncio matreiro de suspense e respondeu-me: “Estes são os meus caminhos”! Ri-me à gargalhada e, a meio do meu riso, disse: “Mas agora podes chamá-los também de teus”…

Aconteceram já tantas coisas desde que eu comprei a bicicleta nova e depois ele me pediu que o deixasse guiar… Nem com uma noite inteira de palavras contaria o que vivemos juntos. Além disso, as palavras ficam sempre tão pobres quando chega a altura de contar histórias destas… Já lá vão uns anos, e continuo no banco de trás da minha bicicleta de dois lugares. Demorou mas percebi que era este o meu lugar! Nunca me senti tão feliz…

Quando, pelos dedos apontados de Jesus por cima do meu ombro, os “meus caminhos” foram dar “aos caminhos dele”, tudo começou a fazer sentido de uma maneira nova e profundamente plenificante. De vez em quando eu ponho-me a olhar para trás ou para os lados com olhar vazio… Então, ele olha de relance para mim e, ao ver-me assim, dá um “trim-trim” valente para eu perceber para onde vamos. E o “vazio” desaparece… E o “lá atrás” torna-se longe e pequeno demais para que valha a pena lá voltar… Um dia contei-lhe estas coisas todas e ele disse-me que se chamavam “Confiança”. E eu acreditei… Porque ele nunca me deu motivos para eu não acreditar...

SHALOM!

Rui Santiago do blog: http://vocacaotrigolimpofarinhaamparo.blogspot.com

domingo, 15 de março de 2015

VIVÊNCIA PARA CATEQUESE DE CRISMA - SANTO ÓLEOS

Na Arquidiocese de Londrina, todos os anos, o arcebispo D. Orlando Brandes, orienta e pede que todos os crismandos participem da Missa dos Santos Óleos na Semana Santa, numa "peregrinação crismal". 

E, uma ou duas semanas antes, cada paróquia faz um encontro com os crismandos, pais e padrinhos para fazer a "vivência" dos  Santos Óleos, onde, num encontro mistagógico e formativo, apresenta-se este rito tão bonito da nossa Igreja.

Os resultados são frutuosos, pois, além de conhecer a origem do rito, valoriza-se mais ainda o sacramento da Crisma.
Esta é uma sugestão de roteiro de encontro a ser feito com CRIMANDOS, PAIS e PADRINHOS, mesmo que não seja possível a peregrinação crismal à Missa dos Santos Óleos na Semana Santa.

ROTEIRO PARA ENCONTRO COM CRISMANDOS, PAIS E PADRINHOS - SANTOS ÓLEOS


OBJETIVO: Este encontro tem por objetivo levar crismandos, pais e padrinhos a conhecer um pouco mais sobre a unção crismal e incentivar a participação na Missa dos Santos Óleos na Semana Santa como uma peregrinação crismal. 
Lembrando que o método mistagógico é: celebra/explica e explica/celebra, e assim se faz a experiência da fé. Os efeitos dos ritos só se desenvolvem plenamente quando eles são explicados e vivenciados.

Obs. Pode-se convidar os Coroinhas também para o encontro.

OBS.: Óleo DO crisma (o masculino referindo ao óleo);
Sacramenta DA crisma (o feminino referindo-se a unção).

AMBIENTAÇÃO: No centro da sala, a frente, numa mesa, colocar tecidos: Branco (representando óleo crismal), verde (óleo dos catecúmenos/batismal), roxo (óleo dos enfermos); uma Bíblia, o Círio Pascal (apagado) e diversos tipos de óleos, um frasco de azeite e um frasco com bálsamo (perfume).
- A parte preparar pequenos frascos com azeite de oliva e um bálsamo (perfume) misturado. Mais ou menos 10 frasquinhos dependendo do número de pessoas.



