🎯 O objetivo do documento
O Papa Paulo VI quis responder à
pergunta: “O que significa evangelizar hoje?”. Diante dos desafios do
mundo moderno – marcado por mudanças culturais, crises de fé, secularização e
injustiças sociais – o documento afirma com força que evangelizar é a missão
essencial da Igreja. A Igreja existe para anunciar Jesus Cristo, e isso deve
acontecer em todos os lugares: nas famílias, nas ruas, nas escolas, no ambiente
de trabalho, nos meios de comunicação e na própria comunidade cristã.
Nesse documento, a Igreja reforça que evangelizar é a missão essencial da comunidade cristã e que todos os batizados são chamados a ser discípulos missionários, ou seja, a viver e anunciar o Evangelho com a própria vida.
🧩 O que é evangelizar?
Ou seja, evangelizar envolve:
- A transformação interior das pessoas e das comunidades;
- O testemunho da vida cristã;
- O anúncio explícito de Jesus, do seu amor e da sua salvação;
- A adesão do coração à fé;
- A entrada na vida da comunidade eclesial (Igreja);
- A participação nos sacramentos e nas obras de caridade;
- A ação missionária, que se expande para alcançar os mais distantes.
Por que a Evangelii Nuntiandi é importante para os catequistas?
Porque mostra que a evangelização não é só falar de Jesus, mas viver
como Ele viveu, dar testemunho, criar comunhão e tocar os corações. A catequese
é uma forma de evangelização, e os catequistas são peças fundamentais nesse
processo, ajudando a formar cristãos conscientes, comprometidos e missionários.
🧑🏫 E o papel do catequista?
A Evangelii Nuntiandi também fala
da importância dos leigos na evangelização. E isso inclui de forma especial os
catequistas.
O catequista:
- Evangeliza evangelizando-se: precisa estar em
constante conversão e formação.
- É chamado a ser testemunha viva da fé, mais do
que apenas um “professor” de religião.
- Precisa comunicar a alegria do Evangelho,
adaptando a linguagem aos tempos atuais, sem perder a essência da fé.
- Deve formar discípulos missionários, ou seja, cristãos que também evangelizam outros.
Uma evangelização que transforma
Outro ponto central do documento é a
ligação entre evangelização e promoção humana. O Papa Paulo VI afirma que: “Não
há evangelização verdadeira se não houver também uma libertação do ser humano
em todas as suas dimensões.” Isso significa que evangelizar também é lutar
contra a pobreza, a injustiça, o racismo, a exclusão e toda forma de
desumanização. O anúncio do Evangelho deve estar sempre ligado à promoção da
dignidade de cada pessoa.
Mesmo tendo sido escrito há 50 anos, a Evangelii Nuntiandi continua extremamente atual. Muitos dos desafios que ela aponta ainda estão presentes hoje: o enfraquecimento da fé, a indiferença religiosa, o individualismo, as desigualdades sociais e a busca por sentido.
Papa Francisco, inclusive, chamou esse documento de “o maior texto pastoral da história da Igreja” e o usou como inspiração direta para sua própria exortação Evangelii Gaudium, publicada em 2013.
Para nós, catequistas, a Evangelii Nuntiandi é um chamado à missão com alegria, coragem e esperança. Evangelizar é mais do que ensinar conteúdos: é compartilhar a vida de Jesus, é caminhar com as pessoas, é fazer ecoar o amor de Deus no mundo concreto.
Frases Evangelii Nuntiandi
A evangelização, por tudo o que
dissemos é uma diligência complexa, em que há variados elementos: renovação da
humanidade, testemunho, anúncio explícito, adesão do coração, entrada na
comunidade, aceitação dos sinais e iniciativas de apostolado. (EN 24)
A libertação que a evangelização proclama e prepara é aquela mesma que o próprio Jesus Cristo anunciou e proporcionou aos homens pelo seu sacrifício. (38)
Dar a conhecer Jesus Cristo e o seu Evangelho àqueles que não os conhecem, é precisamente, a partir da manhã do Pentecostes, o programa fundamental que a Igreja assumiu como algo recebido do seu Fundador. Todo o Novo Testamento, e duma maneira especial os Atos dos Apóstolos, dão testemunho de um momento privilegiado e, de algum modo, exemplar, desse esforço missionário, que viria em seguida a assinalar toda a história da Igreja. (EN 51)
Se é verdade que este primeiro
anúncio se destina especialmente àqueles que nunca ouviram a Boa Nova de Jesus
e às crianças, é verdade também que ele se demonstra cada dia mais necessário,
e isto por causa das situações de descristianização frequentes nos nossos dias,
igualmente para multidões de homens que receberam o batismo, mas vivem fora de
toda a vida cristã, para as pessoas simples que, tendo embora uma certa fé,
conhecem mal os fundamentos dessa mesma fé, para intelectuais que sentem a falta
de um conhecimento de Jesus Cristo sob uma luz diversa da dos ensinamentos
recebidos na sua infância, e para muitos outros ainda. (EN 52)
Para ler o documento na íntegra, clique no link abaixo:
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