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terça-feira, 27 de outubro de 2020

6.000.000 de ACESSOS - MARCO HISTÓRICO!

 




E pelo celular! Que é mais difícil ainda!

CONSEGUIMOS 6.000.000 DE ACESSOS

27/10/2020 às 9:02

Parabéns às queridas catequistas que conseguiram os "prints"!!!

Luciane Tgs 

Paróquia São Pedro - Xaxim -Curitiba - PR

Gorete Aquino 

Paróquia São Judas Tadeu - Lavras - MG

Carmen Silva 

Paróquia Bom Pastor - Vista Alegre - Curitiba - PR

Clélia Kaneda

 Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Vila Curuçá; Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Jardim Miragaia - São Paulo- SP

APRENDIZ QUE ESTUDA E APRENDE

Fonte: https://www.facebook.com/padrezezinhoscj 
Do catequista moderno se espera que seja aprendiz até o último dia de sua vida e missionário até que lhe faltem as forças. Assim mesmo, o será pela oração. Pensará nos outros.

Do catequista moderno espera-se que tenha lido mais do que algumas apostilas. Espera-se que procure conhecer os principais livros da nossa fé como os médicos conhecem os principais compêndios de medicina e os advogados, os mais importantes compêndios de direito.


Estudar mais, ler mais, atualizar-se são as palavras da hora e de sempre. A eficácia da catequese repousa sobre este trinômio: orar, abrir-se, aprofundar. Era disso que Paulo falava aos Efésios (3,14-19), quando propunha que se aprofundassem na catequese cristológica, para irem mais fundo na sua fé, ao conhecer as muitas dimensões do Cristo: altura, profundidade, largura e comprimento. Por que será que ele falou dessas dimensões?

Estava propondo: estudo, oração, abertura e reflexão. Coisa de quem usa o cérebro! Coisa para quem, além de amar, deseja saber mais sobre Jesus e sua igreja e cada dia mais aprender a pensar como Jesus pensou!


Pe. Zezinho, scj.


* 1ª publicação do Blog em 01/11/2011.



 



6.000.000 de acessos!


Nosso Blog/site está na marca dos 

6 MILHÕES DE ACESSOS!

Criado em 01 de novembro de 2011, ele está prestes a fazer aniversário de 9 ANOS!

 

Antes desta “onda” de utilização da ferramenta internet, provocada pelo isolamento social, já antecipamos a necessidade de formação do catequista por meios digitais. Nosso objetivo principal sempre foi proporcionar acesso a FORMAÇÃO CATEQUÉTICA para todos os agentes de pastoral da Igreja Católica. Aliado a isso, também promovemos interação entre os catequistas, por meio de um grupo dedicado no Facebook, com a partilha do que cada um sabe e pode ensinar.

Hoje temos, além do blog/site, Grupo de interação e estudo no Facebook, Fanpage; perfil no Instagram e canal no Youtube. Só não temos grupo de Whatsapp porque o aplicativo não comporta os mais de 9.500 membros, mas temos um número para contato da administradora Ângela Rocha (41) 99747-0348. Onde você encontrar esta logo, nós estamos:


Desde a nossa primeira publicação, como diz o texto de Pe. Zezinho, estamos aqui como "aprendizes", porque é isso que todo catequista que ama a Igreja e quer exercer seu "mandato" de Sacerdote, Profeta e Rei, dado por seu batismo, precisa ser.



 O QUE PUBLICAMOS no blog/site:

 - Artigos formativos sobre catequese ou que sejam úteis à catequese

- Notícias da Igreja ou do Papa (Catequeses e homilias)

- Homilias dos domingos (padres conhecidos ou sites confiáveis)

- Roteiros para catequese ou sugestão de roteiros

- Artigos de catequistas que escrevem sobre assuntos relacionados à catequese e aos documentos do Magistério da Igreja.

 


 Vamos lá, vamos acompanhar e dar um PRINT na hora exata dos 6.000.000

Quem conseguir e enviar para nós, no grupo ou no whatsapp, vai ganhar um PRESENTÃO nosso!