SOBRE AS CORES: Hoje se vê em muitos lugares a seguinte sequência: Crisma - vermelho, Catecúmenos - branco, Enfermos - roxo. Entretanto, a tradição romana apresenta outras cores: Branco, Verde e Roxo. O Pontifical Romano determinava claramente a cor branca para o Santo Crisma: "três ampolas cheias de óleo puríssimo, uma para o Óleo dos Enfermos, outra para o Óleo dos Catecúmenos, e a terceira, que é maior, para o Crisma: e esta terceira deve-se cobrir com um pano de seda branca; a primeira e a segunda, contudo, sejam cobertas com panos de seda de outras cores". Assim sendo, não é parte da tradição romana atribuir a cor vermelha ao Santo Crisma. Tal ligação foi feita, obviamente, por causa da relação entre o Crisma e o Espírito Santo (a cor litúrgica de Pentecostes é vermelha). Mas, a esse respeito, basta lembrar que na administração do Sacramento da Crisma não é obrigatório o uso da cor vermelha: pode-se utilizar também a cor branca (cf. Pontifical Romano).

Observe as cores  na Missa dos Santos Óleos:

Bênção dos óleos na Catedral de Klagenfurt - Alemanha

ENTRADA: Iniciar o encontro com as luzes apagadas. Entra uma pessoa com uma vela acesa e outra com a Bíblia, enquanto se canta...

Ó luz do Senhor que vem sobre a terra, inunda meu ser permanece em nós...
Ó luz do Senhor que vem sobre a terra, inunda meu ser permanece em nós...

Ao chegar a frente  a pessoa acende o círio e então se acendem algumas luzes da sala. Em seguida entram três pessoas, cada uma com um frasco (ornamental) contendo óleo, representando os três óleos (crisma, batismo e enfermos) e coloca em cima do tecido da cor apropriada. (Com uma música de fundo).

Sugestão: Óleo Santo... (Vida Reluz).

PRIMEIRA PARTE – (VER)

- Boa noite a todos, sejam bem vindos a esta nossa vivência crismal. Estamos hoje aqui reunidos, catequistas, catequizandos, pais, padrinhos, coroinhas... Para viver um pouco daquilo que chamamos de “mistagogia”... De condução ao mistério da nossa fé, tentando entender um pouco mais o sacramento da crisma e seus símbolos.

- No dia da confirmação, da Crisma, o Bispo vai ungir a fronte dos crismandos com um óleo consagrado. Esse óleo é consagrado na missa crismal, que acontece na Semana Santa, junto com a bênção do óleo dos catecúmenos (óleo do batismo), e o óleo da unção dos enfermos.

- Mas isto não é um simples gesto, ele tem três grandes significados: é um gesto corporal, tem sentido teológico e está carregado de sentimento, de afeto... É a consagração do crismando para uma grande missão na Igreja. O jovem é ungido para o combate de sua vida, para ir a luta com novas forças e novo impulso para vencer.

Conhecer a história – os óleos e seu significado. 
Qual é a utilidade do óleo na nossa vida? 
Exortar a participação de todos. 
Mostrar a utilização do óleo, principalmente nas refeições.

- E para que esta unção seja feita precisamos de ÓLEO.

- Óleo é uma palavra de origem latina, "oleum", derivada do grego "élaion", que designa o óleo extraído dos olivais (élaia).

- Quando se fala de azeite (óleo), que imagem isso nos traz? Qual o contato dessa preciosa substância com o nosso cotidiano? Ele é utilizado na comida, como combustível, em massagens, como protetor solar, em perfumes; Tem também função terapêutica para queimaduras, torções, pancadas. Ele é símbolo de saúde, bem-estar e paz. E da onde vem o óleo? Soja, milho, girassol, mamona, canola, oliva...

Vamos tratar aqui de um óleo ou azeite que para nós tem uma função preciosa: o óleo de oliva. Que é extraído das oliveiras.



- A oliveira é uma das árvores mais antigas cultivadas no mundo. O azeite, óleo advindo das oliveiras, faz parte da alimentação humana há muito tempo. Com o tempo o azeite de oliva foi difundido para o resto do mundo. Além de usar na cozinha, o azeite era usado como medicamento, unguento ou bálsamo, perfume, combustível para iluminação e impermeabilizante de tecido. Com as expedições marítimas dos portugueses acabou por chegar as Américas. Espalhando-se por todo mundo onde as condições climáticas lhe eram favoráveis. Hoje até mesmo o Brasil produz um pouco de óleo de oliva. 



