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sábado, 21 de outubro de 2017

O QUE É O "CERCO DE JERICÓ"


O CERCO DE JERICÓ: UMA CRÍTICA

Por Guillermo D. Micheletti
Introdução

Em certa ocasião, um grupo me pediu para organizar um “Cerco de Jericó” (CdJ). Perguntei o que é era. Disseram que se tratava de um encontro de adoração com missa e que geralmente, após a missa, se realizava uma procissão com o Santíssimo ao redor do povo, com cantos, súplicas e clamores: cada dia acrescentando-se uma volta, até completar sete. Como no relato bíblico da queda das muralhas de Jericó, hoje, no CdJ, vão “caindo” todas as muralhas que atrapalham a vida humana: carência, depressão, encostos, bruxarias, despachos, falta de dinheiro, brigas em família etc. Então, pedi que fizessem uma pesquisa bíblica para esclarecer melhor o fato… Passado um tempo, o grupo veio me dizer que “tinha desistido” de realizar o encontro porque a pesquisa não lhes dera uma resposta convincente; parecia que o tal cerco de Jericó “não tinha acontecido como descrito na Bíblia”. Eu, já ciente disso, decidi então escrever este artigo, a modo de contribuição.

O que é o Cerco de Jericó? Um pouco de história

Sobre o Cerco de Jericó, CdJ, não se tem história muito documentada. Parece que começou na Polônia, como preparação para a visita do papa João Paulo II a Cracóvia. Em 8 de maio de 1979, decidiram organizar práticas piedosas; uma delas foi chamada de Cerco de Jericó.

Diz-se que uma piedosa mulher polonesa teve a inspiração de organizar um momento forte de oração mariana em preparação para a visita papal. A preparação contou com o reforço de um congresso sobre o rosário, em Jazna Gora. Foram sete dias e seis noites de rosários consecutivos diante do Santíssimo Sacramento.

Em que consiste o Cerco de Jericó?

O CdJ é uma oração de “arrebanhamento comunitário (e extra comunitário)” baseada na saga de Josué na conquista de Jericó. Consiste em uma semana “incessante de batalha espiritual”, com a intensificação de orações em grupo: terços e pregações da Palavra. O coração é a missa diária, acompanhada, em seguida, da procissão com o Santíssimo Sacramento. Em ocasiões, acrescentam-se práticas como a confissão, jejum e muitas imprecações.

A exemplo do relato bíblico, os articuladores do CdJ direcionam o pensamento para “cercar os inimigos” com orações e louvores, esperando Deus atuar em favor do grupo. É preciso perseverar e persistir durante os sete dias.

Espera-se “derrubar as muralhas” com a força da oração, com a ciência de que o Espírito Santo é capaz de derrubar, destruir e aniquilar as “forças malignas”. O terço de Nossa Senhora e os clamores diante do Santíssimo vão “quebrando” os alicerces das nossas muralhas. Acredita-se que “muitas curas e libertações acontecem”: portas que estavam fechadas se abrem, crises conjugais e econômicas superadas, doenças e tantos outros problemas solucionados. Mas o mais importante é o poder de Deus se derramando sobre o povo.

O que sabemos da Jericó bíblica?

Jericó, em hebraico yerihô (cidade da lua), em grego ierichõ, é quase a cidade mais antiga do mundo, situada na depressão do rio Jordão, 23 quilômetros a nordeste de Jerusalém. O nome deriva provavelmente de um deus pagão: yrh = deus-lua, traduzido como Jericó pelos membros do clã dos binu-yamina (1800 a.C.).

O lugar é um grande oásis irrigado por três fontes: a principal, a fonte de Eliseu dos peregrinos (2 Reis 2,19-22); a segunda, alguns quilômetros a noroeste; a terceira, um pouco ao sul. Jericó era ao mesmo tempo um lugar agrícola, comercial e estratégico; daí a notável importância em diversos momentos da história bíblica e cultural da região.

Como se estruturou o relato bíblico da “queda das muralhas”?

A ciência bíblica diz que a formação dos livros da Bíblia resulta da complexa convergência de três elementos conhecidos dos biblistas. Comentaremos todos e aplicaremos ao tema das muralhas.

1º elemento: Na pesquisa dos acontecimentos “históricos” da multissecular história do povo bíblico, entram conjunturalmente vários aspectos. O que se entende por “história bíblica”? Deve-se entender por experiências pessoais: (personagens, patriarcas, profetas, Jesus, os apóstolos) e coletivas (vida do povo, formas de viver, de se exprimir, batalhas, lutas, doenças, acontecimentos, nações, estados), nas quais se inclui também a cultura (patrimônio jurídico: leis, conjunto de instituições civis e religiosas, monarquias, impérios, governadores, escribas, sacerdotes do templo, fariseus; tradições, lendas, parábolas, narrações míticas etc). Isto é, uma história feita de homens, com tudo o que isso implica de bom e de ruim, de correto e de impreciso.

Apliquemos isso ao texto de Josué 6,1-19: o fato narrado no texto deu-se por volta de 1200 a.C., quando os israelitas chegaram à Palestina, a terra prometida. Jericó foi a primeira cidade inimiga com a qual se defrontaram: cidade muito bem organizada, com um rei, com serviços de inteligência (Josué 2,2) e um exército bem apetrechado; os israelitas, pelo contrário, um bando desorganizado de tribos e clãs que vinha fugindo da escravidão do Egito.

A respeito “das muralhas”, sabe-se que as múltiplas pesquisas arqueológicas não observam restos de muralhas caídas nesse tempo. A pesquisa mais expressiva, organizada entre 1952-1959 pela arqueóloga Kathleen Kenyon, nada deixou sem averiguação. Graças a essa aprimorada investigação, foi possível traçar quase toda a história e a fisionomia da(s) cidade(s) mais antiga(s) do mundo. Foram descobertas muralhas de defesa, construídas cerca de 8000 a.C. (2 m de largura, uma torre de 9 m de altura e 8 m de diâmetro). Outras interessantes descobertas estabeleceram que, na verdade, existiram “muitas Jericós”, no mínimo 17. Pois aquela região de Jericó foi tomada, saqueada, queimada, destruída e abandonada em inúmeras ocasiões. Foi finalmente destruída em 1550 a.C. para nunca mais voltar a reerguer-se.

Então, quando o grupo de Josué chegou à região, aproximadamente no ano de 1200 a.C., havia 350 anos que Jericó “já não existia”. Provavelmente moraram ali pequenos grupos seminômades, empobrecidos, com uma precária organização social e política, e grupos chegados do Egito (o grupo de Josué), acreditando no todo-poderoso Javé, ter-se-iam infiltrado aos poucos na vida desses povoados e, com pouco esforço, os teriam vencido e subjugado.

2º elemento: É a interpretação teológica e sapiencial dos fatos ou a mensagem religiosa/espiritual dos eventos para o bem do povo que culmina normalmente numa “história” que se concretiza, no decorrer do tempo, numa forma concreta de literatura: livros.

O que de fato aconteceu, podemos lê-lo no relato bíblico de Josué 6,1-19. O mais importante é que a conquista de Jericó foi um acontecimento militar essencial para afirmar o sentido social e religioso de todo o povo de Israel, já que abriu as portas para a conquista da Palestina. O relato bíblico é uma construção literária montada por motivos religiosos e teológicos (processo muito complexo) para deixar bem manifesto que “as promessas de Javé não falham”: a terra prometida seria posse do povo eleito.

Aplicando ao texto: a exegese bíblica diz que a história de Josué foi codificada de modo amplo ao longo de muitos séculos: do século X ao I a.C. A redação definitiva da conquista de Jericó corresponde aos escritos pós-exílicos dos séculos VI e V a.C.

3º elemento: A literatura bíblica surge das “histórias” acolhidas como mensagem de amor e amizade que Deus quis comunicar aos homens e mulheres de todos os tempos. Essa literatura plasmada em gêneros literários permite individuar as linhas teológicas dessa história até chegarmos a uma correta percepção da “mensagem” de Deus. É claro que a mensagem permanece o escopo final de uma caminhada que exige tempo, boa vontade e fadiga (BISSOLI, 2002, p. 18-19).

