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domingo, 29 de março de 2020

ESTAMOS TODOS EM CASA... E O QUE FAZER COM A NOSSA CATEQUESE?


E estamos já na segunda - ou terceira para alguns - semana de isolamento social. E como todas as reuniões e encontros sociais, a catequese de crianças, jovens e adultos, foi suspensa. E muitos catequistas encontram-se em casa, preocupados com “suas crianças”. Será que estão rezando? Será que os pais estão lembrando da catequese? E vem a preocupação: E os conteúdos da catequese como ficam? E recebemos muitos pedidos em nossos grupos nas redes sociais de "roteiros" para trabalhar com as crianças... Porque muitos catequistas se põem a fazer “encontros remotos”, passando aqueles conteúdos “do livro” para as crianças fazerem em casa. Mas, sem muito “jeito” ou recurso, sem muito conhecimento de tecnologia, etc.

E, como catequista e formadora, eu pergunto:


CATEQUISTAS, vocês são divulgadores de "conteúdo" ou divulgadores da PALAVRA de Deus? Será que é mesmo importante achar conteúdo para dar "para casa"?


Divulgar a Palavra de Deus, sem dúvida, é muito mais importante, porém sabemos que alguns pais não entendem a verdadeira divulgação da palavra e acham que devemos passar conteúdo para que seus filhos fiquem ocupados. Porém, priorizando sempre a palavra de Deus, o importante é o "encontro", a "mensagem" de amor de Jesus Cristo.

“Encontro”, em minha opinião, é amor e fraternidade, esperança e atenção ao outro. Não vamos ajudar a manter uma conduta que já vem errada que é, "ocupar os filhos" na catequese, sem se importar com ela. Os pais devem se ocupar JUNTO com os filhos. Em plena quarentena doméstica e sem poder ir à rua, os pais precisam começar a valorizar a realidade da vida familiar. 

Feita esta pergunta em nosso Grupo/comunidade no Facebook, recebemos muitos comentários e sugestões. E desta discussão rica em “conteúdo” – desta vez muito apropriados – resumimos as seguintes DICAS para os catequistas:

ATENDER O PEDIDO DOS PAIS:

Alguns pais estão pedindo aos catequistas que passem o encontro, para que as crianças façam em casa. Sim, é interessante não deixar que as crianças percam o interesse pela catequese. Mas, envie aos pais atividades “leves”, de acordo com a idade dos catequizandos. Desenhos para colorir para os pequenos, vídeos sobre o cuidado e o amor de Deus. Mas nada “obrigatório”. Aos mais velhos, filmes, recados mais pessoais. Faça uma “live” para ver se estão bem, o que estão fazendo, etc. 


REZAR O TERÇO:

Para as crianças e adolescentes, sempre “de leve”, nem todos os dias.  Os adultos rezarem o terço todo dia, tudo bem, vai da fé e da vontade de cada um. Mas, as crianças depois deste confinamento, rezando o terço todo dia, vão odiar o terço. Pense numa maneira lúdica de fazer a oração com eles. Reze uma dezena, use o terço missionário. Dedique a oração não só “aos continentes”, mas, aos países e cidades mais afetadas: Itália, Espanha, Nova York. Peça que criem suas próprias preces. 

Em nosso grupo temos uma sugestão de terço missionário muito interessante:




INTERAGIR COM MENSAGENS BÍBLICAS:

Somos divulgadores da palavra de Deus e não de “conteúdos. Em muitas comunidades não resolve mandar conteúdo para fazerem em casa. Alguns pais não olham nem os recados da catequista! Interagir com mensagens bíblicas, curtas, de esperança, fé, caridade, pode tocar o coração dos pais. Mas, comece "conversando", perguntando como estão, como está a família, como estão se comunicando com quem está longe, responda perguntas relativas à Igreja, crie confiança e amizade e eles olharão todos os seus recados.

Precisamos dar aos pais e catequizandos o tempo que eles precisam para sentir o verdadeiro valor da catequese. E apoiá-los, colocar-se a disposição para ajudar naquilo que for possível.

SUGERIR BRINCADEIRAS E ATIVIDADES LÚDICAS

Enviar pelas redes sociais: brincadeiras, tipo carta enigmática, descobrir o que significam emojis, palavras cruzadas, charadas, etc. Eu estou em contato com todos, contando as novidades, conversando sobre o momento, trazendo esperança, fazendo brincadeiras, inventei até um "Stop" online. Compartilhar orações, textos, músicas, jogos e brincadeiras. Tudo para fazer juntos, aproximar as crianças dos pais, usando a ludicidade. Nada de chatice! Brincar é de Deus e ele quer os pequeninos animados. E, os grandinhos, também, claro!

