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sábado, 30 de julho de 2022

REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DOMINGO: A LUCIDEZ DE JESUS

 


18º DOMINGO DO TEMPOM COMUM – Lucas, 12 13-21

Uma das características mais marcantes da pregação de Jesus é a lucidez com que Ele conseguiu desmascarar o poder alienante e desumanizador que se encerra nas riquezas.

A visão de Jesus não é a de um moralista que se preocupa em saber como adquirimos os nossos bens e como os utilizamos. O risco de quem vive desfrutando das suas riquezas é esquecer a sua condição de filho de um Deus Pai e irmão de todos.

Daí o seu grito de alerta: «Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro». Não podemos ser fiéis a um Deus Pai, que procura justiça, solidariedade e fraternidade para todos, e, ao mesmo tempo, viver a serviço dos nossos bens e riquezas.

O dinheiro pode dar poder, fama, prestígio, segurança, bem-estar, mas, na medida em que escraviza a pessoa, fecha-a a Deus Pai, e a faz esquecer sua condição de irmã e leva-a a quebrar a solidariedade com os outros. Deus não pode reinar na vida de quem está dominado pelo dinheiro.

A razão profunda disso está em que as riquezas despertam em nós o desejo insaciável de ter sempre mais. E então cresce na pessoa a necessidade de acumular, capitalizar e possuir sempre mais e mais. Jesus considera como uma verdadeira loucura a vida daqueles proprietários de terras da Palestina, obcecados em armazenar as suas colheitas em celeiros cada vez maiores. É uma insensatez dedicar as melhores energias e esforços na aquisição e acúmulo de riquezas.

Quando, no final, Deus se aproxima do rico para recolher a sua vida, fica claro que este a desperdiçou. A sua vida carece de conteúdo e de valor. «Tolo e insensato, assim é aquele que acumula riquezas para si e não é rico diante de Deus».

Um dia, o pensamento cristão descobrirá com uma lucidez que hoje não temos a profunda contradição que existe entre o espírito que anima o capitalismo e aquele que anima o projeto de vida desejado por Jesus. Esta contradição não se resolve nem pela profissão de fé daqueles que vivem com espírito capitalista nem com a esmolas que possam fazer com os seus lucros.

Texto:José Antonio Pagola

Tradução de Antonio Manuel Álvarez Perez

Fonte: cebi.org.br

 

domingo, 17 de julho de 2022

REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DOMINGO: QUAL É HOJE A ÚNICA “COISA” REALMENTE BOA E INDISPENSÁVEL?


 16º DOMINGO DO TEMPO COMUM:EVANGELHO Lc 10, 38-42

 Para entender corretamente o ensinamento de Jesus transmitido por Lucas no evangelho de hoje precisamos colocar a cena no seu contexto literário: o caminho firme de Jesus a Jerusalém e a parábola do bom samaritano. A estrada é a escola na qual Jesus dá as lições essenciais aos discípulos/as.  Jesus sai da estrada, que é símbolo da abertura, e entra numa cidade, símbolo de fechamento. A mulher que o recebe a chefe da casa, e seu nome significa literalmente ‘patroa’.

No episódio anterior, Jesus deixara claro que é socorrendo e atendendo às pessoas necessitadas que nós amamos e servimos a Deus.  O que provoca a agitação de Marta é a necessidade de cumprir o código de leis que o judaísmo impunha aos fiéis, e que acabava afastando-os da compaixão e da misericórdia (cf. Lc 10,25-37), a tarefa de governar a casa e o desejo de controlar a própria vida, garantir a satisfação dos desejos e acumular riquezas (cf. Lc 8,14; 12,24-34).

Essas preocupações levam Marta a querer corrigir o Evangelho e dar ordens ao próprio Jesus. “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha com todo o serviço? Manda, pois que ela venha me ajudar”. A “senhora” Marta age bem ao estilo de alguns pregadores que querem reescrever o Evangelho para que sirva às ideologias do capitalismo, do patriarcalismo e do armamentismo. Mas Jesus ensina que o único bem necessário é sentar-se diante dele, dispostos a aprender seu Evangelho e seguir seus passos com a disposição de partilhar seu destino.