- Como é uma Oliveira afinal? 

(Mostrar imagens da árvore, do fruto, do Jardim das Oliveiras...  pode ser uma apresentação em powerpoint).

- Mas porque afinal estamos falando tanto de oliveira, azeitona, azeite...

- Primeiro porque precisamos compreender um pouco cada sacramento e cada símbolo da nossa fé. E aqui, trouxemos para vocês, o óleo, o símbolo da UNÇÃO.

- Vamos falar um pouco mais dessa palavrinha: UNÇÃO.  Que lembra untar, que nada mais é do que “lambuzar” alguma coisa de óleo... Isso a gente faz nas formas antes de assar bolo, pão e outras coisas... Mas aqui na nossa vivência, a unção é muito mais que isso... Aqui falamos de cada um de nós: ungidos pelo Espírito Santo do Senhor. Sabem o que significa a palavra CRISTO? Ungido. E o que significa cristãos? Ungidos.

SEGUNDA  PARTE  - (ILUMINAR)

Horto das Oliveiras - Jerusalém
- Mas, de onde vem essa função do óleo ou azeite na nossa Igreja. Como ele se tornou um símbolo da Crisma?

Fundamentação Bíblica

- Encontramos nos salmos que o óleo tem a finalidade de fazer brilhar o rosto (Sl 103,15) e é símbolo da alegria (Sl 44,8).  Penetrante, sua unção significa a consagração de um ser a Deus, em vista da realeza, do sacerdócio ou de uma missão profética (Ex 29,7). Edifícios e objetos são consagrados com a unção do óleo (Gn 28,18). O ungido por excelência é o Messias, o Cristo, que é o Rei, o Sumo Sacerdote e o Profeta. Símbolo da alegria e da beleza, sinal de consagração, o óleo é também o ungüento que alivia as dores e que fortalece os lutadores, tornando-os mais ágeis e menos vulneráveis.

- Vamos lembrar aqui que desde o primeiro Rei de Israel, este foi ungido com óleo. E que Davi, rei escolhido por Deus ainda jovem, por duas vezes teve a chance de matar seu antecessor,  Saul... Mas não o fez em respeito a ele ser um rei “Ungido”.  Davi é um exemplo de pessoa que levou a sério a unção, a pertença da pessoa à Deus.

Leitura: Êxodo 30, 22-33.

Pode ser projetado no Datashow o vídeo:

(Fazer a leitura explicando a origem do óleo consagrado e citar brevemente as outras fontes: Levítico, unção dos sacerdotes; Mateus, luz/combustível para as lâmpadas, luz que ilumina; Marcos, força e cura; São Tiago, cura.)

Fontes de referência: Êxodo 30, 22-33; Levítico 8, 1-13; Mateus 25, 1-13; Marcos 6, 6-13; São Tiago 5, 13-15. (Anexos)

Liturgia

- A Liturgia da Igreja privilegia três óleos, chamando-os de "Santos Óleos": Óleo dos enfermos, Óleo dos catecúmenos e Óleo do Santo Crisma. Os dois primeiros Santos Óleos são abençoados e o terceiro, o Óleo Crismal, é consagrado na missa crismal que o Bispo celebra com todo o seu presbitério na 5ª feira santa pela manhã ou outro dia da semana, como será aqui em Londrina, dia 31 de março, às 19h30, no Moringão.

- No centro da Liturgia deste dia está a bênção dos santos óleos: o óleo dos catecúmenos e o óleo para a unção dos enfermos. Merece destaque, o óleo do crisma que não é abençoado e sim consagrado. Com ele se unge a testa de quem está sendo crismado, as mãos do padre quando é ordenado, a cabeça do bispo quando ele é ordenado. Consagra-se o altar da Igreja, as 12 cruzes da parede. Este é o “toque” do Senhor, a expressão física, corporal, usando elementos da natureza, no caso, o óleo de oliva.

