CONHEÇA!

segunda-feira, 30 de julho de 2018

VOCÊ SABE O QUE É O DNC - DIRETÓRIO NACIONAL DE CATEQUESE?

DNC - DIRETÓRIO NACIONAL DE CATEQUESE

Documento 84 da CNBB, aprovado pela 43ª Assembleia Geral da CNBB, em agosto de 2005.  publicado em 2006; desdobramento do DGC - Diretório Geral para a Catequese, documento da Santa Sé de 1997, que norteia a Catequese na Igreja Católica. 


Realmente, existem "n" situações: Desde o desconhecimento completo do DNC - Diretório nacional de catequese, até o descaso mesmo pelo que está escrito nele; e um parco conhecimento dele aqui e ali. O que temos que ter em mente é que é um documento criado pela Igreja para nos ajudar, dar direcionamento à catequese, ou seja, aí está O QUE FAZER para que a catequese funcione como etapa da evangelização. Já o "como fazer", é um desdobramento que cabe muito mais às dioceses e as próprias paróquias que precisam colocar em prática o que está escrito nele.

Só que precisamos pensar também que, em cada Diocese, chamada de "Igreja particular", cada Bispo é "soberano" em seu território. É ele quem deve tomar a iniciativa, tomar as providências para criar uma Comissão Diocesana de catequese, colocando a catequese como prioridade em sua Igreja local e tomar as primeiras medidas para que o diretório - DNC seja colocado em prática. Infelizmente nem todos o fazem, seja por falta de recursos ou mesmo por questões de se ter outras prioridades na diocese.

Enquanto isso, para tristeza nossa, vamos deixando passar excelentes oportunidades de evangelização porque achamos que "nós" não podemos fazer nada a respeito. Eu não penso assim! Naquilo que nos cabe, ou seja, buscar nossa formação, conhecimento, engajamento e, sobretudo, RESPONSABILIDADE, é perfeitamente possível correr atrás, temos inúmeros documentos da Igreja com orientações, temos encontros e reuniões de formação para catequistas, encontros paroquiais, diocesanos, etc.

Ah, mas, a paróquia e a diocese não dão formação!

Isso cabe a cada um de nós, catequistas, também verificar o "porquê". Mas, não podemos ficar parados, mesmo porque, a tecnologia está aí para nos ajudar.

Hoje temos informação a um toque dos nossos dedos. Sites, blogs oferecem os documentos da Igreja para download, informações, sugestões, práticas, experiências, etc. Basta a boa vontade de procurar. Nosso grupo Catequistas em Formação é um exemplo disso: catequistas que se encontram para trocar experiências. Claro que precisamos tomar cuidado na internet, porque nem tudo é o que parece ser, mas, de maneira geral existe mais coisa boa que ruim.

Mas, nós temos que "investir" nisso? 

Claro que sim, nosso tempo e muitas vezes nosso dinheiro, porque o que vamos adquirir vai ficar em primeiro lugar PARA NÓS, depois é que vai para os outros. Muitas comunidades não tem condições de proporcionar formação ou material aos seus agentes de pastoral.

Ao longo dos anos eu fui formando uma "biblioteca de catequese", com muitos documentos, livros, apostilas, manuais que fui adquirindo ao longo do tempo e, com muita “renúncia” a outras coisinhas, posso garantir. E em meu computador eu tenho mais de 3.000 arquivos sobre catequese e religião. Isso porque quando aceitei o chamado para ser CATEQUISTA eu realmente aceitei como VOCAÇÃO. E aceitar um chamado vocacional é isso: PREPARAR-SE para uma missão e, assim como os padres e religiosas (os), renunciar a muita coisa do mundo: festas, viagens, famílias às vezes, diversão, casa. Creio que um dos maiores problemas nossos hoje está nisso, muitos catequistas não são realmente vocacionados e tratam a catequese como um passatempo ou um simples voluntariado. E não estou falando só de catequistas de base, falo de coordenações, de equipes diocesanas, nacionais e por aí vai.

Enfim, o Documento está aí: Diretório Nacional de Catequese – DNC! Não é uma “invenção” dos bispos do Brasil, ele é uma adaptação local do DIRETÓRIO GERAL DE CATEQUESE – DGC, da Santa Sé, com as nossas realidades locais. Uma ajuda inestimável para que façamos ACONTECER a evangelização. Precisamos conhecê-lo, não só fazer download dele da internet, mas, buscar o livro em uma livraria católica, para que o tenhamos “em mãos”, ler, ler de novo, sublinhar, estudar, refletir. e MULTIPLICAR em nossa comunidade o que diz nele. Cobrar – COBRAR sim! – que nosso pároco o conheça também. 

