Tão comum e parte de nossas
vidas, a Semana Santa para
nós católicos, muitas vezes, dispensa explicações. No entanto, precisamos
considerar que muitas das tradições que viveram nossos avós, hoje são
desconhecidas por nós e por nossos filhos. A beleza das celebrações e ritos é
ignorada e trocada pelas muitas ocupações que acabamos arrumando nesta semana,
que, por ter o feriado na sexta-feira, não raras vezes, torna-se um final e
semana de “férias” para muitas famílias.
A Semana
Santa é muito mais que uma tradição religiosa católica
que celebra a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo. Ela é o ápice e
a coroação da fé em Jesus Cristo Salvador. Ela se inicia no Domingo de Ramos, que relembra a
entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, depois de ter ficado quarenta dias em
provação no deserto, e termina com a ressurreição de Jesus, que ocorre no Domingo de Páscoa.
Domingo de Ramos: O
Domingo de Ramos abre solenemente a Semana Santa, com a celebração da entrada
triunfal de Jesus em Jerusalém. Jesus é recebido em Jerusalém como um rei, mas
os mesmos que o receberam com festa o condenaram à morte. Jesus é recebido com
ramos de palmeiras. Nesse dia, são comuns procissões em que os fiéis levam
consigo ramos de oliveira ou palmeira, o que originou o nome da celebração.
Segundo os evangelhos, Jesus foi para Jerusalém para celebrar a Páscoa Judaica com
os discípulos e entrou na cidade como um rei, mas sentado num jumentinho (símbolo
da humildade) e foi aclamado pela população como o Messias, o rei de Israel. A multidão o aclamava: "Hosana ao Filho de Davi!". No
entanto, dali a poucos dias, Jesus é preso e condenado.
Segunda-Feira Santa: É o dia
onde se recorda a prisão de Jesus Cristo. A liturgia deste dia traz a maldição
da figueira, um prenúncio da sua morte e a expulsão dos vendedores do templo, o
que incita mais ainda sua prisão e condenação.
Terça-Feira Santa: Terceiro
dia da Semana Santa, onde são celebradas as Sete dores de Nossa Senhora. E muito comum também por ser o dia de
penitência no qual os cristãos cumprem promessas de vários tipos. Também
se faz memória do encontro de Jesus e
Maria no caminho do calvário.
Quarta-Feira Santa: É o
quarto dia da Semana Santa. Em algumas igrejas celebra-se neste dia a piedosa Procissão do encontro de Nosso Senhor dos
Passos e Nossa Senhora das Dores. Ainda há igrejas que neste dia celebram o
Ofício das Trevas, lembrando que o
mundo já está em trevas devido à proximidade da morte de Jesus.
Quinta-Feira Santa: É o
quinto dia da Semana Santa e, na manhã deste dia, nas catedrais das dioceses, os
bispos se reúnem com o seu clero para celebrar a Missa dos Santos Óleos ou Celebração
do Crisma, na qual são abençoados os óleos que serão usados nos sacramentos
do Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos ao longo do ano. Com essa celebração se
encerra a Quaresma. A Quinta-feira já é considerada parte do Tríduo Pascal. Neste mesmo dia, à
noite, são relembrados os três gestos de Jesus durante a Última Ceia: a
Instituição da Eucaristia, o Lava-pés, com a instituição de um novo mandamento
(ou "ordenança") segundo algumas denominações cristãs e a instituição
do sacerdócio. É neste momento que Judas Iscariotes sai para entregar
jesus por trinta moedas de prata. E é nesta noite em que Jesus é preso,
interrogado e, no amanhecer da sexta-feira, açoitado e condenado.
A igreja fica em vigília junto
ao Santíssimo, relembrando os
sofrimentos de Jesus, que tiveram início nesta noite. A igreja já se reveste de
luto e tristeza, desnudando os altares (quando são retirados todos os enfeites,
toalhas, flores e velas), tudo para simbolizar que Jesus já está preso e
consciente do que vai acontecer. Também cobrem-se todas as imagens existentes
no templo, com panos de cor roxa.
Sexta-Feira Santa ou
Sexta-Feira da Paixão: É quando a Igreja recorda a morte de Jesus.
Pode-se encenar a Via Sacra. É celebrada a Solene Ação Litúrgica, paixão e a
Adoração da Cruz. A recordação da morte de Jesus consiste em quatro momentos: A
Liturgia da Palavra, a Oração Universal, Adoração da Cruz e Rito da Comunhão.
Presidida por presbítero ou bispo, os paramentos para a celebração são de cor
vermelha.
Sábado Santo ou
Sábado de Aleluia: É o dia da espera. Os cristãos junto ao
sepulcro de Jesus aguardam sua ressurreição. No final deste dia é
celebrada a Solene Vigília Pascal, a
mãe de todas as vigílias, como disse Santo Agostinho, que se inicia com a Bênção do Fogo Novo e também do Círio
Pascal; proclama-se a Páscoa através do canto do Exultet e faz-se a leitura de 8 passagens da Bíblia (4
leituras e 4 salmos) percorrendo-se toda história da salvação, desde
Adão até o relato dos primeiros cristãos. Entoa-se o Glória e o Aleluia, que
foram omitidos durante todo o período quaresmal. Há também o Batismo dos adultos que se prepararam
durante toda a quaresma. A celebração se encerra com a Liturgia Eucarística, o ápice de todas as missas.
Domingo de Páscoa: É o
dia mais importante para a fé cristã, pois Jesus vence a morte para mostrar o
valor da vida. Esse dia é estendido por mais cinquenta dias até o Domingo de Pentecostes. Costuma-se celebrar a
missa bem cedo, quase ao amanhecer e despertar a comunidade com sinos.
Fontes:
Diversos/internet.
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