“Os sacramentos são a expressão da corporeidade da nossa fé, que abraça corpo e alma, isto é, o homem inteiro.” (Bento XVI).

TERCEIRA PARTE – (AGIR)

- O óleo é símbolo do Espírito Santo e, ao mesmo tempo, alude a Cristo: a palavra Cristo (Messias) significa “Ungido”. Aquilo que acontecera apenas simbolicamente nos reis e sacerdotes da Antiga Aliança, quando eram instituídos no seu ministério com a unção do óleo, verifica-se em toda a sua realidade em Jesus: a sua humanidade é permeada pela força do Espírito Santo. Jesus abre a nossa humanidade ao dom do Espírito Santo. Chamamo-nos “cristãos”, ou seja, “ungidos”: pessoas que pertencem a Cristo e por isso participam na sua unção, são tocadas pelo seu Espírito.

OS SANTOS ÓLEOS:

O Óleo dos Catecúmenos concede a força do Espírito Santo aqueles que serão batizados para que possam ser lutadores de Deus, ao lado de Cristo, contra o Espírito do mal. O batizando é ungido com o óleo dos catecúmenos, no peito.
- “Este óleo é o primeiro modo de ser tocado por Cristo e pelo seu Espírito: um toque interior, pelo qual o Senhor atrai e aproxima de Si as pessoas. Por meio desta primeira unção, que tem lugar ainda antes do Batismo, o nosso olhar detém-se nas pessoas que se põem a caminho de Cristo, nas pessoas que andam à procura da fé, à procura de Deus. O óleo dos catecúmenos diz-nos: não só os homens procuram a Deus, mas o próprio Deus anda à nossa procura”. (Bento VXI).



O Óleo dos Enfermos é um sinal sensível utilizado pelo sacramento da Unção dos Enfermos, que traz o conforto e a força do Espírito Santo para o doente no momento de seu sofrimento. O doente é ungido na fronte e na palma das mãos.
- Lembram que o bom samaritano despejou óleo nas feridas do viajante?

- “Pensemos agora na multidão das pessoas que sofrem: os famintos e os sedentos, as vítimas da violência em todos os continentes, os doentes com todos os seus sofrimentos, as suas esperanças e desânimos, os perseguidos e os humilhados, as pessoas com o coração dilacerado. Ao narrar o primeiro envio dos discípulos por Jesus, São Lucas diz-nos: “Ele enviou-os a proclamar o Reino de Deus e a curar os enfermos” (9, 2). Curar é um mandato primordial confiado por Jesus à Igreja, a exemplo d’Ele mesmo que, curando, percorreu os caminhos do país. Faz parte da missão essencial da Igreja também a cura concreta da doença e do sofrimento. O óleo para a Unção dos Enfermos é expressão sacramental visível desta missão”. (Bento XVI).
- Que na missa dos santos óleos a oração de cada crismando presente, na hora da bênção, seja força e alimento, junto com o óleo, para todos os enfermos de nossa arquidiocese.

O Santo Crisma é o óleo utilizado nas unções de consagração dos seguintes sacramentos: batismo, o batizado é ungido no peito; na Confirmação ou Crisma, é o símbolo principal da consagração, feito na fronte; depois na Ordenação Episcopal, sobre a cabeça do novo bispo; e na ordenação sacerdotal, na palma das mãos do novo sacerdote. Também é usado em outros ritos, como na dedicação de uma Igreja, na consagração de um altar, quando o Santo Crisma é espalhado sobre o altar e sobre as cruzes de consagração que são colocadas nas paredes laterais das igrejas dedicadas (consagradas). Em todos estes casos, o Santo Crisma recorda a vinda do Espírito Santo que penetra as pessoas como o óleo que impregna a cada um deles que o toca. Ele faz com que pessoas sejam ungidas com a unção real, sacerdotal e profética de Jesus Cristo. Lembrando aqui o batismo.
- Na missa crismal observar os gestos do bispo, na oração de consagração do óleo, observar como ele é conduzido até o altar e depois como é retirado. Participar com muita fé e oração pois este óleo te consagrará para sempre e consagrará muitos outros pelo batismo.