FAZER CONTATO FREQUENTE:

Com mensagens positivas, como forma de nos sentirmos próximos uns dos outros. É um bom momento para estreitar os laços, conversar sobre tudo isso que está acontecendo. Por que estamos vivendo este momento? Qual é a opinião dos pais? As crianças tem feito perguntas do “Por que?”? Temos publicações em nossa página para sugerir a leitura ou mesmo para se preparar para conversar com eles se alguém te perguntar "Por que Deus está fazendo isso?". São ótimas reflexões, porque algumas pessoas estão se perguntando porque Deus está fazendo isso com a humanidade. Isto vai ajudá-los a entender e se tranquilizar. Temos que cuidar, também, da saúde mental de todos que nos rodeiam.

Temos muitos pais/responsáveis com medo. Por isso a necessidade de uma mensagem de esperança, mas, de cuidado, sobretudo. Sem ele não há esperança. O catequista deve ler e se informar para dar resposta aos medos e questionamentos da familia. O site da UNISINOS tem artigos excelentes, reflexões dos padres jesuítas que são ótimas para estes momentos.

Aqui mesmo no blog temos artigos como este:




LEITURA DO EVANGELHO EM FAMÍLIA:

Pode ser o Evangelho do domingo, ou mesmo o Evangelho de encontro que você teria com eles. Estamos na quaresma e vivemos uma “quarentena”. Momento mais que especial para pais e filhos se aproximarem mais de Deus. É importante viverem esse momento juntos, interaja o máximo que puder com eles. Nestes tempos “isolados”, eles podem esquecer um pouco da "religião", o caminho é a conversa, um bate-papo, uma mensagenzinha lembrando do evangelho, para que eles não esqueçam da catequista e da catequese semanal.

Um jeito muito especial de transmitir o evangelho:


INDICAÇÃO DE FILMES PARA ASSISTIR EM FAMÍLIA:

Sugira filmes para eles assistirem juntos, em família. Não só religiosos, mas, outros que tenham mensagens legais. 

Indique filmes religiosos e também filmes populares que tem uma “mensagem” legal para ser discutida entre eles. Vídeos como os da Campanha da Fraternidade e a realidade do nosso país. Você pode encontrar este material na página:  


Temos também, uma lista de filmes com os links:  CLIQUE AQUI! para acessar.


CATEQUESE “ONLINE”:

Algumas paróquias, apoiadas por suas dioceses, estão com um trabalho de “Catequese online”, com grupos pelo Skype e outros aplicativos, com subsídios para para fazer estes encontros. O que não é a realidade de muitos lugares. Informe-se dobre as ações da sua paróquia e da sua diocese para este momento de isolamento.


INICIATIVAS DE CATEQUISTAS NAS REDES:

No YOUTUBE tem algumas sugestões para catequistas e pais criarem um “ambiente” de oração e fazer um “encontro” legal. Um canal é o da Fatima Smid, com o “Iniciando a catequese em casa”:


Como este canal, tem vários. Mas, cuidado e discernimento! Nem tudo que aparece na internet é confiável e adequado.

CATEQUESE DE ADULTOS:

Uma sugestão é mandar perguntas e temas para pesquisarem. Fazer “gincanas” de perguntas e resposta, colocar brindes para quem conseguir fazer mais questões. Por mais que sejam adultos, eles são “crianças” na fé. E atividades que sejam desafios são boas. Mas, tente também discutir assuntos "adultos", como por exemplo o que eles pensam da pandemia, qual é a visão "religiosa" que eles estão tendo. O Papa nos propôs um momento de oração dia 27/03 com indulgência plenária. Eles sabem o que é isso?

CELEBRAR A PALAVRA DE DEUS USANDO A MÍDIA

Ah, como a mídia é útil nos dias de hoje! Fazer encontros online com catequizandos e famílias. Fazer orações, leitura orante da palavra por áudio, meditação da Palavra de Deus. Isso não é transmissão de "conteúdo", é usar as redes sociais a serviço de Deus. Não é transferir o encontro semanal para a internet. É fazer o “novo”, o diferente. Envolver a família e Re-evangelizar a todos. É o momento ideal pra celebrar junto da família. Vale um trabalho com encontros semanais elaborados para serem feitos em família, uma forma de colocar pais e catequizandos para rezar, ler e refletir, tanto a Palavra como as situações da vida.

Una também os (as) catequistas da paróquia, montando grupos para fazer orações, rezar o terço, conversar sobre seus medos, anseios e esperanças.

O CATEQUIZANDO COMO “PONTE” PARA CHEGAR Á FAMÍLIA:

Pedir aos catequizandos que rezem juntos, em família e participem das missas que estão sendo transmitidas pela sua paróquia nas redes sociais. O catequizando pode ser a ponte para uma “catequese familiar”. Não é o momento de ficar querendo dar "conteúdo online", não somos escolas e, como catequistas, temos que estar atentos a isso.  Mande pequenos textos da Bíblia para ler em Família, comentar o que entendeu; mando áudios, vídeos, etc.

