CONHEÇA!

quinta-feira, 31 de março de 2016

A CATEQUESE E O LÚDICO - FORMAÇÃO PARA CATEQUISTAS


"Soubéssemos nós adultos preservar o brilho e o frescor da brincadeira infantil, teríamos uma humanidade plena de amor e fraternidade. Resta-nos, então, aprender com as crianças."
(Monique Deheinzelin). 

• Vem do latim ludus, que significa: jogo, exercício, drama, teatro, circo;
• Uma atividade lúdica é uma atividade de entretenimento, que dá prazer e diverte as pessoas envolvidas. O conceito de atividades lúdicas está relacionado com o ludismo, ou seja, atividade relacionadas com jogos e com o ato de brincar.

DIFERENÇA

LÚDICO: promove reflexão, avalia minha capacidade, meus conhecimentos;

DINÂMICA: coloca em “movimento”. 

É bom diferenciar os dois termos!

O OLHAR...


• O lúdico faz com que se olhe, perceba o outro... O “olhar”...

Uma Dinâmica...
• Um de frente para o outro, observem-se nos detalhes... Agora fiquem de costas um para o outro e procure mudar alguma coisa na sua aparência... Qualquer detalhe... Agora virem de novo e tentem descobrir o que mudou...

 O OUVIR...

• Texto de Rubem Alves “Ouvir para aprender” a arte da “escutatória”...

Dinâmica:
Quietos, de olhos fechados... Agora ouçam os sons ao longe... Agora os de mais perto... Agora os de dentro de você...
Qual foi a sensação? O que você ouviu?

 NA PALAVRA

• Eclo 42, 15 e sgtes...
• “Vou agora recordar as obras do Senhor...”
• O sol, os anjos, o coração humano, a ciência, o tempo, os pensamentos... Todas as suas obras... Nada lhe escapa ou fica escondido...

 O LÚDICO NA EDUCAÇÃO     

“A criança precisa ser alguém que joga para que, mais tarde, saiba ser alguém que age, convivendo sadiamente com as regras do jogo da vida. Saber ganhar e perder deveria acompanhar a todos sempre” Orso (1999).

• A brincadeira, além dos mil motivos da importância da vida da criança, é o verdadeiro impulso da criatividade e que não existe adulto criativo sem criança que brinque. 
• O brinquedo e o jogo são produtos de cultura e seus usos permitem a inserção da criança na sociedade; 
• Brincar é uma necessidade básica assim como é a nutrição, a saúde, a habitação e a educação;
• Aprender de forma lúdica é muito mais prazeroso e encantador.

Brincar ajuda a criança no seu desenvolvimento físico, afetivo, intelectual e social, pois, através das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, relaciona ideias, estabelece relações lógicas, desenvolve a expressão oral e corporal, reforça habilidades sociais, reduz a agressividade, integra-se na sociedade e constrói seu próprio conhecimento.

• Brincando, ela explora o mundo, constrói o seu saber, aprende a respeitar o outro, desenvolve o sentimento de grupo, ativa a imaginação e se auto realiza.
• A criança que não brinca, que desenvolve muito cedo, a noção do “peso” da vida, não tem condições de se desenvolver de maneira sadia e que de alguma forma, esta lacuna irá se manifestar em sua personalidade adulta.
• Brincando coloca para fora as suas emoções e personaliza os seus conflitos.

Três aspectos que por si só justificam a incorporação do jogo e da brincadeira como método educativo:
  • O caráter lúdico;
  • O desenvolvimento de técnicas intelectuais e; 
  • A formação de relações sociais.
• O jogo, compreendido sob a ótica do brinquedo e da criatividade, deve encontrar espaço para ser entendido como método educativo, à medida em que o educador compreender melhor toda sua capacidade potencial de contribuir para com o desenvolvimento da criança.
• As crianças estão, principalmente na primeira infância, explorando o mundo de um modo múltiplo, conectivo, molecular, sensível e não hierárquico. Cabe à educação (escola e catequese) favorecer essa busca de conhecimento inventivo e criador. O brincar mostra caminhos.

 A COMPETIÇÃO

• A competição pode desviar a atenção da criança do conceito envolvido no jogo.
• Muitas vezes é o educador quem sem nem se dar conta enfatiza um vencedor ou um perdedor.
• Trabalhar também com a perda e a vitória é importante, pois em situações reais da vida algumas vezes se ganha, outras se perde.
• Desenvolver jogos colaborativos, ao invés de competitivos, onde um ajude ao outro a resolver a questão do jogo. 

Os jogos, utilizados de forma adequada e com mediações por parte dos catequistas, com certeza, serão para a educação da fé, mais um agente transformador, enriquecendo os encontros de forma divertida e animada, pois brincando também se aprende e é muito mais prazeroso.




  • “Jogo é o resultado de interações linguísticas diversas em termos de características e ações lúdicas, ou seja, atividades lúdicas que implicam no prazer, no divertimento, na liberdade e na voluntariedade, que contenham um sistema de regras claras e explícitas e que tenham um lugar delimitado onde possa agir: um espaço ou um brinquedo” (SOARES, 2008).
  • “O jogo não é o fim, mas o eixo que conduz a um conteúdo didático específico, resultando em um empréstimo da ação lúdica para a aquisição de informações” (KISHIMOTO, 1996).