Teologicamente, sabe-se que muitos anos depois (no mínimo 700/800) esses relatos da entrada na terra prometida foram escritos. Ao chegar e achar tudo derrubado, veio à tona a pergunta: quem derrubou as muralhas e entregou para nós a cidade? A resposta da teologia diz: tudo isso foi obra de Javé, que abriu o caminho e facilitou a entrada na terra que ele mesmo prometeu; acontecimento jubilosamente festejado liturgicamente com orações e rezas acompanhadas de trombetas e gritarias.

Finalmente, o relato ficou imortalizado no capítulo 6º de Josué, inspirando-se provavelmente na procissão que todos os anos o povo realizava desde o santuário vizinho de Guilgal até as ruínas, para comemorar a “inesquecível” conquista.

O que diz a Igreja sobre a finalidade da adoração eucarística fora da missa

A devoção da adoração eucarística fora da missa desenvolveu-se entre os séculos IX e XIII, como resultado do gravíssimo empobrecimento na compreensão da dimensão plena e integral da celebração eucarística. Por vários motivos, a Igreja abandonou os processos de iniciação à vida cristã para adultos e deu início ao batismo de crianças (paidobautismo) de forma massiva, o que originou um agudo empobrecimento bíblico e teológico da população e resultou na deturpação do mistério eucarístico como um “todo dinâmico celebrativo”. Assim, a eucaristia “polarizou-se” em “isolada devoção”, fora do contexto da celebração do mistério pascal. A sensibilidade do povo devotou-se à exagerada acentuação da “presença real” de Cristo na hóstia consagrada, valorizada “em si mesmo”, desligada do contexto celebrativo, fazendo com que de fato resultasse uma “visão coisificante/rígida” da realidade sacramental.

O que aconteceu? Ao longo dos séculos, a exposição do Santíssimo Sacramento foi se separando totalmente do acontecimento celebrativo, sobrepondo-se, por vezes, às mesmas celebrações. Por exemplo, durante a missa, ficava o Santíssimo exposto acima do sacrário. Pela grave ausência de uma correta iniciação ao mistério eucarístico, o povo já não entendia a liturgia em língua latina e ficava ainda mais afastado da comunhão sacramental. O povo não mais compreendia o sentido da celebração eucarística e ficava apenas com uma superficial (quando não supersticiosa) devoção “à presença real de Cristo na eucaristia”.
A adoração eucarística se dirige a Cristo, realmente presente na espécie eucarística do pão conservada no sacrário após a celebração. De que forma Cristo está presente nesse dom? Os símbolos de sua presença manifestam que ele aparece diante de nós de uma maneira especial; presente sob as espécies eucarísticas como “encarnação de seu louvor eucarístico”; bênção (beraká) que se concentra, por assim dizer, em sua pessoa, verdadeiro “acontecimento de salvação”: no pão e no vinho eucaristizados, Cristo está presente como “louvor eucarístico”, personificação dele, anamnese vivente da obra salvífica. Ele continua, como “presença oblativa”, como dom para nós, como permanente convite a consumi-lo, isto é, a participarmos extasiados e agradecidos em seu louvor, em seu sacrifício, em seu caráter de servo de Javé. A sua presença espera uma resposta de acolhida; resposta de fé em Cristo.

Comunhão como atitude fundamental.

Quando o cristão se coloca na presença do pão eucaristizado, faz isso “aproximando-se” dele para acolher o “Dom” que o convida a participar no sacrifício de louvor. Assim, a primeira atitude será de comunhão; comunhão que, na celebração eucarística, é cume da vida cristã, pois o sacrifício de Cristo não pode ficar isolado, sem ligação com a vida cotidiana do cristão. Todo o direcionamento do cristão que participa da eucaristia (e da adoração) abrange todos os aspectos da comunhão: louvor, adoração, participação no sacrifício, súplica. A comunhão é – e o reiteramos – a atitude fundamental da oração eucarística, entendida como “real participação no memorial da paixão, morte e ressurreição do Senhor”.

Caráter eclesial da adoração eucarística

Graças à celebração eucarística, os cristãos se unem e participam do mesmo memorial da ceia, recebendo o pão eucarístico, comungando do mesmo Corpo e Sangue de Cristo e constituindo juntos seu Corpo místico que é a Igreja. Assim, a presença eucarística de Cristo não é presença estática, é “presença em ação”, dinâmica, para plasmar a vida da Igreja toda. Pois não tem sentido de modo algum considerar a presença em si mesma, separada do ato, por meio do qual a Igreja, pela comunhão no sacrifício sacramental, une a própria oferenda à de Cristo, cujo poder de apresentação ao Pai recebeu. Por isso, a intenção da Igreja, ao conservar a eucaristia após a missa, responde ao desejo de “prolongar”, “completar”, de algum modo, o sacrifício de Cristo em alguns de seus membros (CDC, cânon 938 §1 e 2).

Omitir a consciência de eclesialidade na adoração eucarística fora da missa é, na verdade, “caminhar contra a vontade da mesma Igreja”. Cristo está presente na eucaristia para selar e constituir entre Deus, seu Pai, e os homens uma aliança eternamente nova e vital. Pois a eucaristia é o sacramento da amizade/aliança entre Deus e os homens, e da amizade que os une como sacramento da fraternidade. É preciso amadurecer nos adoradores a consciência de que Cristo está presente sobretudo para a edificação da Igreja, seu Corpo místico.

Infelizmente, partindo de um grave desconhecimento do sentido mistagógico da celebração eucarística, pensa-se erroneamente que a falta de insistência na adoração fará com que esmoreça o sentido da presença de Cristo no pão eucaristizado; com isso, volta-se “quase desesperadamente à insistência da adoração”, incorrendo-se nos exageros da época medieval e esquecendo-se dos preciosos princípios conciliares sobre a eucaristia.

Com efeito, não obstante se saiba que a missa não é a hora oportuna para a adoração do Santíssimo, age-se completamente “fora de lugar” quando se coloca a hóstia num ostensório e se percorre o interior da Igreja (e até sete vezes, como no CdJ), não raro acompanhado de uma balbúrdia que impede penetrar o sentido do mistério, fazendo com que o povo continue tão vazio como entrou, ou pior (cf. TABORDA, 2013, p. 3-8).

Por outra parte, se perguntamos à ciência litúrgica sobre a importância da adoração eucarística do ponto de vista da “densidade sacramental do mistério pascal”, ela nos dirá que a adoração “não aparece como primeira categoria”. Pois, sobre a ordem de importância das ações litúrgicas segundo a densidade do mistério pascal celebrado, diz: primeiro a celebração eucarística, como a maior e privilegiada densidade sacramental que nos conduz ao mistério pascal, depois os sacramentos e a Liturgia das Horas; a seguir, a celebração da Palavra, as bênçãos sacramentais, as exéquias e consagrações; depois vem a adoração ao Santíssimo Sacramento.

Conclusão

Evangelizar não se reduz a vender um produto religioso que agrada ao cliente e lhe dá satisfação espiritual, mas, numa sociedade desfocada do sentido cristão da vida, sem capacidade para uma profunda vida de oração e adoração, os oportunistas transformaram a religião em lucrativo mercado, e os fiéis em consumidores de seus produtos. Alimentam nos fiéis o medo, a insegurança, a obsessão fanática por devoções; grupos que negligenciam as normas da Igreja, promovendo “espetaculares” momentos de adoração ao Santíssimo Sacramento desconectados do mistério pascal da eucaristia; novenas e devoções desligadas do compromisso comunitário, cultos televisivos marcados pelo espetáculo, shows narcisistas; venda do sagrado e promoção de emoções descontroladas; gritaria em vez de silêncio, práticas quase mágicas em vez da sobriedade evangélica; obsessão por milagres e fatos extraordinários, em vez do serviço discreto, silencioso e permanente aos pobres e a todos.

