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quarta-feira, 19 de novembro de 2025

A CASTIDADE SEGUNDO O CATECISMO - EXPLICADO PARA OS PAIS (A FAMÍLIA)

 👨‍👩‍👧Castidade Segundo o Catecismo — Explicado para Pais

A Igreja fala sobre castidade de um jeito muito diferente do que normalmente imaginamos. Nada de listas de proibições, exageros ou discursos que colocam medo. Nos parágrafos 2339 a 2342, o Catecismo apresenta um caminho surpreendentemente humano, positivo e realista sobre como viver a sexualidade — especialmente na adolescência.

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1. Castidade é aprender a se controlar — e isso é sinal de liberdade (CIC 2339)

O Catecismo diz que castidade é domínio de si. Isso significa: não ser escravo dos próprios impulsos, mas aprender a tomar decisões com liberdade, consciência e maturidade.

A pessoa que se domina:

  • escolhe com clareza,
  • vive com mais paz,
  • não se deixa levar pela pressão dos outros,
  • e age conforme seus valores, não conforme o clima do momento.

Não se trata de “reprimir” nada, mas de colocar sentimentos e desejos no lugar certo, sem exageros nem medos.

2. É um caminho, não um peso — e ninguém nasce sabendo (CIC 2340)

O Catecismo reconhece que ninguém nasce pronto. O autocontrole se aprende pouco a pouco e envolve:

  • conhecer a si mesmo,
  • evitar situações que tirem a paz,
  • fortalecer a vontade,
  • seguir valores que fazem bem,
  • ter vida de oração.

Esse processo ajuda o adolescente a “juntar os pedaços” dentro de si e encontrar equilíbrio entre emoções, corpo, desejos e escolhas.

Castidade é isso: integração interior.

3. A castidade depende da temperança — que é equilíbrio (CIC 2341)

Temperança é a virtude que ajuda a viver tudo na medida certa. Nem permissividade total, nem rigidez excessiva.

Para o Catecismo, viver a castidade significa permitir que a razão, a consciência e a fé orientem as escolhas, evitando que sentimentos desordenados dominem.

É maturidade emocional.

4. O esforço é para a vida toda — e é ainda mais delicado na adolescência (CIC 2342)

O Catecismo é realista: ninguém domina totalmente seus impulsos para sempre.

É um esforço que se retoma muitas vezes, e em algumas fases ele é mais difícil — especialmente na adolescência.

Por quê?

  • O corpo muda rápido.
  • As emoções ficam intensas.
  • A pressão dos amigos aumenta.
  • A internet influencia tudo.
  • Os desejos aparecem antes da maturidade emocional.
  • A personalidade ainda está sendo construída.

Ou seja: é normal que os adolescentes tenham dificuldades. A Igreja sabe disso — e acolhe isso com misericórdia.

O que a Igreja espera das famílias?

O Catecismo não pede perfeição. Ele pede acompanhamento, diálogo, proximidade e formação da consciência.

Os pais não precisam dar aula de biologia nem discursos longos. Precisam apenas:

  • conversar com sinceridade,
  • ensinar valores,
  • transmitir segurança,
  • ajudar o adolescente a perceber o que faz bem e o que machuca,
  • e mostrar que corpo, sentimentos e fé caminham juntos.

A catequese ajuda — mas a família é o primeiro espaço de educação afetiva. 

Uma frase para guardar:

Castidade, no Catecismo, não é dizer “não” ao sexo.
É dizer “sim” à liberdade interior, ao amor verdadeiro e à dignidade da pessoa.

Ângela Rocha

Catequista e Formadora



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