FELIZ ANIVERSÁRIO!!!

Catequistas em Formação

 

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

COMO FAZER ESTA TAL "CATEQUESE QUERIGMÁTICA E MISTAGÓGICA" NECESSÁRIA À INICIAÇÃO CRISTÃ?

Jesus e os doze

Eu gostaria de ter uma resposta simples a essa pergunta. Mas, por enquanto só tenho ideias a respeito. E também não vamos encontrar a resposta na leitura de nenhum dos subsídios que temos para leitura. Porque o que queremos saber é o “COMO”, a prática e não a teoria da coisa, não é mesmo? E é isso que nos angustia na catequese: a PRÁTICA!

Por mais que o magistério da Igreja e os estudiosos nos deem as "pistas", cabe a nós vivenciar a prática, sabendo que: cada pessoa faz a experiência do encontro com Jesus de forma diferente. E não dá para colocarmos todos na mesma "forma" usando a mesma "receita" como um "modo de fazer" culinário.

Em primeiro lugar precisamos estabelecer aqui o que entendemos por catequese "QUERIGMÁTICA" e "MISTAGÓGICA". Em princípio estes "palavrões" (grandes palavras) nos assustam. São vocábulos novos na nossa prática pastoral. Mas, vamos tentar trazer alguma luz sobre este assunto.

Catequese querigmática:

Querigma - é o primeiro anúncio. Palavra originária do grego "kerissein" que quer dizer: proclamar, gritar, anunciar.

Querigmático é proclamado, gritado, anunciado. O "primeiro anúncio" da fé cristã é, obviamente, a crença em Jesus Cristo, filho de Deus, enviado a nós para anunciar o Reino de Deus na força do Espírito Santo.

O novo Diretório para Catequese, traz em seu capítulo 2, nº 56 e seguintes, uma grande mudança no sentido da Evangelização como nós conhecemos até agora: Já não se fala em “três etapas distintas”, onde o anúncio ou querigma, se configurava na primeira etapa, seguida da catequese para o aprofundamento da fé. Hoje, todo o processo de iniciação precisa ser querigmático e mistagógico:

(...) É importante que, precisamente através da catequese, cada pessoa descubra que vale a pena crer. Dessa forma, ela não mais se limita a um mero momento de crescimento mais harmonioso da fé, permitindo descobrir sua grandeza e credibilidade. O anúncio não pode mais ser considerado simplesmente a primeira etapa da fé, prévia à catequese, mas sim a dimensão constitutiva de cada momento da catequese. (DpC 57).

Assim sendo, o querigma é ao mesmo tempo um ato de  anúncio e o conteúdo mesmo do anúncio, que revela e faz presente o Evangelho. Isso é a “catequese querigmática”, que leva o anúncio por todas as etapas da evangelização, amadurecendo o cristão ao longo de sua caminhada (catequese permanente).

Tratadas as definições, que podem ter trazido muita luz ou complicado até mais, vamos aos exemplos práticos que temos.

1.      O "querigma" tal como o entendemos, acontece "antes" de se iniciar o processo de IVC, ou seja, a partir de um "anúncio" sobre Jesus Cristo, a pessoa é despertada a participar de uma comunidade de fé.

Aí está o "Pré-catecumenato" (1º Tempo da IVC), o saber que existe uma comunidade de fé e ser acolhido por ela. É preciso que "alguém" faça isso, seja pelo testemunho de fé, seja pela experiência familiar. Seria então o papel de um "introdutor", não necessariamente alguém de "fora", como é o caso das crianças, mas, alguém da família. Isso é que se acreditou durante muito tempo: que a família cumpria o papel do querigma trabalhando os primeiros rudimentos da fé com as crianças e encaminhando-as ao 2º Tempo da IVC, que é o "Catecumenato" ou a "catequese", tempo mais longo conforme o RICA.

Qual é a nossa experiência?

