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sábado, 18 de maio de 2024

VEM ESPÍRITO SANTO, VEM!!


ROTEIRO DE ENCONTRO - PENTECOSTES
Catequese de Crisma
(Atos dos Apóstolos 1, 1-11)

AMBIENTAÇÃO: Mesa coberta com toalha vermelha. Círio pascal, pequenas velas (aquelas bem fininhas que não pingam). Uma pomba e as sete labaredas dos dons do espírito. Uma jarra com água. Uma pequena jarrinha com óleo bento (dos catecúmenos ou óleo abençoado pelo padre). Pode ser trazido também um ventilador para mostrar o vento. A bíblia (se for possível num ambão).

Iniciando o encontro: Distribuir as pequenas velas entre os presentes e acender o Círio. Pedir a cada um que, em fila, acendam a vela e retornem aos seu lugares ( A chama também pode ser passada de um para o outro).

- Fazer a leitura do “Texto de apoio”.

- Convidar a todos para fazer a oração do Espírito Santo.

Rezemos juntos:
Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor. Enviai o Vosso Espírito e tudo será criado, e renovareis a face da Terra! Oremos: Ó Deus que instruístes os corações dos Vossos fiéis, com a luz do Espírito Santo, fazei que apreciemos retamente todas as coisas, segundo o mesmo Espírito, e gozemos sempre de Sua consolação, por Cristo, Senhor Nosso. Amém!

- Fazer uma pequena introdução falando sobre a ação do Espírito Santo em nossos corações e na responsabilidade que Jesus nos deu de espalhar a sua Luz (palavra) pelo mundo. Em seguida pedir a cada um que espontaneamente ofereça essa luz a alguém que está precisando, uma família ou a alguém doente, etc.

LEITURA: Atos dos apóstolos, 1, 1-11.

Partilha: Refletir sobre o significado das palavras de Jesus:

Vocês receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês e serão minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a região da Judéia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra.”

Esse poder e essa responsabilidade são dados a cada um dos cristãos. Todos somos enviados a espalhar a palavra pelo mundo. Incentivar os presentes a darem sua contribuição.

DE ONDE VEM O NOME “ESPÍRITO SANTO” (ORIGEM)?

Segundo o CIgC (691 a 693), Espírito Santo, é o nome próprio daquele que adoramos e glorificamos com o Pai e o Filho. A Igreja recebeu este nome do Senhor e professa-o no Batismo dos seus novos filhos (Mt 28, 19).

O termo “Espírito” traduz o termo hebraico “Ruah” que, na sua primeira acepção, significa sopro, ar, vento. Jesus utiliza precisamente a imagem sensível do vento para sugerir a Nicodemos a novidade transcendente d'Aquele que é pessoalmente o Sopro de Deus, o Espírito divino (Jo 3, 5-8). Por outro lado, Espírito e Santo são atributos divinos comuns às três Pessoas divinas. Mas, juntando os dois termos, a Escritura, a Liturgia e a linguagem teológica designam a Pessoa inefável do Espírito Santo. Não se pode confundir com os outros empregos dos termos “espírito” e “santo”.

Jesus, ao anunciar e prometer a vinda do Espírito Santo, chamou-o de “Paráclito”, que é “aquele que é chamado para junto” (Jo 14, 16. 26; 15, 26; 16, 7). Paráclito traduz-se habitualmente por “Consolador”, sendo Jesus o primeiro consolador (1Jo 2). O próprio Senhor chama ao Espírito Santo o “Espírito da verdade” (Jo 16, 13).

Além do seu nome próprio, que é o mais empregado nos Atos dos Apóstolos e nas epístolas, encontramos em São Paulo as designações: Espírito da promessa (Gl 3, 14; Ef 1,13); espírito de adoção (Rm 8, 15: Gl 4, 6); Espírito de Cristo (Rm 8, 9); Espírito do Senhor (2 Cor 3, 17); Espírito de Deus (Rm 8, 9. 14; 15, 19; 1 Cor 6, 11; 7, 40); em São Pedro, Espírito de glória (1 Pe 4, 14).

Falar sobre os símbolos do Espírito Santo: a água, o fogo, a pomba, o vento e o óleo, ETC. (ANEXO 1).

Observações: Para enriquecer o encontro é necessário que se faça algumas leituras prévias sobre o Pentecostes (a vinda do Espírito Santo em Atos 2, 1-13). Também Recomendo que se leia sobre os símbolos no Catecismo da Igreja católica a partir do item 694.

