(Mateus 19, 16-22)
INTERLOCUTORES: catequizandos da crisma.
Objetivo do encontro: O mês de junho é marcado por muitas festividades nas paróquias referente aos “Santos Juninos”: Antônio, João, Pedro e Paulo. É uma época propícia para falar de “santidade” aos adolescentes e jovens. E também, se há festa de “padroeiro”, é o momento de envolvê-los. Sem falar na “Festa Junina” da paróquia que costuma fazer parte do calendário. É o momento de incentivar o protagonismo dos adolescentes de crisma para participar da organização da festa.
Ambientação: Imagens dos Santos Juninos e outros, incluindo uma imagem de Carlos Acútis*.
- Providenciar alguns “quitudes” juninos para finalizar o encontro: paçoca, pé-de-moleque, bolo de fubá, etc.
Iniciando o encontro: Acolher os crismandos com alegria e mostrar as imagens dos santos. Ver se eles sabem o nome de cada um. Falar brevemente sobre Carlos Acutis.
* Adolescente católico italiano que morreu de leucemia em 2006, aos 15 anos, ele foi beatificado em outubro de 2010. Ele é considerado o padroeiro da juventude, da internet e dos estudantes. A foto mais famosa de Carlo Acutis mostra o beato vestido com uma camiseta polo vermelha, um par de calças jeans e uma mochila nas costas. Uma imagem que expressa perfeitamente o que a vida deste jovem representa: um santo de calça jeans nos revela que a santidade não é algo distante, mas que pode estar muito próxima de qualquer um que, à maneira de Carlo, faça da amizade com Cristo o seu projeto de vida.
O Vaticano anunciou, em maio 2024, que o papa Francisco atribuiu um segundo milagre ao adolescente italiano Carlo Acutis, conhecido como o “influenciador de Deus”.
Leitura Bíblica: Mateus 19, 16-22
- Invocar a Santíssima Trindade;
- Ler uma vez, ler novamente, pausadamente em cada pergunta e resposta.
- O que este texto nos diz hoje?
APROFUNDANDO O TEMA
À pergunta do jovem: “Bom Mestre, o que devo fazer para alcançar a vida eterna?”, Jesus responde com outra esta pergunta : “Por que me chamas de bom? Ninguém é bom, exceto Deus." E acrescenta: “Já conheceis os mandamentos: não matarás, não cometerás adultério, não roubarás, não dirás falso testemunho, não defraudarás, honrarás teu pai e tua mãe”. Com estas palavras Jesus recorda ao seu interlocutor alguns mandamentos do Decálogo.
Mas a conversa não termina aí. O jovem afirma: “Mestre, guardei tudo isto desde a minha juventude”. Então Jesus, olhando para ele, amou-o e disse-lhe: “Só te falta uma coisa: vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; depois vem e segue-me”. Neste momento a atmosfera da conversa muda . Então o jovem, com “seu semblante nublado, vai embora triste, porque tinha muitos bens”.
Podemos admitir que a referida conversa é sem dúvida o encontro mais completo e rico em conteúdo que Jesus teve com um jovem. Pode-se dizer também que este tem um caráter universal e atemporal; válido em certo sentido, ao longo dos séculos e gerações. Cristo fala assim com um jovem, com um menino ou com uma menina; Ele fala em vários lugares da terra entre diferentes nações, raças e culturas. Cada um de vocês é um interlocutor potencial nesta conversa.
Ao mesmo tempo, todos os elementos da descrição e todas as palavras ditas por ambas as partes numa tal conversa têm um significado muito essencial, têm o seu peso específico. Pode-se dizer que estas palavras contêm uma verdade particularmente profunda sobre o homem em geral e, em particular, a verdade sobre a juventude humana . Eles são muito importantes para os jovens.
Ao final da narrativa temos que o jovem saiu triste “porque tinha muitos bens ”. Sem dúvida esta frase refere-se a bens materiais, dos quais o jovem era proprietário ou herdeiro. Talvez esta seja a situação para alguns, mas não é típica. Por isso, as palavras do evangelista sugerem outra visão do problema: é que, de fato, a juventude em si (independentemente de qualquer bem material) é uma riqueza única do homem, de uma menina ou de um menino, e na maior parte dos casos, é vivido pelos jovens como uma riqueza específica.
Existem, razões para pensar a juventude como uma riqueza singular que o homem experimenta precisamente neste período da sua vida. Com efeito, o período da juventude é o tempo de uma descoberta particularmente intensa do “eu” humano e das propriedades e capacidades que ele contém. À visão interior da personalidade em desenvolvimento de um jovem ou de uma jovem, abre-se gradual e sucessivamente a potencialidade específica – em certo sentido única e irrepetível – de uma humanidade concreta , na qual o projeto completo da vida futura está como que inscrito . A vida é delineada como a realização de tal projeto, como “autorrealização”.
A juventude é a riqueza de descobrir e ao mesmo tempo de programar, de escolher, de prever e de assumir como próprias as primeiras decisões, que terão importância para o futuro na dimensão estritamente pessoal da existência humana. Ao mesmo tempo, tais decisões não têm pouca importância social. O jovem do Evangelho encontra-se nesta fase existencial. Por esta razão, também as palavras finais referentes à “muita riqueza”, podem ser entendidas neste sentido preciso: o da riqueza que é a própria juventude.