Procura exacerbada do aspecto curativo e subjetivo da religião, esquecendo o principal – a dimensão profética a serviço da vida e da justiça – para constituir-se em caminho de subjetiva alienação. Deus não pode ser transformado em “objeto de desejos pessoais”, assim como a religião não pode reduzir-se a “prosperidade material”, saúde física e realização afetiva. Já conhecemos a ação dos “mercadores da boa-fé”, das “igrejas-pedágio”, do mercado do religioso (o segundo produto mais rentável do capitalismo). Buscas sinceras por respostas a perguntas legítimas sendo instrumentalizadas por expertos do mercado religioso, deformando gravemente a visão de vida cristã. Sem dúvida, atrás dessas iniciativas existem, não poucas vezes, manifestações até patológicas.

Percebe-se que a desleixada atitude diante do imponente mistério eucarístico exposto à adoração não responde a uma saudável e construtiva oração contemplativa. Pessoas desejosas de entrar na intimidade com o Senhor ficam desiludidas e enganadas, cultivando uma visão depauperada do mistério eucarístico da Igreja.

Na verdade, estão em jogo duas concepções diametralmente opostas de ser humano. Ou queremos aquele “deus” que o nosso egoísmo projeta, que vive de ter, poder e aparecer, ou optamos por Jesus, que revela a face do amor: partilha, serviço, humildade. Um Deus “diferente”, no estilo de Jesus. Pois poderemos ser salvos se nos tornarmos discípulos de Jesus, que é dom de si até a morte de si.

O cristianismo não nasceu de forma fanática, pois teria deturpado a beleza da fé original, tornada doença e desvio patológico, levando as pessoas a viver uma religião de vernizes, de superficialidade; transformando os fiéis em funcionários obedientes e sem raciocínio, distantes dos pobres e das causas do reino de Deus, acreditando enfim numa caricatura de Deus, esvaziada de uma autêntica vivência religiosa. A vida cristã não é uma busca epidérmica e apressada de satisfação… não é um “oculta-vazio’ ou um alívio emocional para sociedades à beira de um ataque de nervos. É uma fascinante aventura que nos radica na verdade nua do homem e na verdade de Deus.

Os promotores de uma caridade sem ação social transformadora, ingênua, anticristã, humilhante e ofensiva aos pobres apostam em saídas milagreiras, na beleza insípida das celebrações, em assembleias festivas sem contemplação, abusos sacramentais e melado devocionismo. Os símbolos cristãos não são atos de magia e não nos distanciam do concreto, do cotidiano da vida; ao contrário, eles apenas querem antecipar, no rito, a eternidade na precariedade do presente.

Até aqui, minhas palavras. Agora o discernimento. Deixemos de lado o que nada tem a ver com a beleza do cristianismo para sermos livres com a liberdade dos discípulos de Jesus, cultivadores de uma fé amorosa, bondosa, misericordiosa, inteligente e nobre, bela e profunda.

Bibliografia:

ALTEMEYER, F. O fundamentalismo é uma doença. O Mensageiro de Santo Antônio, Santo André,n. 587, p.10-13, set. 2015.
BISSOLI, C. Viaggio dentro la Bibbia. Leumann: Elledici, 2002.
Jericó. In: Diccionario de la Biblia. Santander: Mensajero/Sal Terrae, 2012. p. 412-413.
MAZAR, A. Arqueologia na terra da Bíblia. 10.000-586 a.C. São Paulo: Paulinas, 2003. p. 322-327.
POIRÉ, M.-J. “Voici le pain, voici le vin, pour le repas et pour la route…”. Quelques enjeux liturgiques et pastoraux de la pratique de l’adoration eucaristique. Lumen Vitae, n. 3, p. 309-320, jul/set. 2009.
RAMOND, S. Giosuè há conquistato Canaan. Il mondo della Bibbia, n. 121, p. 20-21, jan./fev/ 2014.
TABORDA, F. Valorizar o sentido mais profundo da eucaristia: entrevista com Pe. Francisco Taborda, sj. Vida Pastoral, n. 291, p. 3-8, jul/ago. 2013.
TAGLE, L. A. L’adoration authentique. Lumen Vitae, n.3, p. 291-298, jul./set. 2009.
VALDÉS, A. A. Como caíram as muralhas de Jericó? ______. Que sabemos sobre a Bíblia? Aparecida: Santuário, 1997. p. 49-58 v. 3.
______. Como foi a misteriosa conquista da terra prometida? ______. Que sabemos sobre a Bíblia? Aparecida: Santuário, 2001. p. 19-29. v. 5.


Guillermo D. Micheletti - Presbítero argentino da Diocese de Santo André. Pároco da Igreja Jesus Bom Pastor. Membro fundador da Sociedade Brasileira de Catequetas (SBCat) e SCALA. Autor de vários livros de catequese e liturgia. E-mail: gdmiche@terra.com.br


quarta-feira, 14 de junho de 2017

ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO - ROTEIRO

A adoração é a primeira atitude do homem que se reconhece criatura diante de seu Criador. Exalta a grandeza do Senhor que nos fez e a onipotência do Salvador que nos liberta do mal.

A Adoração ao Santíssimo com nossos catequizandos, precisa ser precedida de CATEQUESE a respeito. Não uma "aula" teórica, na salinha, mas numa visita ao templo. Peça a um dos ministros ou a alguém responsável pelos objetos litúrgicos da Igreja, que MOSTRE o ostensório aos catequizandos, que explique o significado dele e da hóstia "gigante" que fica lá. Deixe-os tocá-lo com referência e respeito (o ostensório) e faço-os crer que a Hóstia ao ser colocada nele e exposta em adoração é JESUS VIVO. Explique qual é a origem da adoração na Igreja, quando, porque e onde se faz. Nesta primeira visita é de "conhecimento", crie a "expectativa" de uma outra visita para ADORAÇÃO. 

Segue uma sugestão de adoração que pode ser adaptada ao momento e à idade dos catequizandos.

ROTEIRO DE ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO PARA A CATEQUESE

Antes de começar a Adoração, distribuir os leitores entre os participantes

INÍCIO: Em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo. Amém.

MOTIVAÇÃO
Catequista: Todas as vezes que nos reunimos Ele, Jesus, está presente no meio de nós: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou aí no meio deles.” (Mt 18,20). Hoje somos convidados a estar com Jesus, a lhe fazer companhia por essa hora (ou tantos minutos). Reunidos para este momento de oração e adoração do Cristo presente no Sacramento Eucarístico e abrindo-lhe o coração, pedimos por nós mesmos e por todos, pela paz, pelo amor, pela saúde e salvação do mundo. Oferecendo com Cristo toda nossa vida ao Pai, com esta oração:

ORAÇÃO:
“Eu te adoro, meu Deus, e te amo de todo o coração. Dou graças por ter me criado, feito cristão e me conservado nesta manhã (tarde ou noite). Humildemente agradeço todos os benefícios que me concedeste. Estou pronto para ajudar na construção de uma humanidade mais feliz, na construção do de um Reino de Amor e Paz. Ofereço a vós, Senhor, todas as ações deste dia: fazei que sejam todas segundo a Sua santa vontade, para a sua graça e de toda a minha família. Defendei-me do pecado e de todo o mal. Amém.”

Fiquemos em silêncio pensando porque hoje estamos aqui... (2 minutos)

MOMENTO DE SILÊNCIO

Canto: Eis-me aqui Senhor, eis aqui Senhor...

Catequista: Vamos agradecer a Deus pela nossa vida e pelos dons que Ele nos deu e pedir que nos dê a graça de estarmos sempre juntos a orar.

Leitor 1 - Obrigado, Senhor, por estar contigo, e por tua presença amorosa!
Leitor 2 - Obrigado por tua graça que dá sabor e sentido a meu viver, todo o meu ser quer estar Contigo, Senhor!
Leitor 1 - Tenho sede de ti, tenho grande vontade de estar mais vezes contigo, desejo muito te escutar, me deixar conduzir por tua graça, ser solidário como esse teu jeito criativo de marcar presença.
Leitor 2 - É bom estar Contigo, Jesus, aqui é um cantinho do Céu. Agora, eu quero minha vida entregar, vem encher a minha vida de amor.
Leitor 3 - Visita a minha casa, Jesus, e ensina cada um a Te amar
(Podem ser acrescentados mais agradecimentos)

Catequista: “Senhor, Tu me conheces, sabes quando estou sentado e quando fico de pé. Conheces minha vida e também meu coração: Senhor, tu és bom! Para onde eu vou lá estás, Senhor! Se eu subir ao céu, se eu descer ao mar, lá estás, Senhor! Jesus nos diz: “Eu sou o bom pastor. Conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem a mim, como meu Pai me conhece e eu conheço o Pai. Dou a minha vida pelas minhas ovelhas.”