DESVANTAGENS

Nem toda experiência lúdica liberta...
Jogos violentos, jogos de azar...
• Viciam, escravizam e destroem...
• Promovem a humilhação e ofendem a moral e a dignidade da pessoa...
• Algumas diversões são cansativas, excludentes e exploradoras, perigosas...
• Quando é direcionado pelos resultados;
• Pode conduzir ao isolamento e consequente atrofiamento das competências sociais;
• Podem se tornar uma atividade viciante;
• Pode desenvolver um conjunto limitado de conhecimentos;
• O tempo gasto com as atividades lúdicas em sala é maior se o catequista não estiver preparado, pode existir um sacrifício de outros conteúdos por falta de tempo;
• A perda de “ludicidade” do jogo pela interferência constante do catequista, destruindo a essência do jogo;
• Quando os jogos são mal utilizados, existe o perigo de dar ao jogo um caráter puramente aleatório, tornando-se um apêndice do encontro. Os catequizandos jogam e se sentem motivados apenas pelo jogo, sem saber porque jogam.

                                                O LÚDICO AOS OLHOS DA FÉ

  • Preparar o coração para saborear a vida;
  • Estampa-se no próprio rosto nas inúmeras expressões do sorriso;
  • Dupla necessidade: sorrir e colher sorrisos;
  • Autentica expressão diante da realização humana na intimidade do amor, da acolhida sincera, do prazer da convivência nas muitas formas de amor experimentado e compartilhado.

 MANIFESTAÇÕES DE NATUREZA LÚDICA:

  • Criação de jogos, brincadeiras, diversões, festas, ritos, expressões de humor;
  • Criação de instrumentos musicais, canções, danças, poemas, teatro, cinema, jardins, parques...
  • O lúdico é a expressão externa do prazer de viver, da harmonia e alegria presente na interioridade humana.


COMO INSERIR O LÚDICO NA CATEQUESE?
  • o primeiro passo para se trazer o lúdico, a brincadeira para a Catequese é o resgate da infância dos próprios catequistas, a memória. “do que brincavam, como brincavam”.
  • Envolver-se nas atividades de forma a vivenciar o lúdico com as crianças.
  • Há vasta literatura sobre a prática catequética e uso de dinâmicas e brincadeiras.
  • Diversificar o uso de criatividades, inserido na realidade de cada lugar onde a catequese acontece, com a preocupação constante de ajudar a tornar o aprendizado de cada conteúdo uma experiência marcante, leve, agradável, interativa, participativa, sedutora, libertadora e transformadora...
  • Buscar e preparar dinâmicas, músicas, filmes, aplicativos, gestos, ritos, símbolos, narrativas, teatros (encenações), imagens e brincadeiras, que sejam adequadas a cada encontro.

 CRITEÉRIOS DE AVALIAÇÃO

  • Em que sentido este jogo, esta brincadeira, este modo de divertir, alegrar e festejar promove ou agride a dignidade da vida das pessoas envolvidas ou do meio ambiente? 
  • As pessoas tornam-se mais amigas?
  • Em que sentido este jogo, esta brincadeira, este modo de divertir, alegrar e festejar impulsiona ou destrói a integração, a boa convivência, os sentimentos e a paz entre as pessoas?
  • Alguém sai magoado ou ferido?
  • Em que sentido este jogo, esta brincadeira, este modo de divertir, alegrar e festejar favorece ou impede o processo de amadurecimento e de aperfeiçoamento das pessoas? 
  • As pessoas ficam felizes?

A PESSOA DE JEUS E O LÚDICO 

• O rosto de Deus, revelado através da pessoa de Jesus Cristo, em seus ensinamentos e ações, o Abba (paizinho querido), pode ser caracterizado pela ternura, pelo encanto e pela proximidade amorosa... 
• Diante do rosto deste Deus não há lugar para o mau humor, a postura carrancuda, o semblante sombrio... 
• Ele é o Deus da vida, fonte da verdadeira alegria e amor. A catequese que pretende revelar esta experiência de salvação, uma verdadeira “Boa Nova” precisa encontrar uma expressão adequada, esperançada, lúdica, alegre, bem humorada...
• A cruz para o cristão é um “fardo leve” e um “desafio suave”. Neste sentido, o seguimento de Jesus não pode ser compreendido como um peso a mais para a vida. Mas, ao contrário, o que torna a dureza da vida algo mais suave.

O CRISTÃO 

Uma configuração do cristianismo e, portanto, da catequese, que não expresse essa autêntica alegria da “Boa Nova” denuncia a sua falta de autenticidade. Como diziam os antigos, ainda que santo, “um santo triste é um triste santo”. 
Uma das marcas do cristão é sua alegria e o encantamento diante da vida. Mesmo diante da derrota, da dor, da perda, o cristão é chamado a contemplar a presença amorosa de Deus, nossa fonte inesgotável de sentido, nosso destino último, nossa pátria definitiva.





