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quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Pedagogia de Deus


Saber e Saber fazer, faz parte de nossa caminhada catequética. São processos que constroem o catequista. E nessa busca pelo saber, encontramos o alerta de que temos que nos apoiar nas ciências modernas (DNC 150 e 151). Uma delas a Pedagogia. Não a pedagogia tradicional descrita como “teoria da educação e da instrução” (Dic. Aurélio), mas a Pedagogia Catequética, que vai além, sendo, também, a “condução” de nossos catequizandos ao caminho da fé. “A pedagogia catequética tem uma originalidade específica, pois seu objetivo é ajudar as pessoas no caminho rumo à maturidade da fé, no amor e na esperança. (...) Para isso Deus se serve de pessoas, grupos, situações, acontecimentos...” (DNC 146).

A palavra Pedagogia tem origem grega, formada por: paidós (criança) e agogé (condução). No entanto, é preciso entender que, aplicada à catequese, ela vai além da mera condução da “criança”, palavra que descreve uma das etapas do crescimento do indivíduo. Ela conduz a “pessoa”, em qualquer idade cronológica.

Como princípio, temos a Pedagogia de Deus como modelo a seguir. Seguidas da pedagogia de Jesus, da ação do Espírito Santo e do modo de proceder da Igreja (DNC, capítulo quinto, inteiramente dedicado a Catequese como educação da fé). Mas o que é afinal essa pedagogia? Pois bem, a Pedagogia de Deus é proporcionar ao homem , encontrar-se, crescer e assim, conquistar a paz e o sentido de sua existência.  Deus dá todas as condições necessárias para que isto aconteça, através de Sua Palavra, por meio dos acontecimentos do cotidiano e das vivências do dia a dia. 

Para ilustrar melhor o conceito, encontramos nos itens 40 a 48 da Catequese Renovada – Orientações e Conteúdo – DOC 26 da CNBB, orientações a respeito da Pedagogia de Deus e sua revelação.

Deus se revela por meio de um processo, uma caminhada, não é uma coisa que acontece de uma vez só. Não porque Deus não quer comunicar-se por inteiro a nós. Deus é comunicação, Deus é amor, Ele está sempre junto de nós. Nós é que nos afastamos, somos nós que precisamos desse processo lento e permanente de Revelação, porque somos seres em construção.

Em outras palavras, a humanidade não está preparada par acolher a Deus plenamente, inteiramente. Muitos obstáculos nos separam de Deus, muitos pecados nos desviam.

Deus então, procura guiar a humanidade de volta ao caminho. Procura orientá-la, aproximá-la de Si. Torna-se para seu povo como um pai ou uma mãe que ensina à criança os caminhos da vida. Torna-se um mestre ou educador, que ensina aos alunos caminhos mais adiantados em busca da verdade e da felicidade. “Como um pai educa seu filho, assim Deus educa seu povo.” (Dt 8, 5)

Nos encontros de Deus com o seu povo e seus profetas, é possível reconhecer que Ele fala partindo de algo que os homens já conhecem, que pertence à experiência deles, e procura levá-los a descobrir e compreender algo novo do seu ser, do seu amor, da sua vontade. Ou ainda: Deus ilumina o seu povo e seus profetas para que compreendam o sentido da história que estão vivendo, dos acontecimentos que Deus quis ou permitiu.

Nesse sentido, a catequese, inspirada na pedagogia de Deus busca incentivar a participação ativa dos catequizandos na mudança da sociedade, com a missão permanente de inculturar-se buscando uma linguagem capaz de comunicar a Palavra de Deus e a Profissão de Fé da Igreja (Credo), conforme a realidade de cada pessoa. É preciso assumir as realidades humanas e iluminá-las com o Evangelho, a Boa Nova.

Nisso temos o exemplo de Jesus, o Verbo, que se fez carne, assumiu a natureza humana e a cultura de um povo conforme o seu tempo (EN 18 e 20).

Ângela Rocha

Fontes:

CNBB, Diretório Nacional de Catequese. Catequese como educação da fé. Pgs. 97-115. Brasília, Edições CNBB, 2006.

CNBB, Catequese Renovada – Orientações e Conteúdo. Pgs. 20-22. 39ª Ed. São Paulo, Paulinas, 2009.

Paulo PP VI, Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi. Roma, dezembro de 1975. Encontrada em:


PEDAGOGIA CATEQUÉTICA



Fonte: Blog do Manoel Xavier
http://deusnaminhafamilia.blogspot.com/2011/07/o-modo-de-proceder-de-deus-e-pedagogia.html

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Catequistas em Formação no Facebook

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Formação para catequistas, conteúdo e material pedagógico catequético.
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domingo, 26 de fevereiro de 2012

METODOLOGIA CATEQUETICA: Evolução

 Evolução do trabalho pedagógico e metodológico da catequese no século XX e XXI

Início do século: a catequese era conceitual e mnemônica, com o método da assimilação de conteúdos. O objetivo era memorizar as formulações da fé cristã.
Os avanços das ciências da educação começaram a se inquietar com esse método.