ENVIO: Enfatizar que com o óleo são ungidos os escolhidos de Deus. Por isso o símbolo maior do sacramento do crisma é o óleo ou unção. (CIgC 694 a 701).

- Fazer uma pequena cerimônia fazendo com o óleo uma cruz na mão direita de cada um dizendo: “Eu te envio em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Aceita esta missão?”.

Convidar a todos para rezar o Pai Nosso e despedir-se com carinho.

TEXTOS DE APOIO:

O ESPÍRITO SANTO DA FÉ E DA ESPERANÇA

O Mestre morrera... Medo e incerteza assolavam o coração e a mente. Aquele que viera cumprir o que os profetas disseram havia partido.

Não restara um “Reino” a ser desfrutado. O Rei estava morto. Fora condenado, surrado e sofrera na carne o que nenhum ser humano suportaria sofrer.

Sim, ele ressuscitara. Aparecera diversas vezes a eles naqueles dias. Mas, o que o Mestre quereria deles?

Estavam fracos, abatidos sem a sua presença, escondidos e com medo de falar Dele. Pessoas os procuravam querendo consolo. Consolo que mesmo eles, mesmo na presença de Maria, mãe e força para todos, não estavam tendo.

Quando é que o Senhor devolveria o Reino aos filhos de Israel? Quando eles deixariam de ter medo e teriam certeza de que Deus estava mesmo com eles?

Então veio a promessa! Ele os faria forte e derramaria sobre eles o dom do Seu Espírito. O Espírito Santo de Deus que tudo pode e fortalece.

E no 50º dia, um vento forte abriu as janelas do cenáculo e o ar circulou envolvendo a todos, línguas de fogo se espalharam e cada um dos que estavam presentes foi tocado. Imediatamente eles se viram cheios de sabedoria e podiam falar em todas as línguas.

Jesus cumprira a promessa: o Espírito Santo estava com eles. Pedro lembra o Profeta Joel:
“E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito. E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor. E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o Senhor, e entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar”. (Joel 2, 28-32).

Deus derramará seu espírito sobre todos. Seus filhos e filhas anunciarão a sua mensagem, os jovens terão visões e os velhos sonharão. Até os servos e servas serão tocados por Ele e anunciarão suas palavras. No céus aparecerão coisas espantosas e na terra haverá milagres. E no fim, quando vier o glorioso Dia do Senhor, todos que pediram ajuda do Senhor serão salvos.

A partir daquele momento os apóstolos passaram a fazer muitos milagres e maravilhas e todos se admiravam. Os cristãos se uniram e passaram a repartir uns com os outros tudo o que tinham...

Essa é a mensagem. O Espírito Santo se derrama sobre nós. Esse é o pedido de Jesus: Espalhemos a sua palavra sem medo. Façamos de nossa vida uma partilha.

Ângela Rocha
Catequista – Graduada em Teologia pela PUCPR

ANEXO 1:

OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO NO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA (CIgC)

A ÁGUA

O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Batismo, pois que, após a invocação do Espírito Santo, ela se torna o sinal sacramental eficaz do novo nascimento. Do mesmo modo que a gestação do nosso primeiro nascimento se operou na água, assim a água batismal significa realmente que o nosso nascimento para a vida divina nos é dado no Espírito Santo. Mas, “batizados num só Espírito”, “a todos nos foi dado beber de um único Espírito” (1Cor 12, 13): portanto, o Espírito é também pessoalmente a Água viva que brota de Cristo crucificado (Jo 19, 34; 1 Jo 5, 8.) como da sua fonte, e jorra em nós para a vida eterna (Jo 4, 10-14; 7, 38: Ex 17, 1-6: Is 55, 1; Zc 14, 8: 1 Cor 10, 4. Ap 21, 6; 22, 17.). (CIgC 694).

A UNÇÃO (ÓLEO)