Ângela Rocha



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


• ALMEIDA, P. N. Educação lúdica: Técnica e Jogos Pedagógicos. 11ª ed. São Paulo: Loyola, 2003. 
• FLEMMING, D.M. MELO, A.C. Criatividade e jogos Didáticos. São José: Saint Germain, 2003. 
• GRANDO, R. C. O jogo na educação: aspectos didático-metodológicos do jogo na educação matemática – disponível em www.cempem.fae.unicamp.br/lapemmec/cursos/el654/2001/jessica_e_paula/JOGO.doc- acessado dia 12/06/2010. 
• GUIMARAES, Edwar Neves. O lúdico que liberta. 
• KISHIMOTO, T. M. O Jogo e a educação infantil. 3ª ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 1994. 
• SOARES, M. H. F. B.; Jogos e atividades lúdicas no ensino de química: teoria, métodos e aplicações. Anais do XIV Encontro Nacional do Ensino de Química – disponível em www.quimica.ufpr.br/eduquim/eneq2008/resumos/R0302-1.pdf - acessado dia 25/05/2010.


OBS. material apresentado aos catequistas da Paróquia Jesus Eucarístico em Apucarana - PR. m19/03/2016.

domingo, 27 de março de 2016

A MUDANÇA DOS DISCÍPULOS DE JESUS, DIZ BEM A SUA RESSURREIÇÃO

Mudemos nós também, deixemos-nos transformar pela Ressurreição, como discípulos missionários que pretendemos ser...


Cheios de esperança messiânica, os Apóstolos seguiam Jesus convencidos de que muito em breve o Senhor iria subir ao trono (Mc 10, 35-40). A morte de Jesus, portanto, estava longe de passar pela cabeça dos discípulos do Senhor. Isto quer dizer que a morte de Jesus foi vivida como um fracasso.

A mudança operada nos Apóstolos após a Páscoa é certamente o maior sinal que confirma a verdade da ressurreição de Jesus. A força transformadora do Jesus ressuscitado teve efeitos não apenas ao nível espiritual mas implicou também mudanças de tipo social e histórico: formação de comunidades cristãs, anúncio do Evangelho, a partilha fraterna dos bens, novas exigências em relação à justiça social e um novo modo de respeitar a dignidade da pessoa humana.

Ao ressuscitar, o Senhor Jesus difundiu a força transformadora do Espírito Santo, iniciando assim um processo de humanização, tanto a nível das pessoas como da História. Na noite de quinta-feira santa os discípulos deram provas de ser homens frágeis e cobardes. Quando viram o perigo, cada qual fugiu para seu lado, deixando Jesus nas mãos dos judeus.

Mas eis que três dias depois, isto é, no Domingo de Páscoa, aparecem a gritar nas praças públicas, dizendo que Jesus é o Messias anunciado pelos profetas. E com grande espanto dos judeus, estes homens iletrados dizem coisas coerentes e estão dispostos a dar a vida pelo que anunciam.

Mas o sinal mais espantoso é a mudança operada no teólogo judeu, Saulo de Tarso, que veio dar o grande Apóstolo São Paulo: era um inimigo acirrado dos cristãos, perseguia uns e prendia outros. E tudo isto apoiado na sua teologia elaborada a partir dos escritos da Lei e dos Profetas.

Agora a ressurreição de Cristo é o centro da sua nova teologia e o acontecimento que lhe dá força para ir pelos quatro cantos do Império Romano anunciar Jesus Cristo Ressuscitado. De tal modo foi marcante a sua experiência de Cristo ressuscitado que ele se dispôs a dar o melhor de si, incluindo a própria vida, para anunciar esta notícia por todo o mundo.

A força com que anunciava o mistério de Cristo morto e ressuscitado não deixam dúvidas de que a sua experiência do Senhor ressuscitado é o fundamento da sua fé. Eis o que ele diz aos Coríntios: “Se Cristo não ressuscitou a nossa pregação é inútil e falsa, como também inútil e sem fundamento é a vossa fé” (1Cor 15, 14). Se Cristo não ressuscitou a pregação do Evangelho é palavreado oco e sem qualquer interesse. Se Jesus não está vivo, a pregação do Evangelho seria uma fraude ignominiosa. Na verdade, é a ressurreição de Cristo que capacita e autoriza os Apóstolos a anunciar a Boa Nova da salvação.

Após a Páscoa, os discípulos pregam a ressurreição de Jesus com a força e a alegria próprias de quem acaba de descobrir algo de maravilhoso que altera de modo total o sentido da vida. Estão dispostos a perder tudo, inclusive a vida, para defender esta verdade. Eis o testemunho deles no Livro dos Atos dos Apóstolos: “Sabeis o que ocorreu em toda a Judeia, a começar pela Galileia, depois do batismo que João pregou. Como Deus ungiu com o Espírito Santo e com poder a Jesus de Nazaré, o qual andou de lugar em lugar fazendo o bem e curando todos os que eram oprimidos pelo maligno, pois Deus estava com ele. E nós somos testemunhas do que ele fez no país dos judeus e em Jerusalém. Os judeus mataram-no, mas Deus ressuscitou-o ao terceiro dia e permitiu que ele se manifestasse, não a todo o povo, mas às testemunhas anteriormente designadas por Deus, a nós que comemos e bebemos com ele, depois da sua ressurreição de entre os mortos. Foi ele que nos mandou pregar ao povo e confirmar que ele é o Messias constituído por Deus como juiz dos vivos e dos mortos” (At 10, 37-42).

