sábado, 31 de agosto de 2024
REDE: SÓ UMA FERRAMENTA DE COMUNICAÇÃO OU UM ESPAÇO DE EXPERIÊNCIAS E VIDA?
quarta-feira, 28 de agosto de 2024
A FÉ...
Imagem: Pixabay |
"A Fé consiste em “acreditar que”…
E, continuando a frase, pode pôr a seguir tudo o que quiser por mais correto ou bonito que seja! Porque é possível afirmar todas as normas eclesiásticas e concordar devotamente com cada letra de cada dogma e não ser, em absoluto, um discípulo de Jesus de Nazaré!
A Fé é mais a inquietação da Confiança que nos abre aos convites amorosos da Vida do que a ilusão controladora dada pelas certezas dogmáticas e disciplinares. Andamos totalmente em contramão com o Evangelho de Jesus enquanto procuramos uma Fé que seja qualquer coisa como um seguro contra todos os riscos.
A verdade é que a lógica do Reino de Deus costuma tornar-se um risco contra todos os seguros… O papa Francisco, no número 270 da Evangelii Gaudium, disse que Jesus “espera que renunciemos a procura daqueles abrigos pessoais ou comunitários - e eu acrescento, ou dogmáticos - que permitem manter-nos à distância do nó do drama humano, a fim de aceitarmos verdadeiramente entrar em contato com a vida concreta dos outros e conhecermos a força da ternura. Quando o fazemos, a vida complica-se sempre maravilhosamente e vivemos a intensa experiência de ser povo…”
(Pe. Rui Santiago Cssr em "Estou em Crer", 2014).
domingo, 25 de agosto de 2024
EXISTE DIFERENÇA ENTRE ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE?
A espiritualidade pode ser
definida como "uma dimensão da experiência humana relacionada ao
sentido e ao propósito da vida, que pode incluir crenças religiosas, bem como
práticas, sentimentos e atitudes que conectam o indivíduo a algo maior que si
mesmo." Essa definição pode ser associada ao trabalho de
Kenneth Pargament, um renomado psicólogo que estuda a espiritualidade e a
religião. Ele sugere que a espiritualidade é uma busca de significado que
transcende o material e se conecta ao transcendente, seja através de uma
religião organizada ou de uma perspectiva mais pessoal e individualizada.
Para Boff, a espiritualidade é
"a busca de um sentido profundo para a vida, que vai além da dimensão
material e imediata, conectando o ser humano ao mistério da existência, à
natureza e ao cosmos, em uma relação de respeito e harmonia."
A Espiritualidade pode ser
entendida como o conjunto de crenças que traz vitalidade e significado aos
eventos da vida em dimensões que transcendem o tangível, que elevam o coração e
o sentir humanos à experiência com algo maior que o seu existencial e que pode
ou não estar relacionada a uma prática religiosa formal. É a propensão humana
para o interesse pelos outros e por si mesmo. Ela atende à necessidade de
encontrar razão e preenchimento na vida, assim como a necessidade de esperança
e vontade para viver.
Espiritualidade é a busca por um
significado maior, uma conexão com algo superior, seja Deus, o universo ou
nossa essência interior. Não se trata de seguir dogmas ou rituais, mas de uma
experiência pessoal que transcende a materialidade.
Simplificando, a espiritualidade
é um vasto oceano sem fim, que compreende todas as coisas nele contidas. Já a
religião está contida neste “mar infinito” que é a espiritualidade.
A espiritualidade não está
presente apenas nas religiões, existem vastos caminhos para despertá-la e
vivenciá-la. As religiões trazem consigo um sistema de regras, dogmas, crenças,
e quem se identifica realmente com elas, pode segui-las sem problemas. Mas a
espiritualidade em essência independe desses aspectos. A espiritualidade é
livre, é a sua forma pessoal de se relacionar com o sagrado, com o
transcendente.
É importante reconhecer que o
sagrado, o transcendente, não é necessariamente Deus. Digo, não aquele Deus do
cristianismo ou de qualquer outra religião. A espiritualidade transcende essa
ideia, ela é livre e vasta. A sua relação com o divino pode ser feita através
do contato com a natureza, ou com o contato consigo mesmo, através da
meditação, pode ser também algo que te traga muito sentido, como a prática de
algum esporte ou hobbies. Tudo aquilo que te conecta com algo maior que você,
pode ser chamado de espiritualidade.
