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terça-feira, 8 de julho de 2025

EM QUE ORDEM LER A BÍBLIA?

Há pessoas que abrem a Bíblia no início e começam a ler a partir do Gênesis. Elas, em geral, não passam do quinto livro. Desanimam e não retornam mais. E, o que é pior, acabam dizendo que é impossível, que não se consegue entender a Bíblia. Mas, isso aconteceria com qualquer biblioteca do mundo! 

A Bíblia não é um simples livro. Ela é uma biblioteca de 73 livros. Eles são bem diferentes uns dos outros, têm os mais diversos estilos, foram escritos em épocas muito distantes e em situações muito diferentes. Imagine-se chegando a uma biblioteca como essa e começando a ler o primeiro livro que encontrar na estante, passando para o segundo e assim por diante. Essa leitura não pode dar certo! 

É necessário um Plano de leitura. No início, há muita coisa que não se entende, o que é muito natural. Até na leitura de um romance acontece isso. Não pare por causa disso, prossiga! À medida que se vai lendo, as coisas vão se esclarecendo. 

E uma regra de ouro: a Bíblia se explica por si mesma. Por isso, é tão importante um plano de leitura. Existem vários planos de leitura. Todos eles são bons, porque se baseiam num princípio. Apresento aqui um determinado plano. Ele se destina àqueles que desejam começar a ler a Bíblia e não têm outros recursos a não ser conhecer a Bíblia através dela mesma. Siga a ordem indicada aqui, ela faz parte do método. 

Plano de leitura do Novo Testamento:

 01 - 1ª Carta de São João (2 vezes)

02 - Evangelho de São João

03 - Evangelho de São Marcos

04 - As pequenas cartas de São Paulo: Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses 1ª e 2ª, Tessalonicenses 1ª e 2ª, Timóteo, Tito, Filêmon.

05 - Evangelho de São Lucas

06 - Atos dos Apóstolos

07 - Carta aos Romanos

08 - Evangelho de São Mateus

09 - 1ª e 2ª Carta aos Coríntios

10 - Hebreus

11 - Carta de São Tiago

12 - 1ª e 2ª Carta de São Pedro

13 - 2ª e 3ª Carta de São João

14 - Carta de São Judas

15 - Apocalipse

16 - 1ª Carta de São João (3ª vez)

17 - Evangelho de São João (2ª vez)

Por que começar pela 1ª carta de São João? A primeira necessidade de um cristão é ter certeza de sua salvação. É saber que Deus o ama e o escolheu. Gratuitamente, sem nenhum merecimento seu. Deus o pôs na lista daqueles que quer salvar. Foi uma escolha gratuita! Amorosa! Sem merecimento! Saber disso nos dá a certeza da salvação. E todo cristão precisa tê-la. Dos 73 livros da Bíblia, só essa pequena carta foi escrita com esse propósito: o de nos dar a certeza da salvação. Na conclusão de sua carta, São João diz: “Isto vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna, vós que credes no nome do Filho de Deus” (1Jo 5, 13). Lendo e relendo, você vai se convencendo desta feliz realidade: você é salvo! Você é escolhido!

 Leituras dos livros do Antigo Testamento 

“Traze sempre na boca as palavras deste livro da lei; medita-o dia e noite, cuidando de fazer tudo o que nele está escrito; assim prosperarás em teus caminhos e serás bem-sucedido (Josué 1,8). 

Comece a leitura pelos três livros sapienciais: Sabedoria, Eclesiástico e Provérbios. São livros muito próximos ao Novo Testamento e fontes de ricos ensinamentos. Leia, juntamente, o livro dos Salmos. O portal de entrada do Antigo Testamento são os Salmos. Faça deles o seu livro de cabeceira. 

Eu já lhe disse que vale a pena ter uma edição de bolso do Novo Testamento para você levar consigo continuamente e ir lendo nos momentos livres. De qualquer maneira, o que quero acentuar aqui é que você deve trabalhar com os Salmos independentemente de alguma ordem específica. Sempre que se sentir impelido a isso, leia um Salmo. Faço o seu diário sobre ele, sem receio de interromper o trabalho que estiver fazendo na sequência. Salmo é como fruta: comemos a qualquer hora, pouco importando as refeições. E nunca faz mal. Sempre faz bem. Neste ponto você já estará muito mais livre e criativo para a execução do seu diário. Não deixe de fazê-lo. Você poderá fazer um verdadeiro estudo vivencial de cada capítulo desses livros sapiências e de cada Salmo. Será muito rico. 

