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segunda-feira, 30 de setembro de 2024

DIVERSÃO SEM TOXIDADE: O MUNDO DOS JOGOS

DIVERSÃO SEM TOXIDADE

É possível com relação aos jogos digitais? Sim, como qualquer prática é necessário estabelecer limites aos adolescentes e observar a faixa etária, sempre! E podemos também incentivar os jogos de tabuleiro que trazem muitas vantagens e benefícios.

Jogos populares e saudáveis para adolescentes 

No mundo digital de hoje, os jogos eletrônicos são uma das formas de entretenimento mais populares entre adolescentes. Eles oferecem diversão, desafio, e oportunidades de socialização com amigos, seja no ambiente online ou pessoalmente. No entanto, com tantos jogos disponíveis, pode ser um desafio encontrar aqueles que promovam uma experiência positiva e saudável. Alguns jogos apresentam comunidades tóxicas ou temas inapropriados, mas há uma grande variedade de opções que permitem aos jovens explorar a criatividade, competir de forma saudável e desenvolver habilidades de cooperação sem exposição a conteúdo nocivo.

Nesta lista, relacionamos alguns dos jogos mais populares entre adolescentes que são reconhecidos não apenas pela sua jogabilidade divertida e desafiadora, mas também por manterem ambientes seguros e saudáveis. Esses jogos incentivam o trabalho em equipe, a criatividade e o aprendizado, e são perfeitos para quem busca uma experiência de jogo envolvente sem se preocupar com comportamentos tóxicos ou temas inadequados.

No entanto, é preciso reforçar, qualquer jogo pode se tornar viciante e os ambientes multiplayer, sempre podem ser tóxicos. Aqui estão alguns:

1. Fortnite

   - Gênero: Battle Royale / Ação

   - Plataformas: PC, consoles, dispositivos móveis

   - Características: Jogo de sobrevivência em que 100 jogadores competem até restar apenas um. Possui gráficos cartunescos, construção de estruturas e várias skins customizáveis. Atualizações constantes com eventos especiais. é um jogo que estimula bastante a criatividade porém a comunidade é tóxica. 

2. Minecraft

   - Gênero: Sandbox / Aventura

   - Plataformas: PC, consoles, dispositivos móveis

   - Características: Jogo de construção em mundo aberto, permitindo explorar, minerar recursos e criar construções e máquinas complexas. Tem modos criativo e sobrevivência. Popular entre jogadores que gostam de liberdade para criar. e um jogo de sobrevivência e construção bem legal e criativo. 

3. Roblox

- Gênero: Plataforma de jogos / Sandbox

 - Plataformas: PC, dispositivos móveis

 - Características: Plataforma com vários jogos criados por usuários. Os jogadores podem explorar diferentes mundos e gêneros, desde corridas até RPGs. Popular pela diversidade de experiências criadas pela comunidade. É um jogo com vários opções de jogos dentro dele, para todas as idades e gostos.

4. Among Us

- Gênero: Multiplayer / Estratégia

- Plataformas: PC, dispositivos móveis

- Características: Jogo de dedução social em que jogadores estão em uma nave espacial e devem descobrir quem é o impostor. Simples de jogar, mas exige comunicação e estratégia. 

5. Valorant

   - Gênero: FPS / Competitivo

   - Plataformas: PC

   - Características: Jogo de tiro tático 5v5, similar ao Counter-Strike, mas com habilidades únicas para cada personagem (agentes). Popular entre jogadores que curtem esportes e competições. A base é trabalho em equipe porém, comunidade muito tóxica como a maior parte dos jogos. 

6.*League of Legends (LoL)

   - Gênero: MOBA (Multiplayer Online Battle Arena)

   - Plataformas: PC

   - Características: Jogo estratégico de equipe em que dois times competem para destruir a base do adversário. Com diversos campeões, cada um com habilidades específicas, é altamente competitivo. 

7. Genshin Impact

   - Gênero: Ação / RPG

   - Plataformas: PC, consoles, dispositivos móveis

   - Características: RPG de mundo aberto com um sistema de combate baseado em elementos. Visualmente impressionante e com foco na exploração e na história. Possui um sistema de "gacha" para aquisição de novos personagens. 

8. Call of Duty: Warzone

   - Gênero: Battle Royale / FPS

   - Plataformas: PC, consoles

   - Característica: Combina tiroteios intensos com mapas grandes, veículos e um sistema de progressão de armas e equipamentos. Não recomendo, é um jogo de tiro bem realista e a comunidade muito tóxica. 

9. Rocket League

   - Gênero: Esporte / Ação

   - Plataformas: PC, consoles

   - Características: Futebol com carros, onde os jogadores controlam veículos que jogam partidas competitivas de "futebol" com uma bola gigante. Rápido, competitivo e muito divertido. 

10. Apex Legends

    - Gênero: Battle Royale / FPS

    - Plataformas: PC, consoles

    - Características: Jogo de battle royale com heróis, cada um com habilidades específicas. Enfoca o trabalho em equipe e a ação rápida em combates dinâmicos. 

11. Brawl Stars:

- Gênero: Ação / Batalha Multiplayer

- Plataformas: Dispositivos móveis (iOS, Android)

- Estilo de Jogo: Multiplayer Online, os jogadores formam equipes de 3 e competem contra outros jogadores em partidas rápidas e intensas.

- Classificação Etária: Geralmente recomendado para jogadores a partir de 10-12 anos, por conter um pouco de ação e violência de fantasia leve. Embora o jogo possa ser jogado sem gastar dinheiro, ele oferece muitas opções de compras dentro do app, o que pode incentivar os adolescentes a gastar dinheiro real. O jogo tem um sistema de clubes (grupos sociais) onde os jogadores podem conversar e formar equipes. Isso pode ser positivo para desenvolver amizades, mas também requer supervisão para evitar exposição a comportamentos tóxicos ou linguagem inadequada. 

12. Dungeons & Dragons (D&D)

- Gênero: RPG de mesa (mas há adaptações digitais).

- Plataforma: embora seja mais conhecido como um RPG de mesa (não digital), tem se tornado cada vez mais popular entre adolescentes nos últimos anos, impulsionado por séries como Stranger Things, que apresentaram o jogo a uma nova geração, e por streamers e podcasts que jogam campanhas ao vivo.