Em 1928, surge na Alemanha a Catequese ativa, fruto do trabalho do 2º Congresso Internacional de Munique. O método disseminado por Munique tinha como base: “Apresentação, exposição e aplicação”. Que foi enriquecido pela Escola Ativa de Maria de Montessori e outros, passando a ter como base: “Apresentação, exposição, atividade e aplicação”. No entanto este método ainda priorizava o desenvolvimento das capacidades intelectuais da pessoa, sem levar em conta as dimensões humanas como as afetivas, comunicativas ou vivenciais.

Nas décadas de 40 a 50, a Teologia Kerigmática de Jungmann e seu manual “Catequética”, foram decisivos para os conteúdos da catequese. Esta teoria tinha um cunho mais evangelizador do que doutrinário.

Em 1960, o Congresso Internacional de Eichstatt na Alemanha, oficializa o método da Catequese Querigmática, que se preocupa em como a mensagem cristã pode ser assimilada pelo crente.

O Concílio Vaticano II, de 1965, enfim propõe novo estilo para a pedagogia da fé sem, no entanto, publicar um documento específico para a catequese. Fica apenas a orientação de que se crie um diretório para a catequese, publicado pela Congregação para o Clero em 1971.
Esta nova pedagogia da fé é discutida na Conferência Episcopal de Medellín, 1968, onde aconteceu a 6ª Semana Internacional de Catequese, cuja idéia fundamental foi propor conteúdos e métodos orientados para a conversão da pessoa. Nascia aí a Catequese Antropológica, preocupada com a pessoa nas diferentes etapas de sua vida.

Além de Medellín é interessante mencionar as várias Semanas Catequéticas Internacionais que impulsionaram a catequese mundial:
Nimega, Holanda – 1959: “Missão e Liturgia”; Eichstatt, Alemanha – 1960: “Missão e Catequese”; Katigondo, África – 1964: “mensagem cristã para a África” e, Manila, Filipinas – 1967.

Mas, sem dúvida alguma, foi após o Concílio Vaticano II (1962-1965), que a Igreja produziu mais documentos sobre catequese. Citamos entre outros, por exemplo:

- Diretório Catequético Geral (Congregação para o Clero, 1971)
- Catechesi Tradendae (João Paulo II, 1980), 
- Catequese Renovada, Orientações e Conteúdo (CNBB, 1983)
- Catecismo da Igreja Católica (João Paulo II, 1992/1997),
- Diretório Geral para a Catequese (Congregação para o Clero, 1997),
- Compêndio do Catecismo da Igreja Católica (2005)
- Diretório Nacional de Catequese (CNBB, 2005).

Inclui-se aqui, ainda que seja especificamente de cunho litúrgico:
- Ritual de Iniciação Cristã dos Adultos – RICA (1972); que veio ajudar no cumprimento da recomendação do Concílio quanto à retomada na catequese, de modo atualizado, do modelo catequético do Catecumenato, da época dos Santos Padres.

E é preciso acrescentar, também, o capítulo sobre Catequese nas Conferências Episcopais latino-americanas, especialmente as de Medellín (1968), Puebla (1979) e Santo Domingo (1992) e Aparecida (2007). E, sem dúvida, foi e é imprescindível para a renovação da catequese o Sínodo sobre Evangelização, em 1974, do qual brotou a Exortação Apostólica, Evangelii Nuntiandi  de  Paulo VI (1975).

No Brasil, a CNBB, além do documento Catequese Renovada: orientações e conteúdo (1983), produziu uma série de estudos que são de grande valor para esclarecimentos e para pistas de organização da catequese.
Assim, na série Estudos da CNBB, encontramos, por exemplo:
- N° 53 - Textos e Manuais de Catequese;
- N° 55 - Primeira Semana Brasileira de Cateques (SBC);
- N° 59 - Formação de Catequistas: critérios pastorais;
- N° 61 - Orientações para a Catequese da Crisma;
- N° 73 - Catequese para um mundo em mudança;
- N° 78 - O hoje de Deus em nosso chão;
- N° 80 - Com adultos, catequese adulta;
- N° 82 - O itinerário da fé na iniciação cristã de adultos;
- N° 84 - Segunda Semana Brasileira de Catequese (2 SBC);
- N° 86 - Crescer na Leitura da Bíblia;
- Nº 91 - Ouvir e proclamar a palavra: seguir Jesus no caminho - a catequese sob a inspiração da Dei Verbum;
- Nº 93 - Evangelização da juventude. Desafios e perspectivas pastorais;
- Nº 94 - Catequistas para a Catequese com adultos: Processo formativo;
- Nº 95 - Ministério do Catequista;
- Nº 96 - Deixai-vos reconciliar: Seminário Nacional sobre a reconciliação;
- Nº 97 – Iniciação á Vida Cristã, um processo de inspiração catecumenal.

E há, ainda, o caderno Ler a Bíblia com a Igreja hoje, da coleção do Projeto da CNBB “Queremos Ver Jesus, Caminho, Verdade e Vida”.
E também o livro da Terceira Semana Brasileira de Catequese, sobre Iniciação à Vida Cristã, de 2010.