Uma sugestão interessante:


MONTAR UM LUGAR ESPECIAL EM CASA PARA ORAÇÃO:

Uma sugestão é montar um “altar”, onde cada um possa colocar o seu símbolo cristão: crucifixo, Bíblia, medalhas, terço, imagem, vela, etc. Enfim, um lugar especial, onde cada um possa fazer a sua oração e também rezar juntos. As crianças estão acostumadas a esta ambientação na catequese, e isso ajuda a manter um clima de “catequese”.




GRAVAR PEQUENOS VÍDEOS PARA AS CRIANÇAS (CATEQUIZANDOS)

Nem todos os catequizandos têm celular, então a comunicação é via “pais” ou responsáveis, grave vídeos simples e envie como uma mensagem pessoal, para que os pais mostrem aos filhos pequenos.

Temos um exemplo o vídeo da Gisele Araújo: 


Estas dicas tem a contribuição de muitas outras catequistas*(nomes abaixo) além de mim, a quem agradeço muito a participação na discussão no grupo de estudos/comunidade no Facebook.

Para finalizar, desejo a você, e de um modo especial, aos pais: Que possam sentar um pouquinho e aproveitar a companhia do seu esposo (a). Que fiquem juntos, só pelo prazer de estar juntos. E que achem um tempo para escutar os filhos. Escutar “de verdade”! Interiorizando primeiro as verdades deles para depois expor as suas. E se puderem estar com o restante da família, melhor ainda. Sente com seus pais ou avós e escutem, mesmo que seja “de novo”, as muitas memórias passadas. Ou escutem as suas “dores” que se fazem cada vez mais presentes.
Fique em casa, aproveite para participar, como há muito tempo não faz, da QUARESMA e da SEMANA SANTA como um católico de verdade. Sei que não vai poder estar lá em CORPO, mas, pode estar lá em “ESPÍRITO” pelas transmissões da mídia! (Acho que nunca vai ser tão “participante” como nestes dias):
·      Caminhe “online” na procissão do Domingo de Ramos, prepare seus ramos como se lá fosse;
·      Medite as Sete dores de Nossa Senhora;
·      Relembre o Lava pés, imagine-se com os pés lavados por Jesus;
·      Participe da missa dos Santos Óleos, mesmo pela TV;
·      Faça a Via Sacra em casa com a família; 
·      Emocione-se com a Adoração a Cruz, em casa, junto com os católicos do mundo inteiro;
·      Reze a missa da Páscoa com a transmissão da sua paróquia ou das redes de Tv mais conhecidas.

E, sobretudo, cumprimente os amigos por telefone (Whats), dê-lhes um abraço “virtual” de Páscoa! E agradeça profundamente a Deus por tudo isso. Por ter colocado seu filho Jesus a “passar” por tudo que passou para que VOCÊ pudesse estar aqui nesta páscoa e nas futuras “páscoas” da sua vida.

E gostaria de lembrar aqui, uma Ressurreição, não a de Jesus, mas do seu amigo Lázaro. Ao ver as irmãs chorando e todos os amigos tristes, Jesus ordenou a estes: "Tirem a pedra!". Se referindo a pedra que fechava o sepulcro. Vejam só: Jesus poderia, com todo o seu poder, ter tirado a pedra ele mesmo. Então, por que Ele pediu que outros tirassem a pedra? Isso não quer dizer que Ele precisa de uma ajudinha nossa para fazer as coisas acontecerem? Será que não é necessário que tiremos as pedras do caminho para que as coisas boas que desejamos, aconteçam? Mudar agora e com isso mudar o mundo!

Não basta sofrermos esta “cruz” que é a pandemia de Corona vírus agora, passar esta “provação” e voltar a mesma vida no dia seguinte. Nós sabemos que vai passar!  Queremos voltar à normalidade. Então, como Jesus pediu:  Vamos tirar a pedra do caminho!  

Ângela Rocha
(41) 99747-0348



* Giane Teixeira, Ana Cristina da Costa, Rita melo, Gisele Araújo, Anette Alberti, Marlene de Godoy Sombrio, Suzana Lossurdo, Sueli Torres Cesco, Paula Brito, Angelica Costa, Glória Silveira, Silvia Regina, Fátima Smid, Sandra de Souza Schuincki, Gislaine Wojcik, Gislayne Edgar Almeida, Sheila Torquato, Silvia Cristiane Santos, Clarice Cipriano, Rosângela Tamaoki... MUITO OBRIGADA PELAS DICAS!





Obrigada Senhor, pelas sementes de conhecimento que vamos espalhando pela rede!


MURAL DE ATIVIDADES PARA FAZER EM CASA


E ainda bem que temos as redes sociais!
Recebi da minha filha, uma imagem com dicas de Brincadeiras para este período de reclusão... que ela recebeu de uma amiga, que recebeu de outra amiga...

Partilhei em nosso grupo de catequistas da internet...

E olha aí! Uma catequista transformou em um "MORAL" de sugestões aos pais, que vai modificar semanalmente e enviar no whatsapp!