Estas passagens demonstram bem a dinâmica da pregação dos Apóstolos após a Páscoa. Quanto a São Paulo, o teólogo que odiava Jesus e perseguia os cristãos, os Atos dos Apóstolos dizem dele que se viu subitamente envolvido por uma luz intensa quando viajava para Damasco: “Caindo por terra, ouviu uma voz vinda do Céu que lhe dizia: “Saulo, Saulo, porque me persegues?” Ele perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A voz respondeu: “Eu sou Jesus a quem tu persegues. Ergue-te, entra na cidade e dir-te-ão o que tens de fazer” (At 9, 3-6). 

E os olhos de São Paulo abrem-se para a verdade da salvação que nos vem por Cristo. O fariseu enredado e dependente da Lei, da letra e dos preceitos vê-se de um momento para o outro liberto das amarras que impedem o homem de se humanizar e comungar com Deus. Esta mudança foi tão radical, diz ele na Carta aos Gálatas, que a sua vida se transformou de modo radical: “É que eu morri para a Lei, a fim de viver para Deus. Eu estou crucificado com Cristo. Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim (…). Eu não rejeitei a graça de Deus. Se a justiça viesse pela Lei, então a morte de Cristo teria sido inútil” (Gl 2, 19-21).

Na Carta aos Romanos repete esta ideia, contrapondo Cristo ressuscitado à Lei de Moisés: nós devemos entregar-nos a Deus como ressuscitados de entre os mortos com Cristo. Na verdade é de Cristo e não da Lei que recebemos a filiação divina e a graça da Salvação: “Entregai-vos a Deus como ressuscitados de entre os mortos. O pecado não terá mais poder sobre vós uma vez que não estais sob o domínio da Lei, mas sob o domínio da graça” (Rm 6, 13-14).

São Paulo não foi discípulo do Jesus histórico. Por isso não teve parte nas primeiras aparições do ressuscitado. É por esta razão que na Primeira Carta aos Coríntios ele inicia o seu discurso sobre a ressurreição de Cristo, repetindo o que os Apóstolos lhe comunicaram: “Transmiti-vos em primeiro lugar o que eu mesmo recebi: “Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras. Foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Apareceu a Cefas (Pedro) e depois aos Doze. Em seguida apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma só vez. A maior parte ainda vive, embora alguns já tenham morrido. Depois apareceu a Tiago e, a seguir, a todos os Apóstolos (missionários itinerantes). Em último lugar apareceu-me também a mim como a um aborto. De facto, eu sou o menor dos Apóstolos e nem sequer mereço ser chamado Apóstolo, pois persegui a Igreja de Deus. Mas pela graça de Deus sou o que sou. Com efeito, a graça que me foi concedida não foi estéril. Na verdade, eu tenho trabalhado mais que todos eles. Não eu, mas a graça de Deus que está comigo. De facto, tanto eu como os outros apóstolos temos pregado assim. E foi também assim que vós acreditastes!” (1 Cor 15, 3- 11).

Para São Paulo, Jesus ressuscitado é o Messias que, após a sua ressurreição, ficou sentado à Direita de Deus no Céu. Eis o modo como ele começa a Carta aos Romanos: “Paulo, servo de Cristo Jesus, chamado a ser apóstolo. Fui escolhido para anunciar o Evangelho que Deus antecipadamente prometera por meio dos profetas nas Escrituras, acerca do seu Filho, Jesus Cristo. Nascido da descendência de David segundo a carne, constituído filho de Deus em poder, segundo o Espírito Santo, através da ressurreição de entre os mortos, Jesus Cristo, Senhor Nosso” (Rm 1, 1- 4).

Para esclarecer o jeito messiânico com que Jesus viveu a sua vida terrena, os Atos dos Apóstolos afirmam que Jesus foi ungido pelo Espírito Santo como Messias no momento do seu batismo. São Paulo considera a ressurreição de Jesus como o acontecimento unção fundamental de Jesus aconteceu pela ressurreição, pois ele não viveu com Jesus antes da Páscoa. Eis algumas passagens significativas dos seus escritos: “Se confessares com a tua boca que Jesus é o Senhor e acreditares no teu coração que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo” (Rm 10, 9).

O simbolismo da água do batismo, apesar de ser anterior a Cristo, começa a ser lido e interpretado à luz da morte e ressurreição de Jesus: “Pelo batismo fomos sepultados com Cristo na morte, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos para glória de Deus Pai, assim também nós possamos caminhar numa vida nova. De facto, se estamos integrados em Cristo por uma morte idêntica à sua, também o estaremos pela sua ressurreição. O homem velho que havia em nós foi crucificado com Cristo, a fim de ser destruído o corpo do pecado. Deste modo, já não somos escravos do pecado (…). Se morremos com Cristo, acreditamos que também com ele viveremos.

Sabemos que Cristo, ressuscitado de entre os mortos, já não morre mais. A morte não tem mais domínio sobre ele. Do mesmo modo considerai-vos, vós também, mortos para o pecado, mas vivos para Deus, por Cristo Jesus” (Rm 6, 4-11).