O autoconhecimento é um caminho
para alcançar a espiritualidade, para se conectar com nosso "eu"
interior e o transcendente. É através dele que nos tornamos conscientes da
nossa totalidade, onde a perspectiva de mundo e da forma que você se relaciona
com ele não fica presa ao Ego, ela se amplia. Passamos a entender que somos
muito mais do que os nossos gostos, muito mais do que é certo ou errado, não
ficamos presos a uma ideia de identidade, pois tudo isso limita. O
autoconhecimento nos dá a capacidade de perceber que estamos além de tudo isso.
Somos o todo e parte dele.
O conceito de espiritualidade
pode referir-se ao vínculo entre o ser humano e Deus ou uma divindade. A
religião tende a ser o nexo que permite desenvolver esta relação. Pode-se dizer
que os sacerdotes, os pastores e diversos gurus falam de espiritualidade
quando tratam assuntos religiosos. Desta forma, nossa espiritualidade nos ajuda
a espalhar o Evangelho.
Em resumo, podemos ter
espiritualidade sem religião, mas, a religião não sobrevive sem a espiritualidade.
Sem ela somos vazios.
(*Este texto é um resumo de
vários textos encontrados na Internet, alguns sem autoria definida, com as reflexões da
Catequista Ângela Rocha).
Referências:
BOFF, Leonardo. Espiritualidade:
um caminho de transformação. Petrópolis: Vozes, 2001.
PARGAMENT, K. I. The psychology of religion and
coping: Theory, research, practice. Guilford Press, 1997.
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avaliação, pelo e-mail angppr@gmail.com
* ESTE E OUTROS TEXTOS/ATIVIDADES, ENCONTRAM EM NOSSA APOSTILA
São 73 páginas com textos e atividades, que podem ser feitas pelo Grupo de Catequistas da sua comunidade ou enviadas para o Catequistas em Formação pelo email angprr@gmail.com
Você receberá comentários da autoria e um arquivo em powerpoint com material do Pe. Humberto Robson carvalho.
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MÊS VOCACIONAL: “O CATEQUISTA É AQUELE CONVOCADO A EXERCER UMA VOCAÇÃO QUE ELE SUSCITA”
“A comunidade é a principal responsável pelo ministério da catequese. Porém, dentro dela e em nome dela, alguns dos seus membros são chamados e formados para exercer uma vocação específica do anúncio da Palavra e da transmissão da fé. Esses catequistas possuem tal vocação enraizada na “vocação comum do povo de Deus, chamado a servir o desígnio salvífico de Deus em favor da humanidade” (DC, n. 110).
Em razão disso, deve a comunidade conscientizar-se de sua importância e buscar promover o real sentido desse chamado, em vista da missão a ser realizada. Ao mesmo tempo, deve discernir sobre quem tem o carisma para tal ministério. Os bispos do Brasil sugerem, nesse sentido, que haja, em nossas dioceses, planos formativos que possam promover “a cultura vocacional dos catequistas, elaborando passos para sensibilização, discernimento, acompanhamento e adesão à vocação” (CIIMC, n. 20).
Esse zelo significa que a Igreja almeja não só cuidar dos catecúmenos ou catequizandos, mas, igualmente, cuidar dos cuidadores, pois “tais ministérios, novos na aparência, mas muito ligados a experiências vividas pela Igreja ao longo da sua existência — por exemplo, o de Catequista […] —, são preciosos para a implantação, a vida e o crescimento da Igreja e para a sua capacidade de irradiar a própria mensagem à sua volta e para aqueles que estão distantes” (AM, n. 7).
Portanto, o catequista é aquele convocado a se preparar — não em vista de uma profissão, para executá-la em uma determinada empresa, e sim como um convocado por Deus a exercer uma vocação que Ele suscita e que serve para chamar a Seu serviço, por meio da Igreja. Sendo assim, o catequista participa da missão de Jesus, une-se ao Espírito Santo, protagonista da autêntica catequese, e torna-se testemunha e mediador que facilita a inserção dos novos discípulos de Cristo em seu Corpo Eclesial (DC, n. 112).