Mas, ter paciência e discernimento para compreender que nem tudo é “pra já”, algumas mudanças demoram a acontecer. Mas, para ACONTECER, elas precisam começar de alguma forma, em algum lugar. Que tal se as mudanças começarem em nós mesmos?

Ângela Rocha
Catequistas em Formação


* Nenhuma editora está nos pagando pra fazer “propaganda” deste livro. Mas, COMPREM, LEIAM, LEIAM DE NOVO, COM CARINHO, COM ATENÇÃO. 
Vocês vão ver quanta coisa SURPREENDENTE pode existir na nossa catequese, quanta coisa pode ser "cobrada" dos nossos coordenadores, padres e equipes diocesanas. 
Este documento é NACIONAL, fruto do mesmo documento que a santa Sé publicou em 1971 a pedido do Concílio vaticano II e depois reformulou em 1997, para reger a catequese na Igreja católica. 
Todo catequista que se preze PRECISA conhecê-lo, tê-lo impresso e LER sempre que necessário! Tem na internet pra baixar em PDF, em word, tem aqui no blog, mas, tenham o seu livro impresso, é ótimo pra consulta, pra levar na bolsa, pra usar em formações, no seu dia a dia de catequista! 

Na internet ele custa entre 12 a 15 reais, mas pode ser encontrado em qualquer livraria católica. Tem também edições da Paulus, Paulinas, Vozes e da própria Edições CNBB.

DIRETÓRIO NACIONAL DE CATEQUESE - DNC, síntese:

Aprovação. No dia 15 de agosto de 2005, a Assembléia dos Bispos, em Itaiatuba, SP, no bairro Itaici, aprovou, com três votos em branco e os demais, favoráveis, o Diretório Nacional de Catequese. Ali estive, durante seis dias, com o Padre Luiz Alves de Lima, sdb, ambos membros da Comissão Redatora, para assessorar no processo de incorporação das correções e emendas apresentadas pelos Bispos. Foram muitas as felicitações pelo trabalho realizado e pela qualidade do novo documento de Catequese. 

Sintonia. Por meio deste Diretório Nacional de Catequese (DNC) a Igreja no Brasil demonstra seu zelo em buscar maior sintonia com a proposta por uma Nova Evangelização, face aos desafios do mundo contemporâneo. No Brasil a Igreja vem oferecendo subsídios específicos e de grande valor para esta renovação do processo evangelizador. Ora, a Catequese, sempre esteve em destaque nesta caminhada renovadora. 

Obediência. O Diretório Nacional de Catequese vem, também, enriquecer a longa caminhada vitoriosa do documento da CNBB, Catequese Renovada, Orientações e Conteúdo e que desde 1983, vem conduzindo o processo catequético no Brasil. Mas ele é também uma resposta ao que nos pede Romacom o Catecismo da Igreja Católica (de 1992), e com o Diretório Geral para a Catequese (de 1997). Estes dois documentos de âmbito mundial pedem que as Conferências Episcopais elaborem tanto o diretório nacional como o catecismo nacional.

Riqueza do nosso Diretório. O DNC tem suas raízes num passado muito rico e dele se abebera. É como diz o Salmo 78, 24: “O que nós ouvimos e conhecemos, o que nos contaram os nossos pais, não o esconderemos a nossos filhos, e contaremos à geração seguinte os louvores do Senhor, o seu poder e as maravilhas que realizou”. Ao mesmo tempo, porém, ele leva em conta a realidade do povo, os clamores por um mundo justo e solidário, como Deus o revelou no livro do Êxodo: “Eu vi, eu vi a miséria do meu povo... ouvi seu grito por causa dos seus opressores, eu conheço as suas angústias. Por isso desci a fim de libertá-lo...” (Ex 3, 7-8). O DNC aponta novos horizontes, segundo o Apocalipse: “Eu vi um novo céu e uma nova terra!” (Ap 21, 1). Este Diretório é um passo a mais, e muito importante, nesta caminhada, para a construção do Reino de Deus. 

