CONHEÇA!

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

HOMILIA DO DOMINGO


8º. Domingo do Tempo Comum – Ano A

“Não vos preocupeis com a vossa vida”. Jesus não está defendendo a preguiça, o comodismo. O que Jesus nos ensina é não se pre-ocupar, ou seja, a não se ocupar por antecipação, a não empenhar o tempo e os afetos nos bens deste mundo, esquecendo-se do que é mais fundamental. O que está em jogo é a troca de valores: a preocupação demasiada com as coisas (comer, beber, vestir) em troca dos valores do Reino.

Desejamos segurança. É claro que ninguém vive sem comida, bebida, casa, vestes... É necessário o empenho para que estes bens sejam garantidos. Mas esta não deve ser a exclusiva ocupação da nossa vida. Estes bens são concedidos pela providência de Deus, quando somos capazes de colocar o nosso coração nos bens do Reino. A nossa preocupação demasiada com as coisas, faz-nos ficar na manutenção da vida. A busca demasiada pela própria segurança nos imobiliza, diminuindo em nós a capacidade de arriscar. A confiança em Deus gera o desprendimento, e o desprendimento deixa o nosso coração livre para servir, para sair de si, para mudar o que nos cerca, em nome dos valores do Reino.

Parece comum gastarmos muito de nossa energia remoendo o passado e alimentado a ansiedade diante do futuro. O passado deve ser memória das bênçãos de Deus e oportunidade para que a misericórdia inunde o nosso coração, não o elemento fatídico que nos faz deprimir, lamentar e odiar. O passado não existe mais, portanto, pensemos no que virá. Quanto ao futuro, este também não existe, ainda está por vir. Portanto, mesmo que demande o planejamento saudável, não devemos criar demasiada ansiedade, pois tudo está nas mãos de Deus. É preciso viver o agora. O momento presente é a hora em que o Senhor está agindo, é a hora do Reino, quando Deus se manifesta. E Deus passa por nós a cada momento, havendo o risco de que seja despercebido por causa das nossas ocupações desnecessárias. É preciso colocar tudo nas mãos do Pai: “Vosso Pai, que está nos céus, sabe que precisais de tudo isso (...)Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo. Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de amanhã terá suas preocupações. Para cada dia, bastam seus próprios problemas” (Mt 6, 32-34).

Portanto, hoje a Palavra de Deus exorta à confiança. É preciso crer que Deus está conosco, que Ele é o Senhor do tempo e da história; é preciso reafirmar em nossas consciências, que embora haja ambiguidades no curso da vida, Deus não se esquece de nós. Por vezes, achamos que Deus está ausente, que sua ação é ineficaz. Geralmente, tal sentimento nos assalta quando os problemas são intensos e nossas preces não são atendidas exatamente do modo como pedimos. Então, o ser humano inclinado a ter Deus como seu empregado, como alguém que deve fazer os seus caprichos, pensa que Deus está longe, que não se importa com a história. Foi este o sentimento do povo na 1ª. Leitura: “Disse Sião: ‘O Senhor abandonou-me, o Senhor esqueceu-se de mim’. Acaso pode a mulher esquecer-se do filho pequeno, a ponto de não ter pena do fruto de seu ventre? Se ela se esquecer, eu, porém, não me esquecerei de ti” (Is 49, 14-15). Deus nos ama como uma mãe, não nos esquece, sempre está conosco. Se não tira nossas dores, concede-nos forças para seguir na sua graça, no seu amor.

Quando confiamos em Deus, não precisamos nos preocupar com os julgamentos humanos. São Paulo viveu profundas perseguições. Certamente, os seus contemporâneos e até membros de suas comunidades o criticaram por suas atitudes. O apóstolo se defende, dizendo que é Deus quem o julga. Tenhamos clareza de que a confiança em Deus nos colocará sob o julgamento injusto das pessoas, e isso acarreta uma certa dor. Aguardemos o Senhor da julgar a história: “Aguardai que o Senhor venha. Ele iluminará o que estiver escondido nas trevas e manifestará os projetos dos corações” (1Cor 4,5). As relações humanas são muito baseadas nas aparências... Quais são os verdadeiros desejos e pensamentos que residem em nosso coração? São os projetos secretos de nosso coração que nos justificam ou nos condenam. É preciso fundamentar a vida na reta intenção cheia de amor, com confiança e esperança no Senhor. “Olhai os pássaros do céu... Olhai os lírios do campo...”

Pe. Roberto Nentwig
Curitiba - PR.

Oração pelo aniversário dos Catequistas em Formação

Querido Deus...

Agradecemos imensamente por fazer da nossa vida uma missão.
Missão que compartilhamos com muitos amigos e que hoje está de aniversário.

E neste dia do nosso aniversário, queremos pedir que atenda nossas preces...

Que saibamos amar sempre, mesmo sem sermos amados.
Que tenhamos um olhar compassivo para vida e para todos os que nos cercam.
Que aprendamos a falar menos e ouvir mais...
E quando falar ou ouvir que seja sempre com amor.
Que saibamos a hora de fazer silêncio. Apenas escutar...

Que para cada pedra no caminho, saibamos fazer uma transformação.
Que não criemos expectativas e não esperemos receber gentilezas e carinhos em troca das nossas ações. As coisas não são pagas na mesma moeda... São pagas pela simples presença.

Que as nossas escolhas não sejam norteadas pelo medo ou pelo comodismo.
Que a nossa insegurança encontre suporte em sua Palavra.
Que a nossa presença na vida das pessoas, seja sinônimo de paz e boas energias.
Que sejamos verdadeiros conosco, antes mesmo de sermos com o outro...
Para que possamos atrair amigos verdadeiros e gestos verdadeiros.

