O CERCO DE JERICÓ: UMA CRÍTICA
Por Guillermo D.
Micheletti
Introdução
Em certa ocasião, um grupo me
pediu para organizar um “Cerco de Jericó” (CdJ). Perguntei o que é era.
Disseram que se tratava de um encontro de adoração com missa e que geralmente, após
a missa, se realizava uma procissão com o Santíssimo ao redor do povo, com
cantos, súplicas e clamores: cada dia acrescentando-se uma volta, até completar
sete. Como no relato bíblico da queda das muralhas de Jericó, hoje, no CdJ, vão
“caindo” todas as muralhas que atrapalham a vida humana: carência, depressão,
encostos, bruxarias, despachos, falta de dinheiro, brigas em família etc.
Então, pedi que fizessem uma pesquisa bíblica para esclarecer melhor o fato…
Passado um tempo, o grupo veio me dizer que “tinha desistido” de realizar o
encontro porque a pesquisa não lhes dera uma resposta convincente; parecia que
o tal cerco de Jericó “não tinha acontecido como descrito na Bíblia”. Eu, já
ciente disso, decidi então escrever este artigo, a modo de contribuição.
O que é o Cerco de Jericó? Um pouco de história
Sobre o Cerco de Jericó, CdJ, não
se tem história muito documentada. Parece que começou na Polônia, como
preparação para a visita do papa João Paulo II a Cracóvia. Em 8 de maio de
1979, decidiram organizar práticas piedosas; uma delas foi chamada de Cerco de
Jericó.
Diz-se que uma piedosa mulher
polonesa teve a inspiração de organizar um momento forte de oração mariana em
preparação para a visita papal. A preparação contou com o reforço de um
congresso sobre o rosário, em Jazna Gora. Foram sete dias e seis noites de
rosários consecutivos diante do Santíssimo Sacramento.
Em que consiste o Cerco de Jericó?
O CdJ é uma oração de
“arrebanhamento comunitário (e extra comunitário)” baseada na saga de Josué na
conquista de Jericó. Consiste em uma semana “incessante de batalha espiritual”,
com a intensificação de orações em grupo: terços e pregações da Palavra. O
coração é a missa diária, acompanhada, em seguida, da procissão com o
Santíssimo Sacramento. Em ocasiões, acrescentam-se práticas como a confissão,
jejum e muitas imprecações.
A exemplo do relato bíblico, os
articuladores do CdJ direcionam o pensamento para “cercar os inimigos” com
orações e louvores, esperando Deus atuar em favor do grupo. É preciso perseverar
e persistir durante os sete dias.
Espera-se “derrubar as muralhas”
com a força da oração, com a ciência de que o Espírito Santo é capaz de
derrubar, destruir e aniquilar as “forças malignas”. O terço de Nossa Senhora e
os clamores diante do Santíssimo vão “quebrando” os alicerces das nossas
muralhas. Acredita-se que “muitas curas e libertações acontecem”: portas que
estavam fechadas se abrem, crises conjugais e econômicas superadas, doenças e
tantos outros problemas solucionados. Mas o mais importante é o poder de Deus
se derramando sobre o povo.
O que sabemos da Jericó bíblica?
Jericó, em hebraico yerihô (cidade da lua), em grego ierichõ, é quase a cidade mais
antiga do mundo, situada na depressão do rio Jordão, 23 quilômetros a nordeste
de Jerusalém. O nome deriva provavelmente de um deus pagão: yrh = deus-lua,
traduzido como Jericó pelos membros do clã dos binu-yamina (1800
a.C.).
O lugar é um grande oásis
irrigado por três fontes: a principal, a fonte de Eliseu dos peregrinos (2 Reis
2,19-22); a segunda, alguns quilômetros a noroeste; a terceira, um pouco ao
sul. Jericó era ao mesmo tempo um lugar agrícola, comercial e estratégico; daí
a notável importância em diversos momentos da história bíblica e cultural da
região.
Como se estruturou o relato bíblico da “queda das muralhas”?