Organização interna do DNC. O DNC está organizado em duas partes e oito capítulos: 

PRIMEIRA PARTE: Fundamentos teológico-pastorais da Catequese:
1) Movimento catequético: as conquistas recentes;
2) A Catequese na Missão Evangelizadora da Igreja;
3) A Catequese contextualizada: História e Realidade;
4) Catequese: Mensagem e Conteúdo:

SEGUNDA PARTE: Orientações para a Catequese na Igreja Particular:
5) Catequese como Educação da Fé;
6) Destinatários como interlocutores no processo catequético;
7) Ministério da Catequese e seus Protagonistas;
8) Lugares e Organização da Catequese.

NOTA: Já temos para a nossa Biblioteca básica da Catequese, além da Sagrada Escritura, os Documentos do Concilio Vaticano II, o Diretório Catequético Geral de 1971 (DCG), a Exortação Apostólica pós-sinodal, de 1980, do Papa São João Paulo II: Catechesi Tradendae (A Catequese no mundo de hoje), o Documento Catequese Renovada, de 1983, o Diretório Geral da Catequese (DGC), de 1997, e o Diretório Nacional de Catequese (DNC), de 2005. 

Quantos destes importantes documentos de apoio você já leu, estudou, tem? 

Ir. Israel José Nery

quinta-feira, 26 de julho de 2018

MENSAGEM AOS CATEQUISTAS - DIA DO CATEQUISTA 2018



Dia Nacional dos Catequistas – 26/08/2018

Queridos e queridas Catequistas!

Já nos avizinhamos do Dia do Catequista. Será no próximo 26 de agosto. Foi grande a sabedoria que inspirou a inserção deste dia nos quadros do mês vocacional. As palavras ‘voz’ e ‘vocação’ vem da mesma raiz latina. E é assim que a Igreja os reconhece, queridos e queridas Catequistas. São evangelizadores que respondem a um apelo que lhes ressoa desde dentro, desde o coração.

Enquanto escrevo estas linhas recordo-me do diálogo de Jesus com seus discípulos apresentado por Mateus, o evangelista com grande sensibilidade catequética. “Ao ver as multidões, Jesus encheu-se de compaixão por elas, porque estavam cansadas e abatidas, como ovelhas que não têm pastor. Então disse aos discípulos: a colheita é grande...” (Mt 9,36). Em seguida eles foram enviados quais missionários das boas notícias da parte de Deus.

Sei que se recorda, amigo e amiga Catequista, daquela pessoa que, pela primeira vez, lhe dirigiu o convite para colaborar com o Senhor na Catequese. Até os detalhes lhe afloram à memória. Era a comunidade que precisava. Alguém lhe falou desde fora, mas provocou aquela voz que vem de dentro. Era como se o Senhor Jesus já estivesse a compadecer-se dos catequizandos e, então, estaria a confiá-los a Você. Pois bem, hoje deixe-se “olhar” por ele. Tente imaginar o próprio Senhor, com os olhos cheios de compaixão, a voltar sua face para eles, os catequizandos, e depois para Você. O que ele lhe diria? Escute-o. Deixe-o falar.

Ele nunca se deixa vencer em generosidade. Estará sempre ao seu lado, com a força do seu Espírito, para renovar as compaixões, para revitalizar as motivações, para vencer as desilusões. São alegrias e dramas que ele conhece bem. Os grandes discípulos e discípulas também já experimentaram. Eles se sentiram pequenos, pequenas. Venceram porque a força que os sustentava vinha do amigo e Senhor. Como o apóstolo e catequista por excelência, Paulo, muitos repetiram em seu íntimo: “Eu sei em quem acreditei...” (2Tm 1,12). Lembre-se, pois, de seu chamado, de suas vitórias, e siga no serviço da Catequese.

Em suas orações não esqueça da nossa 4ª Semana Nacional de Catequese, prevista para novembro (14-18/11). Estou convencido que serão dias de grande impulso para o futuro da nossa Catequese. Recomendo-lhe também que busque compreender bem e estimular a Iniciação à Vida Cristã. Ela leva consigo uma poderosa força renovadora para a evangelização no Brasil.

Despeço-me com palavras de imensa gratidão a todos os Catequistas deste nosso Brasil. Que o Senhor lhes abençoe por serem uma fonte de bênçãos à nossa Igreja. E que a poderosa intercessão da grande Catequista, aquela de Nazaré, esteja sempre a acompanhar os seus passos.

Dom José Antônio Peruzzo
Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB



CATEQUESE E MISSÃO

 

Pois é, este ano, não conseguimos fazer acontecer o Projeto CARTINHAS MISSIONÁRIAS. A vontade era grande, mas, com poucas pessoas na administração e com os seis primeiros meses do ano com muitos problemas para resolver, eu e a Jin Hee Kim, não pudemos nos organizar.