Eis o núcleo da questão: a escuta da Palavra viva de Jesus Cristo é condição para um ministério apostólico frutuoso. Enquanto Marta faz aquilo que é aparentemente mais seguro, urgente e eficaz, Maria faz o que é mais importante e fundamental. Maria faz a única coisa que é correta e boa do ponto de vista do Evangelho. Por isso, Jesus não fala simplesmente que ela escolheu “melhor parte”, mas que “uma só coisa é necessária”, e que Maria “escolheu a parte boa, e esta não lhe será tirada”. Isso não é um elogio à passividade, mas uma outra forma de afirmar aquilo que bom samaritano fez na parábola que Jesus acabara de contar.

Em outras palavras, a única coisa necessária, capaz de expressar e potencializar o dinamismo de uma vida terna e eterna, é o amor a Deus, conjugado com a compaixão pela pessoa humana, especialmente pelas vítimas. É isso que precisamos aprender e reaprender aos pés de Jesus, deixando de lado outras coisas que, com sua aparente urgência, não fazem outra coisa que provocar agitação e badalação. Para que serve a infinidade de leis canônicas, rubricas litúrgicas e normas disciplinares se não ajudam a renovar e consolidar esta escolha fundamental?

Alargando essa reflexão para o horizonte social e cultural, podemos dizer que o que nos preocupa, agita e impede uma escuta atenta e engajada do Evangelho é nosso desejo de levar vantagem em tudo, de ser o primeiro, de salvar a própria pele sem se preocupar com os outros, de superar ou derrotar os outros. E então, não temos olhos nem ouvidos para os migrantes que adentram nossas fronteiras, nem para os desempregados por uma economia sem coração. Damo-nos por satisfeitos com cultos bonitos, templos cheios e carteiras gordas.

Paulo se alegra nos sofrimentos que enfrenta por causa da comunidade, e está disposto a completar em sua carne o que falta às tribulações de Cristo. Acolhendo o ministério que Deus lhe confiou, faz-se servidor da Igreja e se desdobra para que a Palavra de Deus chegue efetivamente a ela. Paulo não diz que o sofrimento é santificação, mas que a adesão a Jesus Cristo e o fazer-se próximo dos últimos deve contar com a possibilidade de sofrer a oposição e as agressões vindas de quem não aceita mudança alguma, nem mesmo do coração.

Jesus, mestre de lições inesquecíveis nos caminhos da história! Tua Igreja vive tempos difíceis e tentadores. Crescem as exigências e o apreço por liturgias irretocáveis e por normas tão claras quanto discriminadoras. E isso acaba deixando os ministros preocupados com muita coisa e impedindo-os de sentarem-se aos teus pés para escutar tua Palavra. Reconduz nossas comunidades à tua escola, faz com que elas se sentem aos teus pés, para, contigo, saírem solidárias ao encontro das pessoas necessitadas para servi-las. Assim seja! Amém!

Texto: Itacir Brassiani msf

Fonte: cebi.org.br

sábado, 16 de julho de 2022

REFLEXÃO DO EVANGELHO: O MESTRE INTERIOR

 


EVANGELHO: LUCAS 10, 38-42

Enquanto a hierarquia católica insiste na necessidade do magistério eclesiástico para instruir e guiar os fiéis, importantes setores de cristãos orientam hoje em dia suas vidas sem ter em conta as suas diretrizes. Onde é que este fenômeno nos pode conduzir? A questão inquieta cada vez mais.

Alguns teólogos acreditam ser necessário recuperar a consciência do «magistério interior», tão esquecido entre os cristãos. Diz-se isto: de pouco serve insistir no magistério hierárquico se os crentes – hierarquia e fiéis – não ouvirmos a voz de Cristo, o Mestre interior que continua a instruir através do seu Espírito aqueles que realmente o querem seguir.