Que criemos laços e desatemos nós.
Que tenhamos consciência da nossa responsabilidade para com o outro. 

Que saibamos sempre reconhecer e entender a criança que há em nós e ao tratar com elas, lembremos sempre que já fomos cheios de confiança e expectativa.

Que saibamos corrigir sem magoar, ensinar sem deixar de ser aprendiz, entender no outro a limitação e ajudá-lo a ser maior.

Que façamos menos drama e mais festa.
E que a festa de hoje, seja a festa de muitos e muitos dias que ainda virão!
Permita que o sorriso faça sempre parte do nosso dia... Aliás, que sejam muitos os sorrisos!
E que assim seja!


Amém!

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

SOU CATEQUISTA EM FORMAÇÃO - Janice Santos

MINHA PARÓQUIA

Paróquia Divino Espírito Santo - Comunidade João Paulo II
Arquidiocese de São Paulo – Região Belém

Nossa comunidade surgiu em 1980, pela ação de um missionário, Padre Jose Dillon, SVD . A vinda do Papa João Paulo II ao Brasil pela primeira vez, inspirou o nome da comunidade, que mais tarde escolheu como padroeiro, São João Batista, pela data da fundação da comunidade coincidir com a celebração litúrgica do seu martírio.

Anos mais tarde, padres espiritanos assumiram nossa comunidade que tornou-se paróquia  a menos de 10 anos.Hoje, a paróquia tem  9 comunidade  com realidades bem distintas.

Temos uma coordenadora de catequese em cada comunidade e uma coordenadora paroquial que ajuda o vigário, responsável pela catequese.

Vivemos um momento de transição em relação à catequese, buscando desenvolver um itinerário próprio. A partir deste ano, a catequese terá duração de 02 anos, com início na quaresma e ainda sem data para a celebração da Eucaristia.

Não temos formação para catequista em nossa paróquia, apenas dois encontros anuais de duas horas, com temas escolhidos pelos próprios catequistas.

Existem formações a nível de região e arquidiocese, mas, infelizmente nem sempre somos informados das datas.

Janice Santos

São Paulo – SP.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

SOU CATEQUISTA EM FORMAÇÃO - Luna Ronald


MINHA PARÓQUIA

Paróquia Divino Espírito Santo
Diocese de Joinville-SC

Nossa catequese segue um modelo de inspiração catecumenal de Iniciação a Vida Cristã, que teve início em 2008, com as formações para catequistas e neste ano celebrará a primeira Eucaristia da primeira turma do novo modelo.

O método utilizado em nossa catequese é o da Leitura Orante e todos os encontros tem como referência o Evangelho.

Temos a Catequese de primeira Eucaristia para crianças que completam nove anos e a catequese de Crisma para aqueles que completam treze anos no ano da inscrição, que são efetuadas no mês de fevereiro e a catequese inicia no mês de agosto.

O período entre março e julho é utilizado para formação de pais e para visita dos catequistas a casa dos catequizandos a fim de estabelecer um primeiro laço entre a catequese e as famílias.

Os grupos de catequizandos são formados de 12 a 15 participantes.

Nossa paróquia é dividida em 11 comunidades, sendo que cada uma tem os seus catequistas, e uma equipe de coordenação de catequese, temos uma equipe de coordenação paroquial.

Luna Ronald

Barra Velha - SC

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

O FORMADOR É UM "ARTISTA"!

Coisas boas precisam ser partilhadas!

No sábado estive num curso para formadores aqui na nossa arquidiocese. Numa fala da nossa Coordenadora Arquidiocesana, Ir. Sandra, ela fez uma partilha muito rica e interessante conosco sobre o que significa "FORMAR".

Ela comparou a "formação" ao "se colocar dentro de uma forma" ou molde: como se faz, por exemplo, para produzir peças de gesso em série. Muitas formações pretendem justamente isso, criar um "modelo" de catequista dentro de um perfil "engessado" - precisa ser “assim”, “assado”, dessa cor, desse tamanho, desse formato, ajustar aqui, ali.

Depois ela nos mostrou a escultura da Pietá de Michelangelo...


Olhem para essa peça e a riqueza com que ela foi esculpida pelas mãos do artista. É uma das obras mais belas produzidas por mãos humanas. Muito mais que uma mãe pranteando o filho, ele mostra o interior de suas almas: dele, o artista, e também dos personagens de sua obra.

Olhem o semblante de Maria...


Vejam como ali, na escultura, uma mulher em toda a sua fragilidade parece muito maior que o filho, um homem feito e adulto. Observem a paz do seu semblante, sem prantos ou pesar. Apenas a paz, aceitação de que “foi feita a Sua vontade e não minha”.

E corpo e o  rosto de Jesus...


Sem chagas ou sangue, apenas o abandono nos braços da mãe. Ele novamente se tornou pequeno e filho, como todos nós o somos e nos abandonamos nos braços de nossa mãe, Maria...


 Michelangelo transformou o mármore em arte. Sublime arte! Ele não colocou o material numa "forma" ou molde para sair dali uma peça. Ele esculpiu com mãos e cinzel e  tirou de dentro da pedra o que ela tinha de mais belo para mostrar. Ele resgatou o que estava “dentro”. Traduziu em “arte” o interior da pedra e o seu interior, a concepção que tinha de Deus. Isso é ser um "formador" de verdade. A formação é isso. Não é para "ajustar" ninguém a um molde. É para esculpir e tirar do material bruto, aquilo de mais belo, aquilo que se esconde e está pronto a se mostrar. O formador é um artista!