O simbolismo da unção com óleo é também significativo do Espírito Santo, a ponto de se tomar o seu sinônimo (1 Jo 2, 20. 27; 2 Cor 1, 21.). Na iniciação cristã, ela é o sinal sacramental da Confirmação, que justamente nas Igrejas Orientais se chama “Crismação”. Mas, para lhe apreender toda a força, temos de voltar à primeira unção realizada pelo Espírito Santo: a de Jesus. Cristo (“Messias” em hebraico) significa “ungido” pelo Espírito de Deus. Houve “ungidos” do Senhor na antiga Aliança (Ex 30, 22-32), sobretudo o rei David (1Sm 16, 13.). Mas Jesus é o ungido de Deus de maneira única: a humanidade que o Filho assume é totalmente “ungida pelo Espírito Santo”. Jesus é constituído “Cristo” pelo Espírito Santo (Lc 4, 18-19; Is 61, 1). A Virgem Maria concebe Cristo do Espírito Santo, que pelo anjo O anuncia como Cristo quando do seu nascimento (Lc 2, 11) e leva Simeão a ir ao templo ver o Cristo do Senhor (Lc 2, 26-27). É Ele que enche Cristo (Lc 4, 1) e cujo poder emana de Cristo nos seus atos de cura e salvamento (Lc 6, 19; 8, 46). Finalmente, é Ele que ressuscita Jesus de entre os mortos (Rm 1, 4; 8, 11). Então, plenamente constituído “Cristo” na sua humanidade vencedora da morte (At 2, 36), Jesus difunde em profusão o Espírito Santo, até que “os santos” constituam, na sua união à humanidade do Filho de Deus, o “homem adulto à medida completa da plenitude de Cristo” (Ef 4, 13), “o Cristo total”, para empregar a expressão de Santo Agostinho (Santo Agostinho, Sermão 341, 1, 1: PL 39, 1493: Ibid. 9, 11: PL 39. 1499.). (CIgC 695)

O FOGO

Enquanto a água significava o nascimento e a fecundidade da vida dada no Espírito Santo, o fogo simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo. O profeta Elias, que “apareceu como um fogo e cuja palavra queimava como um facho ardente” (Sir 48, 1), pela sua oração faz descer o fogo do céu sobre o sacrifício do monte Carmelo (1 Rs 18, 38-39), figura do fogo do Espírito Santo, que transforma aquilo em que toca. João Batista, que “irá à frente do Senhor com o espírito e a força de Elias” (Lc 1, 17), anuncia Cristo como Aquele que “há-de batizar no Espírito Santo e no fogo” (Lc 3, 16), aquele Espírito do qual Jesus dirá: “Eu vim lançar fogo sobre a terra e só quero que ele se tenha ateado!” (Lc 12, 49). É sob a forma de línguas, “uma espécie de línguas de fogo”, que o Espírito Santo repousa sobre os discípulos na manhã de Pentecostes e os enche de Si (Act 2, 3-4.). A tradição espiritual reterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo (São João da Cruz, Llama de amor viva: Biblioteca Mística Carmelitana, v. 13 (Burgos 1931) p. 1-102; 103-213. [ID., Chama vida de amor: Obras Completas (Paço de Arcos, Edições Carmelo 1986) p. 829-957)].). “Não apagueis o Espírito!” (1 Ts 5, 19). (CIgC 696)

A NUVEM E A LUZ

Estes dois símbolos são inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Desde as teofanias do Antigo Testamento, a nuvem, umas vezes escura, outras luminosa, revela o Deus vivo e salvador, velando a transcendência da sua glória: a Moisés no monte Sinai (Ex 24, 15-18), na tenda da reunião (Ex 33, 9-10) e durante a marcha pelo deserto (Ex 40, 36-38; 1 Cor 10, 1-2); a Salomão, aquando da dedicação do templo (1 Rs 8, 10-12). Ora estas figuras são realizadas por Cristo no Espírito Santo. É Ele que desce sobre a Virgem Maria e a cobre “com a sua sombra”, para que conceba e dê à luz Jesus (Lc 1, 35). No monte da transfiguração, é Ele que «sobrevém na nuvem que cobriu da sua sombra» Jesus, Moisés e Elias, Pedro, Tiago e João, nuvem da qual se fez ouvir uma voz que dizia: "Este é o meu Filho, o meu Eleito, escutai-O!" (Lc 9, 35). E, enfim, a mesma nuvem que «esconde Jesus aos olhos» dos discípulos no dia da Ascensão (At 1, 9.) e que O revelará como Filho do Homem na sua glória, no dia da sua vinda (Lc 21, 27). (CIgC 697)

O SELO

É um símbolo próximo do da unção. Com efeito, foi a Cristo que “Deus marcou com o seu selo” (Jo 6, 27) e é n'Ele que o Pai nos marca também com o seu selo (2 Cor 1, 22; Ef 1, 13; 4, 30). Porque indica o efeito indelével da unção do Espírito Santo nos sacramentos do Batismo, da Confirmação e da Ordem, a imagem do selo (sphragis: selo, impressão de um selo) foi utilizada em certas tradições teológicas para exprimir o caráter indelével, impresso por estes três sacramentos, que não podem ser repetidos. (CIgC 698)