Graças à ressurreição de Cristo também nós seremos ressuscitados, pois fazemos uma união orgânica com ele: “O Deus que ressuscitou o Senhor Jesus também nos há-de ressuscitar a nós pelo seu poder. Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo?” (1Cor 6, 14-15).

Graças a Cristo ressuscitado, a Humanidade deu um salto de qualidade, tornando-se a Nova Humanidade reconciliada com Deus: “Se alguém está em Cristo é uma nova criação. Passou o que era velho. Eis que tudo se fez novo. Tudo isto vem de Deus que nos reconciliou consigo em Jesus Cristo, não levando mais em conta os pecados dos homens” (2Cor 5, 17-19).

O maior sinal da ressurreição de Cristo foi realmente a transformação dos Apóstolos operada pelas aparições do Senhor ressuscitado.


Pe. Santos Calmeiro Matias - Redentorista.
(1942-2010)

quarta-feira, 23 de março de 2016

Tríduo Pascal - Catequese do Papa

    Durante o Tríduo Pascal, celebramos o mais importante mistério da nossa fé, um mistério que nos fala de misericórdia, de um amor que não conhece obstáculos. 
    Fala-nos de como Jesus nos amou até o fim, de como quis partilhar os sofrimentos de toda a humanidade, permanecendo presente junto das vicissitudes pessoais de cada um de nós. Na 

   Quinta-feira Santa, ao celebrar a instituição da Eucaristia, refletimos sobre amor que se faz serviço; sobre a presença que sacia a fome dos homens e que nos impele a fazer o mesmo com os outros. 

     Na Sexta-feira, com a Paixão de Cristo, deparamo-nos com o momento culminante do amor, um amor que não exclui ninguém. 

      Por fim, no Sábado, contemplamos, no silêncio de Deus, o amor que se solidariza com todos os abandonados e que se faz espera pela vida nova ressuscitada. Assim, o Tríduo Pascal é um convite a fixar o olhar na paixão e morte do Senhor, para poder acolher no coração a grandeza do seu amor, na espera da Ressurreição.

Fonte

sexta-feira, 18 de março de 2016

DOMINGO DE RAMOS NA PAIXÃO DO SENHOR - ANO C

Refletindo...  A liturgia deste último Domingo da Quaresma convida-nos a contemplar esse Deus que, por amor, desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-Se servo dos homens, deixou-Se matar para que o egoísmo e o pecado fossem vencidos. A cruz (que a liturgia deste domingo coloca no horizonte próximo de Jesus) apresenta-nos a lição suprema, o último passo desse caminho de vida nova que, em Jesus, Deus nos propõe: a doação da vida por amor.

Com a chegada de Jesus a Jerusalém e os acontecimentos da semana santa, chegamos ao fim do “caminho” começado na Galileia. Tudo converge, no Evangelho de Lucas, para aqui, para Jerusalém: é aí que deve irromper a salvação de Deus. Em Jerusalém, Jesus vai realizar o último ato do programa enunciado em Nazaré: da sua entrega, do seu amor afirmado até à morte, vai nascer esse Reino de homens novos, livres, onde todos serão irmãos no amor; e, de Jerusalém, partirão as testemunhas de Jesus, a fim de que esse Reino se espalhe por toda a terra e seja acolhido no coração de todos os homens.

Para além da reflexão geral sobre o sentido da paixão e morte de Jesus, convém ainda notar alguns dados que são exclusivos da versão lucana da paixão:
·         No relato da instituição da Eucaristia, só Lucas põe Jesus a dizer: “fazei isto em memória de Mim” (cf. Lc 22,19). A expressão não quer só dizer que os discípulos devem celebrar o ritual da última ceia e repetir as palavras de Jesus sobre o pão e sobre o vinho; mas quer, sobretudo, dizer que os discípulos devem repetir a entrega de Jesus, a doação da vida por amor.
·         Só Lucas coloca no contexto da última ceia a discussão acerca de qual dos discípulos seria o “maior” e a resposta de Jesus (cf. Lc 22,24-27). Jesus avisa os seus que “o maior” é “aquele que serve”; e apresenta o seu próprio exemplo de uma vida feita serviço e dom. Estas palavras soam a “testamento” e convocam os discípulos para fazerem da sua vida um serviço aos irmãos, ao jeito de Jesus.
·         No jardim das Oliveiras, só Lucas faz referência ao aparecimento do anjo e ao “suor de sangue” (cf. Lc 22,42-44). Esta cena acentua a fragilidade humana de Jesus que, no entanto, não condiciona a sua submissão total ao projecto do Pai; e sublinha a presença de Deus, que não abandona nos momentos de prova aqueles que acolhem, na obediência, a sua vontade.
·         Também no relato da paixão aparece a ideia fundamental que perpassa pela obra de Lucas: Jesus é o Deus que veio ao nosso encontro, a fim de manifestar a todos os homens, em gestos concretos, a bondade e a misericórdia de Deus. Essa ideia está presente no gesto de curar o guarda ferido por Pedro no Jardim do Getsemani (cf. Lc 22,51); está também presente nas palavras de Jesus na cruz: “Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem” – Lc 23,34 (é desconcertante o amor de um Filho de Deus que morre na cruz pedindo desculpa ao Pai para os seus assassinos); está, ainda, presente nas palavras que Jesus dirige ao criminoso que morre numa cruz, ao seu lado: “hoje mesmo estarás comigo no paraíso” – Lc 23,43 (é desconcertante a bondade de um Deus que faz de um assassino o primeiro santo canonizado da sua Igreja).
·         Todos os sinópticos falam da requisição de Simão de Cirene para levar a cruz de Jesus (cf. Mt 27,32; Mc 15,21); no entanto, só Lucas refere que Simão transporta a cruz “atrás de Jesus” (cf. Lc 23,26). Este dado serve a Lucas para apresentar o modelo do discípulo: é aquele que toma a cruz de Jesus e O segue no seu caminho de entrega e de dom da vida (“se alguém quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz dia após dia e siga-mM” – Lc 9,23; cf. 14,27).