- Características - O D&D oferece uma experiência colaborativa que incentiva a criação de histórias, resolução de problemas e interpretação de personagens, o que atrai grupos de adolescentes que gostam de jogos mais imersivos e sociais. Existem várias plataformas digitais, como Roll20 e D&D Beyond, que permitem jogar D&D de forma virtual, o que facilita o acesso ao jogo mesmo para aqueles que não têm como se encontrar pessoalmente. D&D é focado na criação de narrativas onde os jogadores interpretam personagens que vivem em mundos fictícios, enfrentando desafios e aventuras. O jogo é regido por rolagens de dados que determinam o sucesso ou fracasso das ações dos personagens, o que adiciona um elemento de sorte e estratégia. 

13. CodyCross.

Gênero: Quebra-cabeça / Palavras-cruzadas

Plataformas: Disponível para dispositivos móveis (iOS, Android) e também pode ser jogado no navegador.

- Características: O jogo é apreciado por pessoas de várias faixas etárias, pois combina aprendizado e diversão. CodyCross é considerado um bom exercício para o cérebro, ajudando a melhorar o vocabulário e o conhecimento geral. Como não tem elementos de ação ou competição direta, é um jogo mais relaxante, perfeito para momentos de lazer e ociosidade. Ele foi desenvolvido pela Fanatee, uma empresa brasileira de jogos. 

Esses jogos são amplamente populares e refletem a diversidade de gêneros e estilos que os adolescentes curtem hoje, desde jogos de ação e competição até jogos criativos e sociais.

14. The Sims

 Gênero: Simulação de vida.

Plataforma: PC, Mac, PlayStation, Xbox, dispositivos móveis (versões mais simples).

Características: É um jogo de simulação popular entre adolescentes e adultos, focado em criar e gerenciar vidas virtuais.

  • Os jogadores criam e controlam personagens chamados "Sims".
  • Simulação de atividades do dia a dia, como construir casas, trabalhar, socializar, e alcançar objetivos de vida. Foco na personalização e criatividade.
  • Amplo público, variando de adolescentes a adultos.

15. Jogos de Tabuleiro: Não podemos deixar de citar os jogos de tabuleiro. Eles oferecem diversas vantagens em comparação com os jogos digitais, especialmente quando pensamos em atividades para adolescentes ou encontros em grupo. Aqui estão algumas das principais: 


1. Catan

Gênero: Jogo de tabuleiro estratégico.

Plataforma: Físico (jogo de tabuleiro), versões digitais disponíveis para PC, iOS e Android.

Características: Jogo de colonização e estratégia, onde os jogadores constroem cidades e rotas comerciais. Requer planejamento, negociação e gerenciamento de recursos. Foco no raciocínio lógico e interação social entre os jogadores.

 

2. Zombicide

            Gênero: Jogo de tabuleiro cooperativo.

Plataforma: Físico (jogo de tabuleiro).

Características: Jogo de sobrevivência em um apocalipse zumbi. Os jogadores trabalham juntos para completar missões e enfrentar hordas de zumbis. Foco no trabalho em equipe, estratégia e ação. Possui várias expansões e cenários diferentes.

 

3. Cup (ou The Cup)

Gênero: Jogo de tabuleiro de blefe e estratégia.

Plataforma: Físico (jogo de tabuleiro).

Características: Jogo de dados em que os jogadores apostam em combinações sem revelar seus dados. Foco no blefe e na leitura do comportamento dos oponentes. Simples, mas envolvente, e estimula a interação entre os jogadores.

 Vantagens  Benefícios dos jogos de tabuleiro:

Os jogos de tabuleiro exigem que os jogadores estejam fisicamente presentes, promovendo conversas, risadas, e interações face a face. Isso fortalece os laços sociais, habilidades de comunicação e cooperação, algo que pode ser perdido em jogos digitais onde a interação é frequentemente mediada por telas.

Muitos jogos de tabuleiro, como "Catan" e "Zombicide", envolvem planejamento estratégico, raciocínio lógico, e tomada de decisões em grupo. Isso promove habilidades cognitivas como a capacidade de resolver problemas, pensar criticamente e formular estratégias, ao mesmo tempo em que desafia a paciência e o pensamento a longo prazo.

Diferente dos jogos digitais, os jogos de tabuleiro não têm notificações, mensagens ou interrupções da internet. Isso cria um ambiente mais focado, onde os jogadores podem se concentrar totalmente na experiência, sem distrações de redes sociais ou outros aplicativos.

Jogos como "Zombicide" frequentemente exigem que os jogadores improvisem soluções em cenários imprevisíveis. Isso ajuda a desenvolver a criatividade e a capacidade de adaptação, habilidades importantes para adolescentes em desenvolvimento. Este jogo é cooperativo e incentiva os participantes a trabalharem juntos para alcançar um objetivo comum. Isso ensina empatia, comunicação e a importância de colaborar com os outros, habilidades valiosas para a vida social e profissional.

O Custo-benefício e Durabilidade também é uma vantagem: Jogos de tabuleiro têm um custo fixo e podem ser jogados várias vezes sem necessidade de atualizações ou upgrades, ao contrário de muitos jogos digitais. Isso os torna uma opção mais econômica a longo prazo, especialmente em ambientes onde há grupos grandes ou frequentes encontros.

Jogos de tabuleiro oferecem uma oportunidade de desconectar-se das telas, promovendo uma pausa saudável da tecnologia. Reduzir o tempo de exposição a telas pode ter benefícios para a saúde mental e física, especialmente para adolescentes que passam muito tempo em dispositivos eletrônicos.

Muitos jogos de tabuleiro são mais lentos e exigem turnos longos e detalhados, o que ajuda a desenvolver paciência. Isso ensina adolescentes a lidar com a frustração e a esperar pela sua vez, habilidades úteis para a vida. 

OS Jogos de tabuleiro podem ser jogados por pessoas de todas as idades e níveis de habilidade, sem necessidade de hardware sofisticado ou habilidades técnicas específicas. Isso facilita a inclusão e a participação de todos, criando um ambiente mais acolhedor.