(Palavras de Ir. Sandra, com adaptações aqui e ali por estar reproduzindo sem anotações).

Angela Rocha

OS RITOS E ENTREGAS NA CATEQUESE DE INICIAÇÃO A VIDA CRISTÃ

Texto formativo bem interessante para quem quer começar a trabalhar com o processo catecumenal...

OS RITOS DE ENTREGA NA CATEQUESE...

Outro dia estávamos comentando em nosso grupo a respeito do Rito de Entrega da Oração do Senhor – Pai Nosso. E ali surgiram algumas questões quando comentei que estes ritos carecem de preparação e cuidado tendo em vista que não são meros “ritualismos” para deixar a missa mais bonita.

Na verdade estes ritos de entregas tem sido inspirados pelo RICA – Ritual da Iniciação Cristã de Adultos, livro litúrgico que orienta as diferentes etapas do catecumenato (iniciação cristã de adultos em nossa Igreja), aprovado pela Sagrada Congregação para o Culto Divino em 1973. No Brasil ele teve uma nova edição aprovada em 2001 pela CNBB, que trouxe algumas mudanças na disposição gráfica e inclusão de algumas normas exigidas pelo Código de Direito Canônico, textos bíblicos aprovados pela Sé Apostólica e também algumas observações sobre a Iniciação cristã que constavam apenas no Ritual de Batismo de Crianças.

Apesar de sua “extraordinária riqueza litúrgica e preciosa fonte pastoral”, ele ainda permanece desconhecido da maioria dos agentes de pastoral ligados à catequese de adultos e a catequese de crianças. Observamos, já no prefácio do livro o Decreto de 1972, da Sagrada Congregação para o Culto Divino, que restaura “o catecumenato dos adultos dividido em várias etapas, de modo que o tempo do catecumenato, destinado a conveniente formação, pudesse ser santificado pelos sagrados ritos celebrados sucessivamente.” No entanto, o que podemos observar na maioria das Igrejas particulares é que ainda se faz a catequese de adultos nos moldes “doutrinais” e com o único objetivo se fazer a “regularização” da situação sacramental (objetivando principalmente o matrimônio) daqueles que procuram as paróquias. Ou seja, faz-se um catequese baseada quase que exclusivamente no Catecismo sem levar em conta, de fato, a INICIAÇÃO CRISTÃ destas pessoas.

Com o pedido de restauração do Catecumenato para os adultos, nossa Igreja se viu diante da necessidade premente de reestabelecer a catequese como era nos primeiros tempos da nossa Igreja, ou seja, adotar a IVC – Iniciação a Vida Cristã inspirada no processo catecumenal. E a catequese que fazemos, com crianças, jovens e adolescentes, “tomou a frente” de toda ação pastoral necessária, adotando em seus planejamentos algumas ações da catequese catecumenal de adultos, adaptando celebrações, ritos e entregas do catecumenato à catequese de nossas crianças e jovens. Em muitas paróquias encontramos na catequese das crianças características da IVC sem que o resto da paróquia sequer tenha conhecimento do que seria um processo de IVC catecumenal, que, em sua base, deveria envolver TODA A COMUNIDADE, pastorais, movimentos, grupos, lideranças.

Mas, o que a primeira vista, parece um equívoco, tem se mostrado uma verdadeira ação do Espírito Santo no sentido de que, com a implantação dos ritos e celebrações de inspiração catecumenal, nossa catequese tem se tornado mais litúrgica e mistagógica. Temos celebrado mais, orado mais e dado mais valor aos símbolos da nossa fé.

Só que, aqui faço um alerta: não tomemos os RITOS e ENTREGAS como modismo e meras celebrações mais bonitas e “interessantes”. São ações que tem o objetivo de enriquecer nosso espírito e trazer de volta todo o “mistério” da nossa fé.

Observemos por exemplo o seguinte: o RICA prevê durante o processo de Iniciação, ritos e a entrega de alguns símbolos, feitos durante a celebração com a comunidade. O primeiro deles é o RITO DE ACOLHIDA dos novos catecúmenos (adaptando-se  a nossa realidade: aos novos catequizandos em preparação ao sacramento da Eucaristia), onde, durante a celebração se faz a entrega da PALAVRA (Bíblia), base de todo o ensinamento catequético.

No entanto, pude observar em alguns manuais e orientações pastorais que esta acolhida e entrega tem sido feita no início da catequese... correto! Mas, da catequese para a CRISMA? Ora, por mais que o processo de IVC catecumenal esteja sendo iniciado naquele momento na paróquia, não dá pra esquecer que estes jovens JÁ ESTÃO NA PARÓQUIA DESDE A CATEQUESE DE EUCARISTIA! E que aos 13, 14, 15 anos já tem uma Bíblia ou já a manusearam muito nos anos de preparação anterior! Correto esta entrega e acolhida, se o jovem está COMEÇANDO naquele momento a catequese e não recebeu nenhuma preparação anterior e ainda não fez a Eucaristia. Ora, se estamos “acolhendo” neste momento e só agora entregando a Palavra aos jovens, que podem até já ter participado da catequese de eucaristia, estaremos NEGANDO tudo aquilo que nossa Igreja já fez. Que esta catequese anterior tenha sido equivocada e não tenha levado a verdadeira conversão, não quer dizer que tenhamos que fazer o Ritual de Acolhida, como se a pessoa estivesse entrando pela primeira vez na Igreja, para começar uma catequese frutuosa no aspecto “Evangelização”.