SOBRE A DETERMINAÇÃO

Um excelente texto do Pe. Santos Calmeira Matias para aplicarmos à nossa vida e missão, principalmente aqueles que trabalham com coordenação e na liderança pastoral.


DETERMINAÇÃO!

A determinação só é eficaz quando está associada a um projeto de vida. Há muitas pessoas que, no início tinham um leque muito limitado de possibilidades ou talentos. Mas, devido à sua determinação chegaram muito longe. Como sabemos, o leque dos talentos pessoais é dinâmico. A fidelidade as possibilidades de hoje ampliam as possibilidades do amanhã. Uma pessoa profundamente confiante na força de Deus, que circula no seu íntimo, tem a certeza de que muitas das coisas antes impossíveis se tornam possíveis. A determinação é fundamental para que isto possa acontecer.

É fundamental planearmos os nossos objetivos e acreditarmos que, mesmo os mais elevados, podem ser conseguidos graças à força de Deus e à nossa determinação. Este é o caminho para atingirmos a maturidade pessoal e conseguirmos metas ou objetivos cada vez mais elevados. A pessoa determinada sabe que não pode desperdiçar o tempo, pois o tempo perdido nunca mais é recuperado. O tempo é a possibilidade que Deus nos dá para realizarmos o melhor dos nossos talentos. A nossa plenitude depende da nossa realização no tempo.

Os nossos talentos são apenas possibilidades. Estas não se tornarão realidade enquanto a pessoa os não fizer acontecer. É importante tomarmos consciência dos nossos talentos reais e começarmos a realizá-los. Ninguém me pode substituir na realização desta tarefa. É certo que o pensamento precede a ação. Mas também é verdade que o pensamento que não conduz à ação e à vida é estéril. A determinação implica a capacidade de fazer projetos e correr riscos.

Quando é a Palavra de Deus a inspirar os nossos projetos e realizações, a nossa vida atinge uma densidade humana mais profunda, pois está de acordo com a verdade do Homem e a verdade de Deus. Só há garantias de sucesso eterno o que realizamos de acordo com a verdade de Deus e a verdade do Homem. Quando fracassamos num projeto devemos ter a determinação de fazer uma revisão da nossa vida e programar de novo. Felizes dos que contam com os outros para crescer com eles.

Os outros só estarão dispostos a caminhar conosco se estivermos dispostos a caminharmos com eles, não como quem sabe tudo, mas como quem deseja descobrir-se em comunhão com os demais. Não conseguiremos criar comunhão se não nos alegrarmos com o sucesso dos que vivem ao nosso lado. O Evangelho diz-nos que o melhor sinal de que queremos crescer com os outros é a determinação de nos pormos ao seu serviço (Mc 10, 35-40). 

É importante estimular os outros no sentido de voar cada vez mais alto. A pessoa que se limita a fazer o que faz a multidão nunca irá além da mediocridade. Aqueles aos quais se juntou nunca o quererão imitar. A pessoa que se fundiu na multidão nunca será seguida pela mesma multidão. A pessoa que quer caminhar com outros deve ter a coragem de confiar neles. A pessoa autoritária gosta de se impor pelo medo. Esta pessoa nunca será amada pelos outros. A pessoa amadurecida, pelo contrário, impõe-se pela confiança.

A pessoa pretensiosa pretende conhecer tudo. E nunca terá muita gente a querer descobrir e conhecer a seu lado. A pessoa fraterna gosta de colocar interrogações e escutar as respostas dos outros. Uma pessoa determinada não significa uma pessoa pretensiosa. A determinação é uma qualidade, mas a pretensão é um defeito. A pessoa pretensiosa centra-se em si. A pessoa fraterna centra-se no grupo com o qual quer crescer.

A pessoa a liderar uma caminhada de grupo deve ter presente que os melhores líderes passam quase despercebidos. No entanto, conseguem conduzir as pessoas no sentido que desejam e sentem ser o melhor para o grupo. Liderar é uma tarefa e não um título. A pessoa que lidera tem de olhar muitas vezes para o que não gosta de ver, e escutar o que não gosta de ouvir. Mas isto não o desencoraja de prosseguir com determinação o objetivo programado. 