- Misturar aqui os dois jarros: o de azeite com o bálsamo... lembrar o cerimonial da Missa dos santos óleos...  a bênção, o sopro... enquanto vai falando...

- O óleo do crisma é misturado com perfume. É o único dos santos óleos que é perfumado. Porque precisa deixar marcas no Espírito e no corpo. O óleo do crisma transmite o aroma do amor de Cristo, cobre o jovem com o perfume de Cristo, dá-lhe a sua irradiação amorosa. Ele está assim marcado, não precisa ter medo dos perigos, das tentações, do mal... Crisma é uma palavra grega que significa: óleo de ungir. A palavra Confirmação tem aqui o significado de fortalecimento, pois deve tornar o cristão “forte e robusto” no espírito. O óleo do crisma é uma mistura do óleo de oliva e de bálsamo perfumado.
- E ao sermos consagrados com o óleo do crisma recebemos a “Identidade de cristãos”, conferida já pelos sacramentos da iniciação, batismo e eucaristia, agora somos “propriedade de Deus”, fomos marcados pelo seu selo. Recebemos a unção e esta unção é poderosa!
- Vamos “sentir” e “tocar” um pouco esse óleo perfumado... sentir a textura na pele, o cheiro...

- Aqui passar de mão em mão os pequenos frascos com óleo perfumado para cheirar e tocar. Enquanto isso vai falando...

Óleo ungido perfumado

- A unção com óleo significa o derramar do Espírito Santo em nossas vidas e o agir de Deus a nosso favor, através da comunhão, da oração e da obediência.

- Crisma é o sacramento que, conferindo os dons do Espírito Santo em plenitude, inaugurado no batismo, põe o fiel no caminho da perfeição cristã e assim o faz passar da infância para a idade adulta, pois é o Sacramento da maturidade Cristã. É quando o cristão passa a ter responsabilidade na comunidade. Por isso ele é a Confirmação do Batismo. É o Sacramento da Juventude. É o Sacramento por excelência do Espírito Santo. É o sacramento da “missão”.

- Lembram da passagem final de Jesus pelo Horto das Oliveiras, antes de ser preso e condenado? Foi no Jardim das Oliveiras que Jesus se recolheu e orou fervorosamente antes da crucificação. Este jardim também é chamado de “getsêmani”. Pensemos que as orações e o sofrimento de Jesus nesta hora foram tão fervorosos que Ele chegou a suar sangue: “(...) posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão.” (Lc 22,44).  Vale relembrar também o que significa, literalmente, a palavra aramaica Getsêmani. A primeira parte da palavra significa “prensa” (get) e a segunda (sêmani), óleo ou azeite. Todo horto de oliveiras possuía uma prensa assim.

- Façamos então, uma analogia com o sofrimento de Jesus a tudo que falamos hoje. As azeitonas precisam ser prensadas e esmagadas para produzir o mais fino e salutar dos óleos: o azeite de oliva. Jesus sofreu a agonia de saber que ia morrer por nós e sofreu muito por isso, afinal Ele, mesmo sendo o filho de Deus, também era “carne”, era humano. Sua morte provocou a salvação da humanidade (azeite, doçura da unção). Cada um de nós, a seu tempo vive o “getsêmani”... Afinal o fruto de nosso sofrimento, é óleo para a unção, tem que sair de nós mesmos, esmagando nossa carne,  para ser então derramado sobre as frontes. Por mais difícil que possa parecer, temos que passar por ele, pela “prensa” do sofrimento: chorando, gritando e suando “sangue”, se preciso for, para que, lá na frente, nos transformemos em bênçãos.  Este é o óleo do Crisma e o significado dele para nossa fé.