CANTO: Eu sei que Tu me sondas... (colocar um CD ou distribuir a letra)

Perdão
Leitor 1: Senhor, peço perdão pela falta de amor ao próximo;
Leitor 2: Senhor, peço perdão pela desrespeito à vida;
Leitor 1: Senhor, perdão pela nossa falta de solidariedade;
Leitor 2: Senhor, perdão pelas vezes que não soubemos perdoar nossos irmãos;
Leitor 3: Senhor, perdão pela nossa falta de esperança.
(+ ALGUNS PEDIDOS ESPONTÂNEOS)

MOMENTO DE SILÊNCIO

Animador: No silêncio do nosso coração vamos conversar com Jesus de amigo para amigo. (2 ou mais minutos). Confiantes em Deus olhemos para o Sacrário e com muito amor vamos professar agora a nossa fé.

Oração: Credo

Animador: Vamos glorificar a Santíssima Trindade:

Celebrante: Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo como era no princípio, agora e sempre. Amém

Leitor 1: Senhor,queremos agradecer pelo dom do amor. Amor fraterno, filial e divino;
Leitor 2: Agradecemos Senhor por nossa vida dom precioso que nos destes.
Leitor 3: Agradecemos ao Senhor pelas vezes que somos solidários e recebemos solidariedade;
Leitor 1: Obrigado Senhor pelas vezes que sabemos  perdão;
Leitor 2: Senhor, obrigado por fazer de nós povo da esperança;
Leitor 3: Obrigado Senhor, pela Campanha da Fraternidade que veio para nos conscientizar do valor da Saúde e da Vida;
Leitor 1: Obrigado Senhor pela Igreja, pelos presbíteros;
Leitor 2: Obrigado Senhor pelas Crianças, catequizandos, pais e Catequistas. Que em seus corações permaneça sempre a Fé inabalável no Senhor.

CANTO: Minha Luz é Jesus

1. Dentro de mim existe uma luz/ que me mostra por onde deverei andar./ Dentro de mim também mora Jesus/ que me ensina a buscar o seu jeito de amar.
Minha luz é Jesus. E Jesus me conduz pelos caminhos da paz. (bis)
2. Dentro de mim existe um farol/ que me mostra por onde deverei remar./ Dentro de mim Jesus Cristo é o sol que me ensina a buscar o seu jeito de sonhar.
3. Dentro de mim existe um amor/ que me faz entender e lutar por meu irmão./ Dentro de mim Jesus Cristo é o calor que acendeu e aqueceu pra valer meu coração.

ORAÇÃO DO TERÇO:
- Ver pelo dia da semana quais Mistérios rezar.
- Para que não fique muito cansativo para os catequizandos (principalmente se forem crianças), pode-se adaptá-lo ao estilo Bizantino, com um oferecimento/intenção a cada Ave-Maria, ou então rezar somente uma dezena.

Antes de iniciar o Terço ler o Salmo 138:

Eu te louvarei, Senhor, de todo o coração; diante dos deuses cantarei louvores a ti.
Voltado para o teu santo templo eu me prostrarei e renderei graças ao teu nome, por causa do teu amor e da tua fidelidade; pois exaltaste acima de todas as coisas o teu nome e a tua palavra.
Quando clamei, tu me respondeste; deste-me força e coragem.
Todos os reis da terra te renderão graças, Senhor, pois saberão das tuas promessas.
Celebrarão os feitos do Senhor, pois grande é a glória do Senhor!
Embora esteja nas alturas, o Senhor olha para os humildes, e de longe reconhece os arrogantes.
Ainda que eu passe por angústias, tu me preservas a vida da ira dos meus inimigos; estendes a tua mão direita e me livras.
O Senhor cumprirá o seu propósito para comigo! Teu amor, Senhor, permanece para sempre; não abandones as obras das tuas mãos!
CANTO – (a escolha)

1º, 2º e 3º Mistério

CANTO - (a escolha)

4º e 5º Mistério

CANTO FINAL
Tão sublime Sacramento, adoremos neste altar,
Pois o Antigo Testamento deu ao Novo seu lugar.
Venha a Fé, por suplemento os sentidos completar.
Ao eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador.
Ao Espírito exaultemos na Trindade, Eterno Amor.
Ao Deus Uno, e Trino demos a alegria do louvor.
Amém, Amém.

Tão sublime Sacramento, adoremos neste altar,
Pois o Antigo Testamento deu ao Novo seu lugar.
Venha a Fé, por suplemento os sentidos completar.
Ao eterno Pai cantemos e a Jesus, o Salvador.
Ao Espírito exaultemos na Trindade, Eterno Amor.
Ao Deus Uno, e Trino demos a alegria do louvor.
Amém, Amém.

CATEQUISTA: Vamos nos despedir, ajoelhando-nos em frente ao Santíssimo fazendo o sinal da Cruz. Por Jesus Cristo, Vosso Filho, que veio ao mundo para que todos tenham vida, na unidade do Espírito Santo.

TODOS: AMÉM    

Roteiro: Equipe Catequistas em Formação



Crismandos da turma de 2017, da Comunidade Santa Terezinha - Viçosa-MG, juntamente com catequistas e familiares, participaram da Adoração ao Santíssimo Sacramento. Aprenderam o sentido e o valor de adorar Jesus no Sacramento da Eucaristia.

Fotos e colaboração: Catequista Silvia Pacheco do Vale - Viçosa - MG.

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

ROTEIRO DE ADORAÇÃO E ORAÇÃO PARA CATEQUISTAS



ADORAÇÃO AO SANTÍSSIMO – VIGÍLIA DA MISERICÓRDIA
(JUBILEU DO CATEQUISTA OU OUTRO MOMENTO)

Cânticos de adoração... (para a entrada e exposição).
01 – “Como és lindo”
02 – “Jesus está aqui, ele está aqui...”
03 – “Tão sublime sacramento”
04 – “Ninguém te ama como eu”

Dirigente: Estamos reunidos em nome do Pai, Deus de todos os povos e nosso criador. Em nome do Filho, Jesus, nosso Salvador e que tornou a nós todos, irmãos. E em nome do Espírito Santo do amor que nos conduz. Iniciemos esta hora louvando a Santíssima Trindade:

CANTICO: Santíssima Trindade
Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo, estamos aqui (bis)
Para louvar e agradecer, bem dizer e adorar, estamos aqui Senhor, ao seu dispor.
Para louvar e agradecer, bendizer e adorar, te aclamar, Deus trino de amor.

Padre ou Ministro: (Exposição do Santíssimo)

CÂNTICO: (a escolha) ... 

SAUDAÇÃO AO SENHOR
D: Graças e louvores se deem a todo o momento! (3x)
Todos: Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento! (3x)

MOMENTO DE SILÊNCIO

MANTRA:
MEU DEUS, EU CREIO...
Meu Deus, eu creio, adoro, espero e Vos amo.
Peço-Vos perdão, para os que não creem,
Não adoram, não esperam, e não Vos amam. (3x)

D: Bendito e louvado seja, o Santíssimo Sacramento da Eucaristia (3x)
Todos: Fruto do ventre Sagrado da Virgem puríssima, Santa Maria (3x)

MOMENTO DE SILÊNCIO

LEITOR 1: O Senhor nos reúne para esta Vigília Eucarística da Misericórdia, para O contemplarmos e para O adorarmos. Que o Espírito Santo conduza a nossa oração, para que ela possa transformar cada um de nós, como cristãos misericordiosos.
“Misericordiosos como o Pai” é o lema que o Papa Francisco nos propõe para este Ano Santo da Misericórdia. Como catequistas somos chamados a oferecer mais vigorosamente os sinais da presença e proximidade de Deus. Este não é o tempo para nos deixarmos distrair, pelo contrário, é tempo de sermos vigilantes e estamos despertos, por isso, o Santo Padre neste ano santo da Misericórdia, nos proporciona um momento de “Jubileu”, de festa para comemorarmos a nossa Vocação. Junto com catequistas do mundo inteiro, hoje, nos reunimos em oração e somos convidados a olhar, meditar e reviver, as Obras de Misericórdia, principalmente as espirituais intrinsicamente ligadas à nossa missão de “ensinar aos que não sabem”.
Como escolhidos, cantemos:

Cântico: “Somos Povo escolhido”
Agora é tempo de ser Igreja,/ Caminhar juntos, participar. (2x)
1. Somos povo escolhido/ E na fronte assinalados/ Com o nome do Senhor/ Que
caminha ao nosso lado.
2.Somos povo em missão./ Já é tempo de partir./ É o Senhor que nos envia, / em seu
nome a servir.
3. Somos povo esperança. / Vamos juntos planejar:/ Se Igreja a serviço / e a fé
Testemunhar.
4. Somos povo a caminho / Construindo em mutirão / Nova terra, Novo reino / De
fraterna comunhão. 