A sublimidade do exercício desse ministério nos faz rever alguns critérios ou atitudes pastorais acerca das escolhas dos candidatos para tal missão, pois, diante da carência pastoral e formativa, muitos deles são convocados, apesar das suas boas intenções, simplesmente pela necessidade e urgência diante da falta de alguém para essa função em uma determinada realidade paroquial. Noutras situações, persiste-se naquele estilo tradicional da catequese devido à inoperância e à decisão pessoal do catequista atuante em aderir ao estilo catecumenal. Outros, ainda, insistem em um salto automático de catequizando para catequista, após a recepção dos sacramentos, mas sem uma devida formação que possa dar credibilidade e autenticidade ao anúncio e educação da fé. Por fim, há a rotatividade entre os catequistas, uma vez que muitos assumem esse serviço, mas, em seguida, são desafiados a saírem da comunidade e residirem em ambientes geográficos distantes de seu território local, em virtude dos seus estudos, trabalhos ou outras atividades.
Consequentemente, a realização da catequese, nessas condições, permanece em um eterno recomeço, que enfraquece o processo, descontinua a caminhada, retarda os resultados e envelhece a comunidade. Diante disso, é necessário levarmos a sério o discernimento e a sinodalidade nas escolhas dos catequistas, envolvermos os demais membros das pastorais, realçarmos, em seguida, a formação integral, a fim de consolidar a identidade para a qual ele deve ser formado.
A propósito da construção da identidade do catequista, ao menos três aspectos nos chamam atenção, conforme o Diretório para a catequese. Ele deve ser “testemunha de fé e guardião da memória de Deus, mestre e mistagogo, acompanhador e educador” (DC, n. 113). De fato, uma comunidade sem catequista atuante é uma comunidade propensa a desaparecer, tornar-se inoperante e descaracterizada do anúncio, pois desapareceram, do seu meio, pessoas capazes de manter viva a memória de Deus, de narrar a história da salvação, de vigiar e transmitir para as gerações seguintes o amor de Deus e a sua misericórdia. Faltou, então, alguém para “plantar o trigo”.
Como mestre e mistagogo, o catequista é aquele que transmite o que antes experimentou. Se ele foi capaz de conhecer e fazer verdadeiramente uma experiência com nosso Senhor, ele se torna capaz de inserir seus catequizandos e catecúmenos nessa mesma experiência. Dessa forma, o conhecimento adquirido o direciona a querer sempre que o outro conheça e viva a alegria plena, porque, antes, ele está seguro e convicto de que é real. Sua vida é o próprio testemunho necessário que fala por gestos e palavras, lança fascínio, desperta interesse e atrai o outro para a mesma experiência. Ao final do processo, por razão da palavra testemunhada, os envolvidos poderão dizer: acreditamos por causa da sua palavra, mas nós mesmos ouvimos e sabemos que Jesus é o Salvador do mundo (Jo, 4, 42). Como mestre e mistagogo, o catequista, então, passa do “eu” para o “nós”, da mensagem para a assembleia, do conteúdo para a liturgia, de tal forma que aquilo que ele ensinou torna a ser agora celebrado e testemunhado.
Além disso, o catequista se torna aquele que acompanha os demais na proximidade, na escuta, como um especialista em humanidade capaz de conhecer as alegrias e tristezas, esperanças e angústias de cada pessoa e sabe colocá-las em relação com o Evangelho de Jesus (DC, n. 113c). Tal percepção lhe permite perceber a gradualidade do processo de cada catequizando ou catecúmeno, simultaneamente com a experiência com Deus. Ao mesmo tempo, permite-lhe identificar que nem todos chegam a esse fim com a mesma aptidão, segurança e adesão. O catequista capaz de fazer o caminho junto sente, então, quando um aquece o coração enquanto o outro “permanece com os olhos fechados”. Por isso, a sua vocação, sua identidade e sua missão não se localizam apenas na sala de catequese, estão para além dessas estruturas e desses ambientes, estão dentro da comunidade. No interior de um determinado grupo de catequistas está a condivisão do múnus de ensinar confiado ao pároco, está a continuidade daquilo que os pais, eficazmente, ensinaram como valores e conteúdos da fé aos seus filhos. Está o presente e o futuro de uma comunidade”.