Frequentemente, ouvimos testemunhos "injuriados" de alguns catequistas reclamando que as crianças chegam à catequese sem saber rezar nenhuma das fórmulas de oração da Igreja, sem ter lido a Bíblia, sem saber o sinal da cruz, sem ter frequentado as celebrações, etc, etc. O que faltou aí? Foi o "anúncio" ou foi a falta de seguimento evangélico por parte da família, catequizada lá atrás? Estas crianças acreditam em Deus? Estas crianças fizeram o "encontro" verdadeiro com Jesus, como a Samaritana no poço? Evidentemente temos que analisar isso do ponto de vista da idade e compreensão de uma criança.

O fato é que temos que considerar que a maioria das nossas crianças está ali por conta de um "dever" social e cultural. Elas precisam de um "primeiro anúncio" e até de um "segundo primeiro anúncio"! (DOC 107, n.154).

Então essa é a parte QUERIGMÁTICA da nossa catequese: apresentar Jesus uma segunda vez (ou primeira mesmo!), e apresentar Jesus sempre e a cada vez que se falar dele, de maneira que isso faça "arder os corações". Tendo em mente que essa pessoinha vai continuar, pela vida afora, retornando a este anúncio principal. As experiências de encontro vão amadurecer, conforme amadurece o indivíduo.

Aí está a razão pela qual nossa catequese precisa ser querigmática: não dá mais para considerar que a família proporcionou testemunho suficiente para que cada um encontrasse "Jesus de Nazaré, Filho único do Pai" (CT, n.5), e viesse à Igreja para a catequese "sedento" daquela "água viva" apresentada por Jesus à Samaritana.

Como trabalhar este querigma com nossos catequizandos e com adultos não suficientemente evangelizados? Esta é uma resposta ou caminho que temos que buscar ao longo do processo.

O novo diretório nos dá as pistas:

Dessa centralidade do querigma para o anúncio, derivam alguns esclarecimentos também para a catequese: que “exprima o amor salvífico de Deus como prévio à obrigação moral e religiosa, que não imponha a verdade mas faça apelo à liberdade, que seja pautado pela alegria, pelo estímulo, pela vitalidade e por uma integralidade harmoniosa que não reduza a pregação a poucas doutrinas, por vezes mais filosóficas que evangélicas” (EG, n. 165). Os elementos que a catequese como eco de querigma é convidada a valorizar são: o caráter da proposta; a qualidade narrativa, afetiva e existencial; a dimensão de testemunho da fé; a atitude relacional; a ênfase salvífica. Com efeito, tudo isso interroga a própria Igreja, chamada primeiramente a redescobrir o Evangelho que anuncia: o novo anúncio do Evangelho pede à Igreja uma renovada escuta do Evangelho, junto com seus interlocutores. (DpC 59).

Segundo o documento, não se pode deixar de lado também, que o querigma tem uma dimensão social. Como a pregação de Jesus tinha. A catequese precisa mostrar esta visão de mundo, da justiça, da vida social com a realização de sinais concretos. Por esta razão, a catequese não é só o segundo momento onde se traz luz ao conhecimento da fé e sim um anúncio de fé que não é outra coisa senão se relacionar com todas as dimensões da vida humana (DpC 60).

 Catequese mistagógica:

 Vamos primeiro às definições clássicas: Mistagogia é o que diz respeito aos mistérios do sagrado.  Aquilo que traz o significado, uma introdução. Mist+agogia = mistério + introdução.

 Em um certo sentido é o amadurecimento que envolve todo o ser na experiência com o que é santo, objeto de fé e suas relações com o outro. O ser humano traz uma natural necessidade em si mesmo que aponta para o sentido de si mesmo fora dele, e para percorrer este espaço é necessária esta compreensão mistagógica, ou seja, ele precisa ser "conduzido" por um agente mistagogo. Nisso temos que, é na liturgia e nas celebrações que nos “conduzimos” ao mistério.