Renovação do batismo

- Vamos lembrar também que o sacramento da crisma é a confirmação e a renovação do batismo. Na parte final do Batizado é feita a “Unção com Óleo da Crisma”. No Antigo Testamento era comum ungir os sacerdotes, reis e profetas. Também Cristo foi ungido pelo Espírito Santo de um modo muito especial. Então, esta Unção quer significar que pelo Batismo nos tornamos participantes do poder messiânico de Jesus. E também, conforme a primeira epístola de São Pedro (1 Pedro 2, 9-10) nos tornamos raça eleita com Cristo, reis (rainhas), sacerdotes (sacerdotisas) e profetas (profetisas).
- Profetas, porque participantes da salvação em Cristo, nós a devemos anunciar a humanidade por palavras e exemplos de vida. Mostrar que Deus é Amor através do verdadeiro amor pessoal.
- Tornamo-nos sacerdotes. Não possuímos o sacerdócio ministerial com o poder de fazer a Consagração na Santa Missa. Mas nos tornamos participantes do sacerdócio de Jesus, pois participamos do novo povo de Deus na Nova Aliança, sendo assim, parte de um povo sacerdotal capaz de oferecer sacrifícios com Cristo. Isto porque, recebemos nossa vida como precioso dom de Deus e assim, devemos oferecê-la em retribuição, em ação de graças ao Criador. Todo cristão pode e deve, em sua vida, orientar todas as coisas para Deus.
- Por fim, pelo Batismo nos tornamos reis, possuidores do Reino de Deus. Com Jesus vencemos a morte e o pecado e podemos participar da própria vida de Deus.
- Vemos aqui que os sacramentos da iniciação tem uma estreita ligação entre eles.

BENÇÃO FINAL – (CELEBRAR)

Já finalizando nosso encontro, vamos lembrar da imposição das mãos.

-Na imposição das mãos e na unção realizadas pelo bispo, o crismando não está só. O padrinho ou a madrinha está atrás dele(a) e lhe põe a  mão direita sobre o ombro e participa da essência do ritual. Para os jovens, é bom saber que a seu lado há um adulto que os ampara. No padrinho ou na madrinha, o Espírito Santo torna-se visível, como um amparo real. Isso firma a vontade do crismando para que ele(a) consiga amparar a si mesmo e para que tenha coragem de enfrentar a vida. Uma das tarefas do padrinho é colocar a mão direita sobre o ombro do crismando. O ombro é um centro da energia. É a partir dele que o guerreiro  atira sua lança. Mostrar o ombro a alguém, aprumar os ombros, levantar, quer dizer: estou impondo limites. Quando o padrinho ou madrinha põe a mão no ombro do crismando, quer dizer: “É bom que você esteja aqui. Você tem força. Você administra sua vida. Permaneça fiel a si mesmo. Trilhe seu caminho”. Ao mesmo tempo, com esse gesto ele mostra que a força, muitas vezes insuficiente do crismando, é permeada pela força do Espírito Santo, que sustenta o jovem para que ele possa dar os passo seguintes, de ombros erguidos e confiante.

- Agora, não é apenas o padrinho que está junto de vocês, mas seus pais, irmãos, amigos. Todos que puderem coloquem a mão sobre os ombros uns dos outros. Com isso vamos expressar que não estamos sós, que existe muita gente nos apoiando, que muitas pessoas acompanham a nossa vida, torcem por nós e sempre podemos contar com elas. Quando “confirmados” pela crisma somos admitidos no círculo dos adultos, passamos a fazer parte de uma comunidade que vem de gerações, de pessoas dispostas a partilhar a fé e nos acompanhar para o que der e vier. Quando nos sentirmos desanimados e abandonados, vamos lembrar deste gesto. Sempre podemos voltar a vivenciar a força do Espírito Santo nas pessoas que nos acompanham, nas pessoas que seguram os nossos ombros e nos dão força.

- Vamos fechar nossos olhos e em silêncio, vivenciar essa força, sentir a energia do outro pela mão que toca nosso ombro e transmitir essa mesma energia ao ombro da pessoa que estamos tocando.

- Colocar a música: Vinde Espírito Santo (Vida reluz)

“Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra. Oremos: Deus que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre da sua consolação. Por Cristo, Senhor nosso. Amém.”

- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, assim como era no principio, agora e sempre. Amem.