Mas, a Nilva aqueceu o nosso coração agora em julho, quando tornou realidade o projeto na sua paróquia em Maringá Pr. Na verdade, com essa ideia iluminada, relembrou e ressuscitou a origem do projeto, quando comecei a me corresponder com a nossa “paróquia-irmã” na Amazônia.


Testemunho da Nilva Mazzer:


“IDE por todo o MUNDO e pregai o EVANGELHO a TODA criatura”.

Obedientes a essa palavra, nossa Paróquia São José Operário de Maringá no Paraná, foi em missão ao Amazonas, na cidade de Apuí. Foram 22 pessoas, sendo três delas catequistas.

Percebendo a grandeza desse projeto nossa catequese resolveu participar ativamente. Como? Mobilizando todos nossos catequistas e catequizandos a ir nessa missão de alguma forma. Então, pensamos em arrecadar doações entre eles, para ser enviada para a Paróquia de lá, e com isso trabalhamos com nossas crianças o “olhar” que temos que ter para com os nossos irmãos, a partilha de nossos bens, a oração que podemos fazer pelo outro etc... Para reforçar nosso projeto pedimos a colaboração de nosso Pároco Renato Quezini, para gravar um vídeo explicando tudo. Ele fez e deu a maior força.

E, para completar esse lindo gesto tivemos a ideia de fazer as CARTINHAS MISSIONÁRIAS! Ah! Como foi prazeroso isso: ver o entusiasmo, o capricho e o amor de nossos catequistas e catequizandos com esse trabalho. A adesão foi tão intensa que conseguimos um total de aproximadamente 400 cartinhas e R$ 2.052,00 reais que serão entregue para o Pároco de lá, isso só da catequese! Tenho certeza que com esse gesto faremos muitas crianças felizes. E nossas crianças tiveram uma catequese na prática do que é uma MISSÃO.

Tudo começou com a proposta aos catequistas:
Olá pessoal, temos mais uma proposta para esses dias! SIM, nossa catequese é dinâmica e fazemos várias coisas ao mesmo tempo... rsrsrs. Como sabem nossa Paróquia sairá em missão agora no início de julho para o Amazonas. Para isso pensamos em trabalhar esse olhar para o próximo, com nossos catequizandos, já que não podem ir pessoalmente para a missão, podem colaborar com as pessoas que vão. O Padre Renato fez um vídeo para nós explicando tudo direitinho, ok? Contamos com o seu empenho catequista, juntos podemos fazer uma Comunidade carente mais feliz! Ahh! Pensei também das crianças escreverem cartinhas para as crianças de lá o que acham?

Depois, cada catequista mostrou o vídeo em sua turma e incentivou as crianças e adolescentes a escrever cartinhas para as crianças de lá. E que coisa bonita! Que mimo, capricho! Nossos catequizandos, não só aderiram aderiram a ideia, como amaram torná-la realidade.

Nilva Mazzer – Coordenadora
Paróquia São José Operário - Maringá - Pr.


Equipe Missionária da Paróquia

Cartinhas na catequese





















VÍDEO ANIMANDO A CATEQUESE:




E é isso gente! Coisa linda de se ver o que a Paróquia São José Operário de Maringá fez. 

Parabéns Pe. Renato Quezini, parabéns Nilva e todos os catequistas da paróquia, parabéns aos catequizandos e missionários que "colocaram o pé na estrada". Agora, aguardamos como foi a "resposta" das crianças de Apuí no Amazonas, quando retornarem das férias!


Ângela Rocha
Catequistas em Formação









quarta-feira, 25 de julho de 2018

QUAL A DIFERENÇA DO DÍZIMO E DA OFERTA? E QUAL A FINALIDADE, DESTINAÇÃO, DE CADA UM DELES?

 
O Dízimo é uma contribuição comprometida com sua comunidade que precisa ser feita periodicamente, normalmente, uma vez ao mês, conforme as condições de cada fiel. É um exercício de doação e partilha em que o cristão se mostra disponível a cuidar das dimensões religiosa, social e missionária.

Já a Oferta é algo que se dá além do dízimo, é uma entrega sem compromisso que podemos fazer em qualquer igreja, sem necessariamente ter uma periodicidade. Além da contribuição financeira, ela também pode ser feita por meio de doação de alimentos, materiais, roupas, entre outras coisas. É uma doação a mais que podemos fazer espontaneamente para auxiliar determinada igreja e até mesmo os irmãos mais necessitados que frequentam a comunidade.