A ciência bíblica diz que a
formação dos livros da Bíblia resulta da complexa convergência de três
elementos conhecidos dos biblistas. Comentaremos todos e aplicaremos ao tema das
muralhas.
1º elemento: Na pesquisa dos acontecimentos “históricos” da
multissecular história do povo bíblico, entram conjunturalmente vários
aspectos. O que se entende por “história bíblica”? Deve-se entender por
experiências pessoais: (personagens, patriarcas, profetas, Jesus, os apóstolos)
e coletivas (vida do povo, formas de viver, de se exprimir, batalhas, lutas,
doenças, acontecimentos, nações, estados), nas quais se inclui também a cultura
(patrimônio jurídico: leis, conjunto de instituições civis e religiosas,
monarquias, impérios, governadores, escribas, sacerdotes do templo, fariseus;
tradições, lendas, parábolas, narrações míticas etc). Isto é, uma história
feita de homens, com tudo o que isso implica de bom e de ruim, de correto e de
impreciso.
Apliquemos isso ao texto de Josué
6,1-19: o fato narrado no texto deu-se por volta de 1200 a.C., quando os
israelitas chegaram à Palestina, a terra prometida. Jericó foi a primeira
cidade inimiga com a qual se defrontaram: cidade muito bem organizada, com um
rei, com serviços de inteligência (Josué 2,2) e um exército bem apetrechado; os
israelitas, pelo contrário, um bando desorganizado de tribos e clãs que vinha
fugindo da escravidão do Egito.
A respeito “das muralhas”,
sabe-se que as múltiplas pesquisas arqueológicas não observam restos de
muralhas caídas nesse tempo. A pesquisa mais expressiva, organizada entre
1952-1959 pela arqueóloga Kathleen Kenyon, nada deixou sem averiguação. Graças
a essa aprimorada investigação, foi possível traçar quase toda a história e a
fisionomia da(s) cidade(s) mais antiga(s) do mundo. Foram descobertas muralhas
de defesa, construídas cerca de 8000 a.C. (2 m de largura, uma torre de 9 m de
altura e 8 m de diâmetro). Outras interessantes descobertas estabeleceram que,
na verdade, existiram “muitas Jericós”, no mínimo 17. Pois aquela região de
Jericó foi tomada, saqueada, queimada, destruída e abandonada em inúmeras
ocasiões. Foi finalmente destruída em 1550 a.C. para nunca mais voltar a
reerguer-se.
Então, quando o grupo de Josué
chegou à região, aproximadamente no ano de 1200 a.C., havia 350 anos que Jericó
“já não existia”. Provavelmente moraram ali pequenos grupos seminômades,
empobrecidos, com uma precária organização social e política, e grupos chegados
do Egito (o grupo de Josué), acreditando no todo-poderoso Javé, ter-se-iam
infiltrado aos poucos na vida desses povoados e, com pouco esforço, os teriam
vencido e subjugado.
2º elemento: É a interpretação teológica e sapiencial dos fatos ou
a mensagem religiosa/espiritual dos eventos para o bem do povo que culmina
normalmente numa “história” que se concretiza, no decorrer do tempo, numa forma
concreta de literatura: livros.
O que de fato aconteceu, podemos
lê-lo no relato bíblico de Josué 6,1-19. O mais importante é que a conquista de
Jericó foi um acontecimento militar essencial para afirmar o sentido social e
religioso de todo o povo de Israel, já que abriu as portas para a conquista da
Palestina. O relato bíblico é uma construção literária montada por motivos
religiosos e teológicos (processo muito complexo) para deixar bem manifesto que
“as promessas de Javé não falham”: a terra prometida seria posse do povo
eleito.
Aplicando ao texto: a exegese
bíblica diz que a história de Josué foi codificada de modo amplo ao longo de
muitos séculos: do século X ao I a.C. A redação definitiva da conquista de
Jericó corresponde aos escritos pós-exílicos dos séculos VI e V a.C.