 A catequese de iniciação à vida cristã está orientada para a celebração litúrgica. Por isso, são necessárias tanto uma catequese que prepara para os sacramentos, quanto uma catequese mistagógica que favoreça uma compreensão e uma experiência mais profunda da liturgia. (DpC 74).

 O novo Diretório para a catequese (2020), relembra o documento Sacramentum Caritatis (64) que cita três elementos essenciais de um itinerário mistagógico, que tem por base a estrutura fundamental da experiência cristã:

               a) A interpretação dos ritos à luz dos eventos da salvação, em conformidade com a Tradição da Igreja, relendo os mistérios da vida de Jesus, particularmente seu mistério pascal, em relação a todo o percurso do Antigo Testamento;

 b) A introdução ao sentido dos sinais litúrgicos, de modo que a catequese mistagógica desperte e eduque a sensibilidade dos fiéis à linguagem dos sinais e dos gestos que, unidos à palavra, constituem o rito;

 c) a apresentação do significado dos ritos para a vida cristã em todas as suas dimensões, para evidenciar o elo entre a liturgia e a responsabilidade missionária dos fiéis, além de fazer crescer a consciência de que a existência dos fiéis é gradualmente transformada pelos mistérios celebrados. (SCa 64).

E o DpC (2020, 98) alerta neste mesmo parágrafo,  que a dimensão mistagógica da catequese não se reduz somente ao aprofundamento da iniciação cristã após ter recebido os sacramentos, (4ª Etapa do processo catecumenal) mas, envolve também sua inserção na liturgia dominical e nas festas do ano litúrgico, com as quais a Igreja já nutre os catecúmenos e as crianças batizadas bem antes de poderem receber a Eucaristia ou antes que tenham acesso a uma catequese orgânica e estruturada.

 Vistas as definições, vamos pensar nas práticas que temos!

 2. Quem é aqui o agente "mistagogo" que conduz a pessoa ao "mistério" da fé? Ideal que tivesse sido a família e nós só tivéssemos que aprofundar este mistério com conhecimentos bíblicos e doutrinários.

 Para no Diretório para a Catequese (2020, nº 97), o caminho formativo do cristão, começou nas Catequeses mistagógicas dos Padres da Igreja, com um caráter experiencial, sem  negligenciar a inteligência da fé. O encontro vivo e persuasivo com Cristo era anunciado por testemunhas autênticas, e era determinante. Portanto, aquele que introduz aos mistérios é, antes de tudo, uma testemunha. Esse encontro tem sua fonte e seu ápice na celebração da Eucaristia e se aprofunda na catequese. Quem conduz ao “mistério” é alguém que já teve sem encontro pessoal com Cristo e é profundamente envolvido nos mistérios da fé, a  ponto do seu testemunho contagiar o outro.

Mas, nós nos deparamos aqui com uma experiência prática:

Qual é a nossa experiência?

A enorme e quase insuperável dificuldade em levar nossos catequizandos às celebrações litúrgicas, que nada mais são, do que o próprio "mistério da fé". Toda a celebração da missa é inteiramente mistagógica, simbólica, orante. E as famílias passam longe dela. Assim, que experiência de "mistério" se passa aos filhos? NENHUMA!

E o fato é que crianças não vão a lugar algum sem os pais ou o consentimento destes. Aí, entende-se que a "mistagogia" da nossa catequese, PRECISA ser estendida aos adultos com quem as crianças convivem. Mesmo porque o aprofundamento espiritual, a abertura ao transcendente, carece de uma maturidade que as crianças ainda não têm. Mas, elas aprendem por testemunho de experiências, elas se contagiam pela beleza do mistério e estão mais do que abertas a aprender coisas novas.

Como trabalhar esta mistagogia com nossos catequizandos e com adultos não suficientemente evangelizados? Esta, também, é uma resposta ou caminho que vamos buscar ao longo do processo. Sem esquecer que a Mistagogia é antes de tudo, vivencial e testemunhal.