Com relação as duas outras entregas de símbolos previstos no RICA. Sim, são somente DUAS! Entrega do Símbolo (Credo) e Entrega da Oração do Senhor (Pai Nosso), conforme preceitua os itens 125 a 187 e 188 a 192  (pgs 91 e 104), ambas são feitas durante a etapa (no catecumenato)  de Purificação e Iluminação, ou seja, próximas ao sacramento, podendo ser feitas na etapa anterior (catequese) a critério pastoral. E não são entregues apressadamente NUMA ÚNICA CELEBRAÇÃO!  O RICA prevê que se faça os ritos de “escrutínio” (que são três), sendo entregue o Símbolo (Creio) depois do primeiro escrutínio e a Oração do Senhor depois do terceiro.

Só para esclarecer: Os “escrutínios” se realizam por meio dos “exorcismos”, são sobretudo, ESPIRITUAIS. São expressões que traduzem, na verdade, “orações”, “súplicas” e “bênçãos”. O que se procura por eles é purificar os espíritos e os corações, fortalecer contra as tentações, orientar os propósitos e estimular as vontades, para que os catecúmenos se unam mais estreitamente a Cristo e reavivem seu desejo de amara a Deus (cf. RICA, item 154). São realizados nos 3º, 4º e 5º domingo da Quaresma. A critério pastoral podem ser feitos em outros domingos da Quaresma. Não tenho conhecimento de que alguma Diocese ou paróquia tenha reestabelecido os escrutínios em seu processo de catequese catecumenal. Por aí se vê o quanto estamos perdendo ao se ignorar esta parte do processo.

Mas, enfim, se não fazemos os escrutínios e não conseguimos fazer a etapa de Purificação e Iluminação na Quaresma, podemos colocar os ritos e entregas em outra época conveniente à paróquia. Mas, preceder (SEMPRE!) a entrega do Símbolo e da Oração do Senhor, de uma catequese a respeito, tanto para os catequizandos quanto para os pais/responsáveis. Nossos iniciandos na fé PRECISAM saber e entender o significado profundo de se receber o Símbolo da nossa Fé apostólica e da Oração que Jesus nos ensinou. Durante a celebração (missa), não se explica nada, nem se faz “catequese”. Aliás, se um símbolo precisar de explicação é porque ele não simboliza aquilo que queremos. A união da Catequese e da Liturgia passa pelo profundo respeito que se deve ter por ambas as ações. A catequese ensina e orienta, a Liturgia celebra.

E aqui entra um outro assunto que são as demais entregas que é costume se fazer em alguns lugares, durante a missa da catequese: “Mandamento do Amor”, “Mandamentos do Senhor”, “Bem-Aventuranças” e outras invenções catequéticas. Sim, são “invenções” da catequese, não estão disciplinadas pelo RICA e, portanto, não passaram pelo crivo da Sé Apostólica. Nada contra que se faça. Cada paróquia, junto com o pároco, equipe de liturgia e equipe de catequese podem fazê-las. No entanto, fogem totalmente do aspecto litúrgico da missa. Pior ainda se forem feitas sem uma catequese anterior a respeito, sem que a comunidade entenda o que se está fazendo e misturado com os ritos do catecumenato.  Estas pequenas celebrações são maravilhosas se forem feitas NA CATEQUESE, como “celebração catequética” após cada término de assunto, revestidos de sentido mistagógico, contemplativo e orante.

E devemos pensar também, que tudo que fazemos e “inventamos” precisa ser visto com um profundo respeito pela comunidade e assembleia. A missa tem seus ritos próprios, sua condução normal. Dura em média uma a uma hora e meia. Nesta missa temos crianças que, por natureza, são impacientes e inquietas. Pense-se então que, qualquer coisa que leve a uma missa prolongada além do normal, vai gerar insatisfação e inconveniência para os pais. “Ah! Que cristãos são esses que não tem tempo para Deus?” E aí queremos usar o tempo da missa para fazer a catequese que não conseguimos fazer no lugar e hora dela...

Vamos pensar sempre que, vivemos numa mudança de época e não numa época de mudanças onde as pessoas tem que se adequar a Igreja. A Igreja é que tem que se adequar aos novos tempos. E, infelizmente para nós e Deus, o tempo é de pressa.

Angela Rocha
Catequista


RICA - Ritual da Iniciação Cristã de Adultos.  Você encontra nas livrarias católicas, na Paulinas, na Paulus, nas Edições CNBB e outras.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

DEZ MANEIRAS DE SE PERDER UM CATEQUISTA


Na esmagadora maioria das nossas paróquias faltam catequistas. Os bons párocos e coordenadores de catequistas não perdem tempo se lamentando. Vão à luta, empenham-se em convidar e em formar novos catequistas. Mas, às vezes, comete-se erros imperdoáveis. E os novos catequistas, tão arduamente recrutados desaparecem de vista. Este artigo pretende ser um alerta para evitar erros muito comuns na coordenação da catequese.

1. Perder a pessoa no anonimato

Fazemos um grande esforço para encontrar novos catequistas ou candidatos a catequistas. Fazemos convites pessoais. Pedimos aos outros catequistas que lancem a rede a outros. Fazemos apelos ao final da missa.

