Levantamos as perguntas/dúvidas colocadas nos comentários das 4 partes do nosso estudo (postadas até agora), e procuramos trazer uma resposta a todos. Não se trata de respostas "fim", mas, de respostas que devem levar a uma reflexão sobre os diversos temas e, é claro, de correção se assim for necessário.
Suzana Lossurdo – 15 de março 2021
Se o CIgC é um documento tão
importante e atual, por que continua tão desconhecido? Eu já o conhecia, mas
nunca tive oportunidade de estudá-lo.
Lesley Adami – 15 de março
Resposta: O Compêndio do CIgC veio atender aos anseios do povo de Deus, por
um resumo das doutrinas católicas que pudesse ser compreendida de maneira mais
simples e direta. No entanto, o compêndio não deve ser usado na catequese.
Sabrina Pedrotti de
Oliveira – 22 de março 2021
"Homens e mulheres precisam
conhecer e amar a Deus". De que forma podemos fazer com que isso aconteça?
Quando nos deparamos com pessoas/pais que querem que seus filhos recebam os
Sacramentos, porém não são capazes de escutar e acolher a palavra de Deus e
muitas vezes colocam à prova a doutrina cristã em que estão inseridos. Sabemos
que muito é pela falta de conhecimento sobre o que nossa igreja nos ensina e
orienta, e quando se negam a ouvir?
Resposta: Esta é
uma pergunta difícil de responder. Contudo, a evangelização dos adultos é uma
resposta. Pais “ausentes” da catequese dos filhos procuram a paróquia por questões
culturais ou sociais. É preciso reverter isso. Sobre quando “se negam a ouvir”,
temos dois caminhos: bater o pó das sandálias e partir para outra missão
ou insistir. Cabe aqui, o discernimento do evangelizador.
Rose Olipe – 23 de março 2021
Bom dia, gostaria de saber qual o
significado da letra G. Visto que CIC (Catecismo da Igreja Católica), não
entendi o G.
Resposta: A
resposta a esta pergunta está em nosso texto Parte III.
Lesley Adami – 26 de
março de 2021
Eu já ouvi falar do Compêndio em
algumas formações aqui na minha cidade, porém, efetivamente nunca o usei, por
não tê-lo. Pelo que li, ele é mais " facilitado" no sentido de serem
perguntas e respostas, sendo mais direto na dúvida. Correto?
Resposta: Sim, o compêndio no formato de perguntas e respostas, é mais direto e cita a fonte original no CIgC. O Catequista precisa sempre buscar a fonte original. A respeito dos documentos da Igreja, particularmente os da Santa Sé, todos estão disponibilizados no site do Vaticano. Basta digitar o nome do documento num site de busca e vocês serão direcionados ao site. Os principais documentos se encontram aqui: http://www.vatican.va/archive/index_po.htm
COMPÊNDIO
DO CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA COMPÊNDIO
DA DOUTRINA SOCIAL DA IGREJA Também podemos encontrar todos
os documentos dos PAPAS de Leão XIII a Francisco. |
Adriana Vieira – 28 de março 2021
Tenho uma preocupação enquanto
catequista sobre o catecismo, sei a importância dele para uma um bom trabalho, mas,
minha dúvida é: Por que muitos padres não citam o documento em formações e, às
vezes, parece que nem tomam ele como base de seu próprio anúncio?
Resposta: A
questão de os padres não citarem o CIgC em formações, é um tanto relativista. Nem
todas as formações se trata da doutrina católica. E não devemos colocá-lo
como base do anúncio. Porque não anunciamos doutrina, anunciamos
a Jesus Cristo, sua paixão e ressurreição. O Catecismo é um documento que
interpreta a fé da Igreja Católica, mas, não é um documento de anúncio. Digamos
que ele é a sequência da conversão, onde, a pessoa então convertida, busca as
razões da fé da nossa Igreja. Seria importante lermos com bastante atenção qual
é o “anúncio” ou “querigma” com o qual iniciamos a evangelização. Está no
discurso de Pedro em At. 2,14-39. Ali Pedro oferece ao pregador o
conteúdo do querigma: o anúncio de Cristo e de sua obra salvadora. Pedro,
partindo do bom senso e do Antigo Testamento, anuncia àquelas pessoas vindas
dos mais diversos lugares os pontos essenciais da fé: acreditamos em Jesus
Cristo porque Deus tem dado testemunho dele, ele foi morto, ressuscitou,
encontra-se exaltado à direita de Deus, enviou o Espírito Santo para conduzir
sua Igreja. Ele é o Senhor e Cristo e diante dele todo ser humano está chamado
a sentir-se interpelado, culpado e necessitado de salvação. E conforme diz
nosso Catecismo:
“Deus quer a salvação de todos
pelo conhecimento da verdade. A salvação está na verdade. Os que obedecem à
moção do Espírito de verdade já estão no caminho da salvação; mas a Igreja, a
quem esta verdade foi confiada, deve ir ao encontro de seu anseio, levando-lhe
a mesma verdade. Ela tem de ser missionária porque crê no projeto universal de
salvação” (Catecismo da Igreja Católica, nº 851).
De maneira sistemática, geralmente
são indicados os seguintes temas quando se trata de anunciar o querigma: o
amor de Deus, o pecado como desvio do caminho, a salvação em Cristo, a fé e a
conversão, o Espírito Santo, a comunidade.
Cileine Silva – 04 de abril 2021
De início, tenho uma dúvida: o Diretório Nacional da Catequese, que
é um outro documento, o seu conteúdo está fundamentado no CIgC?