Padre Wagner Francisco de Sousa Carvalho
FONTE: https://www.cnbb.org.br/mes-vocacional-dia-do-catequista/
terça-feira, 20 de agosto de 2024
CELEBRAÇÃO DE BÊNÇÃO AOS CATEQUISTAS
Em geral, diluiu-se a dimensão
vocacional da existência cristã. Na sensibilidade comum, a vida é encarada mais
como realização à escolha do que como resposta a um apelo de Deus e dos outros,
que nos esperam. Mais como da vida para mim, insaciavelmente, do que de mim
para a vida do mundo, disponivelmente. E o pior é que ficamos tristes por não
termos tudo, quanto só seríamos felizes se nos fizéssemos tudo para todos,
segundo a vontade de Deus
Muitas vezes a “iniciação”
cristã não se realiza, porque não descobre nem desenvolve a dimensão vocacional
da vida. Quantos dos nossos adolescentes e jovens são estimulados a ouvir o
chamamento divino, que lhes indicaria o que Deus espera deles e absolutamente
os realizaria?
Quando Paulo ouviu este
chamamento e lhe correspondeu por inteiro, pôde escrever assim: “Nós fomos
feitos por Deus, criados em Cristo Jesus, para vivermos na prática das boas
obras que Deus de antemão preparou para nelas caminharmos” (Ef 2, 10).
Mas, é triste verificarmos
como muitas existência ficaram por realizar, por não se descobrir o que Deus
oferecia, como apelo e missão. E porque na família e na comunidade nem sempre
se acolhem, nem acompanham devidamente, os sinais de tal vocação. Por isso, é
urgente, um tempo forte de oração pelas vocações. Em cada família e comunidade
cristã, a dimensão vocacional é básica e diz respeito a todos. Temos de tomá-la
tão a sério como à própria realização feliz de cada destino humano, só em Deus
garantido.
Celebração de Bênção aos Catequistas
Comentário: A atividade pastoral da Igreja
precisa da colaboração de muitos cristãos, para que as comunidades e cada um
dos fiéis alcancem a maturidade da fé e a proclamem sempre na celebração, no
compromisso e no testemunho da sua vida. Esta colaboração é prestada por
aqueles que se dedicam a dar catequese aos outros, iniciando-os, instruindo-os
e formando-os integralmente sobre aquilo que iluminados pela palavra de Deus e
pela doutrina da Igreja, eles próprios aprenderam a viver e a celebrar.
Reunidos nesta celebração, vamos bendizer o Senhor por estes nossos
colaboradores e implorar sobre eles a graça do Espírito Santo, para que exerçam
eficazmente este serviço da Igreja.
ORAÇÃO DOS FIÉIS
Leitor: Deus quer que todos os
homens se salvem. Invoquemo-l'O com toda a confiança, dizendo:
R. Atraí a Vós todos os homens
e mulheres, Senhor.
L. Pai Santo, fazei que todos
os povos Vos conheçam como único Deus verdadeiro — e a Jesus Cristo vosso
Filho, que enviastes como Salvador do mundo. R.
L. Enviai operários para a
vossa messe, — para que seja glorificado o vosso nome em todos os povos. R.
L. Vós que enviastes os
discípulos a pregar o Evangelho, — ajudai-nos a propagar a vitória da Cruz de
Cristo. R.
L. Fazei que sejamos dóceis à
pregação dos Apóstolos — e que a nossa vida se conforme com a verdade da nossa
fé. R.
L. Vós que nos chamais hoje ao
vosso serviço em favor dos nossos irmãos, — fazei que sejamos fiéis
administradores da vossa verdade. R.
L. Assisti os ministros da
vossa Santa Igreja, — para que, ensinando os outros, sejamos fiéis no vosso
serviço. R.
L. A graça do Espírito Santo
dirija os nossos corações e os nossos lábios, — para que permaneçamos sempre no
vosso amor e no vosso louvor. R
O celebrante diz então, de
braços abertos, a oração de bênção:
Confirmai, Senhor, com a vossa
bênção paterna, a decisão destes vossos servos e servas que desejam dedicar-se
à catequese, para que o que aprendem na meditação da vossa palavra e no estudo
da doutrina da Igreja, se esforcem por ensiná-lo aos seus irmãos e irmãs e, que
todos Vos sirvam com alegria. Por Nosso Senhor.