 

Ângela Rocha

angprr@gmail.com

CATEQUISTAS EM FORMAÇÃO

 

FONTES DE REFERÊNCIA:

 

CNBB. DIRETÓRIO NACIONAL DE CATEQUESE – DNC. Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Brasília: CNBB, 2006.

PONTIFÍCIO CONSELHO PARA A PROMOÇÃO DA NOVA EVANGELIZAÇÃO. Diretório catequético. Vaticano: 2020. Documentos da Igreja nº 61, CNBB: Brasília, 2020.

CONGREGAÇÃO PARA O CULTO DIVINO. Ritual da Iniciação Cristã de Adultos - RICA. São Paulo: Paulinas 2003.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

DICAS DE VÍDEOS

Ultimamente, vemos muitos vídeos nas redes sociais, em blogs, sites, etc. Nem poderia ser diferente, já que os meios digitais tem sido nosso principal meio de comunicação. Mas...

Normalmente, como catequista, eu olho os vídeos muito mais pelo CONTÉUDO, do que pela "expertise" de quem fez o vídeo, mas, alguns vídeos são bem "sofríveis" de se assistir... Eu mesma confesso que estou aprendendo essa "arte" não é de hoje!

Se você quer fazer vídeos, seja para seus catequizandos e famílias, seu grupo de catequistas, seja para amigos e familiares, tem algumas coisinhas a se observar, que eu mesma, muitas vezes não me dou conta. Vou colocar aqui algumas "regrinhas" básicas para se observar com relação a arte de fazer vídeos:

- Se você usa o CELULAR, coloque-o DEITADO, na horizontal. As imagens verticais deixam uma "faixa preto" dos 2 lados da tela;

- Observe a iluminação. Se tiver uma lâmpada atrás de você , ela vai atrapalhar. Coloque a luz a frente, por trás da câmera;

- Não deixe grandes espaço vazios na tela. Quanto mais perto estiver da câmera melhor, o foco será em você e não nas paredes atrás;

- Olhe sempre o que está atrás de você, o "cenário" é bem importante. Se tiver alguma coisa que distraia quem estiver assistindo, não vão ouvir nada do que você diz...

- Cuide do som, ecos, barulhos do ambiente, etc. Ao falar é melhor usar um microfone mais perto da boa;

- Identifique-se antes de mais nada, identifique o assunto, ou coloque legendas e título;

- Se estiver lendo o que está falando, busque ficar o mais possível com o olhar para a câmera. O ideal é listar apenas os "tópicos" da sua fala, assim, a leitura é rápida e você completa o resto de memória. Isso demonstra segurança ao espectador;

- Use aplicativos que você conhece, treine um pouco antes. Seu celular e seu computador tem câmera e aplicativos próprios, mais fáceis de usar;

- Observe o "tamanho" do vídeo em MG (megabytes). As redes sociais e e-mails tem um tamanho máximo para compartilhamento ou envio. Muitas redes sociais permitem fazer vídeos no próprio ambiente: Facebook, Youtube (se o canal tiver um nº X de inscritos), etc.;

O resto a gente aprende na "lida": como "editar" os vídeos por exemplo, por legenda, cortar pedaços, por música, etc.... Isso vale um outro "curso" que vocês vão ter que procurar, meu conhecimento acaba por aqui.

Outra coisa bem importante, é ONDE você compartilha seus vídeos e os vídeos que recebe pela internet:

- Não envie seus vídeos (e dos outros) em todos os seus grupos, páginas e contatos, observe e respeite o "interesse" daquela pessoa ou grupo, assim como, não compartilhe todo vídeo "bonitinho" que recebe nas redes, seu "amigo" pode (vai) te achar um chato!

- Vídeo de missa da SUA comunidade, de novena, de grupo de oração ou qualquer coisa feita PARA A SUA comunidade, interessa à SUA comunidade. Não precisa compartilhar com o mundo inteiro. Se eu fosse assistir missa de todo mundo que me manda, faltariam horas no dia...