A ideia de Cristo «Mestre interior» começa do próprio Jesus: «Não chameis a ninguém mestre, pois um é o vosso Mestre: Cristo» (Mateus 23,10). Mas foi sobretudo Santo Agostinho que o introduziu na teologia, reivindicando fortemente a sua importância: «Temos um só Mestre. E sob ele somos todos condiscípulos. Não nos tornamos professores pelo fato de vos falar a partir de um púlpito. O verdadeiro Mestre fala de dentro».

A teologia contemporânea insiste nesta verdade demasiado esquecida por todos, hierarquia e fiéis: as palavras que se pronunciam na Igreja servem apenas como um convite para que cada crente escute dentro de si a voz de Cristo. Isto é o decisivo. Só quando se aprende com o próprio Cristo se produz algo novo na vida de crente.

Isto traz consigo várias exigências. Em primeiro lugar para aqueles que falam com autoridade dentro da Igreja. Não são os donos da fé ou da moral cristã. A sua missão não é processar e condenar pessoas. Ainda menos atirar fardos pesados e insuportáveis aos outros. Não são mestres de ninguém. São discípulos que devem viver aprendendo de Cristo. Só então poderão ajudar outros a «deixarem-se ensinar» por ele.

É assim que Santo Agostinho interpela os pregadores: «Por que gostas tanto de falar e tão pouco de ouvir? O que verdadeiramente ensina está dentro; por outro lado, quando tentas ensinar sais de ti mesmo e andas por fora. Ouve primeiro o que fala por dentro e desde dentro fala depois aos de fora».

Por outro lado, todos devemos lembrar que o importante, ao ouvir a palavra do magistério, é sentirmo-nos convidados a voltar-nos para dentro para ouvir a voz do único Mestre. Santo Agostinho também nos lembra: «Não andes por fora. Não te espalhes. Mergulha na tua intimidade. A verdade reside no homem interior». É instrutiva a cena em que Jesus elogia a atitude de Maria, que, «sentada aos pés do Senhor, escuta a sua palavra». As palavras de Jesus são claras: «Só uma coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte».

José Antonio Pagola

Tradução de Antonio Manuel Álvarez Perez

Fonte: cebi.org.br

sábado, 9 de julho de 2022

PERSEVERAR NO BEM: ESSA É A MENSAGEM DO PAPA FRANCISCO

 


"Às vezes pensamos que nosso fervor se deve ao senso de justiça por uma boa causa, mas na realidade na maioria das vezes não passa de orgulho, aliado à fraqueza, suscetibilidade e impaciência. Peçamos então a Jesus a força de ser como Ele, de segui-lo com firme decisão. De não ser vingativos e intolerantes quando surgem dificuldades, quando nos gastamos em fazer o bem e os outros não entendem."


  (Papa Francisco)

terça-feira, 5 de julho de 2022

DOM CLÁUDIO HUMMES: QUE SUA LUZ CONTINUE A BRILHAR

Imagem Vatican News

A Igreja do Brasil, e de maneira muito especial, a Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM-Brasil), se despede, com saudades, do Cardeal Cláudio Hummes, homem de Deus e da Igreja, testemunho de ousadia e de profecia

Missionário das grandes causas, fez jus à sua vocação de Franciscano por meio da sua opção preferencial pelos pobres e pela Amazônia. Bispo na diocese de Santo André, se destacou pela defesa dos trabalhadores apoiando os sindicatos e participando das greves como responsável da Pastoral Operária Nacional.

É sabido por todos que o nome Francisco escolhido por Jorge Bergoglio, foi uma sugestão de Dom Cláudio Hummes, o que revela sua influência positiva no Vaticano onde foi membro de várias Congregações e Prefeito da Congregação para o Clero.

O próprio Papa Francisco o chama de “grande amigo” e fala da influência e presença no dia do Conclave em 2013. “Ao meu lado, nas eleições, estava o arcebispo emérito de São Paulo e prefeito emérito da Congregação para o Clero, cardeal Cláudio Hummes, um grande amigo. Quando a situação ficava um pouco perigosa, ele me consolava. Quando os votos chegaram aos dois terços, começaram a aplaudir, porque o papa tinha sido eleito. E ele me abraçou, me beijou e disse: ‘Não se esqueça dos pobres’. E aquela palavra entrou na minha cabeça: os pobres. Pensei em Francisco de Assis”, contou Francisco, à época, em entrevista ao jornal Italiano La Stampa.