Como resultado de todos estes esforços, a Maria, de 37 anos, resolveu aceitar o desafio. Ela gosta de crianças, tem os filhos na catequese, sente que pode ser mais ativa como cristã, apoiando a catequese. Com muita fé, algum receio e bastante entusiasmo, assinou o nome dela na folha que estava na secretaria da catequese. Deixou todos os contatos: telefone de casa, celular, email... E passa-se uma semana, outra semana... e ninguém entra em contato com ela. Depois de três semanas ela recebe um e-mail vindo da coordenadora da catequese. Mas, ao lê-lo, a Maria percebe que aquilo é um texto enviado a todos os que deram o nome. Um texto igual para todos. A Maria decide apagar o e-mail. Este tratamento impessoal, massificado, deixa-a mal disposta. Empenhar-se pela evangelização deveria ser outra coisa. Se for para isso, para receber uma comunicação fria como uma carta das finanças, então a Maria não está interessada.

Para mudar: Não deixe passar mais de 48 horas depois de alguém responder a um apelo ou se oferecer para algum serviço. Promova o contato e de forma pessoal. Só é aceitável usar o e-mail, para dizer que dentro de pouco tempo você vai telefonar ou ter um encontro face a face com a pessoa que se ofereceu como catequista. Promova um encontro onde se possa falar sobre quais são as necessidades da paróquia, quais os interesses e motivações da pessoa. Procura responder corretamente a todas as questões que eles possam ter sobre o serviço que vão assumir. As pessoas apreciam a atenção pessoal do responsável da catequese.

2. Ajude-me, por favor!

Nada é pior do que convidar alguém para a catequese como um favor a você. É claro que a pessoa não vai querer te deixar mal, se você a convida para ser catequista como um favor pessoal. Mas os teus amigos vão realizar esse serviço como uma obrigação para com você. Dimensões como o sentido de Igreja, a vocação de catequista vão ficar na sombra. O seu serviço vai ser insatisfatório porque a motivação original está equivocada.

Para mudar: Se você tem amigos ou conhecidos que tenham desejo de servir à Igreja como catequistas, já tem uma vantagem no recrutamento: o ponto de partida é a relação já estabelecida com eles. Você não precisa começar do zero. Mas, também não pode partir da noção que, como você gosta de ser catequista, todos os seus amigos vão também. Peça a todos os potenciais interessados (independentemente da relação que tenha com eles) que preencham uma lista de interesses e dons/talentos. Ajude-os a clarificar as motivações mais profundas. Tente harmonizar as necessidades da catequese com os interesses que há do lado da oferta. E não se esqueça de encaminhar, para outros serviços da paróquia, aqueles que desejam empenhar-se mais ativamente, mas que não têm vontade/motivação/talento para a catequese.

3. Atirá-los às feras

Um candidato a catequista ofereceu-se (ou foi convidado); falou com o coordenador de catequese e com o pároco. Você precisa desesperadamente de alguém para o último ano da crisma. São um grupo de selvagens irrequietos com péssima fama entre os catequistas. Quem tem experiência há anos, se esquiva de ficar com esse grupo. Você pensa com os teus botões: Aí está este novo catequista. Está cheio de entusiasmo. Traz novas ideias... Nem pensas duas vezes. Entrega-lhe a pasta com as inscrições deles, dá-lhe o planejamento e o manual, explica-lhe como se faz para pedir os DVDS à sala de apoio... Mas, dois dias depois do primeiro encontro de catequese, o novo catequista vem falar com você e te devolve a “papelada”, tudo embrulhado num sorriso simpático: “Obrigado pelo convite, mas, acho que não era bem isto que eu queria.” E aí vai ele. E nunca mais você o verá na catequese.

Para mudar: Quando surge algum novo candidato a catequista, faça com que ele tenha contacto com os vários serviços da catequese: as várias idades, as várias tarefas. Sempre acompanhado por um catequista mais experiente e bem formado. Quem se oferece para fazer catequese pode ainda não ter ideias muito claras sobre o que gosta de fazer, o que é capaz de fazer. Você a sua paróquia podem estar muito necessitados de “operários para a messe”, mas, o novo catequista merece todo o respeito. Não pode ser tratado como “bala para canhão”. Entregar-lhe uma tarefa para a qual não está preparado é péssimo. Para ele, porque se sente desmotivado. Para os catequizandos, porque são mal servidos. Para o grupo de catequistas, porque recebem a mensagem que não merecem respeito.

4. Dar aos candidatos uma falsa impressão

No diálogo com as pessoas há uma regra óbvia (e muitas vezes esquecida): ser honesto logo no começo, porque, de uma maneira ou de outra, a verdade vem à tona uma hora. Isto vale para os negócios, para as relações de trabalho, para os namoros. E também vale quando você convida um novo catequista. Se você pintar uma imagem da catequese que não corresponde à realidade, o candidato vai se sentir enganado quando descobrir a verdade. E vai sentir que o seu sim foi dado numa base de falsidade. E sente-se legitimado para ir embora, assim que puder.

Para mudar: Descreva a tarefa que se pede aos catequistas com exatidão. Não diga que cada grupo tem 15 crianças quando você vai colocá-lo num grupo de 25. Não lhe garanta que cada catequista novo é sempre acompanhado por um catequista mais velho, quando esse catequista acompanhante não existe. Assim que algum catequista aceita colaborar na paróquia, procure que ele participe de uma formação inicial.  Isso vai permitir a ele uma ideia clara do que é a catequese. Além disso, a paróquia deve ter um itinerário/planejamento/calendário que deve ser entregue a cada catequista. Nesse “manual” estarão os valores e as tarefas dos catequistas. Você deve informar ao catequista quais são suas tarefas, o que se espera dele, quais os ritmos da pastoral. Ele deve saber com quem falar quando tiver dúvidas ou problemas.