3º elemento: A literatura bíblica
surge das “histórias” acolhidas como mensagem de amor e amizade que Deus quis
comunicar aos homens e mulheres de todos os tempos. Essa literatura plasmada em
gêneros literários permite individuar as linhas teológicas dessa história até
chegarmos a uma correta percepção da “mensagem” de Deus. É claro que a mensagem
permanece o escopo final de uma caminhada que exige tempo, boa vontade e fadiga
(BISSOLI, 2002, p. 18-19).
Teologicamente, sabe-se que
muitos anos depois (no mínimo 700/800) esses relatos da entrada na terra
prometida foram escritos. Ao chegar e achar tudo derrubado, veio à tona a
pergunta: quem derrubou as muralhas e entregou para nós a cidade? A resposta da
teologia diz: tudo isso foi obra de Javé, que abriu o caminho e facilitou a
entrada na terra que ele mesmo prometeu; acontecimento jubilosamente festejado
liturgicamente com orações e rezas acompanhadas de trombetas e gritarias.
Finalmente, o relato ficou
imortalizado no capítulo 6º de Josué, inspirando-se provavelmente na procissão
que todos os anos o povo realizava desde o santuário vizinho de Guilgal até as
ruínas, para comemorar a “inesquecível” conquista.
O que diz a Igreja sobre a finalidade da adoração eucarística fora da
missa
A devoção da adoração eucarística
fora da missa desenvolveu-se entre os séculos IX e XIII, como resultado do
gravíssimo empobrecimento na compreensão da dimensão plena e integral da
celebração eucarística. Por vários motivos, a Igreja abandonou os processos de
iniciação à vida cristã para adultos e deu início ao batismo de crianças (paidobautismo)
de forma massiva, o que originou um agudo empobrecimento bíblico e teológico da
população e resultou na deturpação do mistério eucarístico como um “todo
dinâmico celebrativo”. Assim, a eucaristia “polarizou-se” em “isolada devoção”,
fora do contexto da celebração do mistério pascal. A sensibilidade do povo
devotou-se à exagerada acentuação da “presença real” de Cristo na hóstia
consagrada, valorizada “em si mesmo”, desligada do contexto celebrativo,
fazendo com que de fato resultasse uma “visão coisificante/rígida” da realidade
sacramental.
O que aconteceu? Ao longo dos
séculos, a exposição do Santíssimo Sacramento foi se separando totalmente do
acontecimento celebrativo, sobrepondo-se, por vezes, às mesmas celebrações. Por
exemplo, durante a missa, ficava o Santíssimo exposto acima do sacrário. Pela
grave ausência de uma correta iniciação ao mistério eucarístico, o povo já não
entendia a liturgia em língua latina e ficava ainda mais afastado da comunhão
sacramental. O povo não mais compreendia o sentido da celebração eucarística e
ficava apenas com uma superficial (quando não supersticiosa) devoção “à presença
real de Cristo na eucaristia”.
A adoração eucarística se dirige
a Cristo, realmente presente na espécie eucarística do pão conservada no
sacrário após a celebração. De que forma Cristo está presente nesse dom? Os
símbolos de sua presença manifestam que ele aparece diante de nós de uma maneira
especial; presente sob as espécies eucarísticas como “encarnação de seu louvor
eucarístico”; bênção (beraká) que se concentra, por assim dizer, em sua pessoa,
verdadeiro “acontecimento de salvação”: no pão e no vinho eucaristizados,
Cristo está presente como “louvor eucarístico”, personificação dele, anamnese
vivente da obra salvífica. Ele continua, como “presença oblativa”, como dom
para nós, como permanente convite a consumi-lo, isto é, a participarmos extasiados
e agradecidos em seu louvor, em seu sacrifício, em seu caráter de servo de
Javé. A sua presença espera uma resposta de acolhida; resposta de fé em Cristo.
Comunhão como atitude fundamental.