"Boa tarde catequistas. Fiz este mural catequético virtual para a catequese. Aí, enviamos por Whatsapp para as famílias e catequizandos. Peguei umas ideias aqui do grupo. A Ângela tinha postado. A cada semana mudamos as atividades. Espero que ajude a todos."

Anette Alberti
Bocaiúva do Sul - Pr.
1ª SEMANA

OBS.: A cada semana as atividades mudam.

Parabéns Anette Alberti, pela ideia e obrigada por compartilhar conosco!

Catequistas em Formação
#CATEQUISTASEMFORMAÇÃO

COMUNIDADE "DIGITAL" EM TEMPOS DE CORONAVÍRUS


Estamos num momento único em nossas vidas, reclusos, isolados em nossas casas, sem poder participar das celebrações da nossa comunidade, sem termos contato com amigos, familiares e sem "espaço" de oração e convívio a que estamos acostumados. É o momento das comunidades paroquiais usarem as mídias e os recursos de comunicação que tem à disposição. A comunidade paroquial São José Operário de Maringá, Pr, nos dá o exemplo e as "dicas" para estar com seus paroquianos nos ambientes digitais.


Padre Renato Quezini, pároco da São José operário, deixa para nós um recado e um convite:




Com a frase: A IGREJA SOMOS NÓS, a Paróquia São José Operário de Maringá está mostrando para a sua comunidade o que realmente significa esse “nós”.



O pároco Renato Quezini, juntamente com o CPP resolveu deixar esse “nós “ com uma cara mais bonita, de unidade, proximidade, integração e partilha. Foi criada uma programação para a semana com entradas ao vivo de determinadas pessoas pela página da paróquia no Facebook.

PROGRAMAÇÃO:
-  07hs - Leitura orante(Evangelho do dia);
- 10hs - A arte de "contar histórias";
- 12hs - Oração do meio dia (Media - liturgia das horas);
- 15hs - Terço da Misericórdia;
- 18hs - Terço Mariano;
- 20hs - Momento de oração e encontro com a comunidade;
- Sábado e domingo - Santa missa.

(Acompanhe a programação da paróquia neste endereço:

Assim a comunidade fica mais próxima, mesmo distantes um do outro. Tudo feito com muito carinho, mas nada profissional, já que é feito na casa de cada pessoa, e a internet as vezes não colabora e cai, mas, "Estamos felizes com o resultado porque podemos estar juntos!" ❤️

Vamos deixar o link de uma das histórias que a Marta contou, e que fez muito sucesso porque trabalha o nosso "eu", veja abaixo:

CLIQUE AQUI  


OBS: Muitos fizeram o seu vestido e mandaram para a paróquia e está sendo postado no Story da paróquia, muito divertido!💃💃


Nilva Mazzer
Coord. Paroquial de Catequese

quinta-feira, 26 de março de 2020

COMO PARTICIPAR DA MISSA POR MEIOS DIGITAIS


A igreja não fecha, o que fecha é o local das celebrações. A igreja somos nós. Podemos assistir as missas e celebrações pelos meios de comunicação, mas temos que nos preparar pra isso. Vamos passar para nossas turmas da catequese e seus familiares 🙏🙏 somos de Maringá-Pr.

Nilva Mazzer
Administrador





segunda-feira, 23 de março de 2020

POR QUE DEUS PERMITE UMA PANDEMIA E SE CALA? É UM CASTIGO? ONDE ESTÁ DEUS?

A GRIPE ESPANHOLA. Hospital militar de emergência durante a epidemia de gripe.
Camp Funston, Kansas, Estados Unidos.
* Artigo de Víctor Codina

"Onde está Deus? Está nas vítimas dessa pandemia, está nos médicos e agentes sanitaristas que os atendem, está nos cientistas que buscam vacinas antivírus, está em todos os que nesses dias colaboram e ajudam para solucionar o problema, está nos que rezam pelos demais, nos que difundem esperança", escreve Victor Codina, jesuíta boliviano, em artigo publicado por Religión Digital, 22-03-2020.

Eis o artigo:

Felizmente, junto aos aterrorizantes e quase mórbidos noticiários televisivos sobre a pandemia, aparecem outras vozes alternativas, positivas e esperançadoras.

Alguns recorrem à história para nos lembrar que a humanidade passou e superou outros momentos de pestes e pandemias, como as da idade Média e a de 1918 Idade Média e a de 1918, depois da Primeira Guerra Mundial. Outros se assombram da postura unitária europeia contra o vírus, quando até agora discrepavam sobre a mudança climática, os imigrantes e o armamentismo, seguramente porque essa pandemia rompe fronteiras e afeta os interesses dos poderosos. Agora os europeus sofrem algo do que padecem os refugiados e imigrantes que não podem cruzar as fronteiras.

Há humanistas que apontam que essa crise é uma espécie de “quaresma secular” que nos concentra nos valores essenciais, como a vida, o amor e a solidariedade, e nos obriga a relativizar muitas coisas que até agora acreditávamos ser indispensáveis e intocáveis. De repente, baixa a contaminação atmosférica e o ritmo frenético de vida consumista que até agora não queríamos mudar.

