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quarta-feira, 31 de agosto de 2022

CURSO: CATEQUESE E PEDAGOGIA DA BELEZA

PUCPR oferece curso de extensão “Catequese e Pedagogia da Beleza”

No mês de setembro, a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) oferece o curso de extensão “Catequese e Pedagogia da Beleza”. As aulas – na modalidade online – estão previstas para iniciar no dia 15 de setembro e seguem até o início de dezembro, completando 45 horas de curso.

Voltado para estudantes, catequistas, lideranças comunitárias e público externo, o curso propõe contribuir na formação permanente de catequistas a partir da dimensão do belo, do lúdico e do místico, para que a catequese favoreça a interação fé e vida.As inscrições custam R$50,00 e podem ser feitas através do LINK.

Clelia Peretti, coordenadora do curso, é Doutora em Teologia (Faculdades EST); possui pós-doutorado em Fenomenologia (Centro Italiano di Ricerche Fenomenologiche e Pontifícia Universidade Lateranense – Roma) e mestrado em Educação (PUCPR). Atualmente é professora no Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado e do Bacharelado em Teologia (PUCPR) e líder do Grupo de Pesquisa Teologia, Gênero, Educação (PUCPR).

 SERVIÇO:

Curso de extensão “Catequese e Pedagogia da Beleza”
Início das aulas: 15/09/2022
Horário: 19h às 22h
Inscrição a R$50,00 através do LINK.

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Com informações da PUCPR.

sábado, 27 de agosto de 2022

REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DOMINGO: PRIORIDADE ABSOLUTA PARA OS PEQUENOS, POBRES E VULNERÁVEIS!


 2º DOMINGO DO TEMPO COMUM – Lucas 14, 1. 7-14

Jesus não desperdiça nenhuma ocasião para ensinar. Como Palavra viva e atuante de Deus, ele propõe uma inversão radical na escala dos valores da sociedade e da religião, e não se cala nem mesmo na casa de uma autoridade, em pleno jantar para o qual havia sido convidado. Ele desenvolve a corajosa lição de hoje num sábado, na casa de um dos chefes dos fariseus, logo depois de afirmar que as necessidades de qualquer pessoa estão acima das leis. No dia dedicado à vocação dos leigos, fixemos os olhos em Jesus, a Palavra que ressoa como Boa Notícia.

Jesus evita ficar na periferia ou na superfície das questões essenciais. Seu ensino não é sobre as regras de boas maneiras numa refeição solene, mas sobre uma questão fundamental da vida cristã: quem é o maior ou o primeiro, o mais importante ou notável na vida cristã? Jesus começa pela crítica ao orgulho e aos privilégios e passa à questão dos beneficiários da nossa atenção. Ele conhece o costume de privilegiar, tanto nas festas quanto nas decisões e projetos políticos, os familiares, parentes, amigos e vizinhos. Para Jesus, este é um círculo muito estreito.

Inicialmente, Jesus fala aos hóspedes que estão com ele à mesa, afirmando que “todo aquele que se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado”. Depois, dirige-se ao próprio anfitrião que o acolhe, questionando sua expectativa de retribuição. E deixa muito claro que orgulho e a busca de retribuição são posturas anti-evangélicas. Os cristãos e as igrejas não podem ceder a honras e vaidades, mas buscar decididamente o lugar reservado aos servidores, superar a velha prática de servir, apoiar e defender prioritariamente as pessoas e instituições que a favorecem.

Jesus propõe a inversão da ordem dos grupos e pessoas que costumam aparecer no topo das nossas listas de honoráveis, presenças infalíveis entre os convidados das nossas festas e solenidades: os pobres, aleijados, coxos e cegos devem ser os primeiros! É claro que aqui Jesus não quer estragar nossa festa, mas questionar a estreiteza das fronteiras que traçamos entre ‘nós’ e ‘eles’, entre os ‘nossos’ e os ‘outros’. Jesus coloca em questão a busca de compensações que rege nossas pequenas e grandes ações. A verdadeira felicidade consiste em dar generosamente.

Dom Helder Câmara nos ensinava que o maior perigo que ameaça os cristãos e a hierarquia é o desejo de sempre vencer e jamais fracassar, de sentir-se sempre querido/a e nunca sobrar. E chegou a advertir um colega bispo: “Mais grave do que ser apanhado pela engrenagem do dinheiro, é ser apanhado pela engrenagem do prestígio”. Na verdade, a busca de privilégios e compensações é tão desgastante quanto infantilizadora: o caminho que dá acesso a eles costuma passar pela subserviência, e é acompanhado pelo medo do anonimato e pelo apego doentio aos bens e títulos.