R. Amém.
CONCLUSÃO
O celebrante, voltado para os
catequistas, conclui dizendo:
Deus, que em Cristo manifestou
a sua caridade e verdade, faça de vós mensageiros do Evangelho e testemunhas do
seu amor no mundo.
R. Amém.
Nosso Senhor Jesus Cristo, que prometeu estar
presente na sua Igreja até o fim dos tempos, confirme as vossas obras e as
vossas palavras.
R. Amém.
O Espírito do Senhor esteja
sobre vós, para que possais ajudar os ministros da sua palavra.
R. Amém.
E a vós todos aqui presentes,
abençoe-vos Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo.
R. Amém.
Oração
de S. Tomás de Aquino para pedir a Sabedoria
Concede-me, Deus
misericordioso, que deseje com ardor o que Tu aprovas, que o procure com
prudência, que o reconheça em verdade, que o cumpra na perfeição, para louvor e
glória do Teu nome.
Põe ordem na minha vida, ó meu
Deus, e permite-me que conheça o que Tu queres que eu faça, e que o cumpra como
é necessário e útil para a minha alma. Que eu chegue a Ti, Senhor, por um
caminho seguro e reto; caminho que não se desvie nem na prosperidade nem na
adversidade, de tal forma que Te dê graças nas horas prósperas e nas adversas
conserve a paciência, não me deixando exaltar pelas primeiras nem abater pelas
segundas.
Que nada me alegre ou
entristeça, exceto o que me conduza a Ti ou de Ti me separe. Que eu não deseje
agradar nem receie desagradar senão a Ti. Tudo o que passa se torne desprezível
a meus olhos por Tua causa, Senhor, e tudo o que Te diz respeito me seja caro,
mas Tu, meu Deus, mais do que o resto. Que eu nada deseje fora de Ti.
Concede-me, Senhor meu Deus,
uma inteligência que Te conheça, uma vontade que Te busque, uma sabedoria que
Te encontre, uma vida que Te agrade, uma perseverança que Te espere com
confiança e uma confiança que te possua enfim. Concede-me ser atormentado com
as Tuas dores pela penitência, recorrer no caminho aos Teus benefícios pela
graça, gozar das Tuas alegrias sobretudo na pátria pela glória. Tu que vives e
reinas pelos séculos dos séculos.
Amém!
Fonte: Internet - sem autoria definida.
segunda-feira, 12 de agosto de 2024
DIA DOS PAIS, DIA DAS MÃES
quinta-feira, 8 de agosto de 2024
A CATEQUESE E A INTERNET: NOVOS CAMINHOS
A internet é um ótimo ambiente
também para a vivência da fé. Ela reduz
tempo, encurta espaços, enfim, gera um novo ambiente antropológico e também
eclesial. O telefone celular já faz parte da vida de mais de 85% da população
brasileira. E isso inclui muitas crianças e jovens. Por isso, proibir o
uso do celular pode criar um grande abismo entre a catequese e a vida dos
catequizandos.
Sem contar que o celular pode
se tornar um instrumento muito rico para exposição de algum tema ou conteúdo. A
grande maioria dos smartphones atuais, possui inúmeros recursos que podem ser
utilizados: câmeras, gravador de voz, mapas, além de, é claro, o acesso à
internet. Estar conectado durante um encontro não necessariamente significa
distração e perda de foco, pode ser uma maneira de “pesquisar”, coletar dados,
conhecer outras fontes e inteirar-se de assuntos atuais em tempo real. O
catequizando acaba se tornando o protagonista do próprio
aprendizado/conhecimento.
Há diferenças entre virtual e
real? Podemos dizer que não há diferenças porque as redes sociais são fruto da
interação humana, faz parte do dia a dia das pessoas. O uso do celular nos
encontros de catequese, precisa deixar de ser um “vilão” para tornar-se parte
das “ferramentas” de comunicação e interação entre catequizandos e catequista.
A catequese precisa rever sua
missão para não se tornar uma vivência fora do tempo, da moda ou de uso, em
relação à realidade dos catequizandos, tanto no mundo presencial (off-line)
quanto no mundo digital (online), constituído e habitado por seres reais, que
interagem e crescem a partir de suas próprias experiências. Em ambas as
situações o que se busca é a relação com o outro. Quanto mais próximos,
fraternos, solidários, caridosos e respeitosos com os outros nós formos, mais
perto de Deus estaremos e isso é possível também no ambiente digital.