Essas vantagens tornam os jogos de tabuleiro uma ferramenta poderosa, não apenas para diversão, mas também para o desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e cognitivas, especialmente em um contexto de encontros ou atividades com adolescentes.

JOGOS NÃO RECOMENDADOS

Ao recomendar ou restringir jogos para adolescentes, é importante considerar vários fatores, como conteúdo, classificação etária e impacto emocional ou psicológico. Alguns jogos podem não ser apropriados para adolescentes devido à violência extrema, temas adultos, linguagem inadequada ou mecânicas de jogo que promovam comportamentos prejudiciais, como vícios ou dependência excessiva. Aqui estão alguns tipos de jogos que geralmente não são recomendados para adolescentes:

1. Jogos com violência extrema: Jogos com violência gráfica podem dessensibilizar os jogadores à violência e influenciar negativamente seu comportamento, especialmente se jogados em excesso. Ex.:

- Grand Theft Auto V (GTA V): Muito conhecido por violência gráfica, uso de drogas, linguagem explícita, e temas criminosos. O jogo permite e incentiva comportamentos antiéticos, como roubo e assassinato.

- Mortal Kombat 11: Um jogo de luta com violência extremamente explícita, incluindo finalizações brutais (fatalities), o que pode não ser adequado para adolescentes mais jovens.

2. Jogos com conteúdo sexual explícito: Esses jogos têm temas adultos que podem não ser adequados para adolescentes, especialmente se não houver maturidade emocional para lidar com esses assuntos de forma crítica. Ex.:

- The Witcher 3; Wild Hunt: Embora seja um jogo excelente em termos de narrativa e gameplay, possui cenas de nudez e conteúdo sexual explícito.

- Cyberpunk 2077: Outro jogo com temas maduros, incluindo sexualidade, prostituição, e violência extrema.

3. Jogos com microtransações excessivas e mecânicas de apostas. Esses jogos podem incentivar comportamentos viciantes, como gastar dinheiro real em busca de itens virtuais, levando ao endividamento e criando uma relação prejudicial com o consumo digital. Ex.:

- FIFA (modo Ultimate Team): Embora pareça um jogo de esportes inofensivo, o modo Ultimate Team incentiva os jogadores a gastar dinheiro real em pacotes de cartas, o que pode ser considerado uma forma de aposta.

- Fortnite: Embora não seja perigoso em si, Fortnite incentiva fortemente as microtransações para compra de skins e acessórios, o que pode levar os jogadores a gastar grandes quantias de dinheiro.

- Genshin Impact:  é um RPG de ação em mundo aberto que combina um mundo deslumbrante, narrativa profunda e personagens carismáticos com um sistema de gacha que permite a personalização da equipe. Embora seja muito popular entre adolescentes, é importante estar atento ao modelo de monetização para evitar gastos excessivos e garantir um uso equilibrado do tempo de jogo.  Disponível para PC, PlayStation 4 e 5, dispositivos móveis (iOS e Android), Como o jogo tem um mundo vasto e eventos contínuos, ele pode exigir muito tempo para acompanhar, o que pode afetar o equilíbrio com outras responsabilidades, como estudos.

*Sistema de gacha: Pode levar alguns jogadores a gastar grandes quantias de dinheiro real para adquirir personagens ou armas específicas. Este modelo de monetização, semelhante ao de apostas, é uma preocupação para pais, especialmente se não houver controle sobre as compras no jogo.

4. Jogos com temas psicológicos pesados ou perturbadores: Jogos com temas psicológicos pesados podem desencadear ansiedade, medo ou até mesmo traumas em adolescentes, especialmente se houver questões de saúde mental envolvidas. Ex.:

- Doki Doki Literature Club: Um jogo que começa como um romance visual, mas rapidamente se transforma em uma narrativa perturbadora com temas de saúde mental, suicídio e violência psicológica.

- Outlast: Um jogo de terror psicológico com cenas de violência gráfica e temas perturbadores.

5. Jogos com temas de dependência ou vícios: Jogos que demandam grandes quantidades de tempo ou envolvem mecânicas de repetição excessiva podem interferir nas responsabilidades diárias, como estudo, sono e vida social. Ex.:

- Rust e ARK: Survival Evolved são jogos de sobrevivência online que podem exigir longas horas de dedicação diária, causando dependência.

- World of Warcraft (WoW): Um jogo multiplayer massivo que, para muitos, pode se tornar altamente viciante devido ao seu sistema de recompensas e progressão contínua.

6. Jogos com linguagem ou comportamentos tóxicos em comunidades online: A exposição constante a ambientes tóxicos online pode ter um impacto negativo na saúde emocional dos adolescentes, causando estresse e contribuindo para problemas de autoestima. Ex.:

- Call of Duty; Modern Warfare e League of Legends: Jogos multiplayer competitivos conhecidos por suas comunidades muitas vezes tóxicas, onde xingamentos, bullying e comportamentos tóxicos são comuns.

Considerações gerais:

- Verifique a classificação etária: Verificar a classificação ESRB (Entertainment Software Rating Board) ou PEGI (Pan-European Game Information) dos jogos é uma forma útil de identificar o público para o qual um jogo foi criado.

- Monitoramento dos pais: Mesmo jogos que parecem inofensivos podem conter elementos inadequados. É importante que os pais ou responsáveis monitorem o conteúdo e discutam os temas abordados nos jogos.

Ao evitar jogos com temas inadequados, microtransações abusivas e comunidades tóxicas*, é possível garantir que os adolescentes tenham uma experiência de jogo saudável e equilibrada.

* Comunidade Tóxica: Muito xingamento em direção aos outros, zoação, um lugar que não é divertido de jogar.

* De acordo com a Pesquisa Game Brasil (PGB) 2024, 73,9% da população brasileira joga algum tipo de jogo digital. Entre os adolescentes, 42% deles afirmam jogar online todos os dias ou quase todos os dias.