Biblicamente falando, o dízimo são os primeiros 10% de tudo o que recebemos e de tudo o que nos vem às mãos e que devemos, pelas leis bíblicas, dar a Deus. A oferta é diferente, pois não existe nenhuma obrigação por parte do fiel. Ela é feita de livre e espontânea vontade. No dízimo, Deus vê a nossa fidelidade para com Ele; na oferta, o nosso amor e a nossa dedicação à Sua Obra. Porém, ambos representam a nossa disponibilidade de ajudar a nossa comunidade.

E O OFERTÓRIO NA MISSA?


O ofertório é o momento propício em que os fiéis podem demonstrar sua participação e seu comprometimento, pois apresentam os frutos de seu trabalho. Antigamente, o próprio povo levava o pão e o vinho de suas casas. Hoje, uma das maneiras de apresentar os frutos de nosso trabalho é essa oferta em dinheiro. Desta maneira, temos a oportunidade de unir nossa oferta, nosso sacrifício à oferta e sacrifício de Jesus que nos dá seu corpo e sangue.

"E isto afirmo: aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura, com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria”.
(2Cor 9, 6-7)

“A este lugar fareis chegar os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta das vossas mãos, e as ofertas votivas, e as ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas”.
(Deuteronômio 12,6)

QUAL É A DESTINAÇÃO DO DÍZIMO?

Da mesma forma como acontece em nossas casas, onde existem necessidades básicas que precisam ser atendidas: conta de água, de energia, de telefones, IPTU, etc.; material escolar, vestuário, alimentação, transporte, lazer etc. Nas paróquias não é diferente: existem necessidades que devem ser atendidas e que se enquadram em três diferentes dimensões: RELIGIOSA, SOCIAL E MISSIONÁRIA.

Na DIMENSÃO RELIGIOSA enquadram-se as despesas relacionadas à manutenção e funcionamento da paróquia, suprindo suas necessidades básicas e mantendo todos os gastos da Igreja para que ela desenvolva de forma organizada a sua atividade fim. Nesta dimensão enquadram-se os salários dos funcionários da paróquia, compra de material litúrgico, material de expediente e material de limpeza, manutenção física do templo, obrigações fiscais (taxas e impostos), material para pastorais, pagamento das contas de água, energia e telefones, despesas com transporte, côngrua (salário do padre) e outras despesas referentes às atividades religiosas. Como pode ser visto, nesta dimensão estão contemplados todas as despesas efetuadas no exercício das atividades que visam alcançar o objetivo final da Igreja.

A DIMENSÃO SOCIAL contempla o atendimento aos mais necessitados que procuram a paróquia em busca de atendimento para minimizar suas carências. Este atendimento social pode ser realizado, por exemplo, através da doação de cestas básicas para os desempregados, remédios para os doentes carentes, programas de inclusão social e de inclusão digital dos integrantes da comunidade. Em suma, qualquer investimento que tenha como objetivo ajudar aos mais carentes, minimizando suas dores em momentos de maior necessidade.

Na DIMENSÃO MISSIONÁRIA, o investimento é nas pastorais diocesanas, mantendo os missionários que levam a palavra de Cristo ao mundo. Nesta dimensão está incluída a formação dos padres, porque a manutenção dos seminários faz parte da dimensão missionária. Explicando melhor: as comunidades contribuem com o seu dízimo para a manutenção das paróquias; por sua vez as paróquias com os seus dízimos mantêm as dioceses, que juntas são a Igreja de Cristo. As dioceses, com os valores dos dízimos recebidos das paróquias, sustentam os seminários e formam os missionários que se espalham pelo mundo com o intuito de evangelizar os povos. Logo, esta dimensão contempla um projeto maior de evangelização que é o objetivo e razão da Igreja. Assim, cabe a cada paróquia repassar à sua diocese uma porcentagem dos valores do dízimo.
Informar aos dizimistas das dimensões alcançadas por suas devoluções fará com que ele se sinta mais responsável pela manutenção destes trabalhos missionários e, também, pela formação dos padres e ministros.

O esforço realizado pelos dizimistas se concretiza na Eucaristia. Ele se sentirá responsável por aquele padre ou ministro presente no altar. Quanto mais nos encontramos com Deus mais nos alegramos e desejamos corresponder mais aos Seus desejos. Na liturgia dos sacramentos as pessoas celebram o amor de Deus e renovam o seu compromisso com Ele. É responsabilidade de todos manter esta tradição e esta esperança viva no coração da humanidade, despertando o sentimento de compromisso com a vida e com todos os que ainda não foram despertados para a presença de Deus em suas vidas.