MANTRA: JESUS, EU VOS AMO
Jesus, eu Vos amo em meio a toda escuridão.
Jesus, eu Vos amo em meio a todas as dores.
Jesus, eu Vos amo em meio a toda tristeza.
Jesus, eu Vos amo em meio a toda angústia.
Jesus, eu Vos amo em meio a toda tentação.
Jesus, eu Vos amo por toda minha vida, e por toda a eternidade.

Cântico: Tu és minha vida
Tu és minha vida, outro Deus não há
Tu és minha estrada, a minha verdade
Em Tua palavra eu caminharei
Enquanto eu viver e até quando Tu quiseres
Já não sentirei temor, pois estás aqui
Tu estás no meio de nós...

ATO PENITENCIAL
Dirigente: Vamos refletir, fazendo nosso exame de consciência.

Dirigente: Deus fala-me no íntimo mais íntimo de mim mesmo:
Leitor 2: Procuro no meu dia, um momento para Deus?
Dirigente: Deus fala-me através dos irmãos:
Leitor 2: Procuro escutar os outros com misericórdia?
Dirigente: Deus fala-me através dos acontecimentos:
Leitor 2: Será que dou a devida importância aos casos de pobreza perto de mim?
Dirigente: Deus fala-me pela Mãe Igreja:
Leitor 2: Participo na Eucaristia e estou atento à Palavra do Senhor?
Dirigente: Deus fala-me através da caridade:
Leitor 2: Estou disponível para ajudar os irmãos?

(Breve momento de silêncio)

Dirigente: Confessemos os nossos pecados…

Todos: Confesso a Deus todo-poderoso e a vós, irmãos, que pequei muitas vezes por pensamentos palavras, atos e omissões, (batendo no peito, dizem) por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço à virgem Maria, aos Anjos e Santos, w a vós irmãos, que rogueis por mim a Deus nosso Senhor.

Cântico:
1. Senhor, tende piedade e perdoai a nossa culpa.
E perdoai a nossa culpa, porque nós somos vosso Povo, que vem pedir vosso perdão.
2. Cristo, tende piedade e perdoai a nossa culpa.
3. Senhor, tende piedade e perdoai a nossa culpa
Senhor Tende Piedade e perdoai a nossa culpa...

Dirigente: Senhor, nosso Deus, concedei-nos os dons que vos pedimos, para podermos a partir de hoje, testemunharmos a nossa e vossa misericórdia, como é da vossa vontade. Por Nosso Senhor…

(Momento de silêncio)

Dirigente: Depois de fazermos o exame de consciência e pedirmos perdão, vamos agora meditar as palavras do Papa Francisco, sobre as Obras de Misericórdia.

Leitor 2: “É meu vivo desejo que o povo cristão reflita, durante o Jubileu, sobre as obras de misericórdia corporal e espiritual. Será uma maneira de acordar a nossa consciência, muitas vezes adormecida perante o drama da pobreza, e de entrar cada vez mais no coração do Evangelho, onde os pobres são os privilegiados da misericórdia divina. A pregação de Jesus apresenta-nos estas obras de misericórdia, para podermos perceber se vivemos ou não como seus discípulos. Redescubramos as obras de misericórdia…”

Dirigente: Meditemos as Obras Corporais da Misericórdia

OBRAS DE MISERICÓRDIA: CORPORAIS

1. DAR DE COMER A QUEM TEM FOME

Leitor 3: “O Pão Nosso de cada dia nos dai hoje” (Mt 6,11), rezamos assim na Oração do Pai Nosso porque muitos não têm o que comer e todos sentimos fome de Deus. Diariamente irmãos nossos têm fome de Pão. Materialmente falta-lhes o básico e espiritualmente falta-lhes o essencial: “O Pão da Vida” (Jo 6,5.35) que é Jesus que se faz alimento na Eucaristia, banquete perene da nossa Salvação.

·         Reparto o meu pão de cada dia com quem necessita? A quem dou de comer?
·         Tenho fome de quê?
·         Reconheço Jesus como o verdadeiro Alimento capaz de saciar a minha fome de Viver?

Dirigente: Senhor Deus
Todos: Misericórdia.

2. DAR DE BEBER A QUEM TEM SEDE

Leitor 3: Disse Jesus: “Tenho sede” (Jo 19,28). Do alto da Cruz, Ele sentiu a angustiosa sede dos injustiçados, uma sede, já antes partilhada com os discípulos perante as dificuldades e tribulações da missão que O levou a afirmar que aquele que der um copo de água aos discípulos, será por Ele recompensado (Mc 9,41). Por outro lado, o Papa Francisco alerta-nos para a crescente escassez de recursos naturais, como a água, um direito essencial para a sobrevivência da humanidade.

·         Procuro saciar a sede aos injustiçados?
·         Reconheço que os gestos simples, como dar um copo de água a quem tem sede, é um modo de agradar a Deus?
·         Preocupo-me em preservar os bens essenciais da criação para a sobrevivência da humanidade no futuro?

Dirigente: Senhor Deus
Todos: Misericórdia.

3. VESTIR OS NUS

Leitor 3: Durante a nossa vida, ter ou não o que vestir de acordo com a necessidade, torna-se uma realidade muitas vezes esquecida no nosso dia-a-dia. Nos dias de festa, no entanto, nos preocupamos mais com o bem vestir-se, ignorando que muitos vivem nus. Nós que pelo batismo fomos revestidos de Cristo, não podemos senão vestir os que estão desprovidos de roupa ou de dignidade.
·         Como me relaciono com os bens materiais?
·         Estou atento ao que o meu próximo necessita para viver?
·         Procuro revestir os outros com a dignidade de filhos de Deus?
Dirigente: Senhor Deus
Todos: Misericórdia.

4. DAR POUSADA AOS PEREGRINOS

Leitor 3: “Era peregrino e recolhestes-Me” (Mt 25,35). Como é grande o nosso reconhecimento por aqueles irmãos e irmãs que nos recolhem em suas casas, em suas famílias, para podermos pernoitar em uma visita. Esta é talvez uma das vivências mais ricas em nossas vidas, sentirmo-nos acolhidos e bem recebidos. Quando acolhemos as pessoas, a tratamos com amor, é Cristo peregrino que recolhemos.

·         Cultivo o dom da Hospitalidade no meu quotidiano?
·         Como me relaciono com os outros? Com gestos e palavras de Acolhimento?
·         Sou grato pelo acolhimento que recebo, em nome de Cristo, durante visitas e viagens?

Dirigente: Senhor Deus
Todos: Misericórdia.

5. VISITAR OS ENFERMOS

Leitor 3: Jesus Cristo “sendo rico, fez-se pobre” (2Cor 8,9). Quando visitamos um enfermo somos desafiados a encontramo-nos com o próprio Cristo pobre e sofredor. A Doença coloca-nos perante a fragilidade, os limites e finitude da vida e neste confronto redescobrimos o valor, a riqueza de ser saudável. Recebemos muito mais do que damos ao visitar um enfermo, mas o pouco que damos é muito para quem está enfermo.