“Os catequistas podem
contar, hoje, com novos recursos para a educação da fé, oferecidos pelos
suportes midiáticos tradicionais (Catecismos, livros, folhetos e áudio visuais
e digitais). Os materiais audiovisuais, as produções musicais, cinematográficas
e televisivas, os sites, blogs e as redes de relacionamentos, com conteúdo
culturais e religiosos, apresentam-se dessa forma, como preciosos recursos para
os catequistas e catequizandos”. (DC, nº 73)
Os catequistas devem conhecer
as ferramentas midiáticas e dar testemunho do bom uso dos meios de comunicação
para que eles não substituam a relação interpessoal e não sejam contraditórios
à mensagem do Evangelho.
Obviamente, o uso de celular
em um encontro de catequese sem nenhuma estratégia ou tipo de controle não é,
absolutamente, recomendado. O ideal é que o catequista consiga desenvolver
práticas catequéticas que insiram o celular de maneira lúdica e voltada para o
estímulo da curiosidade da criança ou jovem. Há momentos e momentos para
utilizar dispositivos móveis durante os encontros. E é importante que os
catequizandos tenham consciência e respeitem esta determinação.
A cultura do encontro não pode
ser substituída, mas pode aliar-se as novas tecnologias. Nada substitui o olhar
um para o outro, o abraço, um bom dia, mas mais do que isso é preciso levar o
catequizando a ter intimidade e comunhão com Jesus, pois Ele é quem nos leva ao
Pai por intermédio do Espirito Santo. Também, no ambiente digital, podemos
ajudar na propagação a boa nova.
Algumas dicas podem nos ajudar
a explorar este mundo digital:
• Não oferecer respostas
prontas, mas provocar discussões, interação e troca de experiências, os jovens
vão encontrando as respostas. O catequista é um guia para não haver desvios,
mas precisa de compreensão para os resultados nem sempre favoráveis.
• Os adolescentes são impacientes
e multitarefa. Por isso é preciso propor ações práticas e diversificadas que os
próprios catequizandos podem oferecer ao grupo.
• Valorizar o que
eles valorizam! Neste caso a internet.
• Nas redes sociais
eles costumam prolongar as relações que começam no mundo real. Nunca é demais
dizer que a catequese tem que criar laços entre catequistas e catequizandos. E
a internet pode fomentar isto.
• Muitas vezes
reclamamos do pouco tempo de catequese que temos por semana com os
catequizandos. A internet é uma possibilidade de ampliar este espaço. Um erro
comum é tentar transpor a linguagem do mundo real para a internet. A internet
tem seu jeito próprio de comunicar e devemos explorar isto. Geralmente é uma
linguagem objetiva, curta, audiovisual, lúdica e emotiva.
• Propor vídeos,
frases reflexivas, poesias, músicas, imagens, fóruns de discussões nas redes
sociais. Sempre com bom gosto. Achar que colocar uma imagem de Jesus
ensanguentado na cruz é catequética pode, pelo contrário, trazer aversão.
• Ser presença amiga nas redes.
Afastar a tentação de ser fiscal, com posições moralistas, mas, dialogar
carinhosamente e questionar certas posturas e opiniões.
• Pode-se marcar
encontros na rede para alguma determinada tarefa ou discussão. Mas cuidado! Se
algum catequizando não tiver acesso à internet isso poderá causar sentimento de
exclusão. Ver com o grupo como incluir todos e tornar participativo este
momento.
• Muitas vezes na
catequese não temos tempo de amarrar tudo que surge nos bate papos. Certos
pontos podem ser aprofundados com o grupo pela internet. Ou mesmo propor que
façam vídeos com conclusões dos encontros e postem para que todos vejam.
• Criar uma página
do grupo. Onde eles postem livremente ou sob orientação do catequista diversas
coisas que sintonizem com a motivação do grupo. Pode-se inclusive, através
desta página, começar parte do tema do encontro.
• Ajudar o jovem
crismando a ter senso crítico, principalmente em relação aos conteúdos que
encontram na rede. Estes conteúdos podem inclusive ser fonte de discussão na
catequese se certas coisas que aparecem na rede estão de acordo com a mensagem
cristã.
CATEQUESE CRISMAL VOLUME II