Resposta:
Sim e não. Tanto no DNC, baseado no DGC, quanto no novo Diretório para a
Catequese de julho/2020 (Doc. Da Igreja 61), temos referência a ele. No
entanto, um “diretório”, como o nome já diz, é um documento que disciplina o “como
fazer” na catequese. Ele dá as bases e a direção que a Catequese deve tomar em
suas várias instâncias. Usa o Catecismo como base, mas, não só ele: Usa a
Bíblia, os documentos da Santa Sé, documentos das Conferências (Magistério),
documentos dos Papas, documentos do Concílio Vaticano II etc.
Outra coisa que confunde um pouco
os catequistas é achar que, tanto no Catecismo quanto nos diretórios, se
encontram “roteiros temáticos” para fazer os encontros com os catequizandos.
Não, não é assim. A Bíblia nos dá a base do anúncio do Reino, é por ali que se
começa a pensar a catequese, o anúncio/querigma. O Catecismo é a
interpretação desta fé desde os primórdios da nossa Igreja, traz a herança dos
Santos padres (primeiros bispos/padres da Igreja), o testemunho de Santos e
Santas e todo o conhecimento que o Magistério da Igreja nos trouxe até hoje. E
esse Magistério continua a interpretar a fé por meio dos documentos dos
diversos papas, dos Sínodos, das Congregações vaticanas etc.
11 comentários:
Não anunciamos doutrina, anunciamos Jesus Cristo!
A doutrina, magistério da Igreja, nos auxilia no conhecimento da nossa fé! Carla Bassoto - Paróquia São Judas e São Dimas, Bauru/SP
Muito bom! A partilha é enriquecedora.
Obrigada meninas!
Suas explicações são ótimas, claras e objetivas.
Acredito que está faltando um pouco ensinar a doutrina do Catecismo, porque é também mostrar um caminho a ser seguido ,sem isso que sentido faria uma catequese que não,mostra o compromisso com a fe?
A experiência com Jesus precisa, antes ensinar, a criança que a vida é pra ser vivida em partilha e comunhão,é dom pra se colocar a serviço de Deus e O exemplo está nos santos a começar com a transformação de Abraão.Nao nós conformemos com este mundo é preciso descrusar os braços e plantar as sementes cultivando a terra,ou seja falando do amor de Deus ao próximo se morremos um dia, quem estamos deixando pra assumir ,Se não for assim não faz sentido ensinar.Que a experiência nas medicações faça um sentir atraídos pelo sentido verdadeiro que a catequese mostra que é levar a conhecer o caminho salvífico que é a Eucaristia e o resultado que ela precisa provocar num coração humano que é a transformação para um trabalho seja qual for mas que seja de fato para Deus e não para si só.Que Deus abençoe nos e vós abençoe.
O que escrevi,foi o que vejo com necessidade.
As suas Explicações são de alto ajuda preciso ver mais vezes , vi muito pouco ainda e já gostei
Catequese ao meu ver é descobrir aos poucos o amor e a misericórdia de Deus, que nos mostrou e mostra a cada dia através de Seu Filho Jesus. É também uma provação da nossa missão, se não estamos dispostos a ouvir, entender, aprender e buscar, acabamos nós perdendo pelo caminho. Obrigada Ângela Rocha e toda a equipe de formação.
Sabrina Pedrotti de Oliveira
As dúvidas e confusão quanto a finalidade, objetivo do ministério da catequese na Igreja e a sua relação com o CIgC, estão bem esclarecidas nos Ditetórios para Catequese da Santa Sé, como no Diretório Nacional de Catequese da CNBB. Neste último,tem um parágrafo citando uma fala de São João Paulo II. "Na catequese, quando se fala em conteúdo, pensa-se em geral na doutrina e na moral. Essa visão afeta o encaminhamento do processo catequético. Mensagem é comunicação de algo importante.João Paulo II afirmou enfaticamente:"Quem diz mensagem diz algo mais que doutrina. Quantas doutrinas de fato jamais chegam a ser mensagem. A mensagem não se limita a propor ideias: ela exige uma resposta, pois é interpelação entre pessoas, entre aquele que propõe e aquele que respinde. A mensagem é vida.(cf. DNC 97). A partir do parágrafo 123 ao 126 do DNC trata-se especificamente do CIgC.
É BOM CONFERIR!😉📚
POR FAVOR, coloquem SEUS NOMES nos comentários... Aqui pra mim aparece "Unknown disse..." nos 2 comentários feitos antes da Sabrina...
Seria interessante responder, mas, não sei a quem...
Ângela Rocha
Roseli, faremos mais tarde uma correlação entre os diretórios de catequese e o Catecismo. Vai elucidar esta questão de usar o Catecismo ou a Bíblia na catequese.
Ele é o Senhor e Cristo e diante dele todo ser humano está chamado a sentir-se interpelado, culpado e necessitado de salvação
Gostaria de saber se nesta citação, respondendo a pergunta da Adriana, do dia 28, a palavra a sentir-se culpado é adequada ? Me passa a sensação de uma teologia triste, penitencial. Eu entendo que devamos levar a alegria de já termos sido salvos. Salvos do quê? Aí sim, faria sentido o chamado a conversão constante, ao reconhecimento das nossas limitações. Qual é a mensagem principal neste sentido que o CIgC nos traz? P.S. eu ainda não conheço-o. Estou aprendendo.
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