Faixa etária: Porcentagem de adolescentes que jogam online 
9 a 10 anos - 59%
15 a 17 anos - 55%

Fonte: https://www.meioemensagem.com.br/marketing/cresce-o-numero-de-brasileiros-que-jogam-afirma-pgb-2024 

Um estudo da USP apontou que 28% dos jovens brasileiros fazem uso abusivo de videogames, o que está acima da média mundial. O Transtorno de Jogo pela Internet (TJI) foi recentemente classificado como doença pela Organização Mundial de Saúde (OMS). 

O uso excessivo de jogos online pode causar desestímulo para atividades escolares e sociais, além de sintomas de abstinência quando o adolescente para de jogar. Fonte:
https://uol.com.br/vivabem/noticias/agencia-estado/2022/08/01/estudo-1-em-cada-4-adolescentes-brasileiros-faz-uso-excessivo-de-videogame.htm

FONTES DE PESQUISA:

1. Sites oficiais dos jogos: A fonte mais direta para obter informações sobre os jogos mencionados, como descrições, classificações e características, é o site oficial de cada jogo. Exemplos:

 - Suoercell:  https://supercell.com/en/games/brawlstars/

  - Wizard of de Coast (Dungeons & Dragons): https://dnd.wizards.com/

2. Classificação ESRB ou PEGI (Pan-European Game Information): Essas plataformas oferecem classificações etárias e descrições detalhadas sobre o conteúdo de jogos eletrônicos.

https://www.esrb.org/

https://pegi.info/

3. Sites especializados em games, como IGN, Kotaku e Polygon, que analisam jogos e discutem suas características, comunidade, e possíveis preocupações com conteúdo.

https://www.ign.com/

https://www.polygon.com/

https://www.kotaku.com/

4. Fontes de saúde e bem-estar: Para temas relacionados a vícios em jogos e microtransações, fontes confiáveis incluem estudos acadêmicos, organizações de saúde mental, ou publicações sobre dependência digital.

   -American Psychological Association (APA): https://www.apa.org/

   - Common Sense Media: https://www.commonsensemedia.org/

 

Agradecimento:

Ao meu sobrinho Pedro Otávio, e à minha filha Maria Paula, que colaboram relacionando os jogos e dando suas opiniões sobre eles.


Ângela Rocha – Catequista e Formadora
Graduada em Teologia pela PUCPR



domingo, 29 de setembro de 2024

ROTEIRO DE ENCONTRO - OUTUBRO: MÊS MISSIONÁRIO

 

ROTEIRO DE ENCONTRO - OUTUBRO: MÊS MISSIONÁRIO

1. Ambiente: Criar um ambiente alegre e acolhedor. Colocar em destaque a Palavra de Deus, o cartaz do mês missionário onde for possível, o globo terrestre ou o desenho, uma vela e uma flor. Imagem do “santinho” do Pe. Paolo Manna.

- Convidar duas pessoas para serem os Leitores (as) 1 e 2.

2. Acolhida: Bem-vindos e bem-vindas! Hoje re­zar pela Campanha Missionária deste ano. O tema, “Com a força do Espírito, teste­munhas de Cristo” e o lema “Ide, convidai a todos para o banquete” (Mt 22,9) em mente, iniciemos o nosso encontro invocando a Santíssima Trin­dade. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo. Todos: Amém.

3. Momento de interiorização: Vamos lembrar dos missionários que vivem sua missão em ou­tras paróquias, dioceses e países. (Se houver alguém da paróquia, lembrar os nomes).

4. Nossa súplica ao Santo Espírito: Convidar para o acendimento da vela entoando juntos: Vem, vem, vem! Vem, Espírito Santo de amor! Vem a nós, traz à Igreja um novo vigor.

1. Presença que gera esperança, Maria por Ti concebeu; No povo renasce a confiança, ó Espírito Santo de Deus.

R. Vem, vem, vem! Vem, Espírito Santo de amor! Vem a nós, traz à Igreja um novo vigo.r

2. Presença com força de vida, presença de transformação, Tiraste a vida da morte, em Cristo, na ressurreição.

R. Vem, vem, vem! Vem, Espírito Santo de amor! Vem a nós, traz à Igreja um novo vigor.

3. Presença na Igreja nascente, os povos consegues reunir. Na mesma linguagem se entendem. O amor faz a Igreja surgir.

R. Vem, vem, vem! Vem, Espírito Santo de amor! Vem a nós, traz à Igreja um novo vigor.

Leitor (a) 1: Jesus é a luz do mundo. Deixemos que esta luz que é Jesus nos invada e transbordemos de alegria pela missão. Que a alegria do seguimento de Jesus nos faça missionários da esperança.

Catequista: O Papa Francisco vem nos instigando a sermos uma Igreja em estado permanente de missão, em saída missioná­ria. Rezemos juntos a Oração do Mês Missionário 2024.

Senhor Deus, Pai de todos os seres humanos, faze com que nós cristãos, ungidos com a força do Espírito Santo, cooperemos com a tua missão até os confins do mundo, testemunhando Jesus e anunciando o Evangelho do Reino com urgência, respeito e gentileza. Abre nossos ouvidos para acolher o teu mandato: “Ide”! Abre nossa boca para convidar a todos para o banquete do teu Filho! Abre nossos olhos para reconhecer todas as situações de indiferença, injustiça e rejeição presentes no mundo! Ajuda-nos a ser Igreja sinodal em missão, peregrinos da esperança, construindo pontes de fraternidade e solidariedade entre os povos. Maria, Estrela da Evangelização, rogai por nós.

Olhar para a vida:

Leitor(a) 2 :“Com a força do Espírito Santo, Testemunhas de Cristo” é o tema da Campanha missionária deste ano. Somos todos Discípulos pela força do Espírito, todos nós cooperamos com a Mis­são de Deus com a nossa vida, testemunhando através da força do Espírito Santo que recebemos e que sempre nos acompanha em nossa vida missionária.

Leitor (a) 1 : O que é o Mês missionário e a campanha missionária?

A Campanha Missionária é um evento organizado pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM), que ocorre anualmente no mês de outubro desde 1972. Esta campanha tem como objetivo promover a conscientização e o engajamento dos fiéis na missão evangelizadora da Igreja Católica, incentivando a solidariedade e a cooperação entre as comunidades cristãs.

