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quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

A "PERMANÊNCIA" DOS NOSSOS ADOLESCENTES E JOVENS NA IGREJA, DEPENDE DE QUE?

Fonte: revista da Graça
E não é de hoje que ouço falar nisso como um "problema" quase que geral das nossas comunidades. É certo que a grande maioria dos adolescentes "debanda" da Igreja após o sacramento da Crisma. E isso acontece pelo simples fato de que a evangelização destes, não se completa. E nem poderia estar comleta pelo fato de que eles ainda são muito jovens e não tem maturidade para pensar ou se envolver no "seguimento" que a Igreja pede. Nem mesmo um adulto está preparado para viver o "vem e segue-me", que dirá uma criança!

Mesmo em dioceses onde os bispos colocam a catequese de crisma um pouco mais tarde, aos 15, 16 anos; vemos que a adesão não é completa e muito menos leva a um seguimento 100%. Esporádico e tardio, muitas vezes. Os ovens têm deixado a igreja por uma série de razões: desde entrada na faculdade até falta de conexão com os membros da igreja. A juventude que está fora das portas do templo, costuma ver a igreja como uma reunião de pessoas que obedece cegamente a regras inflexíveis e que ignora as principais discussões da atualidade.

Onde vemos iniciativas bem sucedidas de grupos de jovens e adolescentes, percebemos que, muitas vezes, ela depende de lideranças comprometidas, que se esforçam para que os grupos perseverem. Mas, estas lideranças "crescem", deixam de ser adolescentes e jovens e passam a ser adultos um dia. Se não há uma preocupação para que outros jovens substituam estas lideranças, os grupos "morrem".

Outra coisa que se pode perceber, é que os crismandos que aderem a estes grupos são, na verdade, filhos de famílias que estão na Igreja: ministros, catequistas, agentes de pastoral, paroquianos fiéis. Ou seja, há um suporte familiar e uma certa "tradição" por trás disso. Sem o apoio da família, a cumplicidade de amigos com as mesmas afinidades, os jovens acabam procurando outras atividades mais ao "gosto" do mundo secularizado.

O que não podemos fazer é nos achar "fracassados" se nossos adolescentes simplesmente somem da Igreja. A evangelização não é só "responsabilidade" do catequista. Ela precisa de vários fatores conjuntos: Um anúncio e uma pré-evangelização dada pela família ou grupo onde vivem; um apoio irrestrito de lideranças eclesiais e; a oportunidade de "serviço" para que o seguimento a Cristo aconteça.

Em nossa falácia de "sumiram após o sacramento", muitas vezes não pensamos que para "ficar", é necessário ter um "aonde". E esse lugar, não é em grupos e pastorais que trabalham exclusivamente em seus "quadrados", não é em grupos formados por "panelinhas" sem abertura para o novo, para aquele que chega e nem sempre fez parte da "gangue".

Não considero difícil fazer com que um adolescente permaneça na Igreja. Difícil é fazer dele um adulto "comprometido" com a sua fé, construir nessa pessoa uma fé "madura", que não balance ao sabor de ventos contrários. São estes adultos com "fé madura" que deveriam dar suporte aos nossos adolescentes e jovens.

Ângela Rocha - CATEQUISTA

Graduada em Teologia - PUCPR



2 comentários:

Anônimo disse...

Família santoario de Deus
Onde você ista?
Já estamo segos vagando na estrada.! Como ti encontrar novamente

Anônimo disse...

Ótima reflexão! Concordo.