Quando o cristão se coloca na
presença do pão eucaristizado, faz isso “aproximando-se” dele para acolher o
“Dom” que o convida a participar no sacrifício de louvor. Assim, a primeira
atitude será de comunhão; comunhão que, na celebração eucarística, é cume
da vida cristã, pois o sacrifício de Cristo não pode ficar isolado, sem ligação
com a vida cotidiana do cristão. Todo o direcionamento do cristão que participa
da eucaristia (e da adoração) abrange todos os aspectos da comunhão: louvor,
adoração, participação no sacrifício, súplica. A comunhão é – e o reiteramos –
a atitude fundamental da oração eucarística, entendida como “real participação
no memorial da paixão, morte e ressurreição do Senhor”.
Caráter eclesial da adoração eucarística.
Graças à celebração eucarística,
os cristãos se unem e participam do mesmo memorial da ceia, recebendo o pão
eucarístico, comungando do mesmo Corpo e Sangue de Cristo e constituindo juntos
seu Corpo místico que é a Igreja. Assim, a presença eucarística de Cristo não é
presença estática, é “presença em ação”, dinâmica, para plasmar a vida da
Igreja toda. Pois não tem sentido de modo algum considerar a presença em si
mesma, separada do ato, por meio do qual a Igreja, pela comunhão no sacrifício
sacramental, une a própria oferenda à de Cristo, cujo poder de apresentação ao
Pai recebeu. Por isso, a intenção da Igreja, ao conservar a eucaristia após a
missa, responde ao desejo de “prolongar”, “completar”, de algum modo, o
sacrifício de Cristo em alguns de seus membros (CDC, cânon 938 §1 e 2).
Omitir a consciência de
eclesialidade na adoração eucarística fora da missa é, na verdade, “caminhar
contra a vontade da mesma Igreja”. Cristo está presente na eucaristia para
selar e constituir entre Deus, seu Pai, e os homens uma aliança eternamente
nova e vital. Pois a eucaristia é o sacramento da amizade/aliança entre Deus e
os homens, e da amizade que os une como sacramento da fraternidade. É preciso
amadurecer nos adoradores a consciência de que Cristo está presente sobretudo
para a edificação da Igreja, seu Corpo místico.
Infelizmente, partindo de um
grave desconhecimento do sentido mistagógico da celebração eucarística,
pensa-se erroneamente que a falta de insistência na adoração fará com que
esmoreça o sentido da presença de Cristo no pão eucaristizado; com isso,
volta-se “quase desesperadamente à insistência da adoração”, incorrendo-se nos
exageros da época medieval e esquecendo-se dos preciosos princípios conciliares
sobre a eucaristia.
Com efeito, não obstante se saiba
que a missa não é a hora oportuna para a adoração do Santíssimo, age-se completamente
“fora de lugar” quando se coloca a hóstia num ostensório e se percorre o
interior da Igreja (e até sete vezes, como no CdJ), não raro acompanhado
de uma balbúrdia que impede penetrar o sentido do mistério, fazendo com que o
povo continue tão vazio como entrou, ou pior (cf. TABORDA, 2013, p. 3-8).
Por outra parte, se perguntamos à
ciência litúrgica sobre a importância da adoração eucarística do ponto de vista
da “densidade sacramental do mistério pascal”, ela nos dirá que a adoração “não
aparece como primeira categoria”. Pois, sobre a ordem de importância das ações
litúrgicas segundo a densidade do mistério pascal celebrado, diz: primeiro a
celebração eucarística, como a maior e privilegiada densidade sacramental que
nos conduz ao mistério pascal, depois os sacramentos e a Liturgia das Horas; a
seguir, a celebração da Palavra, as bênçãos sacramentais, as exéquias e
consagrações; depois vem a adoração ao Santíssimo Sacramento.