A campanha missionária é uma iniciativa que visa fortalecer a missão da Igreja, incentivando os fiéis a apoiarem os mais necessitados. Durante o mês, as comunidades são convidadas a participar de atividades de oração, formação e solidariedade. 

Leitor (a) 2 : Durante esse mês especial, são organizadas diversas atividades nas paróquias, escolas e comunidades católicas, incluindo celebrações, formações, novenas e experiências missionárias, lembrando a solidariedade com os povos em situação de vulnerabilidade.

Além de sensibilizar os fiéis, a campanha também tem um importante aspecto de arrecadação de fundos. As doações recebidas durante esse período são destinadas a apoiar projetos de evangelização, educação, saúde, desenvolvimento comunitário e assistência social em áreas de missão ao redor do mundo. Esses projetos são implementados por missionários locais e estrangeiros que trabalham incansavelmente para levar o amor e a mensagem de Cristo a lugares onde muitas vezes são necessários recursos e apoio adicionais.

No Brasil, a Campanha Missionária é uma atividade que, desde 1972, ajuda a fortalecer a identidade missionária da Igreja. É uma iniciativa que acontece em comunhão com o Conselho Missionário Nacional (COMINA) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Catequista: Inspirados pelo do Papa Francisco, queremos refletir neste encontro que “a missão para todos requer o empenho de todos. Por isso é necessário continuar o caminho em direção a uma Igreja toda missionária a serviço do Evangelho.”.

2. A Palavra de Deus ilumina nossa vida

Catequista: Com um gesto de acolhida, nos coloquemos diante da Palavra do Senhor para escutar o que Ele tem a nos falar.

Texto Bíblico: Mt 22, 1-14.

Leitor (a) 1: (Ler duas vezes).

Catequista: Jesus continua a controvérsia com seus perseguidores contando a história de um banquete para celebrar o casamento do filho de um rei, metáfora do Reino dos Céus. A parábola divide-se em três cenas. Primeiro narra o envio dos servos, que apenas chamam os convidados; em seguida, os convidados recusam, o rei fica furioso contra esses e estende o con­vite a qualquer pessoa; finalmente o rei percebe que alguns se encontram sem a veste nupcial e os expulsa do banquete.

O que diz o texto?

Catequista: A parábola do banquete de núpcias é a imagem da Campa­nha Missionária de 2024. É a história de uma grande festa, com mesa farta e com lugar para todos aqueles que aceitam o convite com alegria e disposição. Contudo, evidencia a recusa de muitos ao convite, fazendo pouco caso e ocupando-se de outros afazeres, enquanto outros acolhem o convite, mas não se apresentam dig­namente para a ocasião.

Leitor (a) 2: A negatividade de alguns convidados causa desgosto no rei, que ordena aos servos irem pelas encruzilhadas e convidarem to­dos quantos encontrassem; daí, então, a sala do banquete ficou cheia de convidados. A recusa dos nobres primeiros convidados permitiu que os pobres pudessem entrar no espaço onde sem­pre foram excluídos. Esses, porém, não são isentos dos protocolos para a participação no banquete. A veste requerida diz respeito à “justiça” dos discípulos do Reino, desafiados a superar a justiça dos escribas e fariseus.

Leitor (a) 1: A ordem do rei aos servos ressoa forte no seguimento de Je­sus, pois nos recorda que, “todo cristão é chamado a participar na missão universal com o seu próprio testemunho evangélico, em todos os ambientes, para que toda a Igreja saia continuamente com seu Senhor e Mestre para as “encruzilhadas” do mundo atual”.

Catequista: Na mensagem para o dia das missões deste ano, Papa Francis­co reforça o apelo missionário para uma Igreja constantemente em saída. Refletindo a parábola do banquete nupcial, enfatiza que o rei não se contenta com a recusa dos primeiros convidados e continua enviando seus servos para as encruzilhadas do mundo. “A missão é um ir incansável rumo ao encontro de toda a humanidade para convidá-la ao encontro e à comunhão com Deus. Incansável!”. “Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos” é a mensagem essencial da história. A participação no Rei­no supõe compromisso radical com o serviço da misericórdia que transforma interiormente o discípulo-missionário e o impulsiona a anunciar a beleza do evangelho de Deus a toda humanidade.

Para conversar em grupo

- Temos consciência que somos enviados a teste­munhar Cristo através da força do Espírito Santo?

- Como podemos interpretar as vestes dignas para o banquete em termos concretos da nossa realidade?

Preces: 

Catequista: Elevemos ao Senhor as nossas preces e digamos confiantes: Todos: Escutai-nos, Senhor! 

Leitor (a) 2: Atentos e obedientes ao rei que nos envia a convidar todos para o banquete de casamento, pedimos, Senhor, que nunca nos falte o ardor da caminhada e alegria do encontro para com todos a quem somos enviados. Rezemos.

Escutai-nos, Senhor! 

Leitor (a) 1: Apesar da indiferença e rejeição, o rei é insistente e incansável ao convidar todos para a felicidade de seu Reino; queremos, Senhor, que continues enviando a nós para anunciar a tua mensagem de salvação a todos os povos. Rezemos.

Escutai-nos, Senhor! 

Leitor (a) 2: No banquete da aliança com Deus tem lugar preparado para todas as pessoas; fazei-nos, Senhor, dignos de participar da tua mesa e estejamos sempre prontos com as vestes do amor e da misericórdia. Rezemos. Escutai-nos, Senhor!

(Preces espontâneas)

3. Compromisso com a vida

Catequista:Muitos são chamados, mas poucos são escolhidos”. Assumir com o grupo o compromisso de se tornarem discípulo-missio­nário e anunciar a beleza do evangelho de Deus a toda humanidade. Também podemos ser missionários com a solidarieda­de material pela Igreja através das ofertas, doações, dízimos à serviço das pastorais e da Evangelização. Além disso, podemos nos comprometer por meio da coleta missionária no penúltimo domingo do mês de outu­bro (19 e 20) destinada ao fundo de solidariedade mundial, o qual , atende 1.118 dio­ceses em todos os continentes.

 -(Distribuir envelopes da Campanha Missionária).