Caiu nosso orgulho ocidental de ser onipotentes protagonistas do mundo moderno, senhores da ciência e do progresso. Em plena quarentena doméstica e sem poder à rua, começamos a valorizar a realidade da vida familiar. Nos sentimos mais interdependentes, todos dependemos de todos, todos somos vulneráveis, necessitamos uns dos outros, estamos interconectados globalmente, para o bem e o mal.

Também surgem reflexões sobre o problema do mal, o sentido da vida e a realidade da morte, um tema tabu, hoje. A novela “A peste”, de Albert Camus, escrita em 1947, tornou-se um best seller. Não somente é uma crônica da peste de Orán, mas sim uma parábola do sofrimento humano, do mal físico e moral do mundo, da necessidade de ternura e solidariedade.

Os crentes de tradição judaico-cristã nos perguntamos pelo silêncio de Deus diante desta epidemia. Por que Deus a permitiu? É um castigo? É preciso pedir-lhe milagres, como pede o padre Penéloux, em “A peste”? Precisamos devolver a Deus o bilhete da vida, como Iván Karamazov, em “Os irmãos Karamazov”, ao ver o sofrimento dos inocentes? Onde está Deus?

Não estamos diante de um enigma, mas sim de um mistério, um mistério de fé que nos faz acreditar e confiar em um Deus Pai-Mãe criador, que não castiga, que é bom e misericordioso, que está sempre conosco, é o Emanuel; acreditamos e confiamos em Jesus de Nazaré que vem a nos dar vida em abundância e se compadece dos que sofrem; acreditamos e confiamos em um Espírito vivificante, Senhor e doador de vida. E essa fé não é uma conquista, é um dom do Espírito do Senhor, que nos chega através da Palavra na comunidade eclesial.

Tudo isso nos impede que, como , nos queixemos e processemos frente a Deus por ver tanto sofrimento, nem impede que, como Qohelet, ou Eclesiastes, constatemos a brevidade, leveza e vaidade da vida. Porém não pediremos milagres a um Deus que respeita a criação e nossa liberdade, ele quer que colaboremos na realização deste mundo limitado e finito. Jesus não nos resolve teoricamente o problema do mal e do sofrimento, mas sim que através das suas chagas de crucificado-ressuscitado nos abre o horizonte novo de sua paixão e ressurreição; Jesus com sua identificação com os pobres e os que sofrem, ilumina nossa vida; e com o dom do Espírito nos dá força e consolo nos nossos momentos difíceis de sofrimento e paixão.

Onde está Deus? Está nas vítimas dessa pandemia, está nos médicos e agentes sanitaristas que os atendem, está nos cientistas que buscam vacinas antivírus, está em todos os que nesses dias colaboram e ajudam para solucionar o problema, está nos que rezam pelos demais, nos que difundem esperança.

Acabemos com um salmo de confiança que a Igreja nos propõe aos domingos na hora litúrgica da Completas, para antes de dormir:

“Quem habita ao abrigo do Altíssimo e vive à sombra do Senhor onipotente, diz ao Senhor: ‘Sois meu refúgio e proteção, sois o meu Deus, no qual confio inteiramente’
Do caçador e do seu laço ele te livra. Ele te salva da palavra que destrói.
Com suas asas haverá de proteger-te com seu escudo e suas armas, defender-te.
Não temerás terror algum durante a noite, nem a flecha disparada em pleno dia; nem a peste que caminha pelo escuro nem a desgraça que devasta ao meio-dia”.

Talvez nossa pandemia nos ajude a encontrar Deus onde não esperávamos.

FONTE:
http://www.ihu.unisinos.br/597357-por-que-deus-permite-uma-pandemia-e-se-cala-e-um-castigo-onde-esta-deus-artigo-de-victor-codina-sj

domingo, 22 de março de 2020

PODE SER DEUS AUTOR DO MAL? A PANDEMIA É CASTIGO PELOS NOSSOS PECADOS?


Um texto muito coerente que o professor Moisés Sbardelotto*, postou em seu perfil do Facebook e que replico aqui para refletirmos se tudo isso que está acontecendo com a humanidade, é Deus o responsável como onipotente e onipresente.

* O título é autoria do blog.

Nesta pandemia do coronavírus, já me deparei com algumas interpretações religiosas que me deram calafrios. Em síntese, a ideia é que Deus não mandou o coronavírus, mas "permitiu" que ele se alastrasse, para testar a fé da humanidade, para lhe ensinar algo, para lhe recompensar com um dom maior, coisas desse gênero... Uma liderança religiosa, por exemplo, falava que se trata de um "retiro" que Deus está nos pregando (precisava de um vírus letal para isso?).

