
Um roteiro para encontro com os pais nas primeiras fases da catequese. Precisamos envolver mais as famílias na catequese, mostrando que todos somos IGREJA!
ROTEIRO DE ENCONTRO COM PAIS DE CATEQUIZANDOS
Tema: Ser Igreja, ser comunidade
Interlocutores: Pais da 1ª e 3ª Etapa da catequese de Eucaristia. (Neste caso o encontro foi feito com a 1ª Etapa separada da 3ª. A 1ª porque os pais estão sendo inseridos na comunidade, na 3ª por ser parte do Itinerário de conteúdos a serem abordados).
Tempo Estimado: 1 hora e 15 minutos
sem intervalo
Local: Auditório do Centro de
Pastoral
Material e Ambientação:
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Na recepção, na mesa onde estiver as listas de presença para assinatura dos
pais, colocar uma cesta com pequenas pedrinhas e entregar uma ou mais
pedrinhas para cada um que chegar.
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Foto: Fernanda Pires - Rio Verde GO |
- As pedras podem ter o "nome" das pessoas (catequizandos ou pais), assim, elas sentem-se responsáveis, individualmente pela construção da Igreja
(Fernanda Pires: Acrescentei um detalhe que deu certo. Como pode ver nas fotos, escrevi com caneta permanente o nome de cada participante nas pedras.)
- À frente da assembleia, uma mesa decorada com flores, com duas velas e lugar para a Bíblia;
- Uma outra mesa com uma jarra de vidro com água e um outro recipiente de vidro transparente, vazio. Uma velinha flutuante e fósforo para acendê-la;
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Foto: Fernanda Pires - Rio Verde - GO |
- Um
modelo do convite enviado aos pais, em tamanho maior (A4);
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Um cartaz grande (cartolina), com a mesma Igreja do convite, sem ter nada
escrito, mas, dentro das portinhas colar várias figuras de crianças, famílias,
pessoas, tipo um porta-retrato gigante;
- Para a dinâmica do "Onde está o meu filho": Bexigas, canetas ou canetinhas para desenhar nas bexigas.
ENCONTRO:
19h30 –
Abertura/acolhida – Coordenação
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Boa noite, boas vindas...
(Se
o padre estiver presente, convidá-lo para uma palavra de acolhida a todos).
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Pedir para que todos fiquem em pé para leitura da Palavra...
(Uma
catequista faz a entrada da Bíblia e todos cantam “A Bíblia é a Palavra de
Deus, semeada no meio do povo...”. A mesma catequista ou outra faz a leitura
Bíblica.)
Leitura
Bíblica – Efésios 2, 19-22
"Assim, já não sois estrangeiros e
peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois família de Deus, edificados
sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a
pedra angular; na qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário
dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para
habitação de Deus no Espírito".
19h40 – O que é ser Igreja?
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Lembrar do convitinho enviado a eles, perguntar quem recebeu e se gostaram do
convite (Mostrar o modelo maior em A4). Falar da “chamada” do convite “Venha ser Igreja!”, colocada no alto, no
lugar dos sinos que “chamam os fiéis”. Falar da mensagem do convite colocada
dentro da “portinha”... e abrindo a portinha mostrar que, com aquele texto,
todos estão ali, naquele momento, e foram “acolhidos” para estar “dentro”
da nossa Igrejinha/comunidade...
Falando do que é Igreja:
Nós
ouvimos essa palavra em quase todos os nossos ambientes. Muitos usam esse nome
para descrever um belo edifício construído em um determinado lugar. Outros usam
o termo para falar de uma organização religiosa. É de fundamental importância
saber o que significa o termo Igreja. Origina-se do grego e do latim: A palavra
Igreja deriva de Eckesia, que
em grego quer dizer “assembleia”, eram assim chamadas as reuniões em Atenas, na
Grécia antiga. Já em latim, a palavra Eclesia significa
Igreja como lugar de reunião. Originalmente, Eclésia é “curral de ovelhas”, lembrando aqui, que Jesus
nos chamava de “suas ovelhas”, sendo Ele nosso Pastor.
Mas,
o que é “Igreja” para nós? O que pensamos e lembramos quando alguém diz: “Vou à
Igreja”? (Incentivar a participação dos ouvintes, que alguém dê um “palpite”). O
que nos vem a mente primeiro é a imagem do “prédio”, da construção da Igreja,
não é?