Foi assim que o nome Francisco se tornou o programa do pontificado do cardeal argentino.

Defensor dos Povos Indígenas

Durante o Sínodo para a Amazônia, do qual foi Relator geral, em outubro de 2019, em uma Coletiva de Imprensa, Dom Cláudio mostrou seu posicionamento em favor da demarcação das terras indígenas. “Nós sabemos que, para os indígenas, isso é fundamental. Também as reservas geograficamente delimitadas são importantíssimas para a preservação da Amazônia”.

“Pacto das Catacumbas pela Casa Comum”

Durante o Sínodo para a Amazônia em Roma, Dom Cláudio, presidiu a celebração que reeditou o Pacto das Catacumbas, na catacumba de Santa Domitila. Organizado por Dom Hélder Câmara, realizado às vésperas da conclusão do Concílio Vaticano II, em 1965, o documento foi assinado por cerca de 40 bispos latino-americanos à época. No dia 20 de outubro de 2019, o novo documento recebeu o nome “Pacto das Catacumbas pela Casa Comum”. Ato organizado por dom Erwin Kräutler e padre José Oscar Beozzo, reafirmou a opção pelos pobres assumida pelos prelados da América Latina.


Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia (CEA) da CNBB de 2010 a 2022, ajudou a criar a Rede Eclesial Pan-Amazônica e foi seu primeiro presidente de 2014 a 2021. Presidiu, também a recém-criada Conferência Eclesial para a Amazônia (CEAMA).

“Que sua luz brilhe sempre”

Despedir-se de Dom Cláudio Hummes é uma oportunidade para fazer memória e agradecer a trajetória de vida de um Franciscano que fez opção preferencial pelos pobres, pelos que estão à margem da sociedade.

Os que tiveram a oportunidade de trabalhar com Dom Cláudio na Secretaria da REPAM-Brasil o descrevem como um “ser humano sereno, em qualquer situação estava sorrindo”; “Era tão íntegro, amável, que era difícil dizer não a ele”; “Ele dizia, nos últimos tempos, que precisava entregar suas funções, pois ele já não tinha mais forças para viajar. É um testemunho de que precisamos saber a hora de começar e a hora de parar”; “Ele é um testemunho importante para a Igreja”; “Um homem que sempre esteve junto ao povo nas suas lutas mais duras”, “onde estava Dom Cláudio, havia serenidade”; “Sua opção pelos pobres era tão clara que ele cochichou uma sugestão de programa pontifício a Jorge Bergoglio recém-eleito, à época: ‘não se esqueça dos pobres'”; “Quando o visitava, dizia que oferecia esta fase da sua vida pela Amazônia”; “Que sua luz brilhe sempre”.

O seu legado de sabedoria e profecia sempre brilharão como luz para a missão da Igreja, em especial para as comunidades da Pan-Amazônia, Região que ele amou e serviu com generosidade e dedicação.

Rosa M. Martins - REPAM

FONTE: Vatican News.


SE EU PUDESSE...

Se eu pudesse, eu acabaria com os encontros semanais de catequese com crianças e jovens. Faria uns quatro grandes encontros durante o ano e os chamaria de "Kerigma".

O primeiro deles, um final de semana com os catequistas. Um encontro profundo, forte, cheio de espiritualidade, momentos de oração, de diálogo, troca de experiências, brincadeiras, compartilhamento de ideias. Um momento daqueles para não deixar dúvida para nenhum catequista sobre a importância da missão. Obrigatório. Sem desculpas para não ir. Quem não participasse, não poderia ser catequista. Aliás, faria uns três encontros desses durante o ano para os catequistas. Eles teriam a possibilidade de se aproximar um pouco mais uns dos outros, e por consequência, fortalecer a missão que lhes foi confiada e aprofundar a fé em Jesus Cristo. Muitos catequistas, por incrível que pareça, estão precisando urgentemente de um “primeiro anúncio”.