O bom líder consegue manter o facho da fé e da esperança acesos, apesar das dificuldades. A pessoa autoritária não é um bom líder, pois faz do poder sobre os outros o objetivo da sua ação. O líder criterioso apoia-se na bondade e no respeito pelos outros. A pessoa autoritária procura agitar a bandeira do medo. O verdadeiro líder, pelo contrário, procura suscitar entusiasmo e gosto pela ação.

A pessoa autoritária está sempre a dizer “EU”, o líder autêntico prefere dizer sempre “NÓS”. A pessoa autoritária gosta de dizer “VÃO”. O bom líder prefere dizer “VAMOS”. O autêntico líder é forte, mas nunca é grosseiro ou rude. É amável, mas não frágil, pois é uma pessoa determinada. O grande segredo da boa liderança está no diálogo e na arte de influenciar as pessoas pela via da motivação.

 Pe. Santos Calmeiro Matias

quarta-feira, 16 de março de 2016

DINÂMICA DOS GESTOS: Acolhida

Dinâmica para Acolhida


Dinâmica para Boas Vindas ou primeiro dia de encontro:

Durante a narrativa da historia o grupo deve fazer gestos a cada vez que aparecem as palavras grifadas. Explique como vai ser a brincadeira e faça um “ensaio” dos gestos antes. Incentive que, na hora da “paz”, se aperte a mão de uma pessoa diferente a cada vez. A turma deve fazer os gestos com rapidez, sem retardar o ritmo da narrativa.

OBS. Pode-se acrescentar outros gestos e palavras.



Narrativa:

Era uma vez uma pessoa chamada Amor.  E esta pessoa chamada Amor sonhava sempre com a paz.
Certo dia, Amor descobriu que a vida só teria sentido quando ele encontrasse a paz.
E foi exatamente naquele dia que o Amor saiu a procura da paz.
Chegou ao local onde ia todos os dias e encontrou os seus amigos com um sorriso nos lábios.
Então, Amor começou a perceber que o sorriso dos amigos comunicava a paz.
E percebeu que a 
paz existe no íntimo de cada pessoa e, para vê-la basta aprender a dar um sorriso.
No mesmo instante, seus amigos perguntaram juntos: Amor, ó Amor! Você sabe onde está a paz? Ao que ele respondeu: Sim, encontrei a paz.
Ela existe dentro de cada um de nós. Basta sabermos dar um sorriso.
Então, todos os que têm Amor tragam a Paz e o Sorriso para cá e vamos dar as boas-vindas a todos!

Adaptação: Ângela Rocha
Autor: desconhecido.



QUERIGMA DAS CORES: Dinâmica para trabalhar o Querigma.

QUERIGMA


Você sabe o que é “Querigma”? O querigma é o primeiro anúncio do amor de Deus e significa anuncia, gritar, proclamar. E você sabe porque é importante este anunciar do querigma? Para que a pessoa tenha seu encontro pessoal com Jesus! O Querigma é dividido em seis passos:

AMOR DE DEUS: O Pai nos ama infinitamente e incondicionalmente.O que é esta imagem (Sol)? O que ele faz? (Brilha, aquece) e o sol é pequeno? (Não) ele é muito grande não é verdade? Assim também é o “Amor de Deus”, ele é muito grande! Deus é amor, e esse amor que Ele tem por nós é como a luz do sol! O sol nasce só pra quem é magrinho ou fofinho? Branquinho ou moreninho? Não, ele nasce para todos, não é mesmo? Assim também é o amor de Deus, Deus ama cada um de nós com um amor especial, porque nós somos preciosos para ele. Amarelo ou laranja é a cor do AMOR DE DEUS!

Mas, por que as vezes não sentimos esse amor de Deus?

Por causa do PECADO, que nos afasta do Pai; nos impede de viver plenamente o amor de Deus. O que é essa imagem? (Guarda-chuva) e o que ele faz? (Não deixa que a chuva nos molhe) e se nós sairmos ao sol o que acontece? Não sentimos o brilho dele, não é verdade? Assim é o “Pecado” ele nos impede de sentir o amor de Deus E que cor é essa? (Preto) a cor preta é a ausência de luz, assim como o pecado é a ausência de Deus! Preto é a cor do pecado.



JESUS CRISTO: Jesus Cristo, o Filho e um com o Pai, se fez homem, para nos salvar do pecado. Ele entregou a sua vida por nós. Por isso Jesus veio nos SALVAR do pecado, Ele deu a sua própria vida por nós em uma cruz. A cruz significa que por amor a nós Jesus deu sua vida, e a cor vermelha indica como fomos salvos, pelo sangue de Jesus.


Mas, Jesus continou morto? Não. Jesus venceu a morte; ressuscitou e foi para junto do Pai. Para nós podermos viver esse amor precisamos de duas coisas.


e CONVERSÃO. Somos livres para acolher a Salvação. Precisamos optar em crer que Jesus Cristo é o Salvador (Fé) e decidir abandonar o pecado e voltar a Deus (Conversão). A FÉ, é feita de esperança. E é esse o significado da cor verde. A “FÉ” significa crer de coração que Jesus é o Senhor de nossas vidas e que essa fé nos leverá ao Reino. Por isso precisamos nos converter! E o que significa conversão? Significa mudar de vida, mudar o sentido em que nós andamos. Significa acreditar e amarmos uns aos outro como Deus nos ama.