Mas,
será que Igreja é só uma edificio, um lugar onde as pessoas se reúnem? Não, ela
não é apenas uma construção com blocos, pedras e cimento, mas um edifício
construído com “pedras vivas”...
- Pedir a todos que venham colocar as pedrinhas que ganharam na
entrada, no recipiente de vidro ali na frente...
Lembrar
então, o conceito de “pedras vivas” da carta de São Pedro:
“Também vós mesmos, como pedras que vivem,
sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de
oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus
Cristo". (1 Pedro 2, 5)
- Relembrar a leitura bíblica feita no começo do encontro,
destacando os termos em negrito:
"Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois família de Deus, edificados sobre
o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; na qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário
dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no
Espírito". (Efésios 2, 19-22)
E
como nós podemos ser santos? Como seremos família? Como vamos nos “ligar”, unir
as pedras, para nos tornamos edifício da habitação de Deus no Espírito?
- Despejar a água na jarra, lentamente no recipiente com as
pedras...
Agora, com a água
despejada aqui, não “ligamos” todas as pedras?
(Neste momento brinquei dizendo que queria trazer argamassa ali
mas que a coordenadora não deixou... )
E
o que vem a ser essa “água”? (Incentivar
a participação dos ouvintes... se conhece os pais, perguntar a alguém em
particular...)
Esta água simboliza o
nosso “batismo”, nosso “renascimento”. A água nos torna cristãos, nos torna
Igreja, nos torna “edifício da habitação do Senhor”. Mas ainda falta uma
coisa...
- Colocar a vela flutuante acesa no recipiente com as pedrinhas
e a água...
Falta nesta nossa
construção o fogo do “Espírito Santo”, que nos dá força, luz, energia!
Esse edifício é chamado
a atingir uma finalidade, isto é, ser santo, viver em comunhão e oferecer
sacrifícios agradáveis a Deus.
- Lembrar que a água do batismo é o que une as “pedras”, que nos
faz parte de um “corpo”.
Portanto, a Igreja
é um corpo, nela não há separação, se existe divisão é porque ainda não
aprendemos a ser Igreja. O corpo é formado por vários membros, a Igreja é
formada e representada por muitas pessoas e a esse conjunto de pessoas
chamamos de comunidade. Seremos Igreja quando formos comunidade chamada
a sair e anunciar a Palavra. Isso se faz com humildade e com a intenção de
agradar a Deus.
Não estamos falando do
edifício em si, mas estamos falando da criação de um “corpo”, no Bairro ......................,
na cidade de........................ (colocar o nome do bairro e cidade),
com pessoas diferentes e um objetivo comum: Santificar, ensinar e disseminar o Projeto de Jesus Cristo.
Hoje em dia, os
desafios são bem mais acentuados quando da criação da paróquia há tantos anos
atrás (se souber, citar). O mundo secularizado e pluralista oferece
às pessoas não só uma autonomia, mas também muitos valores que nada tem a ver
com a ética cristã,
dando à sociedade um prazer imediato e a
ilusão de ter alcançado os seus objetivos saciando seus desejos meramente
materiais. Ninguém mais parece preocupado em ser “Igreja”, comunidade de
pessoas unidas em prol do bem comum. E alguns, que estão na Igreja no momento
das celebrações, parecem ter esquecido que não basta só estar lá rezando
por si mesmo... É preciso sair da celebração da missa, transformando ela em
“missão”, em projeto, em “fazer” pelo bem da comunidade.
E o que é comunidade?
Comunidade é ter algo em “comum”, é “partilhar” o pão, repartir aquilo que
temos. Igreja que não é comunidade, é apenas um prédio de tijolos...
A Igreja, na pessoa de
nossos líderes, o Papa, os bispos, nossos padres... têm insistido em uma nova
evangelização, cujo foco central é a pessoa de Jesus Cristo: caminho, verdade e
vida. É isso que a Igreja deseja realizar com a ajuda de seus batizados.
Os desafios de hoje são imensos no campo da evangelização, mas a nossa
esperança é maior ainda e, por isso, podemos sonhar com uma sociedade que
expressa uma fé madura, levando-a a um comprometimento com a Igreja. Mas tudo
depende de nossas ações. A Igreja é o nosso próprio retrato.... Querem ver?