Um segundo encontro seria com os pais, durante um domingo ou um sábado, um dia inteiro. Um verdadeiro "Kerigma", recheado de testemunhos, de palestras rápidas, de espaço para conversa, de celebração, um momento para tocar os corações deles e de animá-los e não culpá-los de nada. De colocar a comunidade à disposição deles e de fazê-los refletir sobre o mundo que vivemos, o que acontece no mundo em que os filhos deles estão e como podemos, juntos, mudar esta realidade. Os pais estão necessitados de um primeiro anúncio, embora já tenham sido batizados e evangelizados. Mas eles precisam, e isso é urgente.

E depois, outros dois encontros "Querigmático" com os jovens e as crianças, da mesma forma, com o mesmo objetivo, fora do ambiente da comunidade, um encontro de primeiro anúncio, de conversão, de testemunho, de música e diversão, com o apoio de toda a comunidade e com um desfecho na principal missa da comunidade, com os pais esperando os seus filhos e a comunidade os acolhendo.

Eu faria assim se tivesse poder. Talvez, dessa forma, não gastássemos tanta energia para acender uma lâmpada e ficássemos mais atentos e centrados no que realmente importa, ou seja, tanto nós, catequistas, quanto os pais, crianças e jovens, estamos precisando de momentos profundos, de encontros que façam a diferença, de oração e partilha, de instantes que toquem o coração, que nos façam mudar, transformar, agir como verdadeiros cristãos.

Do jeito que as coisas andam e da maneira que os encontros semanais acontecem em muitas comunidades, não transformamos, não tocamos os corações, não produzimos mudanças profundas. Cumprimos tabela.

E vocês não imaginam como é difícil para mim, um cara inquieto, cumprir tabela quando o assunto é catequese. De fato, eu não nasci para a mesmice, eu vim, para incomodar. Bem como pede Jesus.


Alberto Meneguzzi - Catequista
#catequistagraçasadeus
#acreditacaxias

segunda-feira, 4 de julho de 2022

BINGO BÍBLICO PARA A CATEQUESE


QUEM É QUE NÃO GOSTA DE JOGAR BINGO?

Esta é uma atividade divertida que vemos presente em quase todas as quermesses da Igreja. Além de ser uma atividade lúdica, o Bingo também ajuda nas arrecadações para as melhorias e manutenção nas comunidades.

E por que não fazer um Bingo na catequese? 

O Bingo vai divertir muito as crianças, quebrar uma pouco a rotina dos encontros e "reforçar" alguns conhecimentos básicos da doutrina da Igreja, como sacramentos, mandamentos, nomes e acontecimentos.

Vamos lá! Vamos nos divertir! O Bingo tem 40 cartelas e são 36 perguntas a serem respondidas. A diferença com o Bingo normal é que a cada bolinha sorteada deve se verificar na "Cartela mestre", qual a pergunta s ser feita, sabendo a resposta, eles vão encontrar o número correspondente na cartela.


Se você precisar, pode criar mais perguntas e fazer mais cartelas. Não é difícil! Aí é só achar um Globo com as bolinhas numeradas para sorteio e aproveitar a brincadeira.

Você encontra o Bingo Bíblico para baixar no endereço abaixo:

BINGO BÍBLICO

Saiba mais sobre o Bingo!

O bingo é um jogo onde bolas numeradas são colocadas dentro de um globo giratório e sorteadas uma a uma. O jogo é comum em cassinos, casas de bingo, quermesses e festas juninas (no Brasil), além de servir como diversão caseira entre famíliares e amigos.

O jogo do bingo, tal como hoje o conhecemos, foi divulgado por Edwin Lowe, fabricante de brinquedos nos Estados Unidos.

Os números devem ser marcados em cartelas aleatórias, geralmente com 24 números, dispostos no formato de 5 colunas por 5 linhas, para facilitar a localização dos mesmos, quando sorteados.  Uma coluna para os números de 1 a 9, uma outra para os números de 10 a 19, outra para os números de 20 a 29, e dai por diante, até o número 99, na maioria dos bingos. Mas, nada impede que as cartelas sejam menores ou maiores.