Para quem segue o caminho de Jesus, a recompensa é prometida para ressurreição dos justos. A felicidade que ninguém pode roubar é aquela que conquistamos entrando pela estreita porta da humildade, da generosidade e da solidariedade. É a alegria profunda que experimentamos quando ouvimos da boca dos porta-vozes da vida o convite: “Amigo, vem para um lugar melhor!” E, enquanto caminhamos nesta direção, não há honra e alegria maiores que servir, compartilhar sonhos e lutas com aqueles que normalmente são ejetados para os últimos lugares.

A Carta aos Hebreus nos diz que, em Jesus e na comunidade que o segue, torna-se visível a assembleia dos primogênitos, o verdadeiro povo de Deus, constituído de homens e mulheres que descobriram a grande honra de amar e servir. Esta é a verdadeira cidade de Deus, a manifestação e a morada de Deus no mundo. Fogo, tempestade, trevas, sons de trovões e trombetas são nada diante do sinal grandioso de homens e mulheres mansos e corajosos, humildes e generosos.

Jesus de Nazaré, servidor humilde e generoso, queremos acolher teu o chamado e seguir o teu caminho de estar entre os ‘últimos’ e a serviço deles. Que nesta semana, dedicada às vocações leigas, tua Palavra ocupe um lugar importante em nossa vida, ilumine nossa percepção e guie nossas decisões. Hoje tu nos pedes que reservemos os primeiros lugares aos que são vistos e tratados como ‘últimos’. Envia-nos teu Espírito, para que ele nos ajude a assimilar este mandamento e escutar teu convite: “Vem para um lugar melhor!”  Assim seja! Amém!

Texto: Itacir Brassiani msf

Fonte: CEBI.ORG.BR

 

terça-feira, 23 de agosto de 2022

CATECUMENATO DE ADULTOS: COMO FAZER UM BOM ENCONTRO


Antes de pensarmos no encontro propriamente dito, temos que destacar o caráter Cristocêntrico da nossa catequese. Os temas abordados são vistos a partir de Jesus Cristo, Ele é o destaque principal do nosso temário.

Para atender a integridade do conteúdo da fé, os encontros estão fundamentados nos quatro pilares da pé:

a) CRER: As verdades professadas no credo;

b) CELEBRAR: a catequese litúrgica, principalmente a catequese sobre os Sete Sacramentos e sobre a liturgia da missa;

c) VIVER: a catequese sobre a moral, principalmente os Dez Mandamentos e as Bem-aventuranças;

d) ORAR: a catequese sobre a oração cristã principalmente o pai nosso.

Preparando o encontro: O encontro exige uma preparação prévia pela oração e estudo. É fundamental que o catequista estude bem o encontro e pesquise outras Fontes. É preciso estar bem-preparado, sobretudo, para possíveis perguntas (caso não saiba responder, fuja de achismos, peça um tempo para pesquisar e então trazer a resposta à luz da igreja). O encontro deve ser rico de simbolismos, experiências e criatividade. Crie momentos ricos para que as surpresas do Espírito se manifestem.

Use de uma metodologia própria: Para falar com adultos devemos tomar cuidado para que a catequese não seja infantilizando. O adulto traz consigo muitas experiências, conhecimento prévio e questionamentos. Portanto, o melhor modo de trabalhar com ele é oportunizar o diálogo e a participação. Os encontros não devem ser monólogos, nem palestras, muito menos uma aula. Aliás, catequese não é a aula, nem catequista é professor, mas, um instrumento de Deus que anuncia a Boa Nova de Jesus. Os encontros devem ser diálogos que procuram colocar o conteúdo da fé em confronto com a vida e as aspirações de cada um.

Seja querigmático: O querigma não deve estar somente vinculado ao pré-catecumenato. Deve ser o fio condutor de todo o processo. Portanto tenha sempre em mente que cada tema deve oportunizar o encontro pessoal com Jesus Cristo. Para isso use uma linguagem simples, fale com alegria e entusiasmo da fé, tenha Jesus Cristo no centro, fale de modo mais personalizado, de situações concretas da vida, sem utilizar falas teóricas e abstratas.

Seja um catequista mistagogo: A catequese mistagógica tem o objetivo de conduzir ao mistério Divino. Desta forma, exige muito além de uma exposição teórica de conteúdos, é fundamental que os encontros sejam vivenciais e interiorizados pela oração. Os momentos de oração devem ser muito valorizados, oportunizando a espontaneidade, o silêncio, tudo sob a moção do Espírito Santo.