Assim, caímos no velho dilema: se Deus é onipotente, pode evitar o sofrimento de uma pandemia. Mas, se ainda não evitou, então ou não é onipotente ou não é bom.
Não sou teólogo, apenas um teófilo que foi apresentado ao Deus-Amor a quem Jesus chamava surpreendentemente de "Papaizinho", "Abbá". João (4,8) diz que "Deus é amor", um amor gratuito, eterno, que "vencerá inclusive as piores infidelidades", como afirma o Catecismo (n. 219). João Paulo I chegou a dizer que "Deus é nosso papai; mais ainda, é mãe". Então, aquele impasse, além de improdutivo, é falso. A onipotência se Deus se revela precisamente no amor.

E eu mesmo, como pai do Martim, não consigo imaginar um Deus que possa ser menos amoroso do que eu. Eu nunca mandaria meu filho à beira da morte. Nunca o faria sofrer nem "permitiria" que ele sofresse deliberadamente com algo proporcionalmente semelhante a uma pandemia apenas para testar o seu amor por mim, para lhe ensinar que "não se brinca com fogo", ou para depois lhe recompensar com um brinquedo novo. Posso ser limitadíssimo como pai, mas não sou sádico. Essa "pedagogia" é doentia, nem um pouco humana, em seu sentido mais profundo, muito menos divina.

O mal é sempre um mistério. Nenhuma ponerologia[1], por mais avançada que seja, consegue explicar a teodiceia.

Então, a pergunta não deve ser "onde está Deus diante da pandemia?" ou "por que Deus permitiu a pandemia?". São perguntas injustas com um Deus-Amor.

Ao contrário, a pergunta deve ser: onde estamos nós diante da pandemia? Por que nós, humanidade, permitimos ou continuamos permitindo a pandemia?

Há inúmeras causas biológicas que podem ajudar a explicar a pandemia, mas também há inúmeras outras causas de ordem social, política, econômica. São verdadeiros "pecados sociais e estruturais", que podem não ter gerado o vírus, mas prejudicam o seu combate: falta de políticas públicas, de investimento em ciência e educação, de consciência social e ambiental, de equidade, de partilha justa dos bens e das riquezas, de solidariedade...

Mesmo que a pandemia seja apenas um triste "acaso natural", as respostas que estamos dando, em geral, como humanidade, como sociedades, como governos, como culturas, como indivíduos, continuam revelando, muitas vezes, infelizmente, nosso "egoísmo original".

Deus, ao contrário, exatamente neste momento, sofre conosco, especialmente com os mais frágeis e impotentes diante da Covid-19, dando-nos colo e ternura. Deus está neles, chorando e gritando junto com eles contra a pandemia e contra as estruturas sociais, políticas e econômicas que impedem o enfrentamento do vírus.

Deus, em seu amor onipotente, não provoca, nem "permite", nem pode parar uma pandemia com um "passe de mágica". Porque mesmo a onipotência de Deus encontra limites diante da estupidez humana e de uma liberdade humana irresponsável, que continuam se manifestando assustadoramente nestes tempos de pandemia.

A "culpa" não é de Deus. Diante do mistério do mal, portanto, é preciso silenciar. E, diante do mistério de Deus, é preciso pôr-se à escuta, para sentir e reconhecer a Sua presença sempre amorosa, principalmente nas situações mais paradoxais. E, assim, poder fazer as perguntas certas para as pessoas certas.

(Um pouco de boa teologia também sempre ajuda. Sobre a questão do mal, fica esta sugestão: http://theologicalatinoamericana.com/?p=1293.)

Moisés Sbardelotto*

* Jornalista e doutor em Ciências da Comunicação. Professor Colaborador na UnisinosÉ palestrante, tradutor e consultor em Comunicação para diversos órgãos e instituições civis e religiosos. Autor dos livros:
- E o Verbo se fez rede: religiosidades em reconstrução no ambiente digital (Paulinas, 2017) e de 
- E o Verbo se fez bit: A comunicação e a experiência religiosa na internet (Santuário, 2012). 






[1] Ponerologia, o estudo do mal, do grego poneros (malícia, maldade),[1] é a ciência da natureza do mal adaptada à propósitos políticos.

terça-feira, 17 de março de 2020

PARA ENCONTRAR DEUS NÃO SÃO NECESSÁRIAS IGREJAS E CELEBRAÇÕES



* Frei Alberto Maggi

A emergência causada pelo vírus mortal, que se espalha e infecta em todos os lugares e qualquer pessoa no mundo inteiro, gera uma situação tão nova que nunca havia sido experimentada, nem mesmo em caso de terremotos ou conflitos. Na guerra, você pode se salvar fugindo, buscado os abrigos, mas com o vírus isso não é possível, não há vias de fuga e a única defesa é impedir que ele se dissemine, através da restrição dos comportamentos normais, evitando o máximo possível todo contato entre os indivíduos. Se durante a guerra as pessoas encontravam conforto indo rezar na igreja, agora com o vírus não é possível; as igrejas permanecem fechadas porque, do contrário, tornar-se-iam locais privilegiados de contágio. A fé não substitui as normais medidas de higiene, mas as presume. É bom orar ao Senhor para nos ajudar a superar o momento, mas isso não significa que temos o direito de nos colocar em situações de perigo ("Você não testará o Senhor, seu Deus", Mt 4,4; Dt 6,16).