Tradicionalmente, os vencedores são aqueles que completam primeiramente uma linha, uma coluna ou na transversal ou aquele que fechar (ou seja, completar todos os números) a cartela. E para o Bingo funcionar bem, a cada rodada são acertadas as regras, podendo assim, valer as 3 linhas, ou também as colunas, etc.

Os ganhadores devem alertar que ganharam,  se fecharem a linha ou a cartela devem gritar "bingo". Assim o sorteio é parado e o chefe de mesa vem conferir a cartela.

Você pode encontrar nas lojas de brinquedos "Bingos" para comprar, muito mais simples e baratos.



Agora é só diversão!!

FONTE: Wikipédia.

sábado, 2 de julho de 2022

REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DOMINGO: DUAS CARACTERÍSTICAS DE JESUS

 


SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

Depois de vinte séculos de cristianismo é difícil ouvir as instruções de Jesus aos seus discípulos sem se envergonhar. Não se trata de vivê-las à risca, mas simplesmente de não agir contra o espírito que encerram. Só recordarei duas notas.

Jesus envia os seus discípulos pelas aldeias da Galileia como «cordeiros no meio dos lobos». Quem é que hoje acredita que esta deve ser a nossa identidade numa sociedade atravessada por todo o tipo de conflitos e confrontos? E, no entanto, não necessitamos entre nós de mais lobos, mas de mais cordeiros. Cada vez que desde a Igreja ou do seu entorno se alimenta de agressividade e ressentimento, ou se lançam insultos e ataques que tornam mais difícil o mútuo entendimento, estamos atuando contra o espírito de Jesus.

A primeira coisa que os seus discípulos devem comunicar ao entrar numa casa é: «Paz a esta casa». A paz é o primeiro sinal do reino de Deus. Se a Igreja não trouxer a paz à convivência, nós, cristãos, estamos anulando pela raiz a nossa primeira tarefa.

A outra nota é mais desconcertante: «Não useis bolsa, nem alforje, nem sandálias». Os seguidores de Jesus viverão como os “vagabundos” que encontram no seu caminho. Não levarão dinheiro nem provisões. Caminharão descalços, como tantos pobres que não têm um par de sandálias de couro. Nem sequer usarão um alforje, como faziam certos filósofos itinerantes.

Todos poderão ver isso na sua maneira de vestir e de equipar a sua paixão pelos últimos. O surpreendente é que Jesus não está pensando no que eles hão de levar consigo, mas precisamente no contrário: no que não devem levar, para que não se distanciem muito dos mais pobres.

Como se pode traduzir hoje este espírito de Jesus na sociedade do bem-estar? Não simplesmente recorrendo a uma roupa que nos identifica como membros de uma instituição religiosa ou responsáveis por uma posição na Igreja. Cada um de nós tem que rever com humildade que padrão de vida, que comportamentos, que palavra, que atitude melhor nos identifica com os últimos da nossa sociedade.

Texto: José Antonio Pagola

Tradução de Antonio Manuel Álvarez Perez

Fonte: cebi.org.br

sexta-feira, 1 de julho de 2022

PÁLIO: O QUE É, COMO É FEITO E PARA QUE SERVE

A cada ano o Papa entrega aos novos Arcebispos o pálio. A cerimônia de entrega realiza-se no dia 29 de junho, Festa de São Pedro e São Paulo. O Vatican News deseja explicar um pouco o significado desta importante vestimenta litúrgica.

Esta entrega do pálio está ligada ao juramento de lealdade ao Papa e seus sucessores pelos metropolita. Tendo em vista esta celebração, é interessante saber o que significa a celebração e, principalmente o que significa esta vestimenta litúrgica chamada “Pálio”.

Pálio

O pálio - derivado do latim pallium, manto de lã - é uma vestimenta litúrgica usada na Igreja Católica, consistindo em uma faixa de pano de lã branca que é colocada sobre ombros dos Arcebispos.