- Assista o vídeo antes de compartilhar. Se for seu, pode corrigir os erros, se for de outra pessoa, pode verificar se não diz “besteira”, principalmente se for sobre formação...

Nos nossos espaços, vídeos são bem vindos, DESDE QUE, o conteúdo esteja de acordo com nossos objetivos (FORMAÇÃO PARA CATEQUISTAS!) e não seja apenas para divulgar "seu" perfil, "sua" página, seu "canal". Apesar de ser uma "comunidade" de catequistas, ela tem "administradores", que cuidam com carinho do conteúdo e que merecem o respeito de serem consultados antes das publicações. Aliás, qualquer espaço merece!

Abraço a todos e continuem na arte de “videomakers”. Vocês ainda vão "dominar" as redes!

 

 Ângela Rocha

Catequistas em Formação

 

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

VISITAS ÀS FAMÍLIA OU CATEQUESE “EM CASA”

Catequese em casa - acervo pessoal

A visita às famílias dos nossos catequizandos, fazendo encontros, é uma ação missionária também! E, nestes tempos, onde nossas famílias estão tão alheias à catequese dos seus filhos, é quase uma “meta” em nosso planejamento. 

A catequese “só” com as crianças, já não atinge mais o objetivo de completar a catequese feita pela família. Pelo simples fato de que a família já não é mais “catequizadora”. Mas, como fazer estas visitas nos dias de hoje? Não raras vezes, batem à porta nas nossas caras! É o “medo” do envolvimento, a falta de segurança, a falta de tempo e a falta de vontade mesmo. 

Tenho visitado a casa dos meus catequizandos, desde que comecei a atuar na catequese. Mas, essa visita, precisa de uma certa "estratégia" da nossa parte. Simplesmente ligar para uma família e dizer "olha, sou catequista do seu ou sua filho (a) e gostaria de te fazer uma visita", realmente é complicado. As pessoas estão "desconfiadas" por natureza e - não vamos ser hipócritas - elas têm medo de que a gente seja mais uma "testemunha de jeová" batendo à sua porta para fazer “pregação” ou, pior ainda, cobrá-los a respeito da formação religiosa de seus filhos. É preciso primeiro "conquistar" a confiança e a amizade deles. Mas, como? Se há pais que nunca aparecem na catequese ou na Igreja? Vem no dia da inscrição e nunca mais.

Como fazer? Como quebrar esta barreira? 

Esta visita não precisa ser algo “formal” e feita só por você. Podemos "levar junto" nestas visitas, as próprias crianças/jovens da turma. Claro que se você tiver uma turma enorme, fica complicado. Precisa aí planejar encontros em locais diferenciados para envolver as famílias. Por isso, o ideal é sempre ter no máximo 12 catequizandos. Se o número for maior, é praticamente impossível conhecer a família de todos. A catequese precisa ser “personalizada” e não de “baciada”. 

Comece então, abrindo a sua própria casa. A primeira visita sempre precisa ser uma iniciativa da nossa parte. Um convite para a turma vir à sua casa, conhecer a sua família. Para um "encontro" com os catequizandos mesmo! Que pode ser no horário normal ou num final de semana, num horário mais “light”, em que os pais possam participar se sentirem vontade. Um convite para um lanche, um almoço até, assistir um filme... tudo bem organizado antes com os pais, que levam e buscam seus filhos. Organize caronas, vá caminhando quando for perto e se há segurança para as crianças. 

Depois vem outro convite: "Vamos fazer encontro na casa de vocês, também?". Convide-se para fazer o encontro na casa dos seus catequizandos. Faça uma sondagem, converse com os pais no grupo do Whatsapp ou Facebook a respeito, use o telefone. Veja a agenda deles, pode ser que nem todos possam, mas vá onde for acolhido (a) e for possível. 