O fechamento das igrejas causa desorientação entre os fiéis, diante de uma situação sem precedentes. Sentem-se perdidos, desorientados, falta-lhes um ponto de referência importante, porque com esse fechamento não há nem a possibilidade de participar da celebração eucarística. Mas os Evangelhos e a tradição ensinam que não é apenas a igreja o lugar para encontrar Deus, e não é apenas a celebração eucarística que pode alimentar o crente. Na Eucaristia, Jesus, o Filho de Deus, se faz pão, para que aqueles que o comem e o assimilam também sejam capazes de se fazer pão, alimento, fator vida para os outros e, assim, ter sua própria condição divina. Esse pão deve ser comido, como expressamente pediu Jesus "tomai e comei" (Mt 26,26), esse é seu convite dinâmico ("Façam isso ...", Lc 22:19), não estático. Portanto, durante a ceia eucarística, os primeiros crentes continuaram a fazer o que o Senhor havia feito, comendo juntos esse pão e tornando-se alimento uns para os outros, permitindo assim a fusão íntima da presença de Deus em seus filhos. Depois, o pão consagrado foi levado aos doentes que não puderam participar da ceia (na hagiografia cristã São Tarcísio, o jovem que morreu mártir por ter levado o pão eucarístico aos prisioneiros) se tornou muito popular. Esse pão consagrado para os doentes e prisioneiros era conservado na sacristia (que leva esse nome por esse uso), onde os subdiáconos iam buscá-lo para levá-lo àqueles que precisavam.

Então, gradualmente, da sacristia, o pão eucarístico deslocou-se para a igreja, onde, para evitar abusos, o 4º Concílio Lateranense (1215) prescreveu guarda-lo chaveado, consolidando a prática dos "tabernáculos" (moradias) nos muros; no entanto, nas basílicas mais antigas, apenas um dos altares laterais estava reservado para o tabernáculo e não o principal, como aconteceu nos séculos seguintes, até se tornar a parte mais importante e sagrada da igreja. Surgiram então devoções populares, como a adoração eucarística e a "visita ao Santíssimo ", um encontro recomendado para os leigos, mas imposto nos seminários, onde os futuros padres eram obrigados a ir diariamente fazer companhia ao "Divino prisioneiro", aquele Jesus que " por amor ao homem ingrato, tornou-se prisioneiro no Divino Sacramento”, como rezava uma devota oração. Foi, portanto, por causa da Eucaristia conservada no tabernáculo que a igreja foi erroneamente considerada a "casa de Deus". Mas a igreja não é a "casa de Deus", um lugar sagrado, mas o lugar do povo de Deus, que ali se reúne para as celebrações, como ensina a tradição mais antiga da Igreja: "Não é o lugar que santifica o homem, mas homem o lugar ”(Constituições Apostólicas, VIII, 34,8) e o Papa Sisto (século V), dedicou a Basílica de Santa Maria Maior ao povo de Deus, como pode ser lido no mosaico do arco triunfal da abside "Xystus episcopus plebi Dei" (Sisto bispo ao povo de Deus).

Jesus libertou o homem de todo espaço sagrado; não existe casa de Deus além do homem; por esse motivo, almejou o desaparecimento de todo santuário (“a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai ... os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade", Jo 4,21,23), e o autor do Apocalipse, ao descrever a nova realidade inaugurada por Jesus proclama:" Eu não vi templo nela porque o Senhor Deus, o Todo-poderoso, e o Cordeiro são o seu templo" (Ap 21,22). O local do encontro com Deus é Jesus Cristo e com ele todo homem que o acolhe: "Se alguém me ama, guardará minha palavra e meu Pai o amará; e viremos para ele e faremos nele morada" (Jo 14,23). O homem é o único verdadeiro santuário a partir do qual o amor do Pai por suas criaturas se manifesta e irradia. Essa é a fé do crente. "Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? ” (1 Cor 3:16) escreve Paulo, tão convencido dessa realidade que afirma "Cristo vive em mim" (Gl 2,20). É por isso que a presença de Cristo não se limita à igreja, ao Santíssimo Sacramento. O encontro com Deus não é condicionado por lugares ou celebrações, mas é real e autêntico toda vez que seu amor é comunicado e enriquece a vida dos outros. Cabe ao homem perceber, em sua vida, que a presença divina que continuamente guia, acompanha e segue a sua existência, como exclama Jacó, espantado: "Na verdade o Senhor está neste lugar; e eu não o sabia" (Gn 28, 16).