E DAS OFERTAS?

As ofertas normalmente são destinadas às necessidades da própria paróquia, sem compromisso de valor ou regularidade. Quando em valor monetário elas integram os valores que a paróquia precisa para suas ações e atividades. Quando em alimento, roupa, etc., vão para a atender as carências sociais da comunidade.

Catequistas em Formação
Fontes diversas - Pastoral do Dízimo.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

HOMILIA DO DOMINGO: A IMPORTÂNCIA DO RECOLHIMENTO


                  HOMILIA DO 16° DOMINGO DO TEMPO COMUM – ANO B

“Vindes sozinhos para descansar um pouco.” (Mc 6,31). Jesus e seus discípulos têm uma vida agitada e precisam de momentos de afastamento, de solidão.


Jesus convida seus discípulos para relatarem a sua missão (cf. Mc 6,30). A primeira lição de Jesus, portanto, é a importância da avaliação. Quando paramos como grupo, comunidade ou individualmente, podemos enxergar de um modo mais ponderado como está a nossa missão de cristãos, discípulos missionários. Quando realizada com os irmãos, esta avaliação ganha força, pois a comunidade é sempre um critério para que encontremos o melhor caminho.


Em um segundo momento, Jesus nos ensina a importância do recolhimento. O mundo moderno é o mundo da agitação, da vida ocupada. Facilmente vivemos em função do nosso trabalho, de nossas obrigações. É geralmente uma corrida que ofusca o verdadeiro tesouro da vida e, não raras vezes, é uma busca pelo ter, pelo sucesso profissional, pelo dinheiro. Nossa corrida nem sempre é missionária, e mesmo a fadiga missionária, não dispensa o descanso merecido.


Como está o nosso descanso? O nosso lazer? Como aproveitamos o nosso tempo livre? O descanso tem uma dimensão espiritual: Jesus se retirava para rezar, para se encontrar com o Pai e não perder o foco da missão. Esta lição foi ensinada na prática aos discípulos. Reservar tempo para o Senhor nasce de Um hábito; é preciso estar alerta, pois facilmente esse tempo fica em segundo plano.


A Igreja nos convida a valorizar o domingo como dia de descanso, de encontro familiar, de reunião comunitária, de celebração da Páscoa do Senhor: “Entende-se, assim, a grande importância do preceito dominical de ‘viver segundo o domingo’, com uma necessidade interior do cristão, da família cristã, da comunidade paroquial. Sem uma participação ativa na Celebração Eucarística dominical e nas festas de preceito não existirá um discípulo missionário maduro. Cada grande reforma na Igreja está vinculada ao redescobrimento da fé na Eucaristia. Por causa disso, é importante promover a ‘pastoral do domingo’ e dar a ela ‘prioridade nos programas pastorais’ para um novo impulso na evangelização do povo de Deus no continente latino-americano”.


 Jesus é o Bom Pastor, o verdadeiro Pastor prometido no Antigo Testamento (Jr 23, 5-6). As ovelhas vão atrás de Jesus, pois precisam de uma palavra, de um alento, da água viva que só Ele oferece. Hoje, do mesmo modo, o mundo é um rebanho sedento, deseja uma vida de sentido, mas nem sempre encontra a Palavra do Pastor. Existe uma multidão correndo atrás de Jesus, e talvez nem saiba disso. Somos também essas ovelhas perdidas? Somos pastores que podem apontar o verdadeiro Pastor? Todos nós somos ovelhas e pastores ao mesmo tempo.


A Santa Missa é uma ocasião para escutar os ensinamentos de Jesus (cf. Mc 6, 34b), de contar que estamos fazendo (cf. 6,30). Na Eucaristia nos encontramos com Aquele que nos alimenta com o pão, que prepara a mesa, que faz o nosso cálice transbordar (cf. Sl 22). A Eucaristia é o alimento das ovelhas; é o nosso encontro pessoal com o verdadeiro Pastor.


Pe Roberto Nentwig
Arquidiocese de Curitiba - PR

FONTE: 
NENTWIG, Roberto. O Vosso Reino que também é nosso. Reflexões Homiléticas - Ano B. Curitiba; Editora Arquidiocesana, 2015. pg. 79.


* Adquira os livros com as homilias completas!