Os livros do Antigo Testamento serão lidos na ordem cronológica: das origens até a vinda de Cristo. 

Plano de leitura do Antigo Testamento:


01 – Gênesis

02 – Êxodo

03 – Números

04 – Josué

05 – Juízes

06 - 1° Samuel

07 - 2º Samuel

08 - 1º Reis

09 - 2º Reis

10 – Amós

11 – Oséias

12 - Isaías (1-39)

13 – Miquéias

14 – Naum

15 – Sofonias

16 – Habacuc

17 – Jeremias

18 – Lamentações

19 – Ezequiel

20 - Abdias

21 - Isaías (40-55)      

22 - 1º Crônicas  

23 - 2º Crônicas         

24 - Esdras                 

25 - Neemias     

26 - Ageu           

27 – Zacarias

28 - Isaías (56-66)      

29 - Malaquias  

30 – Joel

31 – Jonas

32 - Rute

33 - Tobias                  

34 - Judite          

35 – Ester

36 – Eclesiástico

37 - Cânticos dos Cânticos

38 - Jó

39 - Eclesiastes

40 - 1º Macabeus

41 - 2º Macabeus

42 – Baruc

43 – Daniel

44 – Sabedoria

45 – Levítico

46 - Deuteronômio

* Artigo extraído do livro “A Bíblia no meu dia-a-dia” de monsenhor Jonas Abib.


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✔ Está iniciando na catequese e quer aprender mais sobre a Palavra.
✔ Já atua há anos, mas busca aprofundar sua leitura bíblica.
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segunda-feira, 30 de junho de 2025

EVANGELII NUNTIANDI (1975): 50 ANOS DE UM DOCUMENTO QUE É LUZ PARA A IGREJA

                      

EVANGELII NUNTIANDI (1975)

📘 Sobre a Evangelização no Mundo Contemporâneo

Este ano o Documento do Papa Paulo VI completa 50 anos. A Evangelii Nuntiandi continua sendo uma luz para a missão da Igreja no mundo de hoje, especialmente para nós catequistas. É tempo de redescobrir sua riqueza e renovar nosso compromisso com o anúncio do Evangelho.


✍️ Autor: O autor é o Papa Paulo VI (Giovanni Battista Montini), que foi papa de 1963 a 1978. Ele deu continuidade ao Concílio Vaticano II e teve um papel essencial na renovação da Igreja no diálogo com o mundo moderno. Paulo VI tinha uma forte preocupação com a missão da Igreja de ser presença viva de Jesus entre as pessoas, especialmente os pobres, os que sofrem e os que estão longe da fé.

Publicada em 8 de dezembro de 1975, a Evangelii Nuntiandi é uma exortação apostólica escrita pelo Papa Paulo VI, fruto das reflexões do Sínodo dos Bispos sobre a Evangelização realizado em 1974. O documento é considerado até hoje um marco na reflexão sobre a missão evangelizadora da Igreja, com grande influência em documentos posteriores, como a Evangelii Gaudium do Papa Francisco.

🎯 O objetivo do documento 

O Papa Paulo VI quis responder à pergunta: “O que significa evangelizar hoje?”. Diante dos desafios do mundo moderno – marcado por mudanças culturais, crises de fé, secularização e injustiças sociais – o documento afirma com força que evangelizar é a missão essencial da Igreja. A Igreja existe para anunciar Jesus Cristo, e isso deve acontecer em todos os lugares: nas famílias, nas ruas, nas escolas, no ambiente de trabalho, nos meios de comunicação e na própria comunidade cristã.

Nesse documento, a Igreja reforça que evangelizar é a missão essencial da comunidade cristã e que todos os batizados são chamados a ser discípulos missionários, ou seja, a viver e anunciar o Evangelho com a própria vida. 