5. Fala muito... mas...

Você tem um estilo muito animado. Apresenta a catequese como algo apaixonante. Mas depois de te ver em ação, depois de falar com outros catequistas, um candidato a catequista conclui que você tem muito estilo e pouca substância. Fala muito e faz pouco. Ele começa a perceber que apesar do seu estilo, a catequese não te entusiasma tanto assim.

Para mudar: Quando alguém gosta do que faz, dá para notar logo de cara. Seja fazendo coisas importantes e vistosas, seja fazendo as tarefas mais humildes e rotineiras. E é a tua atitude credível que vai ser capaz de aliciar outros para este serviço, que é a catequese. Por isso, quando você começar a se sentir cansado, quando começar a esquecer do sentido do que tem feito... Para pra pensar!

6. Fazer suposições

É óbvio, não? Precisamos de mais e de melhores catequistas... Toda mundo sabe disso. Ou talvez não. Você pode supor que os pais e o resto da paróquia conhecem as dificuldades porque passa a catequese (que são óbvias para você). Mas, na realidade, os pais até poderiam estar disponíveis para colaborar mais, mas, supõem que tudo está funcionando perfeitamente. Pensam eles que, se você precisasse de ajuda, pediria.

Para mudar: Comunique claramente as suas necessidades a todos. Não apenas aos candidatos a catequistas. Fale aos responsáveis de outros setores da paróquia, aos catequistas mais velhos, aos integrantes do Conselho de Pastoral, a todo mundo. Nos órgãos de comunicação da paróquia (site, jornal, face...) vá dando informações atualizadas e concretas das necessidades da catequese, principalmente de catequistas. Quando souber de alguém que poderia assumir um lugar de catequista, entre em contato com ela e explique-lhe porque é que você acha que a pessoa poderia prestar um bom serviço. Não tenha medo de pedir a ajuda das pessoas: as pessoas não conseguem responder a uma necessidade se não sabem que existe.

7. Não partilhar a missão

As pessoas gostam de sentir que fazem parte de algo importante. Elas gostam de saber que o seu esforço faz a diferença. Se você vai falar com um candidato a catequista e não consegue comunicar-lhe o sentido, a missão da catequese, seu entusiasmo com ela... Provavelmente, vai fracassar ao tentar cativá-la para a catequese. Porque não vai conseguir convencê do papel decisivo da catequese na vida das pessoas.

Para mudar: Partilhe as metas da catequese com todos aqueles com quem tem contato.  Sem medo! A pessoa que está a sua frente pode vir a ser um grande catequista! Quando as pessoas descobrem que a catequese não é entreter as crianças nem brincar aos professores primários, mas, que é assegurar a continuidade da Igreja e do Evangelho... Então, a hipótese de ser um catequista é muito mais valorizada. Os candidatos a catequistas precisam saber que há uma razão profunda para as tarefas que lhes são pedidas. Por isso... não seja “econômico”! Partilhe essas razões. E partilhe com frequência e criatividade.

8. Oferta sem opções

Para este ano só temos falta de catequistas da adolescência. Se não quiser pegar este grupo do 5º ano, não temos necessidade...” Ou então você manda embora os jovens por serem muito novos. Ou os casados porque não têm tempo. Ou os solteiros porque não têm experiência. Ou os idosos, por serem velhos. Esta rigidez de critérios leva, cedo ou tarde, a que os candidatos a catequistas desistam depressa.

Para mudar: Organize a catequese de modo que os candidatos a catequistas possam entrar por muitas portas. Mesmo que tenha todos os catequistas de que precisa (Aleluia!!!) não desista de procurar novos catequistas. O seu papel não é só resolver as necessidades, mas, também ajudar o desenvolvimento vocacional das pessoas da sua comunidade. Invente lugares e tarefas se necessário for. Mas nunca despreze uma oferta generosa de alguém que quer dar o seu tempo e talentos em favor da catequese.

9. Não equipar as pessoas para a tarefa

Os candidatos a catequistas não aguentam muito tempo quando sentem que não foram preparados ou treinados para as tarefas que lhes são pedidas. E mesmo os catequistas com mais tempo sentem-se mal quando não sentem que a sua competência cresce.

Para mudar: É seu dever ser claro com os novos catequistas sobre a forma como eles vão ser preparados para a sua missão e serviço. Você precisa também se assegurar de que os materiais necessários para a catequese estão disponíveis. Além disso, oferecer oportunidade de formação permanente a todos os que trabalham pela catequese.

10. Não preparar seu “sucessor”

Algumas pessoas acham que estarão na coordenação da catequese para todo o sempre. E não é bem assim... Ou então se acham “insubstituíveis”. Saiba então que o melhor líder é aquele que prepara e treina “sucessores”, que conduz o outro ao crescimento, sem medo de perder o “cargo”. O grupo sente-se desmotivado quando sente que suas ideias e iniciativas como líderes não são valorizadas.

Para mudar: Procure sempre na sua equipe pessoas com perfil de liderança, que possam ficar no seu lugar se você precisar sair. Treine-as, valorize-as. As coordenações devem ter rotatividade para que todos se sintam “potenciais” líderes na condução da pastoral.


(Texto adaptado da internet - Desconheço o autor. Alterei alguns pontos e acrescentei outros.)


Ângela Rocha.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

GINCANA CATEQUÉTICA

SEMANA CATEQUETICA 2014 - GINCANA CATEQUÉTICA

Gincana para uma manhã de recreação com as crianças da catequese. 
Duração: mais ou menos 2 horas.