Palavras sobre o Reino na vida a partir dos Evangelhos. São três livros: Ano Litúrgico A, B e C. Cada livro tem o valor de R$ 15,00. Kit com os três livros: R$ 30,00 + frete

quinta-feira, 19 de julho de 2018

INQUIETAÇÕES DO CATEQUISTA...



Estava aqui pensando no que dizer à inquietação de tantos catequistas. 

Sim, estamos inquietos com relação ao futuro da catequese em nossas comunidades. 

Mas, é bom que sejamos inquietos. O evangelizador precisa se inquietar e não aceitar as coisas exatamente como elas são. Agora, o que não podemos deixar acontecer, é que essa inquietação mate nosso espírito de luta e nos deixe prostrados simplesmente recebendo - ou não recebendo, dependendo do caso - as coisas como vêm, prontas e acabadas.
Mas, vamos às “inquietações”:

Como prover recursos financeiros para a catequese?
Por que temos tantas reclamações das (os) catequistas?

Isso falando a respeito do quase abandono de algumas paróquias com relação às necessidades da catequese, desde recursos materiais até a formação de seus agentes.

Para começar, quero colocar aqui uma frase para nos inspirar:

“Não é possível derramar mais água numa taça já cheia; assim também Deus não pode verter as suas graças numa alma cheia de distrações e frivolidades”.
(São Maximiliano Maria Kolbe)

Pois é, não se coloca nada numa taça já cheia, ou seja, ninguém aprende se acha que já sabe e ninguém procura o que acha que não precisa.

Quem sabe nossos padres e lideranças não estejam, então, com a alma cheia de distrações e frivolidades? E aqui quero lembrar a vocês que um padre é, antes de tudo (não deveria, mas, é), o administrador paroquial. Tanto no quesito pastoral quanto administrativo/financeiro. Afinal uma paróquia é uma “empresa”, com CNPJ e tudo.

Evidentemente, ele poderia contratar um profissional para isso, mas, a nossa Igreja ianda está longe de pensar em trabalhar fora do voluntariado. E voltemos àquela questão da “taça cheia”: Muitos acham que o mandato vocacional proporciona sabedoria infinita e recorrem ao Espírito Santo (que não fez graduação nenhuma em finanças!), para prover o que lhe falta em especialização e conhecimentos administrativos. Muitos padres não conseguem administrar as finanças de uma paróquia e esta acaba sendo mantida com dificuldade pelo coração caridoso dos seus fiéis. Aliás, esta também é uma das reclamações de muitos dos nossos catequistas, que usam seus próprios recursos para conseguir fazer uma catequese mais elaborada. Isso quando eles mesmos é que tem que comprar Bíblias e manuais de catequese para seus catequizandos.

Enfim, aqui alguns diriam que só nos resta rezar. Rezar para que nossos líderes, por algum milagre dos céus, tomem consciência de que, sem os leigos, principalmente os catequistas, não haverá mais paróquia para administrar se as coisas continuarem assim.

E aqui eu recorro a mais uma frase de São Maximiliano:

“O fruto do nosso apostolado depende da oração. Se falamos de oração, não se deve entender que seja preciso ocupar muitas horas em estar de joelhos e em oração, mas que sejam feitos atos internos...”.

“Atos internos”. O que nosso venerável santo quis dizer com isso? Acho que se lembrarmos que o ato mais nobre da vida dele foi se oferecer para morrer no lugar de um pai de família num campo de concentração nazista, não precisamos pensar muito na resposta.
Mas, aí está uma coisa que a gente não se põe muito a pensar... No quanto as orações têm o poder de nos mudar “internamente”. Ao nos confessarmos fracos e impotentes, e pedirmos ajuda a Deus, estamos, inconscientemente, ajudando a nós mesmos. A despertar o “Espírito Santo” que existe dentro de nós. De nada adianta nos pormos a rezar sem dar uma “ajudinha” a esse Espírito Santo. Não recebemos dele sete dons? Onde estão quando precisamos?

E essa “ajudinha” é justamente pensar no que afinal se pode fazer para que nossa catequese fique melhor. Claro que é difícil mudar alguma coisa quando coordenações e párocos estão apáticos e desmotivados ou sequer acreditam na catequese. Mas, mudanças podem ser “operadas” nas pequenas coisas que “nós” fazemos!

E que “pequenas coisas” são essas que podemos fazer?

Primeiro, independente de saber se o padre ou o coordenador conhece o Diretório (DNC) e os documentos da catequese, preciso “EU” mesma (o) conhecê-los. “Ah, mas não posso por em prática nada do que diz lá! ”. Quem disse que não?

