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domingo, 13 de dezembro de 2020

UMA QUESTÃO "ANTROPOLÓGICA"...

"Por que é tão difícil colocarmos em prática os ensinamentos de Deus para os Pais dos catequizandos? Um dia eles (os pais) também já fizeram todos os encontros. Será que eles esqueceram ou é a correia do dia a dia?"

Célia Dietrich

Celia, Celia... que pergunta difícil! Vou ter que "caçar" uma resposta pra você!

Bem, é um bocado complicado a gente pensar que os pais deveriam ser ótimos pais porque resolveram "ser pais"! Porque não são só as questões religiosas que afeta a educação dos filhos. Hoje nós temos várias questões que afastam as pessoas de uma prática religiosa efetiva. Não que elas estejam longe de Deus, quem está mesmo longe de Deus, nem frequenta uma Igreja ou põe os filhos para fazer catequese.

O que temos que pensar é que a sociedade mudou e vive um tempo diferente. As pessoas estão muito mais focadas em viver sua individualidade e a "sua vida" do que viver numa comunidade. Algumas coisas já não são mais "necessárias". Como por exemplo, estar fisicamente em um lugar para estar num grupo. A tecnologia mudou muito isso. Nos primeiros tempos da Igreja, as pessoas iam à missa aos domingos para encontrar os amigos, outras famílias e para "viver" em comunidade.

As pessoas também não moraram tão perto umas das outras. O mundo não era tão urbanizado. A migração do ambiente rural para o urbano, mudou radicalmente a mentalidade das pessoas. Além da cidade fazer com que se sinta uma certa “invisibilidade”, as pessoas parecem preferir o anonimato. Moramos em apartamentos, separados apenas por uma parede e, às vezes, nem nos conhecemos. As pessoas foram perdendo suas referências de grupo, de família, de bairro.

Responder a esta questão, é um dos desafios da Igreja. Mas, podemos entender um pouquinho mais lendo sobre Antropologia Cristã. (Antropologia é o estudo do homem frente ao tempo e à cultura em que vive).

Um autor que tem um referencial bom sobre Antropologia Teológica é Alfonso Garcia Rubio. Procure os livros dele pra entender este universo. E quem sabe vamos entender um pouco melhor este comportamento dos nossos "pais" da catequese.

Ângela Rocha

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