ESPÍRITO SANTO: Sozinhos não somos capazes de alcançar a conversão. Precisamos do Espírito Santo para nos transformar e santificar. Quem é batizado recebeu este presente. Foi marcado pelo Espírito santo, que é a “pessoa” da Trindade que nos mostra o caminho certo a seguir! Devemos deixar sempre o Espírito Santo de Deus agir em nós para que caminhemos o caminho do reino. Um dos símbolos do Espírito Santo é a pombinha. Porque ela nos lembra da manifestação do Espírito Santo no batismo de Jesus. E o branco da pomba também representa a paz.

E qual é o último passo para viver o amor de Deus?

COMUNIDADE: O Espírito Santo nos impulsiona à vida na comunidade, ao convívio com os irmãos, para que nós possamos ajudar uns aos outros e vivermos em unidade. Comunidade significa que temos em comum o amor por Jesus e por ele vivemos em unidade. Ninguém é feliz sozinho. Por isso nós precisamos respeitar nossos irmãos, amá-los e partilhar com eles aquilo que temos. A cor que representa a comunidade é o azul. Assim, fechamos também as colunas da nossa Igreja: Fé, Esperança e Caridade.




ATIVIDADE LÚDICA:

VAMOS FAZER UMA CAIXA PARA BRINCAR COM O “QUERIGMA DAS CORES”?

 

Faça figuras de EVA em formato de “mancha de tinta”, em cores variadas formando pares. Faça também alguns pontos de interrogação e dois espirais. 

  

Pegue uma caixa de papelão quadrada e faça um furo quadrado de ambos os lados conforme a figura. 
 
Em seguida recorte em dois quadrados de EVA amarela uma “tampa” para o furo em formato de estrela. Cole o quadrado amarelo “estrela em cima dos furos e em seguida coloque EVA vermelho e verde para decorar a caixa, conforme a imagem.

 

Coloque as figuras em formato de “mancha” dentro da caixa. Decore a caixa com as figuras em formato de ponto de interrogação e de espiral, conforme a imagem.


Está pronta a “caixa surpresa”!

Para brincar siga as regras:

- Um jogador de cada lado vai retirando as figuras de dentro da caixa depois de girá-la várias vezes, alternadamente;
  


- O objetivo é tirar uma figura da mesma cor na sequencia. Ganha aquele que conseguir fazer a sequencia de cores.

Usando o “Querigma das cores”:

- Cada vez que um dos jogadores tirar uma figura, deve tentar lembrar o que significa a cor no querigma.

Obs: No caso de usar as cores do Querigma, não esqueça do preto e do branco!



Adaptação: Ângela Rocha
Imagens: Google imagens

segunda-feira, 14 de março de 2016

ESTIMULANTE CATEQUÉTICO

Numa reunião de catequistas na minha paróquia, nossa coordenadora distribuiu um "remédio" verdadeiramente milagroso para melhorar nosso desempenho. As muitas "bolinhas" (MM, Confetti, jujuba) foram colocadas num saquinho transparente decorado com fita. Junto à fita, a bula enroladinha. Olha aí o que diz a bula:

ESTIMULANTE CATEQUÉTICO
LEIA COM ATENÇÃO ANTES DE USAR!


COMPOSIÇÃO:
Os comprimidos contêm todas as virtudes que formam o estimulante Catequético: amor, humildade, criatividade, sinceridade, alegria, inspiração, energia, visão, garra, paixão, persistência, dedicação, integração e estudo.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE:
Por todas as experiências pelas quais passamos e por tudo o que temos estudado e comprovado, não há dúvidas que o Estimulante CATEQUÈTICO é o remédio ideal para qualquer tipo de crise. Para que o tratamento atinja seus objetivos é indispensável dedicação total de corpo e espírito para quem quer curar a causa e não o sintoma da doença. Destina-se a quem está disposto a sofrer uma transformação íntima e jamais se arrepender disso.

INDICAÇÕES:
Ao paciente que demonstrar de imediato apatia, desinteresse, pessimismo, falta de motivação, baixa auto-estima, descontrole emocional e tristeza. Recomendado especialmente para pessoas que desistiram de sonhar ou para as que desistiram de si próprias.

CONTRA-INDICAÇÕES:
Nem a mais avançada ciência é capaz de apontar uma contra-indicação para o amor, a positividade e a energia que o estimulante CATEQUÉTICO proporciona.

PRECAUÇÕES:
Mantenha este medicamento ao alcance de todas as pessoas para que possam ser intoxicadas. Mantenha também ao alcance de todas as crianças. Não há prazo de validade, pode ser usado por toda a vida e sem o conhecimento do seu médico.

POSOLOGIA E MODO DE USAR:
Adultos – 1 drágea por dia ao acordar ou se preferir tomar todas em dose única. O resultado é surpreendente.
Crianças – o tratamento deverá ser iniciado com muito amor. Tomando uma dose por dia com muito sorriso e muito carinho. Estímulo constante aos seus sonhos e criatividade, também fazem parte do tratamento.


Parabéns Cláris! Adorei a criatividade!

Ângela Rocha
Catequistas em Formação