·         Faço por onde ter tempo para visitar os enfermos?
·         Quem está à espera da minha visita? Quem posso visitar?
·         Que palavra, que esperança procuro levar aos doentes? A de Cristo?

Dirigente: Senhor Deus
Todos: Misericórdia.

6. VISITAR OS PRESOS

Leitor 3: “Estava preso e fostes visitar-me” (Mt 25,36). Será porventura das visitas que mais exige de nós, talvez por serem “dos nossos próximos” mais distantes, mas julgados por nós. Eles são merecedores da justiça que não descarta a caridade. Além destes, muitos são os que vivem aprisionados fora das celas, algemados pelos vícios do álcool ou das drogas ou então por sentimentos de ódio, de rancor e de vingança.

·         Sou verdadeiramente livre?
·         Estou preso a algum vício ou a um sentimento negativo?
·         Como promovo os direitos humanos, como a Liberdade?

Dirigente: Senhor Deus
Todos: Misericórdia.

7. ENTERRAR OS MORTOS

Leitor 3: A Morte coloca-nos perante a dor e a esperança da vida. A dor de quem ama e não se quer separar da vivência quotidiana do ente amado e a Esperança do eterno Amor pelo qual ficamos unidos pela Ressureição de Cristo. No sepulcro vazio de Nosso Senhor Jesus Cristo encontramos motivação para dar uma digna sepultura a quem morre.

·         Dou digna sepultura a quem morre?
·         Procuro suavizar a dor dos enlutados com a minha presença e oração?
·         Professo a fé na vida eterna?

Dirigente: Senhor Deus
Todos: Misericórdia.

Cântico: “OBRIGADO PELA GRAÇA”
1. Obrigado, pela graça de comungar Jesus no seu altar. (Bis)
Graças Te damos, para louvar.
O Sacramento, Vivo em Teu altar. (Bis)
2. Vou contigo, meu amigo, dissemos sim, a ti ó meu Jesus. (Bis)

Dirigente: Meditemos as Obras Espirituais da Misericórdia.


OBRAS DE MISERICÓRDIA: ESPIRITUAIS

1. ENSINAR OS QUE NÃO SABEM

Leitor 3: Nem nós sabemos tudo, nem o nosso irmão sabe tudo. Estar disponível a aprender com simplicidade e humildade é uma virtude. Mas é igualmente importante ajudar o meu irmão a descobrir e aprender o que não sabe e que eu lhe posso ensinar. Ensinar os ignorantes, é uma verdadeira partilha, uma verdadeira multiplicação dos pães, que ajuda o meu irmão a crescer.

§  Reconheço, verdadeira simplicidade e humildade, que, independentemente do grau de instrução que tenho, há muita coisa para aprender?
§  Com os conhecimentos que tenho, independentemente da formação académica, ajudo o meu irmão a ter mais conhecimentos?
§  Tenho curiosidade na minha vida de modo a querer aprender mais e, ao mesmo tempo, tenho o gosto de ensinar o que vou aprendendo?

Dirigente: Senhor Deus
Todos: Misericórdia.

2. DAR BOM CONSELHO

Leitor 3: Não sabemos mais que o nosso irmão, não somos mais sábios que os outros. Saber dar bons conselhos não é o mesmo que mandar na vida do nosso irmão, mas, ajudá-lo a crescer e a descobrir o belo de fazer perguntas e o bom de descobrir as respostas, sabendo que é no nosso coração que encontramos o melhor conselho (cf. Ecl. 37, 13).

§  Questiono-me na minha vida ou vivo sem querer saber mais sobre mim?
§  Procuro respostas às minhas interrogações?
§  Ajudo o meu irmão a encontrar no seu coração o bom conselho de que precisa?

Dirigente: Senhor Deus
Todos: Misericórdia.

3. CORRIGIR O QUE ERRA

Leitor 3: A caridade, o amor, leva-nos a reconhecer os erros que cometemos e a ver os erros que os outros cometem. Mas leva-nos mais longe, provoca em nós o desejo de ajudar o nosso irmão a sair do erro. Não num sentido de repreensão, mas numa correção fraterna que leva à mudança de vida, que leva à conversão.

§  Acolho com humildade as correções que o meu irmão me faz, para meu bem?
§  Ajudo o meu irmão a sair do erro em que está, ou deixo que ele se cultive o seu erro?
§  Quando corrijo tenho em conta o bem do outro, ou apenas o meu orgulho de ser melhor?

Dirigente: Senhor Deus
Todos: Misericórdia.

4. CONSOLAR OS TRISTES

Leitor 3: O cristão é, por natureza, uma pessoa alegre, deve transmitir aos outros a alegria de viver e alegria de ter um Deus que o ama. Não quer dizer que não haja momentos difíceis e de dor. Ser misericordiosos como o Pai é sermos capazes de viver essa alegria em todos os momentos. Ser misericordiosos como o Pai é sermos capazes de transmitir essa alegria, especialmente àqueles que vivem tristes ou que estão numa situação de dor.

§  Sou uma pessoa alegre e feliz?
§  Nos momentos difíceis da minha vida entrego-me ao desânimo ou procuro ultrapassar a dificuldade e sentir o amor paternal de Deus?
§  Tenho coragem de ajudar o meu irmão que está triste, nem que seja com um sorriso ou um abraço?

Dirigente: Senhor Deus
Todos: Misericórdia.

5. PERDOAR AS INJÚRIAS

Leitor 3: Ouvimos muitas vezes falar do perdão e de que é importante perdoar. Perdoar quem nos ofende, quem nos maltrata, é difícil. A nossa tendência é, pelo menos, “pagarmos com a mesma moeda". Jesus veio trazer uma nova dimensão à humanidade: a capacidade de perdoar, a capacidade de amar, não apenas a quem nos ama e a quem de nós gosta, mas a todos, incluindo os nossos inimigos. Assim somos diferentes dos outros. (cf. Mt 5, 43-48).
§  Para mim o perdão é algo de vago e abstrato ou concreto capaz de se transformar em ação?
§  Sou capaz de perdoar a quem me ofende, ou procuro a vingança e a retaliação?
§  Como posso realizar em mim o apelo de Jesus: "Sede perfeitos como o vosso Pai Celeste é perfeito" (Mt 5, 48)?

Dirigente: Senhor Deus
Todos: Misericórdia.

6. SUPORTAR COM PACIÊNCIA AS FRAQUEZAS DO PRÓXIMO

Leitor 3: Nem sempre o outro é "da minha conta" ou estamos com paciência para aturar os outros. Mas também nem sempre os outros terão paciência para nos aturar... Saber ouvir, saber escutar o outro, saber estar com o outro, independentemente dos nossos apetites e gostos, é sermos como Jesus que com todos convivia e a todos escutava. Mesmo nas suas fraquezas o nosso irmão necessita de nós, da nossa ajuda, do nosso apoio, da nossa companhia.
§  O outro é para mim apenas um meio para me auto valorizar e sobressair como o maior do grupo, ou para eu subir na carreira, etc.?
§  Ajudo o meu irmão nas suas necessidades, ainda que não me desperte simpatia?
§  Como vejo o meu irmão? Escolho somente aqueles que me agradam?

Dirigente: Senhor Deus
Todos: Misericórdia.

7. ORAR PELOS VIVOS E OS MORTOS

Leitor 3: O nosso dia-a-dia é cheio de coisas que nos ocupam o tempo e a mente. Nem sempre a oração faz parte do nosso quotidiano. Quando o faz, quase sempre é para pedirmos coisas para nós. E os outros? Tantas vezes não sabemos como ajudar o nosso irmão ou não temos meios e possibilidade para o fazer. A oração é, tantas vezes, a principal ajuda que podemos dar. Devemos rezar pelos que já partiram para Deus os tenha na Sua plenitude, mas peçamos também pelos nossos irmãos que ainda vivem conosco para que também eles tenham o auxílio de Deus e Dele recebam as Suas Graças.

§  Como é que os outros, vivos e defuntos, estão integrados nas minhas orações?
§  Sou capaz de rezar pelos outros, mesmo pelos que me fazem mal?
§  Tenho consciência de que, pela oração, estou falando com Deus?

Dirigente: Senhor Deus
Todos: Misericórdia.