AMBIENTE:

- Salão grande com separação para o QG de cada equipe (fazer “ambiente” para separar as equipes (podem ser duas mesinhas com cadeiras);
- Som com microfone para o animador.

MATERIAL:
- Giz para demarcar o chão para as provas;
- Cartolina cortada em dez tiras de 15 cm cada;
- Dez cartões de 5cm X 5cm em vermelho, azul, verde, laranja, amarelo, roxo, preto, branco, cinza, rosa; totalizando 100 cartões;
- Bexigas e barbante;
- Dez batatas tamanho pequeno e dez colheres;
- 2 cordas de uns 4 metros cada;
- Um pacote de balas e um saco de lixo escuro;
- Três bolas iguais;
- Pompoms para a torcida;
- Dez laranjas.

- Os catequistas deverão chegar com uma hora de antecedência para organizar o ambiente e as provas. Precisa ter um som com microfone e CD com músicas para tocar.
- Começamos recepcionando as crianças e entregando a cada um uma, aleatoriamente, um cartão com UMA COR. Cada cor corresponde a uma equipe.  Calculando uma média de 100 crianças, teremos 10 crianças em cada grupo. Algumas crianças podem ser tímidas e não querer participar, damos estas a tarefa de torcer pela equipe. No final a “torcida” mais animada, ganha ponto.
- Explicamos a dinâmica da Gincana e faremos sorteio das provas. A cada prova a equipe seleciona quem vai representá-la.
- Pedimos às turmas do 5º tempo que estiverem presentes, que sejam os “juízes” que irão julgar as provas. Precisamos de 05 pessoas, os outros podem ajudar nas provas. Os juízes vão anotar as pontuações das equipes e um catequista vai estar com eles pra ajudar.

PROVA 01:

- Escolher o nome da equipe lembrando um personagem da Bíblia ou frase/passagem. Escrever na cartolina e deixar na mesa do grupo. O nome mais criativo ganha. Tempo: 05 minutos. Os juízes julgam o nome mais original.

Valor: 05 pontos

PROVA 02:

- Lembrar que a torcida mais animada, ganha 10 pontos para a equipe no final. Os Juízes farão o julgamento, votando entre si. (Se tiver pompoms pra distribuir é bom).

Valor: 10 pontos

PROVA 03:

- Responder a três questões sobre a catequese. A equipe seleciona duas pessoas para representá-las nas respostas:
            a) Quais são os três sacramentos da Iniciação Cristã? Batismo, crisma e Eucaristia
            b) Como é o nome completo do nosso Pároco? .........................................................
c) Que dia é o dia da nossa padroeira? ......................................................................
As respostas deverão ser escritas no papel com o nome da equipe.

Valor: 10 pontos por resposta certa = 30 pontos se acertar todas.

PROVA 04:

- Corrida da batata na colher: a equipe escolhe um representante menina para participar. Só depois se diz o que precisa fazer. O percurso é de um lado ao outro do salão.
Material: 10 colheres e dez batatas de tamanho equivalente.

Valor: 05 pontos

 PROVA 05:

- ENCHER UMA BEXIGA ATÉ ESTOURAR: a equipe escolhe um menino para participar. Ganha quem estourar a bexiga antes.

Valor: 05 pontos.

PROVA 06:

- FUTEBOL – as equipes escolhem dois para participar, um menino e uma menina. Fica demarcado uma “trave” (pode ser com duas cadeiras), no final de um percursos a ser percorrido, todos deverão levar a bola ao final de um percurso (salão). Só que os participantes estarão com as pernas amarradas com barbante um ao outro. Só haverá três bolas em jogo, as equipes deverão “disputar” a posse dela, só com os pés, levando até o “gol”.

Valor: 15 pontos o primeiro, 10 o segundo e 05 o terceiro colocado.

PROVA 07:

- ESTOURANDO A BEXIGA UM DO OUTRO – dois participantes de cada equipe, um menino e uma menina. Amarrados pela perna um ao outro, na perna de “fora” de cada um, próximo ao pé, se amarra uma bexiga. As equipes devem tentar pisar na bexiga do outro para estourar. A medida que as bexigas vão estourando, as equipes vão saindo. Ganha aquele que ficar com pelo menos uma bexiga sem estourar.

Valor: 5 pontos

 PROVA 08:

- DANÇA DA LARANJA: Escolher dois de cada equipe (menino/menina). As crianças deverão dançar em dupla segurando uma laranja com a testa, quem permanecer por mais tempo ganha. Colocar uma música bem animada pra tocar e ir dando tarefas: bater palma, dar uma volta, pular num pé só, erguer um braço, rebolar, etc. Tempo: dois minutos.

Valor: 05 pontos

PROVA 09:

- CABO DA PAZ: aqui se escolhe dois participante de cada equipe, um menino e uma menina. Separa em duas equipes, aleatoriamente.
Material: 2 cordas de mesmo tamanho, 1 saco plástico( não transparente) e  balas para por dentro do saco. Amarra as cordas à extremidade do saco fechado.
- Dizer aos participantes que você tem um saco preso a duas cordas com uma surpresa para todos. Cada equipe deve ir pra um dos lados da corda e puxar até ela arrebentar e soltar a surpresa no chão. Em seguida, cada um deve correr e tentar juntar o máximo de balas possível.

Valor: Cada bala juntada vale 01 ponto para a equipe.