FINAL (coordenação):

Agradecer a presença de todos. Reforçar a data e o horário e o local da Missa dos Santos Óleos. Como todos vão se dirigir ao local.

(Justificativa de servir pão e suco de uva ao final...).

- O Bispo invoca o Espírito Santo sobre os jovens para que renasçam, para que se transformem como as oferendas da Eucaristia, para que se tornem plenos do Espírito, do amor e da força de Cristo. Com a imposição das mãos, eles devem se tornar o pão dos céus, o pão para os outros, o pão que os nutre verdadeiramente em seu caminho e o vinho que alegra os corações das pessoas.

 
 

Convidar a todos para na saída, degustar uma pequena “refeição” que lembrará os momentos do encontro (Pratos com azeitonas verdes e pretas, torradinhas ou “paezinhos” com algumas gotas de azeite de oliva e sal, patê de azeitona, e suco de uva. Esta mesa decorada, deverá estar pronta  à saída do evento).


Ângela Rocha


FONTES DE CONSULTA:
 - Anselm Grün, Confirmação, responsabilidade e vigor. São Paulo: Loyola, 2006.
- Bento XVI, Homilia,  missa do Santos Óleos, 2011.
- Bíblia Sagrada, CNBB. 10ª ed.
- CIC – catecismo da Igreja Católica – 1285 a 1321.
- Orientações Arquidiocese de Londrina –PR


ANEXOS
01 - CITAÇÕES BÍBLICAS:

UNÇÃO - Êxodo 30, 22-33

O Senhor falou a Moisés:
23. "Providencie bálsamo de primeira qualidade: cinco quilos de mirra em grão, dois quilos e meio de cinamomo, dois quilos e meio de cana aromática,
24. cinco quilos de cássia, conforme o peso do santuário, e sete litros e meio de azeite de oliva.
25. Com esses ingredientes, faça o óleo para a unção sagrada, um perfume aromático, segundo a receita de perfumista. E ele servirá para a unção sagrada.
26. Unja com esse óleo a tenda da reunião e a arca da aliança,
27. a mesa com seus utensílios, o candelabro com seus acessórios, o altar do incenso,
28. o altar dos holocaustos com seus acessórios, e a bacia com a sua base.
29. Consagre essas coisas e elas ficarão santíssimas: quem as tocar ficará santificado.
30. Unja também Aarão e os filhos dele e consagre-os, para que exerçam o sacerdócio em minha honra.
31. Fale aos filhos de Israel: 'Isso será para vocês e para suas gerações um óleo para a unção sagrada.
32. Não será derramado sobre o corpo de nenhum homem, e vocês não copiarão sua fórmula. Ele é coisa sagrada e assim vocês devem tratá-lo.
33. Quem fizer um óleo parecido e o colocar sobre um profano, será excluído do povo”.

UNÇÃO - Levítico 8, 1-13:

1. O Senhor falou a Moisés:
2. "Tome Aarão e seus filhos, as vestes, o óleo da unção, o bezerro do sacrifício pelo pecado, os dois cordeiros e o cesto dos pães sem fermento.
3. Em seguida convoque toda a comunidade junto à entrada da tenda da reunião".
4. Moisés fez conforme o Senhor lhe havia ordenado. E toda a comunidade se reuniu na entrada da tenda da reunião.
5. Moisés lhes falou: "Vejam o que o Senhor mandou fazer".
6. Depois Moisés fez com que Aarão e seus filhos se aproximassem, e os lavou com água.
7. Revestiu Aarão com a túnica, colocou-lhe o cinto, vestiu-o com o manto e colocou nele o efod. Depois colocou a faixa do efod e a fixou em Aarão.
8. Colocou-lhe o peitoral com os urim e os tumim.
9. Colocou-lhe o turbante na cabeça e, na frente do turbante, a flor de ouro: é o sinal da santa consagração, conforme o Senhor ordenou a Moisés.
10. Então Moisés pegou o óleo da unção e ungiu o santuário e tudo o que nele havia, para os consagrar.
11. Fez sete aspersões sobre o altar, e ungiu o altar e seus acessórios, a bacia com sua base, a fim de os consagrar.
12. Depois derramou o óleo da unção sobre a cabeça de Aarão e o ungiu, para o consagrar.
13. A seguir, mandou que os filhos de Aarão se aproximassem, revestiu-os com túnicas, colocou neles o cinto e atou-lhes o turbante, conforme o Senhor ordenou a Moisés.