🧩 O que é evangelizar? 


No número 22, o Papa afirma: “Evangelizar não é somente pregar uma doutrina, mas sim anunciar Jesus Cristo com palavras e com a vida.”

Ou seja, evangelizar envolve:
  • A transformação interior das pessoas e das comunidades;
  • O testemunho da vida cristã;
  • O anúncio explícito de Jesus, do seu amor e da sua salvação;
  • A adesão do coração à fé;
  • A entrada na vida da comunidade eclesial (Igreja);
  • A participação nos sacramentos e nas obras de caridade;
  • A ação missionária, que se expande para alcançar os mais distantes.
Essa definição é justamente a que aparece no número 24. Em linguagem simples: evangelizar é convidar as pessoas a encontrarem-se com Jesus e a viverem como Ele viveu.

Por que a Evangelii Nuntiandi é importante para os catequistas?

Porque mostra que a evangelização não é só falar de Jesus, mas viver como Ele viveu, dar testemunho, criar comunhão e tocar os corações. A catequese é uma forma de evangelização, e os catequistas são peças fundamentais nesse processo, ajudando a formar cristãos conscientes, comprometidos e missionários. 

🧑‍🏫 E o papel do catequista? 

A Evangelii Nuntiandi também fala da importância dos leigos na evangelização. E isso inclui de forma especial os catequistas.

O catequista:

  • Evangeliza evangelizando-se: precisa estar em constante conversão e formação.
  • É chamado a ser testemunha viva da fé, mais do que apenas um “professor” de religião.
  • Precisa comunicar a alegria do Evangelho, adaptando a linguagem aos tempos atuais, sem perder a essência da fé.
  • Deve formar discípulos missionários, ou seja, cristãos que também evangelizam outros. 

Uma evangelização que transforma 

Outro ponto central do documento é a ligação entre evangelização e promoção humana. O Papa Paulo VI afirma que: “Não há evangelização verdadeira se não houver também uma libertação do ser humano em todas as suas dimensões.” Isso significa que evangelizar também é lutar contra a pobreza, a injustiça, o racismo, a exclusão e toda forma de desumanização. O anúncio do Evangelho deve estar sempre ligado à promoção da dignidade de cada pessoa.

 📣 Relevância atual

Mesmo tendo sido escrito há 50 anos, a Evangelii Nuntiandi continua extremamente atual. Muitos dos desafios que ela aponta ainda estão presentes hoje: o enfraquecimento da fé, a indiferença religiosa, o individualismo, as desigualdades sociais e a busca por sentido.

Papa Francisco, inclusive, chamou esse documento de “o maior texto pastoral da história da Igreja” e o usou como inspiração direta para sua própria exortação Evangelii Gaudium, publicada em 2013. 

Para nós, catequistas, a Evangelii Nuntiandi é um chamado à missão com alegria, coragem e esperança. Evangelizar é mais do que ensinar conteúdos: é compartilhar a vida de Jesus, é caminhar com as pessoas, é fazer ecoar o amor de Deus no mundo concreto. 

Frases Evangelii Nuntiandi 

A evangelização, por tudo o que dissemos é uma diligência complexa, em que há variados elementos: renovação da humanidade, testemunho, anúncio explícito, adesão do coração, entrada na comunidade, aceitação dos sinais e iniciativas de apostolado. (EN 24) 

A libertação que a evangelização proclama e prepara é aquela mesma que o próprio Jesus Cristo anunciou e proporcionou aos homens pelo seu sacrifício. (38) 

Dar a conhecer Jesus Cristo e o seu Evangelho àqueles que não os conhecem, é precisamente, a partir da manhã do Pentecostes, o programa fundamental que a Igreja assumiu como algo recebido do seu Fundador. Todo o Novo Testamento, e duma maneira especial os Atos dos Apóstolos, dão testemunho de um momento privilegiado e, de algum modo, exemplar, desse esforço missionário, que viria em seguida a assinalar toda a história da Igreja. (EN 51) 