Cântico: “BENDITA FOI A HORA”
Bendita foi a hora e o dia,
Em que Jesus, na mesa ofereceu.
O pão e o vinho, a todos repartiu,
E consagrou em corpo e sangue seu.
1. O Pão de Deus, desceu do céu, para nos a dar, a vida a todos nós.
2. Quem vem a mim, não terá fome, quem crê em mim, jamais terá sede.
3. Não só do pão, o homem vive, mas da palavra, da boca de Deus.
4. Quem nos convida, é Jesus Cristo, à sua mesa, vamos comungar.
5. O Pão da vida, vou comungar, é Sacramento, vivo do seu amor.

MANTRA: (Ajoelhados rezemos)
Já chegamos à Igreja, Á casa do Senhor.
Bendito e Louvado seja, O Santíssimo Sacramento.
Santíssimo Sacramento, Sejas louvado e Bendito.
És das almas o alimento, Com Teu amor infinito.
Tu és o corpo de Cristo, Que veio do reino da Glória.
E dissestes: fazei isto, Sempre em minha memória.

MOMENTO DE SILÊNCIO

Dirigente: O Jubileu dos catequistas, nos reúne para estarmos juntos em oração pelos catequistas do mundo inteiro, ele se inspira no lema do pontificado do Papa Francisco “Miserando atque eligendo (Olhou-o com amor e escolheu-o), que se refere a uma das homilias de São Beda o Venerável, onde se narra o chamamento de Jesus ao Apóstolo São Mateus. O objetivo do evento, além de dar a oportunidade aos participantes de receber a Indulgência Jubilar, pretende recordar que a catequese e a educação religiosa - realizada pelos catequistas, professores de religião e educadores - é a primeira das obras de misericórdia espirituais: “Ensinar os ignorantes”. O Papa, na Misericordiae vultus, convida a contemplar e a pôr em prática estas obras de Misericórdia durante o Jubileu. A catequese, na verdade, é uma obra de misericórdia, porque aproxima aqueles que não conhecem Deus e ajuda aqueles que já O conhecem a amá-lo e a conhecê-lo ainda mais.

LEITURA BÍBLICA – (Opção 01)

Leitor 4: Do Evangelho de São Mateus 9, 9-13

Indo adiante, viu Jesus um homem, chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: 
- Segue-me. – Este, levantando-se, o seguiu.
Aconteceu que estando ele à mesa em casa, vieram muitos publicanos e pecadores e se assentaram à mesa com Jesus e seus discípulos. Os fariseus, vendo isso, perguntaram aos discípulos:
- Por que come o vosso mestre com os publicanos e os pecadores?
Ele, ao ouvir o que diziam, respondeu:
- Não são os que tem saúde que precisam de médico e sim os doentes. Ide, pois, a prendeu o que significa: “Misericórdia quero, e não o sacrifício”. Com efeito, eu não vim chamar os justos, mas os pecadores.
Palavra da Salvação

Dirigente: Jesus não só perdoa os pecados, mas transforma o pecador. Mateus, de explorador transformou-se em discípulo. Sendo chamado, Mateus prontamente se levanta e “foi com ele”. Poderia não ter respondido e ficado como cobrador de impostos. O chamado que Jesus faz a Mateus o transfere da escravidão do dinheiro à liberdade do seguimento. Os fariseus se incomodam porque Jesus vai com seus discípulos jantar na casa de Mateus. À pergunta dos fariseus, Jesus responde dizendo que são os doentes que precisam de médico, não os que têm saúde. Por isso ele vai ao encontro dos pecadores. E assim como chamou a Mateus, Jesus nos chama, pecadores que somos, a conhecer a graça do seu Reino e o mostrar às pessoas.

Cântico: “Louvor e Glória a Vós”
Louvor e glória Vós, louvor e glória a Vós.
Jesus Cristo Senhor, Jesus Cristo Senhor.

LEITURA BÍBLICA – (Opção 02)

Leitor 4: Do Evangelho de São Lucas
Naquele tempo, levantou-se um doutor da lei e perguntou a Jesus para O experimentar:
“Mestre, que hei-de fazer para receber como herança a vida eterna? ”. Jesus disse-lhe: “Que está escrito na Lei? Como lês tu? ”. Ele respondeu: “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento; e ao próximo como a ti mesmo”. Disse-lhe Jesus: “Respondeste bem. Faz isso e viverás”. Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: “E quem é o meu próximo? ” Jesus, tomando a palavra, disse:
“Um homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores. Roubaram-lhe tudo o que levava, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o meio-morto. Por coincidência, descia pelo mesmo caminho um sacerdote; viu-o e passou adiante. Do mesmo modo, um levita que vinha por aquele lugar, viu-o e passou também adiante. Mas um samaritano, que ia de viagem, passou junto dele e, ao vê-lo, encheu-se de compaixão. Aproximou-se, cuidou-lhe as feridas deitando azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montaria, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte, tirou duas moedas, deu-as ao estalajadeiro e disse: ‘Trata bem dele; e o que gastares a mais eu o pagarei quando voltar’. Qual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem que caiu nas mãos dos salteadores? ”.
O doutor da lei respondeu: “O que teve compaixão dele”. Disse-lhe Jesus: “Então vai e faz o mesmo”.
Palavra da Salvação.

Cântico: “Eu quero ser”
Eu quero ser, Senhor Amado,
Como o barro, do oleiro,
Rompe-me a vida, faz-me de novo,
Eu quero ser, um vaso novo.

PRECES
Dirigente: Irmãos e irmãs, Alarguemos os horizontes da nossa oração a todos os filhos de Deus e a todos os homens que procuram respostas para as suas dúvidas e façamos com fé as nossas preces:

RESPOSTA: Senhor, eu creio na Tua Misericórdia”

Leitor 5:
1) Pelo Papa Francisco, para que o Senhor O ilumine e fortaleça, para que possa continuar a confirmar os irmãos na fé e que o Senhor O ajude a renovar a Igreja OREMOS AO SENHOR!
Senhor, eu creio na Tua Misericórdia”
2) Pelos Bispos e Sacerdotes, para que sejam verdadeiros Pastores, que conduzem o rebanho, que lhes está confiado. OREMOS AO SENHOR!
Senhor, eu creio na Tua Misericórdia”

3) Pelos nossos catequistas, mulheres e homens, para que tenham a força de seguir o chamamento do Senhor, para que tenham perseverança na caminhada. OREMOS AO SENHOR!
Senhor, eu creio na Tua Misericórdia”

4) Pelo Papa Francisco, para que tenha a saúde necessária para cumprir a sua missão de Bispo de Roma e Pastor da Igreja Universal. OREMOS AO SENHOR!
Senhor, eu creio na Tua Misericórdia”

5) Pelas nossas famílias, para que o Senhor as ajude a vencerem as dificuldades do momento presente. OREMOS AO SENHOR!
Senhor, eu creio na Tua Misericórdia”

6) Pelos nossos catequizandos, crianças, jovens, adultos de todas as idades, situações para que encontrem em nós, a sabedoria necessária para guia-los. OREMOS AO SENHOR!

Senhor, eu creio na Tua Misericórdia”

Dirigente: Senhor, Pai santo, dai-nos a graça de cumprir os mandamentos que imprimistes no coração humano e não deixeis que jamais nos esqueçamos de ver em cada homem o nosso próximo. Por Cristo Senhor nosso.

MOMENTO DE SILÊNCIO

Dirigente: ORAÇÃO À MISERICÓRDIA DE CRISTO
Senhor, dá-me olhos misericordiosos, para que meu olhar
possa ver a necessidade em cada lugar.
Senhor, dá-me uma boca silenciosa, para que só pronuncie
palavras de amor e de luz.
Senhor, dá-me um caminho humilde, para que meus pés caminhem
pela senda da simplicidade.
Senhor, dá-me ouvidos cristalinos, para que só ouça Tuas palavras em todo lugar.
Senhor, dá-me um coração puro, para que guarde a esperança e, em Tua Divina Misericórdia, alcance a redenção.
Senhor, dá-me mãos prodigiosas, para que só doe e sirva aos necessitados de Ti.