* Alberto Maggi, frei da Ordem dos Servos de Maria, estudou nas Faculdades Teológicas Marianum e Gregoriana de Roma e na École Biblique et Archéologique Française em Jerusalém. Fundador do Centro de Estudos Bíblicos G. Vannucci em Montefano (Macerata), cuida da divulgação das escrituras sagradas, sempre interpretando-as a serviço da justiça, nunca do poder.

FONTE:

segunda-feira, 16 de março de 2020

PANDEMIA DO CORONA VÍRUS: E A CATEQUESE, COMO FICA?

Conversando com vários catequistas aí pelo Brasil afora, fizemos um apanhado geral de como as coisas estão acontecendo em cada lugar.

No Paraná hoje tivemos um Decreto do Governo do Estado suspendendo as aulas nas escolas e universidades públicas e privadas e outras medidas suspendendo eventos que reúnam mais de 50 pessoas. Pessoas de risco foram orientadas a trabalhar de casa , via internet.

As dioceses do Paraná estão em estado de alerta e nos lugares onde há casos confirmados, medidas mais extremas estão sendo tomadas. Grandes celebrações, encontros e reuniões estão suspensas. Ainda não houve total suspensão de missas ou dos encontros de catequese, mas, pode ser que isso venha a acontecer. Mesmo assim, não há motivo para pânico, mesmo sendo o 3º estado com maior número de casos (são sete até agora), são medidas de PREVENÇÃO e cuidado.

Em São Paulo e no Rio de Janeiro, estados onde há o maior número de casos, as atividades da Igreja estão suspensas e as missas estão sendo transmitidas pela internet.

Nos demais estados onde não há casos ou tem 1 ou 2, as coisas estão normais, exceto, é claro, pelo medo que vem tomando conta das pessoas. Por enquanto só medidas de higiene e cuidado, missas seguem normal sem abraço da paz e comunhão na mão. Algumas Dioceses de estados mais próximos de São Paulo, suspenderam a catequese como medida preventiva.

E aí todos se perguntam: como fica a catequese? Pais e crianças estão cheios de dúvidas e assustados. O que dizer às crianças?

Em primeiro lugar, INFORME-SE sobre o que é o COVID-19 ou Corona Vírus, mas, informe-se pelos órgãos competentes: OMS - Organização Mundial da Saúde, Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde. Procure não usar as redes sociais e nem seus contatos do whatsapp como fonte de informação. Você corre o risco de ler muita informação desencontrada e estar lendo Fake News.

Estando bem informada (o), faça um encontro de catequese orientando e informando seus catequizandos. Aproveite para atualizar sua lista de contato (nº celular, telefone, whats, etc) com eles e os pais. Mas, nada de "assustar" as crianças se a catequese estiver sendo suspensa por uns dias. É uma medida normal de prevenção.

Se você tem turma grande, sua sala é pequena, fechada, poucas janelas, procure fazer o encontro num espaço mais aberto: no salão da Igreja, na própria Igreja, na praça, enfim... onde vocês não fiquem "abafados" e muito juntos. Se não for possível, suspenda os encontros até que passe este momento. Onde as aulas estiverem suspensas, oriente seus catequizandos a ficarem em casa se não se sentem seguros para ir à missa ou a catequese. Alguns dias de resguardo não farão mal. Deus está conosco em todos os lugares, basta que nos lembremos Dele. Muitas orações pelos doentes!

Busque contato frequente com as famílias e seus catequizandos (por meios digitais: telefone, e-mail, redes sociais) mantendo-os informados sobre as orientações e medidas de prevenção da Igreja.

É possível que os pais não levem as crianças à Igreja durante este período, mas, é bom lembrar que a catequese é mais que conteúdo, é mensagem, é encontro. mantenha-se em contato com as famílias e catequizandos também para conversar, manter relacionamento. Isso é muito importante.

E atenção! A catequese não é ESCOLA com "conteúdos" a repor. Ela é INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ que prima pela fé, esperança e caridade. Não "bombardeie" seus catequizandos com "tarefas de casa"! Mande-lhes pelo whats ou contato dos pais, leituras agradáveis para fazer, curiosidades da CF 2020, pequenos versículos da Bíblia, orações pelos doentes. Proponha um "dia de preces online", onde todos coloquem seus desejos de saúde, amor e bem estar para as pessoas. Eles estão assustados e confusos com toda essa agitação em torno de um contágio por um vírus que pode matar. não deixe-os mais nervosos ainda com o que estão "perdendo" na escola, na catequese e em outras atividades sociais. A companhia deles nestes dias vai ser o celular e a internet. Faça parte desde "mundo" e será companhia também!

E cuide-se! Previna-se, evite lugares cheios de gente, cuide da sua família, tome as medidas de prevenção e cuidados necessários sempre. Você catequista, além de ser essencial para a Igreja, é instrumento para continuar evangelizando em todos os lugares e meios disponíveis.

Oremos a Deus para nos fazer fortes nesta hora, e guie as mãos dos profissionais que cuidam dos doentes e as mãos daqueles que buscam a cura! Amém!

Catequistas em Formação