Se é verdade que este primeiro anúncio se destina especialmente àqueles que nunca ouviram a Boa Nova de Jesus e às crianças, é verdade também que ele se demonstra cada dia mais necessário, e isto por causa das situações de descristianização frequentes nos nossos dias, igualmente para multidões de homens que receberam o batismo, mas vivem fora de toda a vida cristã, para as pessoas simples que, tendo embora uma certa fé, conhecem mal os fundamentos dessa mesma fé, para intelectuais que sentem a falta de um conhecimento de Jesus Cristo sob uma luz diversa da dos ensinamentos recebidos na sua infância, e para muitos outros ainda. (EN 52)

 É um sinal de amor a preocupação de comunicar a verdade e de introduzir na unidade. Será igualmente um sinal de amor devotar-se sem reservas e sem subterfúgios ao anúncio de Jesus Cristo.(EN 79).

 

Para ler o documento na íntegra, clique no link abaixo: 

https://www.vatican.va/content/paul-vi/pt/apost_exhortations/documents/hf_p-vi_exh_19751208_evangelii-nuntiandi.html


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quinta-feira, 19 de junho de 2025

ACESSIBILIDADE, INCLUSÃO E BÍBLIA


Acessibilidade é um termo bastante utilizado hoje em dia, especialmente quando se refere a pessoas com deficiência. Porém, nos remete a outro, que é Inclusão. Podemos definir Inclusão como ação de incluir, compreender, envolver, fazer tomar parte de ações que construam cidadania. Cidadania, entendida como medida de qualidade de vida humana. A acessibilidade é a derrubada das diversas barreiras que impedem que as pessoas desfrutem plenamente da vida, como: atitudinais, arquitetônicas, culturais.

Ao longo da história podemos notar diferenças de comportamento em relação às pessoas com deficiência. Isto pode ser observado na própria Bíblia. Partindo do AT é fácil perceber que a mentalidade estava muito distante dessa temática, pois, ao contrário do que buscamos hoje, toda doença era tida como castigo de Deus, consequência do pecado. A concepção de dignidade estava ligada a exterioridades, seja de aparências ou de riquezas. E esses mesmos fatores davam acesso ou exclusão na religião e na sociedade.

De fato, podemos comungar com o que dizia o teólogo Dietrich Bonhöffen em seu convite a viver em Deus sem Deus, pois considera que nossa concepção de Deus, ao menos para muitos, é semelhante à imagem e ao ser e fazer dos poderosos deste mundo que controlam tudo dentro de seus interesses e que têm seus comparsas para manter o controle das gentes sem dar acesso ao seu ser e fazer. Embora a própria Bíblia em Gênesis 1, aponte a dignidade humana em ser criado/a à imagem e semelhança de Deus.

Já no Novo Testamento com a encarnação de Deus na pessoa de Jesus Cristo, muda o foco, colocando Deus como fonte que está presente, porém, deu todas as condições, a capacidade e a liberdade ao ser humano para se autogerenciar, e, na unidade e diversidade, organizar este mundo. À semelhança do rio que não é mais fonte e procura livremente o seu leito.

Jesus veio restaurar o reconhecimento dos seres humanos como presença, imagem viva do Pai. Toda sua ação esteve e está voltada para recuperar a dignidade de cada ser e sua participação no processo da sociedade. Como nos diz o teólogo espanhol Antonio Pagola, Jesus não veio para ver se estamos mais ou menos fiéis a Deus, mas sim para inaugurar um novo projeto de relações entre os seres humanos, sua base são as relações entre nós. Sua proposta de construir o Reino de Deus aqui é a base de seu projeto.

E por esta razão, toda a ação de Jesus se baseia na recuperação da imagem do Pai que se encontrava ferida e denegrida na pessoa marginalizada, doente, com deficiência, que já não era aceita na religião e na sociedade da época. Sua ação foi de reabilitar a todos e todas para reintegrar-se na sociedade (“vai apresentar-te no templo”…). Para que o Pai volte a ser reconhecido e amado na sua imagem viva.