Dirigente: Pai Nosso...
Dirigente: Glória ao Pai...

Dirigente: Santíssimo Sacramento
Todos: Tende piedade de nós

Dirigente: Senhor, terminada a nossa Vigília, queremos saudar-Te mais uma vez, a Ti e à Tua e nossa Mãe Maria Santíssima, cujos Corações Sagrados são a nossa proteção, cantando (ou rezando Ave Maria) ...

Cântico de maria...

Dirigente: Seja bendita e louvada e a sagrada vida, paixão, morte e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo!

Dirigente: Sinal da Cruz.
Aqueles que quiserem ainda permanecer em oração junto ao Santíssimo, podem fazê-lo ainda por alguns momentos. (Determinar o tempo se necessário).

Cântico: (a escolha)
(Recolhimento do Santíssimo)


* * * * * *

ANEXOS:

SÚPLICAS DIANTE DO SACRÁRIO
Carne viva de Cristo, fortifica-me!
Sangue generoso do Salvador, inebria-me!
Olhar silencioso de Cristo, preenche-me!
Palavra sacratíssima do meu Mestre, instrua-me!
Braços abertos de Cristo, protege-me!
Costas abertas do Crucificado, recebe-me!
Coração transpassado de Cristo, aprisiona-me!
Mão afetuosa de Jesus, abençoa-me!
Dedo onipotente de Cristo, cura-me!
Doce ombro do Bom Pastor, reconduze-me!
Vulto amoroso de Cristo, atraí-me!
Sorriso escondido de meu Amigo, pacifica-me!
Hálito vigoroso de Cristo, dá-me a vida!
Força triunfante do Senhor, conduza-me!
Fogo ardente de Cristo, inflama-me!
Bondade do Filho de Maria, seduze-me!
Luz puríssima de Cristo, ilumina-me!
Vida que jorra do Redentor, transforma-me!
Alma sublime de Cristo, eleva-me!
Divindade do Verbo feito Carne, consagra-me!
Espírito Santo, Dom de Cristo, santifica-me!

SABEIS QUE EU VOS AMO
Senhor, Vós sabeis que eu Vos amo, porque me conheces até o fundo do meu ser.
Vós sabeis que eu Vos amo, mesmo que não o consiga exprimir na oração.
Senhor, Vós sabeis que eu Vos amo, mesmo que eu não consiga mostrar-Vos o meu amor como queria.
Senhor, Vós sabeis que eu Vos amo, mesmo que eu me pergunte se meu amor é sincero e verdadeiro.
Senhor, Vós sabeis que eu Vos amo, mesmo que eu não sinta nada deste amor que gostaria de doar-Vos.
Senhor, Vós sabeis que eu Vos amo, e que para mim viver significa amar-Vos.
Senhor, Vós sabeis muito bem como anseio entregar-me interiormente, e que estou sofrendo por não conseguir amar-Vos com mais magnanimidade.
Senhor, Vós sabeis que eu Vos amo, e que esta certeza ilumina as minhas dúvidas e angústias e que isso me encoraja para amar-Vos ainda mais, porque sabeis da verdade do meu pobre amor e mesmo assim o estimais. Amém.

QUE MEU CORAÇÃO VOS AME

Ó Coração de meu Jesus – que meu coração Vos ame,
Ó Coração de meu Jesus – que meu coração Vos agrade,
Ó Coração de meu Jesus – que meu coração suspire por Vós,
Ó Coração de meu Jesus – que meu coração Vos adore,
Ó Coração de meu Jesus – que meu coração Vos admire,
Ó Coração de meu Jesus – que meu coração seja Vosso,
Ó Coração de meu Jesus – que meu coração esteja em Vós,
Ó Coração de meu Jesus – que meu coração seja algo para Vós e, por mais desprezível que seja, ache graça diante de Vós, e seja aceito ao oferecer-Vos, o sacrifício que mais Vos agrade. Amém.

Ó JESUS MISERICORDIOSO
Ó Jesus Misericordioso – ouvi-me.
Que a graça de Vosso Coração – me converta.
Que o Sangue de Vosso Coração – me reconcilie.
Que a água de Vosso Coração – me purifique.
Que o mérito de Vosso Coração – me santifique.
Que a Cruz de Vosso Coração – me fortifique.
Que a coroa de espinhos de Vosso Coração – me adorne.
Que a contemplação de Vosso Coração – me transforme.
Que a posse de Vosso Coração – me sacie.
Que a doçura de Vosso Coração – me deleite aqui no tempo e ali eternamente. Amém.

AFETOS
Achei a Quem minha alma quer, atenho-me a Ele e não O largarei mais.
Abraça-me com Vosso amor, ó meu Jesus, tesouro infinito de meu coração.
Sinta minha alma a força de Vossa presença Divina.
Sinta como sois doce, ó Senhor, para que ela empolgada por Vosso amor, nada mais procure fora de Vós, não ame outra coisa senão só Vós.
Sois meu Rei. Não vos esqueçais de minha pobreza e miséria.
Sois meu Juiz. Tende piedade de mim
Sois o Esposo de minha alma, esposai-a convosco por todo o sempre.
Sois meu Guia e Defensor. Colocai-me a Vosso lado e defendei-me.
Sois meu Redentor. Guardai minha alma do inferno e salvai-me.
Sois meu Deus. E por isso meu Tudo. Amém.


ASPIRAÇÕES FERVOROSAS
Ó Coração ardente de Jesus, abrasai nosso pobre coração.
Ó Chagas de Jesus, penetrai-nos com uma seta de amor para com Jesus.
Ó Sangue de Jesus, inebriai-nos de amor para com Jesus.
Ó Agonia de Jesus, ajudai-nos suportar com resignação nossa última agonia.
Ó Sofrimentos de Jesus, dai-nos paciência nas contrariedades.
Ó Açoites de Jesus, preservai-nos do desespero eterno.
Ó Morte de Jesus, fazei-nos morrer para todo amor que não seja por Jesus.
Ó Lágrimas de Maria, obtende-nos a graça de chorar nossos pecados.

SÚPLICAS AO CORAÇÃO DE JESUS
Coração misericordioso de Jesus, tende compaixão de nós.
Coração penetradíssimo de dor na Cruz, por causa dos pecados do mundo, dai-nos verdadeira dor dos nossos pecados.
Coração puríssimo, purificai nosso coração de todo apego às criaturas.
Coração aberto para ser refúgio das almas, recebei-nos.
Coração cheio de mansidão, comunicai-nos Vossa ternura.
Coração humildíssimo, ensinai-nos Vossa humildade.
Coração amantíssimo, fogo abrasador, consumi-nos inteiramente, e dai-nos uma nova vida de amor e de graça.
Coração santíssimo, gravai em nosso coração as penas amargas que sofrestes por nosso amor, a fim de que, tendo-as continuamente diante dos olhos, suportemos com paciência por Vosso amor todas as penas desta vida.
Coração adorável, esclarecei aqueles que não Vos conhecem.
Coração compadecidíssimo, livrai, ou ao menos consolai as almas do Purgatório, que são Vossas esposas para sempre. Amém.

OREMOS:
Senhor Jesus Cristo, que te dignas permanecer com nós em teu maravilhoso Sacramento até o final do mundo, para dar-vos a teu Pai, pela memória de tua paixão, Glória eterna, e para dar-Vos a nós, o Pão da vida eterna: Concedei-nos a graça de chorar, com corações cheios de dor, pelas as injúrias que Vós tem recebido neste mistério adorável, e pelos muitos sacrilégios que cometem os ímpios, os hereges e os católicos. Inflamai-nos com desejo ardente de reparar todos estes insultos aos que, em tua infinita misericórdia, tens preferido expor-vos antes que privar-nos de tua Presença em nossos altares.
Vós, que com Deus Pai e o Espírito Santo Vives e Reinas, um só Deus, pelos séculos dos séculos. Amém

“Ficai certos de que todos os instantes da vossa vida, o tempo que passardes diante do Divino Sacramento será o que vos dará mais força durante a vida, mais consolação na hora da morte e durante a eternidade”


(Santo Afonso Maria de Ligório)

 
Catequistas em Formação