Para que tal intento seja alcançado:


a. Utilize a bíblia como fonte de oração: ela deve ser usada sempre nos encontros principalmente com a leitura orante;

b. Use simbologias e gestos: a catequese mistagógica se dá com o bom casamento entre a catequese e liturgia. Usar de elementos litúrgicos só enriquece nossos encontros: água, vela, flores, óleo, perfume, aspersão, imposição das mãos, silêncio, olhos fechados, beijo na Bíblia, etc.;

c. Utilize bem a música: uma boa música pode enriquecer muito o seu encontro, nos momentos oracionais, coloque músicas instrumentais, elas auxiliam na aproximação ao sagrado. Use da criatividade.

d. Lembre-se sempre da relação fé e vida: a catequese deve transformar a vida do catequizando, portanto, é muito importante relacionar sempre o tema trabalhado com a vida. Neste momento, evite achismos, lições de moral e enfoque no pecado. O catequizando deve descobrir o modo de aplicar a fé em sua vida a partir de uma experiência alegre de encontro com o Senhor.

e. Promover vivências: é importante oportunizar aos catequizando vivências sociais e pastorais - visitas a doentes, asilos, orfanatos, trabalhos sociais e comunitários, valorizando a sua inserção na comunidade. Ninguém é cristão sozinho.

f. Deixe-se guiar pelo Espírito Santo: é fundamental ter consciência de que esta obra não é nossa, mas, de Deus, e que somos meros instrumentos, portanto, além dos conhecimentos adquiridos, é fundamental a ação do Espírito Santo.

Para encerrar devemos sempre lembrar:

"O catequista deve despir-se de si mesmo e vestir-se de Igreja".



Fonte: Catecumenato de Adultos (diversos).



sexta-feira, 12 de agosto de 2022

ORAÇÃO DOS FIÉIS: AS PRINCIPAIS INTENÇÕES

Muitas vezes, a catequese é “responsável” pela organização de uma missa. Além de encontrar leitores, organizar ofertório, etc., temos também a função de cuidar da “oração do fiéis”. E não raro, simplesmente encontramos alguém para ler o que está no livrinho da liturgia ou no folheto, e esquecemos das orações dos “nossos fiéis”, aqueles que estão na comunidade. Ou, criamos orações que fogem da liturgia e da organização dela.

Vamos falar um pouco sobre as “Orações” da missa?

No começo da Missa vimos que existe a Oração da Coleta. É uma oração breve, proferida pelo Presidente, a fim de colocar a Assembleia em clima de fé para ouvir a Palavra de Deus. E temos também um espaço mais abrangente para a oração, onde os fiéis também colocam publicamente as suas intenções. Por isso se chama “Oração dos Fiéis”. Vem logo após a Profissão de Fé (ou após a homilia, se não houver Profissão de Fé).

A Oração dos Fiéis encerra a Liturgia da Palavra. É a Palavra de Deus feita oração. Depois de ouvirmos a Palavra de Deus e de professarmos nossa fé e confiança em Deus que nos falou, nós colocamos em suas mãos as nossas preces de maneira Oficial e coletiva. E fazemos essas orações confiando em Jesus, que disse: “Pedi, e lhe será dado; buscai, e encontrareis; batei e a porta se abrirá. Porque todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e a quem bate se abrirá” (Mt 7,7-8).

A Oração dos Fiéis é também chamada “Oração Universal”, ou mesmo, como dizem alguns, “Preces da Comunidade”. O Missal Romano, falando sobre a Oração dos Fiéis, diz o seguinte: “Na Oração Universal ou oração dos fiéis, exercendo a sua função sacerdotal, o povo suplica por todos os homens. Convém que, normalmente, se faça esta oração nas Missas com o povo, de tal sorte que se reze pelas seguintes intenções:

·       -  Pelas necessidades da Igreja;

·       - Pelos poderes públicos e pela salvação de todo o mundo;

·       - Pelos que sofrem qualquer necessidade;

·       - Pela comunidade local.

Esta então seria a “ordem” correta das intenções. No entanto, acrescenta-se também oração pelo clero e pelas lideranças da Igreja, bem como alguma intenção comemorativa da data.