Nos relatos de Seus encontros com as pessoas, há ênfase na devolução da dignidade da vida; Jesus as acolhe, é solidário com elas, coloca-as no convívio social e respeita-as nas suas potencialidades (João 5.6-7, 8-9; João 9.1, 3,7; Lucas 18.35, 40; Marcos 8.23; 46-47; João 9.9; João 5.14; Lucas 17.14). Sua dinâmica era de cercania, de proximidade, de tocar a pessoa, de senti-la no toque de pele, de solidariedade concreta e de convite “Levanta-te e anda”.

Diríamos hoje, recuperava a autoestima, devolvia a cada um/a seu valor, por reconhecer em cada pessoa a presença de Deus (tudo o que fizerdes ao menor dos meus irmãos e irmãs estarão fazendo a mim…). Ele não quer ser buscado nas alturas, mas ao nosso lado. Por isso podemos afirmar que todo amor a Deus passa pelo amor aos irmãos e irmãs que estão ao nosso lado. Deus se fez real, humano, em Jesus, e é real nas pessoas que estão a caminho conosco, assim como se faz real e presente em toda a criação também nos deixou a eucaristia onde Ele deu o seu corpo como alimento para nossa caminhada, deixando presente seu gesto máximo do amor que foi sua entrega por nós na cruz.

A terminologia utilizada hoje nem existia naquele tempo, mas, a ação de Jesus era clara e transparente. Se nos consideramos seguidores de Jesus pautaremos nossa vida por aquilo que Ele foi e ainda quer ser em nós.

Somamos a isto o que constitui o foco central do Seu projeto, ou seja, sua única ordem, seu único mandamento: “O que vos mando é que vos ameis uns aos outros” (João 15,17; João 13,34).

Em nossa compreensão toda ação que visa à inclusão e à acessibilidade real e concreta passa pela superação das barreiras físicas e, mais ainda, pela superação das barreiras, a começar pelas atitudinais que nos pedem uma mudança no modo de pensar, conviver e de acolher as diferenças mais ou menos profundas que caracterizam, não só a natureza, mas toda a realidade dos seres humanos. Acolher e amar esta diversidade é enriquecer e possibilitar nossas convivências e a inclusão de todos e todas na vida eclesial e social.

Neste espírito ousamos reconvidar-nos para a dinâmica da Samaritana que não teve medo de seus limites e se dispôs a buscar o Novo que permitiu novas perspectivas de vida. E lembramos do papa Francisco que nos convidou à humildade e a exercitar em nós um coração misericordioso, capaz de sentir a realidade do próximo e dar-nos o ânimo e a coragem de ir ao seu encontro e fazer caminho juntos.

Fr. Nelson Junges ofm (Com a colaboração de Pra Vera Lucy Prates) 

MANUAL DE CATEQUESE INCLUSIVA


 📘LANÇAMENTO ESPECIAL!

IGREJA DE TODOS, CATEQUESE PARA CADA UM
Manual de Catequese Inclusiva – por Ângela Rocha

O manual que faltava para transformar sua catequese em um espaço verdadeiramente inclusivo e evangelizador!


São 132 páginas divididas em três partes:
✅ Fundamentação teórica
✅ Caminhos e propostas para a inclusão
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🚀 Vamos juntos construir uma catequese onde todos têm lugar e cada um é respeitado em sua singularidade.





segunda-feira, 16 de junho de 2025

RECURSOS PEDAGÓGICOS PARA A CATEQUESE INCLUSIVA



Ícone “Inclusão” por Freepik, disponível em Flaticon, licenciado sob Free License (with attribution).
 
Para que a catequese seja verdadeiramente acolhedora e eficaz, é essencial o uso de recursos pedagógicos inclusivos que respeitem a diversidade dos catequizandos. A Igreja, por meio do Diretório Nacional de Catequese e documentos específicos como “Pessoas com deficiência, interlocutoras da catequese” (CNBB, 2008), destaca a importância de adaptar métodos e linguagens para facilitar a comunicação, a compreensão e a participação ativa de todos, especialmente das pessoas com deficiência. Ferramentas como os pictogramas, a linguagem simbólica, o uso de recursos visuais e tecnológicos, entre outros, são fundamentais para promover uma catequese acessível, sensível às necessidades individuais e que favoreça a autonomia e o protagonismo de cada pessoa na vida da comunidade e na vivência da fé.