Conclusão
Evangelizar não se reduz a vender
um produto religioso que agrada ao cliente e lhe dá satisfação espiritual, mas,
numa sociedade desfocada do sentido cristão da vida, sem capacidade para uma
profunda vida de oração e adoração, os oportunistas transformaram a religião em
lucrativo mercado, e os fiéis em consumidores de seus produtos. Alimentam nos
fiéis o medo, a insegurança, a obsessão fanática por devoções; grupos que
negligenciam as normas da Igreja, promovendo “espetaculares” momentos de
adoração ao Santíssimo Sacramento desconectados do mistério pascal da eucaristia;
novenas e devoções desligadas do compromisso comunitário, cultos televisivos
marcados pelo espetáculo, shows narcisistas; venda do sagrado e promoção de
emoções descontroladas; gritaria em vez de silêncio, práticas quase mágicas em
vez da sobriedade evangélica; obsessão por milagres e fatos extraordinários, em
vez do serviço discreto, silencioso e permanente aos pobres e a todos.
Procura exacerbada do aspecto
curativo e subjetivo da religião, esquecendo o principal – a dimensão profética
a serviço da vida e da justiça – para constituir-se em caminho de subjetiva
alienação. Deus não pode ser transformado em “objeto de desejos pessoais”,
assim como a religião não pode reduzir-se a “prosperidade material”, saúde
física e realização afetiva. Já conhecemos a ação dos “mercadores da boa-fé”,
das “igrejas-pedágio”, do mercado do religioso (o segundo produto mais rentável
do capitalismo). Buscas sinceras por respostas a perguntas legítimas sendo
instrumentalizadas por expertos do mercado religioso, deformando gravemente a
visão de vida cristã. Sem dúvida, atrás dessas iniciativas existem, não poucas
vezes, manifestações até patológicas.
Percebe-se que a desleixada
atitude diante do imponente mistério eucarístico exposto à adoração não
responde a uma saudável e construtiva oração contemplativa. Pessoas desejosas
de entrar na intimidade com o Senhor ficam desiludidas e enganadas, cultivando
uma visão depauperada do mistério eucarístico da Igreja.
Na verdade, estão em jogo duas
concepções diametralmente opostas de ser humano. Ou queremos aquele “deus” que
o nosso egoísmo projeta, que vive de ter, poder e aparecer, ou optamos por
Jesus, que revela a face do amor: partilha, serviço, humildade. Um Deus
“diferente”, no estilo de Jesus. Pois poderemos ser salvos se nos tornarmos
discípulos de Jesus, que é dom de si até a morte de si.
O cristianismo não nasceu de
forma fanática, pois teria deturpado a beleza da fé original, tornada doença e
desvio patológico, levando as pessoas a viver uma religião de vernizes, de
superficialidade; transformando os fiéis em funcionários obedientes e sem
raciocínio, distantes dos pobres e das causas do reino de Deus, acreditando
enfim numa caricatura de Deus, esvaziada de uma autêntica vivência religiosa. A
vida cristã não é uma busca epidérmica e apressada de satisfação… não é um
“oculta-vazio’ ou um alívio emocional para sociedades à beira de um ataque de
nervos. É uma fascinante aventura que nos radica na verdade nua do homem e na
verdade de Deus.
Os promotores de uma caridade sem
ação social transformadora, ingênua, anticristã, humilhante e ofensiva aos
pobres apostam em saídas milagreiras, na beleza insípida das celebrações, em
assembleias festivas sem contemplação, abusos sacramentais e melado
devocionismo. Os símbolos cristãos não são atos de magia e não nos distanciam
do concreto, do cotidiano da vida; ao contrário, eles apenas querem antecipar,
no rito, a eternidade na precariedade do presente.
Até aqui, minhas palavras. Agora
o discernimento. Deixemos de lado o que nada tem a ver com a beleza do
cristianismo para sermos livres com a liberdade dos discípulos de Jesus,
cultivadores de uma fé amorosa, bondosa, misericordiosa, inteligente e nobre,
bela e profunda.
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Santuário, 2001. p. 19-29. v. 5.
Guillermo D. Micheletti - Presbítero argentino da Diocese de Santo
André. Pároco da Igreja Jesus Bom Pastor. Membro fundador da Sociedade
Brasileira de Catequetas (SBCat) e SCALA. Autor de vários livros de catequese e
liturgia. E-mail: gdmiche@terra.com.br