Importante é que não se exceda o tamanho do texto ou da oração, pois os fiéis podem acabar por se distrair com textos longos. Quatro ou cinco intenções estão de bom tamanho,

 

Ângela Rocha

Catequista e graduanda do 8º período de teologia da PUC/PR

 



 

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

VOCAÇÃO: UM CHAMADO DE DEUS

Imagem: Google imagens/sem autor

Como muitos de vocês devem saber, vocação quer dizer um chamado de Deus para um trabalho a ser feito na sociedade, no mundo.

Todos nós temos uma vocação. A vocação é um chamado de Deus. Deus nos chama para a vida e o serviço. Dentro dessa vocação, há chamados específicos, alguns são chamados para a vida religiosa, como os Padres, frades, freiras e consagrados, outros para o casamento e mesmo como leigos a serviço da igreja, como os catequistas. Cada um de nós recebe um dom e é com ele que vamos realizar nossa missão no mundo. Quando respondemos ao chamado de Deus estamos colaborando com a construção do Reino. Na Bíblia há muitos chamados: Noé, Abrahão, Moisés, Jonas, Samuel, Elias e os apóstolos. Foi Jesus quem chamou os primeiros colaboradores.

Pedro era pescador e Jesus convidou-o dizendo:

— "Não tenhas medo! Doravante serás pescador de homens".(Lc 5,10). Mas ao convite de Jesus houve uma resposta de Pedro. Não basta apenas ter uma vocação, ou ser chamado. É necessário dar uma resposta. Foi isso que também aconteceu com Mateus que era cobrador de impostos. Vamos conhecer o chamado que Jesus fez a Mateus?

Depois disso, Jesus saiu, viu Mateus, um publicano, sentado na coletoria de impostos e disse-lhe:

—"Segue-me!" E, levantando-se, Mateus deixou tudo e o seguiu". (Lc 5, 27-28).

Você já pensou como essas pessoas tiveram coragem para deixar tudo e seguir Jesus? É assim também nos dias de hoje. Existem pessoas que trabalham, estudam e encontram tempo e coragem para responder à sua vocação.

E vocês, sendo crianças e ainda não estando em idade de trabalhar, como podem fazer um trabalho na vocação a que Deus chamou?
É fácil! Sejam obedientes e bons filhos, tratando bem em casa a todos. Na escola, sendo alunos aplicados e dedicados aos estudos, respeitando professores e colegas.

E no mundo, como podem exercer uma vocação?

Sendo bons cristãos, vivendo a vocação de batizados. Ajudando, na medida do possível, os mais velhos; ajudando a conservar limpos os locais onde frequenta  sendo gentis e educados para com os outros; ajudando os mais necessitados; sendo solidários e participativos nas coisas próprias de sua idade etc.

Isso na verdade é ser santo e missionário, o que é a primeira vocação de todo cristão pelo batismo: "sede perfeitos (santos) como é perfeito o vosso Pai que está nos céus".

Primeiro domingo: é o dia das vocações sacerdotais. Atualmente também se comemora o dia das vocações diaconais, ou melhor dizendo: dia das vocações aos ministérios ordenados. Essa comemoração se deve ao fato de no dia 4 de agosto celebrarmos o dia de São João Maria Vianney, o Cura D’Ars, patrono dos padres; e, no dia 10 de agosto, o dia de São Lourenço, patrono dos diáconos.

Segundo domingo: por imitação do segundo domingo de maio - no qual é comemorado o Dia das Mães - temos o Dia dos Pais. Sabemos que no Brasil esse dia é comemorado porque antigamente no dia 16 de agosto celebrava-se o dia de São Joaquim, pai de Nossa Senhora e, por isso, adotou-se esse dia e depois o domingo para essa comemoração. Devido a esse fato, nesta data é comemorada a vocação matrimonial.

Terceiro domingo: recorda-se a vocação à vida consagrada: religiosos, religiosas, consagradas e consagrados nos vários institutos e comunidades de vida apostólica e também nas novas comunidades. Essa recordação é feita porque no dia 15 de agosto celebramos o Dia da Assunção de Maria aos céus, solenidade que aqui no Brasil é transferida para o domingo seguinte.

Quarto domingo: é nesta data que se comemora o Dia do Catequista, daí a comemoração do dia da vocação do cristão leigo na Igreja, tanto na sua presença na Igreja como também em seu testemunho nos vários ambientes de trabalho e vida. O dia do cristão leigo voltará a ser comemorado no último domingo do ano litúrgico, domingo de Cristo Rei.

(OBS. Pode haver um 5º Domingo, aí se transfere a comemoração do dia da(o) Catequista para ele).

Colaboração: Catequista Glória Pessi.