Mas devemos nos perguntar: deveria essa riqueza que é a juventude afastar o homem de Cristo? O texto permite-nos concluir na direção oposta. A decisão de se distanciar de Cristo foi, influenciada apenas pela riqueza externa, aquilo que o jovem possuía (“ a propriedade ”). Não o que ele era . O que ele era, precisamente quando jovem – isto é, a riqueza interior que se esconde na juventude – levou-o a Jesus. E isso o levou a fazer essas perguntas, que tratam mais claramente do seu projeto de vida . O que devo fazer para alcançar a vida eterna? O que devo fazer para que minha vida tenha pleno valor e pleno significado ?
A juventude de cada um de vocês, é uma riqueza que se manifesta precisamente nestas questões . O homem os usa durante toda a sua vida. Porém, na juventude impõem-se de forma particularmente intensa e até insistente. Porque essas questões comprovam a dinâmica de desenvolvimento da personalidade humana típica da sua época. Às vezes você se faz essas perguntas com impaciência e, ao mesmo tempo, entende que a resposta a elas não pode ser precipitada ou superficial. É uma resposta que se refere a toda a vida , que abrange a totalidade da existência humana.
Podemos dizer então que a sua juventude é também uma riqueza interior? A quem devemos perguntar isso? A quem deveriam fazer esta pergunta essencial? Parece que nestes casos Cristo é o único interlocutor competente, aquele que ninguém pode substituir plenamente.
(Baseado na Carta de São João Paulo II à Juventude, Dilecti Amici ,1995).
TEXTO DE APOIO
Santos de calça jeans
Santidade não está relacionada a realizar fatos homéricos ou viver em eterna penitência. Santidade é viver a Verdade e o Amor de Cristo no nosso dia a dia.
Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os amigos. Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se "lascam" na faculdade. Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.
Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma espiritualidade inserida em nosso tempo. Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias mudanças sociais. Precisamos de Santos que vivam no mundo se santifiquem no mundo, que não tenham medo de viver no mundo.
Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot-dog, que usem jeans, que sejam internautas, que escutem iPod. Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não tenham vergonha de tomar um refrigerante ou comer pizza no fim de semana com os amigos.
Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança, de esporte. Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros. Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos".
(Este texto tem circulado a Internet como se fosse de autoria de São João Paulo II, no entanto, provavelmente o texto deve-se às reflexões do livro “Santos de Calça Jeans”, de Adriano Gonçalves, publicado pela Canção Nova em 2010).
A carta oficial direcionada aos jovens por São João Paulo II é a Carta Apostólica Dilecti Amici, do ano de 1985, disponível nos documentos do vaticano no link:
Vale a pena uma leitura atenta!
Dinâmica: Caso haja tempo ao final do encontro promover a seguinte atividade aos catequizandos:
- Preparar pequenas plaquinhas/crachás para colacar no peito de cada participante que for queimado, com nome de “santos ou santas”: Ântonio, João, Pedro, Paulo, etc.
“QUEIMADA DE TODOS OS SANTOS”
O jogo de Queimada é praticado por dois times, cujo objetivo é eliminar o adversário atingindo-os ("queimando-os") com a bola. No nosso jogo o objetivo não é queimar ou eliminar, é levar “para o céu”.
Espaço: Utilizar um espaço equivalente a uma quadra polivalente. O número de participantes é combinado conforme o número de catequizandos.
O campo é dividido com uma linha central. Atrás da área de cada time fica o espaço reservado para os jogadores "que foram para o céu".
- No início do jogo, coloca-se um jogador do time A, atrás do time B, e um jogador do time B, atrás do time A.
- Sorteia-se qual time vai começar. O jogador que estiver atrás dos times é que vai começar tentando acertar a bola (“queimar”) em alguém do time adversário.
- Quem for “queimado” é chamado então a “ser santo”, escolhendo um dos crachás com nome de santo/a, e passa a ajudar seu time a “chamar outros a serem santos”.
- A brincadeira termina quando todos tiverem sido “chamados a ser santos” e estiverem no “céu”.
Regras gerais da queimada
1. Os dois times se posicionam num campo dividido por uma linha central. Esta não pode ser ultrapassada.
2. O jogador da ponta deve arremessar a bola contra o time adversário, com o intuito de "queimá-los". Por sua parte, os adversários tentam se espalhar no campo ou ir ao fundo do mesmo, para não serem atingidos pela bola.
3. Se a bola não atinge ninguém e apenas quica no campo adversário, o jogador pode pegá-la sem o risco de estar "queimado".
4. Os jogadores são "queimados" nos seguintes casos: quando a bola acerta qualquer parte do corpo ou quando pegam a bola, mas a deixam cair.
5. Os jogadores "queimados" devem ir para uma área específica, atrás do campo do time adversário. No caso da nossa queimada, ela é o “céu”.
7. Vence o time que conseguir "levar para o céu” o maior número de jogadores.
(Sugestão de dinâmica: Rogério Bellini)
Adaptação: Ângela Rocha
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