Se eu sei qual é a metodologia de Jesus, o que é interação fé e vida, o método ver-julgar-agir; por que não posso colocá-los em prática? O “como” se catequiza é uma das formas mais eficientes de se conseguir catequizar. Posso não estar influenciando as gerações que me precedem, e a minha já esteja um tanto perdida, mas, com certeza, influencio aquelas que virão. Ninguém é mais o mesmo depois que “experimenta” Jesus de verdade. Depois do “encontro” com Ele!

Só que quando não temos as “armas do poder” é preciso um pouco de paciência. Se não sou nada na paróquia, pelos menos em termos de influência com o pároco ou coordenação, o negócio é mudar NO espaço em que me é permitido. E este espaço se chama “catequese”, aquela de verdade, que faço quando consigo ecoar a Palavra de Deus entre os meus catequizandos. É claro que preciso seguir as “normas” e as “regras” da pastoral. Não posso fugir delas. Tenho que trabalhar com elas a meu favor, por mais que não concorde com elas.

E quais são mesmo as reclamações? Não temos apoio.... Não temos espaço.... Não temos recursos.... Não temos material... Não temos preparo.... Não temos orientações.... Não temos....

Difícil para um (a) coordenador (a) resolver tudo isso, não é? Isso quando o problema não é ter coordenação!

E achar solução para todos estes “não temos”, não é assim tão complicado. Tanto é que a catequese acontece, apesar de todos estes problemas. Mas, a que custo? E não estou aqui falando do “custo financeiro... Falo do custo de perdermos pessoas que acabam desanimando e, sem motivação, acabam deixando a catequese. Que já é, por sua própria natureza educacional, bem exigente.

E parece que a solução para a falta de recursos na catequese, tem sido resolvida, muitas e muitas vezes, pelos próprios catequistas. Que se desdobram, além dos encontros, em inúmeras atividades de arrecadação de fundos e outros serviços: jantares, barracas, rifas, venda de salgados, feira de usados, etc.; faxina e manutenção das salas e por aí vai; usam o próprio dinheiro para comprar o que basicamente se necessita: papel, Bíblias, manuais, recursos didáticos, etc. E tem também os casos em que a paróquia conta com uma equipe de catequistas que tem dinheiro sobrando e não se incomode de sustenta-la...

Bom, não sou contra nada disso, desde que:


- O dízimo e os recursos arrecadados com as doações dos fieis não estejam, única e exclusivamente, sendo usados na manutenção do templo, em construções de “embelezamento” e na manutenção dos gastos da paróquia;

- A paróquia ou comunidade seja mesmo carente, esteja localizada numa região de população igualmente carente e cujo dízimo, realmente, não sustente as atividades pastorais;

- Os catequistas estejam tirando recursos do próprio bolso para a compra dos materiais necessários à evangelização.

Agora, se a paróquia tem e utiliza todos os seus recursos na manutenção de pessoal e manutenção física da paróquia, aí tem alguma coisa errada! Má administração, só para começar, depois falta de conscientização das lideranças e falta de visão de futuro para a nossa Igreja. Quem é que sentará nos lindo bancos e belos templos, se não houver mais católicos, se não evangelizarmos mais? Se a catequese deixar de existir, o que a substituirá?

O que podemos começar fazendo, é conhecer a realidade da nossa comunidade, saber se há recursos, onde estão sendo utilizados e se podemos ajudar a melhorar as coisas. Os bons párocos com lideranças conscientes (que os ajudam e não incomodam!), costumam ser transparentes e não escondem nada. Priorizam a evangelização e estão dispostos sempre a apoiar a catequese e as demais pastorais. Penso que não custa perguntar e dar uma olhadinha nas prestações de contas da paróquia. Ela deve sempre estar disponível aos fiéis da comunidade que desejarem vê-la. Somos a “comunidade”.

Esta é apenas uma das “coisinhas” que a gente pode fazer. E continuar se inquietando sempre. Colocar nossa inquietação para fora. Inquietar-se é bom. Mas, é melhor ainda quando nos anima a mudar, a fazer pequenas coisas que podem ser tornar grandes na vida das pessoas que estão ali, ao nosso redor e sob a nossa responsabilidade.

E para finalizar, lembremos de uma frase que eu nem sei de quem é:

Palavras sensibilizam, exemplos arrastam...


Ângela Rocha
Catequistas em Formação

* De repente a gente compra um "inquieteco" (fidget spinner ou hand spin), quem sabe? Sei lá?  Rsrsrsrsrs...