Obs.:

Efod - Tipo de uma túnica adornada de ouro e jóias, usada pelo sumo sacerdote, judeu, no exercício de suas funções.
Urim e Tumim - Trata-se de um objeto, ou de mais de um objeto usado no processo de adivinhação utilizado pelos antigos israelitas para descobrir a vontade de Deus sobre determinado evento. É uma expressão proveniente do hebraico, e significa luzes e perfeições. Não existe uma clara definição de como era o objeto, ou objetos. Quanto a cor, tamanho, e também  a substancia do Urim e do Tumim, são desconhecidas. Talvez fossem dados, pedras ou até bastões, que deveriam estar na dobra do peitoral dos sacerdotes.

LUZ/COMBUSTÍVEL - Mateus 25, 1-13

1. "Naquele dia, o Reino do Céu será como dez virgens que pegaram suas lâmpadas de óleo, e saíram ao encontro do noivo.
2. Cinco delas não tinham juízo, e as outras cinco eram prudentes.
3. Aquelas sem juízo pegaram suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo.
4. As prudentes, porém, levaram vasilhas com óleo, junto com as lâmpadas.
5. O noivo estava demorando, e todas elas acabaram cochilando e dormiram.
6. No meio da noite, ouviu-se um grito: 'O noivo está chegando. Saiam ao seu encontro'.
7. Então as dez virgens se levantaram, e prepararam as lâmpadas.
8. Aquelas que eram sem juízo disseram às prudentes: 'Dêem um pouco de óleo para nós, porque nossas lâmpadas estão se apagando'.
9. As prudentes responderam: 'De modo nenhum, porque o óleo pode faltar para nós e para vocês. É melhor vocês irem aos vendedores e comprar'.
10. Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou.
11. Por fim, chegaram também as outras virgens, e disseram: 'Senhor, Senhor, abre a porta para nós'.
12. Ele, porém, respondeu: 'Eu garanto a vocês que não as conheço'.
13. Portanto, fiquem vigiando, pois vocês não sabem qual será o dia, nem a hora."

CURA - Marcos 6, 6-13

6. E Jesus ficou admirado com a falta de fé deles. Jesus começou a percorrer as redondezas, ensinando nos povoados.
7. Chamou os doze discípulos, começou a enviá-los dois a dois e dava-lhes poder sobre os espíritos maus.
8. Jesus recomendou que não levassem nada pelo caminho, além de um bastão; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura.
9. Mandou que andassem de sandálias e que não levassem duas túnicas.
10. E Jesus disse ainda: "Quando vocês entrarem numa casa, fiquem aí até partirem.
11. Se vocês forem mal recebidos num lugar e o povo não escutar vocês, quando saírem sacudam a poeira dos pés como protesto contra eles."
12. Então os discípulos partiram e pregaram para que as pessoas se convertessem.
13. Expulsavam muitos demônios e curavam muitos doentes, ungindo-os com óleo.

CURA – São Tiago 5, 13-15

13. Alguém de vocês está sofrendo? Reze. Está alegre? Cante.
14. Alguém de vocês está doente? Mande chamar os presbíteros da Igreja para que rezem por ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor.
15. A oração feita com fé salvará o doente: o Senhor o levantará e, se ele tiver pecados, será perdoado.

PRIVILEGIO E MANDATO DE CURA – 1 Pedro 2, 9-10

9. Vocês, porém, são raça eleita, sacerdócio régio, nação santa, povo adquirido por Deus, para proclamar as obras maravilhosas daquele que chamou vocês das trevas para a sua luz maravilhosa.
10. Vocês que antes não eram povo, agora são povo de Deus; vocês que não tinham alcançado misericórdia, mas agora alcançaram misericórdia.