Vamos falar um pouco de metodologia?

“Os métodos deverão ser adaptados à idade, à cultura, à capacidade das pessoas, tratando de fixar sempre à memória, a inteligência e ao coração as verdades essenciais que deverão impregnar a vida inteira.” (Evangelii Nutiandi, 44).
Exortação Apostólica do Papa Paulo VI, ao Episcopado, ao Clero, aos Fiéis de toda a Igreja, sobre a Evangelização no mundo contemporâneo, de 1975.
“Desde o ensinamento oral dos apóstolos às cartas que circulam entre as Igrejas e até os meios mais modernos, a catequese não cessou de buscar os métodos e meios mais apropriados para sua missão.” (Catequesi Tradendae, 46).
Exortação Apostólica pós-sinodal, do Papa João Paulo II, de 16 de outubro de 1979, "Sobre a catequese do nosso tempo".
"A catequese é um processo dinâmico, gradual e progressivo de educação na fé." (Puebla, 984).
A Conferencia de Puebla, México, foi a Terceira Conferencia Geral do Episcopado latino americano, foi aberta em 28 de Janeiro de 1979, e presidida pessoalmente pelo Santo Padre João Paulo II.
Estas palavras dão a dimensão exata de que, os métodos pedagógicos são fundamentais à catequese: não há educação da fé sem metodologia que a sustente. A enorme variedade de situações humanas, os diferentes meios, as variáveis de tempo e lugar, obriga a catequese a buscar uma metodologia diferente, porém nunca definitiva nem absoluta; ela brota das condições que favorecem ou retardam o encontro e a resposta entre Deus e a pessoa.O catequista deve assumir as atitudes pedagógicas que acentuem os valores que quer transmitir. Sem isso, o ato catequético perde seu valor educativo. O caráter de testemunho no catequista é a condição essencial da evangelização.
"O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com nossos próprios olhos, o que contemplamos, o que tocaram nossas mãos... vô-lo anunciamos." 
(1Jo 1,1).

Homilia do Domingo



1º. Domingo da Quaresma – B

“Este é o sinal da aliança que coloco entre mim e vós, e todos os seres vivos que estão convosco, por todas as gerações futuras: ponho meu arco nas nuvens como sinal da aliança entre mim e a terra” (Gn 9, 12-13). Deus estabeleceu uma aliança com Noé. A aliança é uma iniciativa de amor, de benevolência de Deus, uma relação de diálogo entre Deus e as pessoas. O Senhor deseja sempre mostrar o seu amor e a sua vontade para que sejamos felizes. Ele está do nosso lado e se compromete com a nossa vida. Sempre podemos estar abertos ao diálogo e à amizade com Deus. Isto está na base de qualquer aliança divina.

A aliança implica também o lado do ser humano. Assim, trata-se de um dom, mas também de uma tarefa: ao mesmo tempo em que a aliança revela a iniciativa e a benção divina, exige de cada um de nós um esforço para cumprirmos aquilo que Deus nos propõe.

“O Espírito levou Jesus para o deserto. E ele ficou no deserto durante quarenta dias e aí foi tentado por satanás. Vivia entre os animais selvagens, e os anjos o serviam” (Mc 1,12). Jesus cumpriu em tudo a vontade do Pai, assumiu a sua tarefa como Filho de Deus. Mas antes foi conduzido ao deserto pelo Espírito. O deserto é o lugar da tentação, da secura, do desânimo... No deserto a amargura é aparente, pois se este lugar é vencido, podemos desfrutar de suas graças: no afastamento dos barulhos da vida, encontramos sentido verdadeiro no silêncio.

O deserto é o lugar da tentação. Jesus foi tentado a deixar a sua missão, foi tentado a desistir de tudo. O Senhor transformou o deserto em uma oportunidade de encher o seu Espírito de motivação, de firmar o sentido de sua missão. A quaresma é uma oportunidade para tomar novo ânimo, para levar nossa vida com coragem.

No deserto Jesus foi tentado a utilizar de modo inadequado o seu messianismo. Poderia utilizar de seu poder para se auto promover, mas não o fez. Somos também tentados a desvirtuar a nossa missão. Facilmente utilizamos dos nossos cargos, funções, papéis sociais de um modo equivocado. Por vezes o poder nos seduz, e somos tentados a focar nossas ações em nós mesmos, para que tenhamos evidência e bem estar.

Pe. Roberto Nentwig

"Basta-te a minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força!"
(2Cor 12,9)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

RICA - Ritual de Iniciação Cristã de Adultos para dowload

Olá queridos catequistas!


Para quem quiser salvar e imprimir o RICA - Ritual de Iniciação Cristã de Adultos, acesse este link:


Quero observar no entanto, que essa é a versão portuguesa do livro. A versão brasileira vocês podem adquirir pelas livrarias Paulinas ao preço de R$ 39,50.

Acredito que este é um livro que todo catequista deveria conhecer e ter em sua biblioteca.

Saliento que não estou ganhando "royaltes" pelo marketing... rsrrs...