Ao longo da nossa
experiência do “fazer catequese”, muitas vezes nos deparamos com o que chamamos
de turmas “inquietas” onde, normalmente é difícil estabelecer a calma para que
possamos falar ou até mesmo fazer uma oração. As crianças e jovens de hoje
estão cada vez mais “participantes” do mundo e não querem saber de “escutar” o
outro. Querem falar e manifestar suas opiniões... e quase todos ao mesmo tempo!
Nossos pais e avós até
chamariam isso de “falta de educação” e “falta de respeito aos mais velhos”,
afinal, vimos de uma geração onde crianças e adolescentes, nem sequer escutavam
a conversa dos adultos, que dirá participarem. Mas, o mundo mudou e a nova geração
está aí com concepções totalmente diferentes. Resta-nos ajudar essa moçada a
desenvolver uma característica que, infelizmente, muitos adultos não têm: a ASSERTIVIDADE. Ou seja, saber defender
seus pontos de vista respeitando o do outro, em resumo: saber falar e saber
ouvir e sempre na hora certa.
DINÂMICA DOS 30 SEGUNDOS
OBJETIVO:
Desenvolver a Assertividade*, a capacidade
de comunicação e escuta; criatividade; comunicação verbal; administração do
tempo; poder de persuasão e influência; estabelecer a calma; proporcionar desafio
individual, intelectual e social; crenças e valores.
DURAÇÃO: 30
minutos.
PARTICIPANTES: de
06 a 50.
MATERIAL:
Não necessita.
Dividir as pessoas em grupos
conforme o número de participantes. Se forem poucos, não é necessária a
divisão.
DESENROLAR: Previamente
deve-se selecionar um tema a ser discutido pelo grupo. Que poderá se referir a
um conteúdo trabalhado ou a qualquer assunto que esteja em discussão no mundo
no momento, uma notícia, etc.
Ao iniciar a dinâmica cada participante
do grupo terá 30 segundos para falar sobre o tema apresentado e defender seu
ponto de vista. Cada participante terá que usar toda sua desenvoltura e
comunicação para sua apresentação.
Nenhum participante poderá,
de forma alguma, ultrapassar o tempo de 30 segundos ao falar sobre o tema. Os
demais participantes deverão ficar em TOTAL silêncio durante a apresentação de
cada colega. Qualquer manifestação durante a fala do outro, será penalizada.
Após as apresentações, abrir
uma discussão sobre: “Saber falar e saber
escutar”.
DICAS
PARA A DISCUSSÃO:
·
O que sentimos aos escutar o outro em silêncio
sem poder argumentar?
·
Foi possível resumir as ideias de forma
objetiva e clara?
·
A discussão de forma organizada foi produtiva?
Por que?
·
É possível respeitar a opinião do outro sem
ignorá-la?
·
Foram agregados conhecimentos durante a
discussão?
·
Alguma argumentação conseguiu mudar a sua
opinião sobre o assunto?
·
Como esta dinâmica pode nos ajudar no dia a
dia em outras discussões?
·
Como lidamos no dia a dia nas discussões com
outras pessoas?
*
A Assertividade é a habilidade social de fazer
afirmação dos próprios direitos e expressar pensamentos, sentimentos e crenças
de maneira direta, clara, honesta e apropriada ao contexto, de modo a não
violar o direito das outras pessoas. A postura assertiva é uma virtude,
pois se mantém no justo meio-termo entre dois extremos inadequados, um por
excesso (agressão), outro por falta (submissão). Ser assertivo é dizer
"sim" e "não" quando for preciso. Pessoas com comportamento
mais assertivo sentem menos ansiedade, tem maior grau de internalidade, ou
seja, capacidade de refletir antes de falar ou agir, e melhor auto-estima. Conviver
com pessoas assertivas também aumenta a auto-estima e diminui a agressividade.
Em nossos dias, o termo
“assertividade” é muito usado. Talvez, por causa da necessidade imperiosa que
temos de colocar em prática seu significado. Assertividade é
um estilo de comunicação, aberto às opiniões alheias, dando–lhes a mesma
importância que às próprias opiniões. É algo que parte do respeito de
alguém para com os demais e até consigo mesmo, estabelecendo com segurança
e confiança o que se deseja. A pessoa assertiva aceita que a postura
das outras não precisa coincidir com as dela e, de maneira direta, aberta
e honesta, evita conflitos.
O que nos anima é que a
assertividade não é algo que se herda, mas, que pode ser adquirida e
aprendida. Todos nós podemos ter essa qualidade, e isso vai nos ajudar
muito nos nossos relacionamentos.
Então, o que precisamos
modificar e treinar, a fim de melhorar o trato com as pessoas? Teria Jesus
Cristo colocado em prática a assertividade?
Nós, que acompanhamos a vida
de Jesus, observamos que todos os Seus atos foram assertivos. Ele não
emitia palavras demais, ocupava-Se das necessidades das pessoas e até de
pequenos detalhes que pareciam insignificantes. Não fazia discriminação
e sabia envolver os que O cercavam em tarefas nas quais podiam se
sentir úteis.
Esse conceito também implica empatia e
humildade. Sem essas características, é impossível nos preocuparmos com
outras pessoas e considerar as opiniões delas. Enquanto viveu na Terra,
Jesus também revelou as virtudes da empatia e humildade em todos os Seus atos.
Ele, realmente, praticou a assertividade.
Nada façais por espírito de partido ou
vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a
vós mesmos. Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os
dos outros. (Fl 2,
3-4).
Estes versículos nos aconselham a considerar
os outros como a nós mesmos, e também sugere o atual conceito de
assertividade. Ser assertivo é expressar nossos pontos de vista
respeitando o das outras pessoas.
Jesus se conduziu aqui na terra, de maneira
compassiva, amável e cortês. Foi bondoso e misericordioso. Jesus revelava, com
cada um que encontrava, sua disposição amável em atendê-los. Com mãos cheias de
boa vontade estava sempre pronto para servir aos outros. Manifestava
uma paciência que nada conseguia perturbar, e uma veracidade que nunca
sacrificou a sua integridade. Ele era firme como a rocha em questões de
princípios, mas, sua vida nos revela a graça da abnegada cortesia em escutar o
outro.
Angela Rocha
FONTE: Adaptação de Dinâmicas de Grupo.
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