Este pano representa a ovelha que o pastor carrega nos ombros, assim como fez Cristo com a ovelha perdida. Desta forma podemos dizer que o palio é o símbolo da missão pastoral do bispo. O pálio é também a prerrogativa dos arcebispos metropolitanos, como símbolo de jurisdição em comunhão com a Santa Sé.

História

Originalmente o pálio era o manto usado pelos filósofos e na arte paleocristã, eram pintados neste "manto" Jesus e os apóstolos . Esta prática foi posteriormente adotada também pela Igreja Cristã, com um uso semelhante ao do omoforion (uma tira de pano), muito mais larga que o pálio, atualmente usada pelos bispos ortodoxos e pelos bispos católicos orientais de rito bizantino.

O pálio era originalmente uma única tira de pano enrolada nos ombros e caída no peito na altura do ombro esquerdo; nos primeiros séculos do cristianismo foi trazido por todos os bispos.

Podemos ver nas iconografias que representam os primeiros bispos e santos, como Santo Ambrósio, Santo Atanásio, São João Crisóstomo, Santo Inácio de Antioquia, São Hilário e outros.

O primeiro caso conhecido de imposição do pálio a um bispo remonta a 513, quando o Papa Simmaco concedeu o pálio a São Cesário, bispo de Arles.

A partir do século IX reduziu-se ao formato atual de "Y", com as duas extremidades descendo abaixo do pescoço até o meio do peito e nas costas e se tornando a marca registrada dos arcebispos metropolitanos que o obtiveram pelo papa. O Papa João Paulo II, por ocasião da noite de Natal de 1999, abertura do Jubileu de 2000, usava um omoforion com cruzes vermelhas.

Confecção do pálio

Dois cordeiros cuja lã é destinada, no ano anterior, são criados pelos monges trapistas da Abadia de Tre Fontane, em Roma. E desde 1644, são abençoados pelo Abade Geral dos Cônegos Lateranenses em Basílica, na Via Nomentana Complexo Monumental de Santa Inês, fora dos muros, no dia em que se faz memória da Santa, em 21 de janeiro.

Depois são levados ao Papa no Palácio Apostólico. O pálio é tecido e costurado pelas freiras de clausura do convento romano de Santa Cecília em Trastevere. Os pálios são armazenados na Basílica de San Pietro, em Roma, aos pés do altar de confissão (altar central), muito próximo ao túmulo do Apóstolo Pedro.

Como é o pálio


O pálio, em sua forma atual, é uma faixa estreita de tecido, com cerca de cinco centímetros de largura, tecida em lã branca, curvada no meio para poder repousar sobre os ombros acima da casula e com duas abas pretas penduradas na frente e atrás, de modo que - visto tanto na frente quanto atrás - a vestimenta lembra a letra "Y".

É decorado com seis cruzes negras de seda (que lembram as feridas de Cristo), uma em cada cauda e quatro na curvatura, e é cortado na frente e atrás, com três alfinetes de gema aciculada em forma de alfinete. Essas duas últimas características parecem ser uma lembrança dos momentos em que o pálio era um simples lenço duplo dobrado e pregado com um alfinete no ombro esquerdo.

Piero Marini para o Papa Bento XVI restaurou o uso do longo e cruzado pálio no ombro esquerdo usado até o século IX, deixando inalterada a forma do pálio concedido aos arcebispos, com as duas abas penduradas no alto centro do peito e no meio das costas.

Por ocasião da Missa de 29 de Junho de 2008 (Solenidade dos Santos Pedro e Paulo), o Papa voltou a usar um pálio em formato de "Y", similar ao usado comumente pelos metropolitas, mas com forma mais ampla e com a cor vermelha das cruzes: essas diferenças hoje põe em evidência a diversidade da jurisdição, reservado para o Bispo de Roma, enquanto que, em épocas anteriores e remotas, não havia este significado particular, dado que eram comuns a todos os bispos, sem distinção.

O mesmo pálio foi usado pelo Papa Francisco após a cerimônia solene de imposição do pálio das mãos do proto-diácono cardeal Jean-Louis Tauran, durante a Missa de inauguração do seu ministério petrino.

 

FONTE: Padre Arnaldo Rodrigues - Vatican News