A MÃO

É pela imposição das mãos que Jesus cura os doentes (Mc 6, 5; 8, 23) e abençoa as crianças (Mc 10. 16). O mesmo farão os Apóstolos, em seu nome (Mc 16, 18; At 5, 12; 14, 3). Ainda mais: é pela imposição das mãos dos Apóstolos que o Espírito Santo é dado (At 8, 17-19; 13, 3; 19, 6). A Epístola aos Hebreus coloca a imposição das mãos no número dos “artigos fundamentais” do seu ensino (Heb 6, 2). Este sinal da efusão onipotente do Espírito Santo, guarda-o a Igreja nas suas epicleses sacramentais. (CIgC 699)

O DEDO

“É pelo dedo de Deus que Jesus expulsa os demônios” (Lc 11, 20). Se a Lei de Deus foi escrita em tábuas de pedra “pelo dedo de Deus” (Ex 31, 18), a “carta de Cristo”, entregue ao cuidado dos Apóstolos, “é escrita com o Espírito de Deus vivo: não em placas de pedra, mas em placas que são corações de carne” (2Cor 3, 3). O hino “Veni Creator Spiritus” invoca o Espírito Santo como “digitus paternae dexterae”- “Dedo da mão direita do Pai” (Domingo de Pentecostes, Hino das I e II Vésperas: Liturgia Horarum, editio typica, v. 2 (Typis Polyglottis Vaticanis 1974), p. 795 e 812. [Liturgia das Horas. vol. II p. 850 e 861. edição da Gráfica de Coimbra, 1999). (CIgC 700).

A POMBA

No final do dilúvio (cujo simbolismo tem a ver com o Batismo), a pomba solta por Noé regressa com um ramo verde de oliveira no bico, sinal de que a terra é outra vez habitável (Gn 8, 8-12). Quando Cristo sobe das águas do seu batismo, o Espírito Santo, sob a forma duma pomba, desce e paira sobre Ele (Mt 3, 16 e par). O Espírito desce e repousa no coração purificado dos batizados. Em certas igrejas, a sagrada Reserva eucarística é conservada num relicário metálico em forma de pomba (o columbarium) suspenso sobre o altar. O símbolo da pomba para significar o Espírito Santo é tradicional na iconografia cristã. (CIgC 701)

O VENTO*

Este é um símbolo comumente associado ao Espírito Santo, apesar de que, não é listado no CIgC como “símbolo” e sim como origem do “nome”. (cfe CIgC (691 a 693).

Em At 2, 1s, encontramos: “Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reu­nidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados”. Esse texto leva à raiz da palavra “espírito”. O espírito alude ao ato de inspirar ou respirar, como se vê pela etimologia da palavra “respiração”.

Por isso, o Espírito de Deus é o sopro ou hálito de Deus, a Ruah Adonai: “O Espírito [ruah] de Deus pairava sobre as água” (Gn 1, 2); “O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas o sopro [ruah] da vida e o homem se tornou um ser vivente” (Gn 2, 7). Essa imagem do vento impetuoso é um lembrete de que o Espírito Santo nos devolve e sustenta a vida. O Espírito Santo é como um vento impetuoso, que nos inspira a vida divina.

FONTE:
JOÃO PAULO II. CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA (CIgC). O Espírito Santo - A Profissão da fé, segunda seção, capítulo terceiro, parágrafos 691 a 701.São Paulo: Edição típica Vaticana, Loyola, 2000.

Este e outros encontros você encontra em nossas apostilas:
Catequese Crismal - Vol I, Vol II e III


PEDIDOS: WHATS 41 99747-0348




quarta-feira, 8 de maio de 2024

CRISMA – ENCONTRO COM PAIS E PADRINHOS


Obs. Convém fazer um encontro com os pais e os crismandos para orientar previamente a escolha do padrinho ou madrinha de Crisma.

Biblicamente não existe respaldo para a nomeação dos padrinhos de crisma. A Igreja Católica adota padrinhos por tradição, e no crisma esta tradição é muito importante por três motivos:

A escolha: no crisma os padrinhos/madrinhas, muitas vezes, são escolhas do crismando. É preciso refletir com eles sobre o porquê desta escolha.

A responsabilidade: o padrinho deve acompanhar o crismando por sua caminhada na fé, aconselhando e dando forças.

Laços: o padrinho adquire um parentesco espiritual com o crismando.

No encontro com os padrinhos/madrinhas de crisma é importante utilizar estas três chaves: escolha, responsabilidade e laço; para desenvolver um momento que envolva pais, padrinhos e crismandos.