- Falar um pouco do Pe. Paolo Manna (se a paróquia disponibilizar os “santinhos”, entregar a cada um):

Leitor (a) 1: O Padre Paolo Manna, por mais de quarenta anos, se dedicou com todas as suas forças, mediante os escritos e as suas obras, à difusão da ideia missionária no meio do povo e do clero. Para resolver do modo mais radical possível o problema da cooperação dos católicos no apostolado fundou, em 1916, a União Missionária do Clero, elevada ao título de “Pontifícia” em 1956. Hoje, ela está presente em todo o mundo católico e inclui nas suas fileiras, seminaristas, religiosos, religiosas, leigos e leigas.  Padre Paolo Manna faleceu em Nápoles, no dia 15 de setembro de 1952. Ele foi beatificado no dia 24 de abril de 2001, com um decreto pontifício.

4. Celebrar a vida

Catequista: Este ano a Igreja vivencia o ano da Oração, rumo ao Jubileu:

“Por vezes a nossa oração naufraga porque é demasiado séria. A oração também se faz de leveza, também se soletra como uma súbita fome de infância, como o alvoroço repentino dos ami­gos que se reencontram depois dos dias cinzentos. A Oração não é um enigma, é um encontro.  

(Um Deus que dança. José Tolentino Mendonça, Ed. Paulinas, pg. 41)

Agradecidos somos, a Deus Pai, por tantos irmãos e irmãs que aceitaram o convite de participar do banquete e se colocaram a serviço do Reino. Amém. Com o coração cheio de alegria rezamos juntos um Pai Nosso, por todos os homens e mulhe­res que generosamente deram o seu Sim no serviço do Reino. Pai nosso...

Bênção:

Catequista: O Senhor e nosso Deus, derrame sua benção sobre nós e aque­ça os nossos corações para sermos seus incansáveis discípulos missionários, da Igreja local até os confins do mundo. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

T.: Amém.

Canto Final: Missão de todos nós.

O Deus que me criou, me quis, me consagrou Para anunciar o Seu amor

O Deus que me criou, me quis, me consagrou Para anunciar o Seu amor.

Eu sou como a chuva em terra seca Eu sou como a chuva em terra seca

Pra saciar, fazer brotar Eu vivo pra amar e pra servir

Pra saciar, fazer brotar Eu vivo pra amar e pra servir.

 

Fonte: Adaptação do 1ª dia da Novena Missionária.  https://cm.pom.org.br/a-campanha/ . Por Ângela Rocha.

OBS. O site da Campanha também disponibiliza vídeos de testemunhos.



 

MÊS MISSIONÁRIO 2024: COM A FORÇA DO ESPÍRITO SANTO!

 


O Mês Missionário de 2024 celebrado em outubro, terá como tema "Com a força do Espírito, testemunhas de Cristo" e o lema "Ide, convidai a todos para o banquete!" (Mt 22,9). 

A campanha missionária é uma iniciativa que visa fortalecer a missão da Igreja, incentivando os fiéis a apoiarem os mais necessitados. Durante o mês, as comunidades são convidadas a participar de atividades de oração, formação e solidariedade. 

As Pontifícias Obras Missionárias (POM) desempenham um papel crucial na promoção e apoio às atividades missionárias da Igreja Católica em todo o mundo. Desde a sua fundação pelo Papa Pio XI em 1922, essas organizações têm sido uma fonte vital de suporte para missionários e projetos de evangelização em áreas carentes e desafiadoras ao redor do globo.

Uma das iniciativas mais emblemáticas das Pontifícias Obras Missionárias é o Dia Mundial das Missões. No Brasil, foi assumida a Campanha Missionária durante o mês de outubro e que tem como objetivo principal conscientizar os fiéis sobre a importância da missão na Igreja e angariar recursos para apoiar os esforços missionários em diferentes partes do mundo.

Como acontece?

Durante esse mês especial, são organizadas diversas atividades nas paróquias, escolas e comunidades católicas, incluindo celebrações, formações, novenas e experiências missionárias, lembrando a solidariedade com os povos em situação de vulnerabilidade.

Além de sensibilizar os fiéis, a campanha também tem um importante aspecto de arrecadação de fundos. As doações recebidas durante esse período são destinadas a apoiar projetos de evangelização, educação, saúde, desenvolvimento comunitário e assistência social em áreas de missão ao redor do mundo. Esses projetos são implementados por missionários locais e estrangeiros que trabalham incansavelmente para levar o amor e a mensagem de Cristo a lugares onde muitas vezes são necessários recursos e apoio adicionais.

No Brasil, a Campanha Missionária é uma atividade que, desde 1972, ajuda a fortalecer a identidade missionária da Igreja. É uma iniciativa que acontece em comunhão com o Conselho Missionário Nacional (COMINA) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

SANTINHO:

Quem é o beato Paolo Manna?

PADRE PAOLO MANNA
(1872-1952)

Missionário na Birmânia (Myanmar)

Superior-Geral do P.I.M.E.
Fundador da Pontifícia União Missionária

Por mais de quarenta anos, Paolo Manna se dedicou com todas as suas forças, mediante os escritos e as suas obras, à difusão da ideia missionária no meio do povo e do clero. Para resolver do modo mais radical possível o problema da cooperação dos católicos no apostolado fundou, em 1916, a União Missionária do Clero, elevada ao título de “Pontifícia” em 1956. Hoje, ela está presente em todo o mundo católico e inclui nas suas fileiras, seminaristas, religiosos, religiosas, leigos e leigas.

Quando em 1943 foi erigida a Província Meridional do P.I.M.E., Padre Paolo Manna tornou-se o seu primeiro Superior. Padre Paolo Manna escreveu vários opúsculos e livros que deixaram uma marca duradoura. Formulou propostas inovadoras acerca dos métodos missionários, percorrendo o Concílio Vaticano II. Destas obras permanece, sobretudo, o exemplo de uma vida inteiramente animada por uma paixão missionária total, que nenhuma provação ou doença, por mais que o tenha feito sofrer, jamais diminuiu.

Padre Paolo Manna faleceu em Nápoles, no dia 15 de setembro de 1952. Ele foi beatificado no dia 24 de abril de 2001, com um decreto pontifício.