PROVA 10:

- PULA GANGURU – Cada equipe escolhe dois participantes, um menino e uma menina. Marque duas linhas no chão separadas por uma distância de 2 ou 3 metros. Ao sinal de largada, os catequizandos com os joelhos amarrados (pulando como canguru) deverão deixar a linha de partida para encontrar seu par na outra linha. Lá eles trocam de lugar e a partir desse momento, o primeiro que retornar á linha de partida será o vencedor da brincadeira.
Valor: 20 pontos.

PROVA 11:

- QUEBRA-CABEÇA – cada equipe vai receber UM envelope, com uma frase para montar. Ganha pontos as três primeiras equipes que terminarem de montar e escreverem a frase toda num papel. Assim que terminar, entregar aos juízes.

FRASE:
“A Bíblia é a palavra que nos faz olhar a realidade, escutar o clamor do povo, arder o coração para amar a Deus e ao próximo.”

Valor: 1º = 15 pontos          2º= 10 pontos           3º= 05 pontos

PROVA 12:

- Procurar a seguinte CITAÇÃO NA BIBLIA: Mateus 28, 18-20.

Valor: Valor: 1º = 15 pontos          2º= 10 pontos           3º= 05 pontos

FINAL: Os juízes somam os pontos das equipes e se faz a premiação. Um certificado de 1º LUGAR, um de 2º LUGAR e um de 3º LUGAR.


Em seguida se faz uma confraternização com todos. (No convite feito na semana anterior foi pedido aos pais que cada crianças levasse algo para partilhar: bolo, salgado, refrigerante, etc).

Angela Rocha
Catequese - Rainha dos Apóstolos

HOMILIA DO DOMINGO

6º Domingo do Tempo Comum – Ano A


Diante do Evangelho deste domingo, antes de tudo, é preciso compreender o seu espírito. O decálogo de Moisés nem sempre era propositivo: “não matarás, não adulterarás, não julgarás...” A lei dizia: “não, não, não...”. Jesus já havia dado o preâmbulo do seu discurso: as bem-aventuranças. Sua homilia é propositiva e positiva, ao chamar os seguidores da Boa Nova de felizes, bem-aventurados. É preciso, portanto, entender que Jesus não está preocupado com a exterioridade da lei, mas com a interioridade. A lei é importante, pois ela é o pedagogo, estabelece os limites que se opõem a idolatria. Mas a lei por si só pode nos escravizar. São Paulo é o exemplo de religioso que percebeu que vivia uma série de preceitos, mas não era livre, pois não se humanizava na posição de fariseu rígido. O apóstolo escreveu em suas cartas que antes de conhecer o Cristo era ele um seguidor da norma; vivia deste modo para que a sua consciência ficasse em paz, esperando a recompensa obrigatória de Deus. Jesus, no Sermão da Montanha, apresenta-nos a Boa Nova como um caminho que não só nos liberta do pecado, como também da escravidão da lei. Não que devamos viver sem lei, mas sim, porque ser seguidor de Jesus implica em não olhar apenas para os preceitos, esquecendo-se do significado maior da lei. Há o risco de olharmos para o preceito, esquecendo-nos da lei fundamental do amor e da misericórdia. A Boa Nova nos leva também a olhar para a totalidade de nossa vida, para o significado de nossa existência diante da proposta divina.

Seria um erro, nesta linha, ler o texto do Evangelho deste domingo sem o espírito de Jesus. Deste modo, poderíamos nos sentir mais aprisionados pelas palavras do Novo Moisés (o Cristo) do que pelos preceitos judaicos. Não se trata de condenar aquele que está divorciado, ou vive em segunda união, ou achou um homem bonito ou uma mulher atraente na rua, ou quem jurou em uma frase impensada. Jesus deseja que olhemos com novo olhar, que tenhamos a lei do amor em nossos corações. Assim, mais do que uma vivência exterior, é preciso amar a todos, amar e perdoar quem nos agride, ter um novo modo de se relacionar com a mulher (e com o homem!), viver o casamento sem egoísmos e irresponsabilidades, falar a verdade sem artifícios... Viver no espírito as relações humanas.

Por isso, não basta confessar os pecadinhos a cada passo numa consciência obstinada pela pureza e não ter a vida toda transformada, convertida, o que implica em um coração verdadeiramente voltado a Deus. É possível viver uma religião falsa, um seguimento aparente, uma disciplina religiosa rígida, sem fé verdadeira, sem amor, sem alegria. Ser cristão não é ser escravo de proibições, fugindo do pecado pelo medo da condenação do Deus vingador. Ser cristão é ser seguidor do Cristo, movido por seu amor. É sair de si mesmo movido pela mística do encontro pessoal que coloca a vida em movimento na direção do próximo e do próprio Deus.

“Se quiseres observar os mandamentos, eles te guardarão; se confias em Deus, tu também viverás. (...) Diante do homem estão a vida e a morte, o bem e o mal; ele receberá aquilo que preferir” (Eclo 15, 16-18). Em nossa vida, fazemos escolhas em várias ocasiões. Deus respeita a nossa liberdade de escolha, não nos força, nem nos condena. Por outro lado, deixa-nos a sua proposta de salvação, como orientação de vida, ou seja, previne-nos. Diante de nós, tendo a Palavra do Senhor como referência, apresenta-se o bem e o mal, e ao mesmo tempo a vida e a morte: se escolhemos o bem, escolhemos a felicidade; se escolhemos o mal, optamos pela ruína. Mas se caímos, Ele sempre estende a mão para que levantemos e nos recoloquemos no caminho.

Pe Roberto Nentiwg
Arquidiocese de Curitiba - PR