- Mostrar o cartaz da Igreja como “porta-retrato”... Abrir as
portinhas e mostrar o rosto das pessoas, que somos nós mesmos...
Modelo do
cartaz:
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Foto: Fernanda Pires - Rio Verde -GO |
(Se for apropriado e oportuno, convidar a equipe do dízimo para
expor as razões e necessidades da Igreja, incentivando os pais a partilhar)
20h10 –
Dízimo – Equipe do Dízimo
20h20 –
Avisos e recomendações – Coordenação
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Falar sobre “comprometimento”, sobre sermos uma pequena “comunidade”, a
catequese, dentro de uma comunidade maior que é a paróquia. Que os pais se
comprometam realmente com a catequese dos filhos.
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Avisos e assuntos pontuais da catequese.
20h30 –
Dinâmica: “Onde está meu filho?”
(O
roteiro da dinâmica pode ser encontrado AQUI)
-
Interessante chamar os pais para um salão onde tenha um espaço vazio. Se não
houver tempo, realizar pelo menos a primeira parte da dinâmica.
- Pequena reflexão – usar o “gancho” da brincadeira e apresentar
cada uma das catequistas aos pais... elas dirão seus nomes, dia e horário da
catequese e o primeiro nome de seus catequizandos.
-
Benção de despedida.
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Pedir que fiquem, dois a dois, um de frente para o outro: Lembrar da sua
crisma, da imposição das mãos pelo bispo onde ele, com este gesto, pediu a
proteção de Deus e lhe infundiu o Espírito Santo. Lembrar do quanto é
importante pedirmos a bênção aos nossos pais, avós... abençoarmos nossos
filhos, afilhados, sobrinhos. Convidar os pais a “resgatar” este bonito gesto
da nossa Igreja.
-
Então, primeiro um depois o outro fará a seguinte bênção: coloca as duas mãos
sobre a cabeça do outro e diz: “Deus te abençoe e te guarde...” em
seguida abraça o outro, primeiro de um lado dizendo: “Te dê muita paz”...
e depois do outro: “Te dê muito amor... Amém”.
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Convidar a todos para, de mãos dadas, rezar o Pai- Nosso.
20h45 –
Reunião com catequista da turma
-
Convidar os pais a acompanhar as suas catequistas às salas.
20h30 –
Encerramento/término
Despedida
feita pelos próprios catequistas de cada turma/sala.
AVALIAÇÃO
DO ENCONTRO:
Tivemos
a participação de cerca de 30% dos pais. Não há, ainda, uma conscientização de
que os mesmos “precisam” também de catequese. Um aspecto negativo é que, por
causa da chuva, tivemos que esperar um pouco para começar. Começamos com 20
minutos de atraso.
Este
encontro precisa, pelo menos de 1 hora e meia para ser desenvolvido a contento.
O tempo ficou meio “apertado”.
No
entanto, os pais que estiveram no encontro mostraram-se bem interessados no
desenrolar do roteiro. Eles ainda são um pouco tímidos para se manifestar, mas
brinquei bastante com eles durante a minha fala. E deu para perceber que
eles estavam a vontade.
Na
hora da dinâmica dos balões eles amaram a brincadeira! Mostraram-se tão
preocupados em “cuidar” dos seus filhos, que poucos os perderam de vista.
Gostaram
também da bênção que fizemos no final.
Perguntei
às catequistas, eram seis, o que sentiram do encontro e como foi a reunião com
os pais na sala. Elas disseram que os pais gostaram do encontro e que também
gostaram de conversar com a catequista de seu filho as questões individuais de
cada um.
Penso
que precisamos nos reunir mais. Dar mais oportunidades de participação aos
pais, encontros mais frequentes e “leves”, sem muita “falação”, “cobrança.
Colocando assuntos que os interesse e motive. No segundo semestre, fazer
encontros a cada dois meses, assim, pais que faltem em um, podem vir a outro.
MODELO DO CONVITE
Mais informações sobre encontros com os Pais:
Ângela Rocha
Equipe catequistas em Formação
(Com contribuição de fotos da Fernanda Pires, catequista de Rio Verde - GO, que viu o roteiro e realizou o encontro em sua comunidade).