Fonte: https://www.vatican.va/news_services/liturgy/saints/ns_lit_doc_20011104_beat-manna_po.html


Você encontra os materiais da Campanha em: https://cm.pom.org.br/materiais/


FONTE: https://cm.pom.org.br/a-campanha/ 







O AMOR EM CARTAS...

1Coríntios 13, 1-13 

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou um címbalo que retine.

E se eu tiver o dom de profetizar e estiver familiarizado com todos os segredos sagrados e com todo o conhecimento, e se eu tiver toda fé, de modo a transplantar montanhas, mas não tiver amor, nada sou.

E se eu der todos os meus bens para alimentar os outros, e se eu entregar o meu corpo, para vangloriar-me, mas não tiver amor, de nada me aproveita.

O amor é duradouro e benigno. O amor não é ciumento, não se gaba, não se enche de orgulho, não se comporta indecentemente, não procura os seus próprios interesses, não fica encolerizado. Não leva em conta o dano. Não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade.

Suporta todas as coisas, acredita em todas as coisas, espera todas as coisas, persevera em todas as coisas.

O amor nunca falha. Mas, as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará.

Pois em parte conhecemos e em parte profetizamos; mas, quando, vier o que é perfeito, o que é imperfeito desaparecerá.

Quando eu era pequenino, costumava falar como pequenino, pensar como pequenino; mas agora que me tornei homem, deixei par atrás as coisas de menino.

Agora, pois, vemos apenas um reflexo obscuro, como num espelho de metal; mas, então, veremos face a face. Agora conheço em parte; então, conhecerei plenamente, da mesma forma como sou plenamente conhecido.

Assim, permanecem agora estes três: a fé, a esperança e o amor. O maior deles, porém, é o amor.

(Tradução na linguagem de hoje. Novo Mundo das Escrituras Sagradas, 1986).


PREPAREM-SE CATEQUISTAS:

Esta é uma das passagens que usei num encontro maravilhoso para os adolescentes. Ele faz parte da nossa mais nova apostila: Catequese de Perseverança!

Catequese de perseverança? Que papo é esse?



quinta-feira, 19 de setembro de 2024

A DIVISÃO DA CATEQUESE POR ETAPAS

 


DIVISÃO DA CATEQUESE POR ETAPAS

A divisão da catequese em etapas sacramentais — Primeira Eucaristia e Crisma — é uma estrutura comum na Igreja Católica que surgiu ao longo dos séculos, à medida que a Igreja foi organizando os sacramentos de iniciação cristã de maneira pedagógica e pastoral. Essa divisão reflete a preocupação da Igreja em preparar os fiéis, em diferentes momentos da vida, para a plena inserção na comunidade de fé e para a vivência dos sacramentos de maneira consciente e comprometida.

Contexto Histórico

Os sacramentos da Iniciação Cristã — Batismo, Eucaristia e Crisma — originalmente eram celebrados juntos, especialmente nos primeiros séculos do cristianismo. Nas comunidades cristãs primitivas, a iniciação era vista como um processo unitário, culminando na recepção dos três sacramentos em uma única celebração, normalmente na Vigília Pascal, tanto para adultos quanto para crianças. Famílias inteiras recebiam os sacramentos de iniciação.

Com o tempo, especialmente a partir da Idade Média, a celebração desses sacramentos foi sendo separada e passou a acontecer em momentos diferentes da vida. Algumas razões para essa divisão incluem: mudanças na prática do Batismo infantil, a dificuldade de tempo dos bispos para administrar a Crisma e a preocupação da Igreja em garantir que os fiéis estivessem devidamente preparados para receber cada sacramento de forma mais consciente e madura.

Divisão por Etapas: Eucaristia e Crisma

1. Primeira Eucaristia

A Primeira Eucaristia, também conhecida como Primeira Comunhão, marca o momento em que a criança, (a partir dos 7 anos), recebe pela primeira vez o Sacramento da Eucaristia, ou seja, participa plenamente da Santa Missa, recebendo o Corpo e o Sangue de Cristo. A idade de 7 anos é comumente referida como a "idade da razão", quando a criança já tem capacidade de entender minimamente o mistério eucarístico e de participar de forma ativa na celebração.

A organização da catequese com foco na Primeira Eucaristia começou a ser consolidada no início do século XX, principalmente com o Papa Pio X, que incentivou a prática da comunhão frequente e determinou, em 1910, na encíclica "Quam Singulari", que as crianças pudessem receber a Eucaristia a partir dos sete anos. Antes disso, era comum que as pessoas recebessem a Eucaristia somente após a crisma ou na adolescência.

2. Crisma (ou Confirmação)

O sacramento da Crisma, também chamado de Confirmação, normalmente é administrado na adolescência ou início da juventude, em torno dos 14 a 16 anos. Esse sacramento é visto como o momento em que o jovem confirma, de forma pessoal e consciente, os compromissos assumidos por seus padrinhos no batismo, recebendo o Espírito Santo de maneira plena para ser fortalecido na fé e testemunhar o Evangelho.

A separação da Crisma e da Eucaristia também se consolidou ao longo da Idade Média. O fato de a Crisma ser um sacramento ministrado pelo bispo na maioria das tradições católicas (pelo menos no rito latino) contribuiu para que ela fosse separada do batismo e da Eucaristia, pois o bispo nem sempre podia estar presente em todas as paróquias. A preparação catequética para a Crisma foi se desenvolvendo ao longo do tempo como uma maneira de garantir que o jovem estivesse devidamente preparado para o compromisso de ser um cristão maduro.

A Divisão Catequética por Etapas

Com o passar dos séculos, especialmente após o Concílio de Trento (1545-1563), que reafirmou a importância dos sacramentos e da catequese, a Igreja foi estruturando a formação cristã de forma mais organizada e sistemática. Contudo, foi somente no século XX que essa organização ganhou a forma que conhecemos hoje, com a catequese dividida em etapas ligadas a cada um dos sacramentos da iniciação cristã:

1. Catequese de Primeira Eucaristia: Normalmente realizada durante a infância, dos 7 aos 12 anos, essa etapa visa introduzir a criança nos fundamentos da fé cristã e prepará-la para a participação consciente e reverente na Missa.