Ambientação:

- Ao centro um tecido azul com uma vela no centro e barquinhos brancos de papel ao redor da cruz.

- Providenciar um barquinho de papel de outra cor, para cada crismando com o nome escrito.

Oração Inicial: Sinal da cruz, Oração do Espírito Santo...

Leitura de Marcos – 4,35-41 – Jesus acalma a tempestade

REFLEXÃO:

Neste primeiro momento vamos refletir sobre o convite de Jesus: Vamos para o outro lado! É uma travessia a ser feita de barco, um barco tem lugares contados e os discípulos foram os convidados. Na crisma só há lugar para apenas um padrinho ou madrinha.

A Escolha: Quando fomos batizados, nossos pais escolharam para nós padrinhos e madrinhas. De fato, éramos muito jovens para fazer esta escolha. Podemos agora, na confirmação/crisma convidar estes padrinhos para renovar conosco as promessas do batismo. No entanto, pelas circunstâncias do tempo, os padrinhos de batismo podem ter se afastado das nossas vidas, assim, podemos agora, com a maturidade que vem com a juventude, escolher nosso padrinho ou madrinha de crisma. Esta pessoa que ajudará nossos pais a nos guiar na fé e na vida.

A responsabilidade: No texto vemos o mar bravo refletindo as dificuldades da vida. Quando se é jovem entender as dificuldades da vida é complicado, tendemos a nos revoltar a querer deixar tudo de lado. Por outro lado, mesmo nas ondas calmas, às vezes, podemos nos esquecer da nossa fé, nos perder nas tantas vozes que se levantam. A responsabilidade dos padrinhos e madrinhas é não deixar os afilhados se perderem nas tempestades da vida.

Laço: O padrinho deve ser a base para este jovem durante toda a sua vida, o abraço amigo que acolhe e traz de volta para a morada do Senhor.

Compromissos dos padrinhos:

- Colocar os afilhados em suas orações;
- Manter contato com o afilhado, se interessar por sua vida, problemas e conquistas;
- Ser o modelo de vida crista para o afilhado.

Canto: ♫ Eu navegarei

- Enquanto se realiza a dinâmica, colocar o canto “Eu Navegarei”. 
https://www.youtube.com/watch?v=cT-Y5YkyBog

Dinâmica:

Entregar um barquinho de papel para os crismandos (de cor diferente dos brancos que estão no pano) e pedir a eles que entreguem os barcos aos seus padrinhos e madrinhas para que se sintam convidados a estarem no barco da vida com eles. Convidar o padrinho/madrinha para colocar o barco no centro sobre o pano azul. Em outro momento perguntar o que motivou a escolha.

Conclusão e Oração Final:

De braços dados com o afilhado e os pais, simbolizando um novo laço familiar, rezar a oração dos padrinhos:

Ó Senhor Jesus Cristo, que tomas os jovens nos braços de Tua misericórdia e os fazes membros vivos da Tua Igreja, concede graça, eu Te suplico, ao meu afilhado para que ele cresça na tua fé, obedeça à Tua palavra e persevere em Teu amor, a fim de que, fortalecido por teu Espírito Santo, possa resistir às tentações, vencer o mal, regozijar-se na vida que agora vive, e habitar contigo na vida que há de vir, ó misericordioso Salvador com o Pai e o Espírito Santo, amém.


Padrinhos e Madrinhas de crisma no Código de Direito Canônico:

O cânon 893 do Código de Direito Canônico estabelece, para ser padrinho de crisma, as mesmas condições para que se possa ser padrinho de batismo. Essas condições estão no cânon 874:

"Cân. 874 - Para que alguém seja admitido para assumir o encargo de padrinho, é necessário que:
1º Seja designado pelo próprio batizando, por seus pais ou por quem lhes faz às vezes, ou, na falta deles, pelo próprio pároco ou ministro, e tenha aptidão e intenção de cumprir esse encargo;

2º Tenha completado dezesseis anos de idade, a não ser que outra idade tenha sido determinada pelo Bispo diocesano, ou pareça ao pároco ou ministro que se deva admitir uma exceção por justa causa;

3º Seja católico, confirmado, já tenha recebido o santíssimo sacramento da Eucaristia e leve uma vida de acordo com a fé e o encargo que vai assumir;

4º Não tenha sido atingido por nenhuma pena canônica legitimamente declarada;

5º Não seja pai ou mãe do batizando."

* Observar outras disposições diocesanas.

Este e outros roteiros, você encontra na Apostila CATEQUESE CRISMAL:


R$ 40,00 - lançamento

Contato e pedidos: Whats (41) 99747-0348