📌 O que é um pictograma?

Um pictograma é uma imagem simples e clara que representa uma palavra, ideia ou ação por meio de símbolos visuais. Ele é uma forma de comunicação visual não verbal muito utilizada para facilitar a compreensão de conteúdos por pessoas com dificuldades de leitura, deficiência intelectual, autismo, dislexia, entre outras condições.

Os pictogramas ajudam na inclusão, pois tornam a informação mais acessível. São utilizados em placas de sinalização, materiais escolares, rotinas visuais, manuais e também na catequese inclusiva para reforçar conceitos e auxiliar na comunicação.

📘 Exemplos de pictogramas para usar na Catequese Inclusiva:

🕊️ Elementos da fé cristã

🖼️ Pictograma

📝 Significado

🖼️ Pictograma

📝 Significado

📖

Bíblia

🙏

Oração

Jesus / Fé

🕊️

Espírito Santo

Igreja

🍞

Pão

Eucaristia / Missa

🍷

Cálice / Sangue de Cristo

🔥

Fogo do Espírito Santo / Pentecostes

👑

Jesus (Rei / Senhor)

🌹

Maria (Pureza / Amor Materno)

👨‍👩‍👧‍👦

Família

🧑‍🤝‍🧑

Amigos

  

🧠 Apoio a compreensão e rotina

🖼️ Pictograma

📝 Significado

🖼️ Pictograma

📝 Significado

👂

Ouvir

👀

Olhar / Observar

🧍‍♂️

Levantar / Ficar de pé

🪑

Sentar-se

Esperar / Pausa

❤️

Ajudar/ cooperar

(Amor / Caridade)

🤝

Ajudar / Cooperar

🚶

Andar/ caminhar

📌

Fixar (tachinha)

💡

Ideia/ Dica

 

📆 Organização do encontro

🖼️ Pictograma

📝 Significado

🖼️ Pictograma

📝 Significado

Hora do encontro

📅

Data do encontro

📘

Leitura (Livro)

🎵

Música / Louvor

📒

Caderno

🧸

Brincar/ brincadeira

🎨

Atividade artística (pincel ou lápis de cor)

Compromisso / Tarefa / Lembrete (ícone de check ou caderno)

📷

Dinâmica (ícone de grupo ou câmera para registrar)

🍎🥤🥪

Lanche

💧

Água / Beber água

🚻

Banheiro

⏸️

Intervalo / Pausa

🛠️ 

 Ferramentas/construir

 💡 Dica extra:

Se quiser usar pictogramas reais e visuais (desenhos) em vez de emojis, recomendo:

🔗 ARASAAC – Banco de Pictogramas Gratuitos em Português - oferece pictogramas gratuitos e em português para uso educacional e catequético. Eles são muito utilizados na educação inclusiva e são bem aceitos visualmente por crianças e adolescentes.

Lá você pode:

  • Baixar imagens com fundo branco ou transparente.
  • Criar rotinas visuais com pictogramas.
  • Traduzir palavras e frases automaticamente com imagens.

💡 DICA DE LEITURA

"Pessoas com deficiência, interlocutoras da catequese", publicado em 2008. Este é um dos raros documentos que orientam a inclusão das pessoas com deficiência na catequese. Ele aborda desde a fundamentação teológica e pastoral da inclusão, até propostas práticas para garantir acesso, participação e protagonismo dessas pessoas na vida eclesial, destacando a importância de recursos pedagógicos diferenciados, como símbolos, gestos, apoio visual e linguagem adaptada.

O documento “Pessoas com deficiência, interlocutoras da catequese” (2008) foi elaborado a partir do Encontro Nacional de Catequistas e Assessores da Catequese com Pessoas com Deficiência, promovido pela CNBB, que reuniu especialistas, catequistas e representantes de várias dioceses para discutir e construir orientações pastorais e pedagógicas voltadas à evangelização inclusiva.

*Ícone “Inclusão” por Freepik, disponível em Flaticon, licenciado sob Free License (with attribution).


Ângela Rocha - Catequista e Formadora

Graduada em Teologia pela PUCPR.


Em breve LANÇAMENTO 

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