 2. Catequese de Crisma: Realizada na adolescência, entre os 13 e 16 anos, foca no aprofundamento da fé, na doutrina da Igreja e no compromisso pessoal de viver como cristão. Há uma ênfase na vida em comunidade e no testemunho cristão no mundo.

Catecismo da Igreja Católica e a Catequese Moderna

Após o Concílio Vaticano II (1962-1965), houve uma renovação profunda na catequese. O Diretório Catequético Geral de 1971 e o Catecismo da Igreja Católica de 1992 trouxeram diretrizes atualizadas para a catequese, reforçando a importância de uma formação contínua, que não se limita apenas aos sacramentos, mas abrange toda a vida cristã.

A divisão por etapas é uma forma prática de ajudar os fiéis, especialmente crianças e adolescentes, a vivenciarem sua fé de forma progressiva e adequada às diferentes fases de suas vidas. No entanto, essa estrutura está sempre aberta a adaptações, dependendo das realidades culturais e pastorais de cada lugar.

Conclusão

A divisão da catequese em etapas sacramentais (Primeira Eucaristia e Crisma) é uma prática que surgiu de forma gradual, como resposta às necessidades pastorais e litúrgicas da Igreja. Essa divisão, que se consolidou a partir do século XX, reflete o desejo da Igreja de preparar os fiéis de forma adequada e progressiva para a plena participação na vida sacramental e comunitária da Igreja.

 

FONTES:

As informações sobre a divisão da catequese por etapas (Primeira Eucaristia e Crisma) são baseadas em diversas fontes históricas e doutrinárias da Igreja Católica, além de documentos oficiais eclesiásticos. Algumas das principais fontes são:

Documentos Papais: "Quam Singulari" (1910), do Papa Pio X: Este documento tratou da Primeira Eucaristia e estabeleceu a idade da razão (por volta dos 7 anos) para a recepção do sacramento.

Concílios:

§  Concílio Vaticano II (1962-1965): O Concílio trouxe profundas reformas na catequese e nas práticas sacramentais, o que levou à revisão da catequese como processo contínuo de formação cristã. Documentos como Lumen Gentium e Sacrosanctum Concilium abordam a importância dos sacramentos e da catequese.

§  Concílio de Trento (1545-1563): Embora focado em responder à Reforma Protestante, o Concílio reforçou a importância dos sacramentos e da formação catequética, o que mais tarde influenciou a separação dos sacramentos de iniciação.

Catecismo da Igreja Católica (1992): Este documento é uma das principais referências atuais para entender a teologia sacramental, a catequese e as práticas relacionadas aos sacramentos da Eucaristia e da Crisma. Ele detalha os fundamentos teológicos e as práticas pastorais que embasam essas celebrações.

Diretório Catequético Geral (1971) e Diretório Geral para a Catequese (1997): Esses documentos oferecem orientações práticas e teológicas sobre como organizar a catequese, incluindo as diferentes etapas ligadas aos sacramentos da iniciação cristã.

LIMA, Luiz Alves de. História da catequese no Brasil in Teologia Latino-americana – Enciclopédia digital. UNISAL – Centro Universitário Salesiano de São Paulo. Texto original português. Enviado em 20/02/2023; aprovado em 20/10/2023; postado 31/12/2023. Disponível em https://teologicalatinoamericana.com/?p=2712 . Acesso 19/09/2024.

Historiografia eclesial: Diversos estudos e textos de historiadores e teólogos da Igreja abordam a evolução da catequese e das práticas sacramentais ao longo dos séculos, incluindo a Idade Média, o surgimento da Ação Católica e o impacto das reformas pastorais do século XX.

A evolução da catequese é um tema amplo, que abrange tanto o desenvolvimento histórico da educação religiosa cristã quanto as mudanças nas metodologias e abordagens catequéticas ao longo do tempo. Aqui estão alguns livros recomendados que tratam desse tema:

1. “Catequese Católica no Brasil: para uma História da Evangelização” – Oscar F. Lustosa – Ed. Paulinas (1992) -   Este livro explora o desenvolvimento da catequese no Brasil, desde o período colonial até os dias atuais, abordando como a catequese evoluiu em diferentes contextos históricos e culturais.

2. “Catequese e Doutrina: História e Evolução" – José Manuel Alves – Ed. Vozes (2007) - Um estudo sobre a evolução histórica da catequese, abordando o contexto europeu e as mudanças que ocorreram no ensino da doutrina cristã, com foco nos Concílios da Igreja e suas influências.

3. "Catequese Renovada: Orientações e Conteúdo"– CNBB (1983) - (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) -   Um documento essencial para entender a renovação da catequese no Brasil, principalmente após o Concílio Vaticano II. Aborda a renovação dos métodos catequéticos e sua aplicação prática.

4. "Diretório Nacional de Catequese: Subsídios para Estudo"– CNBB (2006)  -    Este livro oferece uma análise profunda das diretrizes catequéticas no Brasil e as mudanças ocorridas em função dos documentos da Igreja, oferecendo um olhar contemporâneo sobre a catequese.

5. "Educação e Catequese" – Maria Clara Bingemer -  Ed. Vozes (2005).  O livro analisa as intersecções entre educação formal e catequese, propondo reflexões sobre como a catequese pode dialogar com a educação e a cultura contemporânea.

6. "Catequese e Iniciação à Vida Cristã" – Pe. Antônio Francisco Lelo -  Ed. Paulinas (2008).  Focado na iniciação cristã, o livro apresenta reflexões e propostas para uma catequese mais integrada à vida da comunidade, baseando-se em documentos recentes da Igreja Católica.

Esses livros oferecem uma ampla visão sobre o tema, desde o aspecto histórico até as metodologias mais recentes, ajudando a compreender como a catequese tem evoluído ao longo dos séculos.

(Essas fontes, em conjunto, ajudam a explicar a evolução da catequese e da estrutura sacramental na Igreja Católica).

 

Adaptado por Ângela Rocha – Catequistas em Formação.


Em tempo: Não podemos nos esquecer que a Igreja hoje, prima pela catequese de inspiração catecumenal, onde as "etapas" não tem nada a ver com o que estamos acostumados... Onde tudo acontece deste jeito:


IVC PELO PROCESSO CATECUMENAL