Obviamente que já tive "nãos" bem redondos dos pais. Assim como tive mãe que saiu para deixar a gente "mais à vontade" e, de quebra, deixou o filhinho pequeno para a irmã/catequizanda cuidar. Também já tive reclamação de outros catequistas ao pároco, porque eu estava "inventando moda". Já tive "proibição" de coordenadora. Assim como já tive reclamação de pais (agentes de pastoral como eu), diretamente ao pároco, alegando que eu estava "tirando" as crianças da paróquia; pais reclamando que o encontro estava demorando muito... 

Mas, tive também experiências maravilhosas de ACOLHIDA. Alegria da família por estar recebendo a visita da “Igreja” em suas casas; famílias inteiras participando do encontro, avós - até padrinhos e madrinhas! -; testemunhos emocionados de pais sobre esta visita; e, sobretudo, uma maior INTERAÇÃO e fortalecimento da amizade entre os catequizandos. 

No tempo da catequese encontramo-nos tão pouco! É só uma vez por semana. Conhecer o lar de cada um aproxima, traz pertença, confiança, aumenta nosso tempo juntos. 

Mesmo usando temas do seu roteiro, faça encontros “leves”, lúdicos, brinque com as crianças/jovens do que eles gostam de brincar. Dê tempo a eles para ficarem a sós enquanto você conversa com a família. Incentive que mostrem sua casa aos amigos. Leve água benta e abençoe a casa da família. Faça uma oração com todos. APROXIME-SE! 

E nunca leve um “não” como resposta final. Às vezes, parece até desanimador, mas, eu sempre "bati nas portas", quem abriu, eu entrei. E vou continuar batendo! 

Ângela Rocha

Equipe Catequistas em Formação

* Num dos encontros, trabalhei o “Shemá Israel” com eles, falamos da fé e da responsabilidade de transmissão aos filhos. Antes, ensaiei com as crianças no encontro na paróquia, para cantarmos juntos. No dia do encontro em casa, cantamos, em HEBRAICO! ... para os pais, a avó e a madrinha da catequizanda anfitriã. Antes expliquei o significado do Shemá, foi lindo e emocionante. A família amou!

O “Shemá Israel”, considerada a oração maior do povo judeu, constitui a profissão de fé central do monoteísmo judaíco. Nós encontramos me Deuteronômio 6, 4-9.

Shemá Yisrael Adonai Elohênu Ad-nai Echad

Ouve Israel, o Senhor é nosso Deus, o Senhor é Um.

Escute: https://www.youtube.com/watch?v=RhCl9ZKw4qc

OBS. Durante o isolamento social, não faça encontros presenciais com as famílias, deixe para um tempo mais oportuno. Mas, pode-se trabalhar o “Shemá” com as famílias mesmo por meios digitais. Use o Dt 6, 4-9 e passe esta linda herança que recebemos do judaísmo, a religião de Jesus!

 

CATEQUESE A RESPEITO DO “SHEMÁ ISRAEL”

 

“Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor.
Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças.
E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração;
E as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te.
Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos*. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas**.” (Dt 6, 4-9)


Os israelitas seguiam e seguem até hoje literalmente esta ordem, colocando trechos da Lei, que enfatizam a recordação dos mandamentos e da obediência a Deus, dentro de caixinhas, chamadas Tefilin, que são amarradas à testa e escrito em tiras de couro,  filactérios, amarradas da mão ao antebraço.

Tefilin  - Fonte: site https://www.coisasjudaicas.com/2012/06/por-que-colocamos-os-tefilin.html

 

A caixinha que é colocada no braço esquerdo, é para que fique próxima do coração, a tira enrolada na mão, é para dirigir as ações e a caixinha na testa, entre os olhos, como frontal, para que se guarde no pensamento, com a inteligência, os mandamentos do Senhor.

Soldado israelita orando com a Tefilin. Foto: Wikipédia.

Nos tempos de Jesus essa tira de couro, o filactério, era alargada pelos fariseus que desejavam querer exibir maior obediência e serem vistos pelos homens.

"E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes, e amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas, e as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens; Rabi, Rabi." (Mt 23, 5-7).

Mas o que vale para o cristão hoje, é manter a Palavra de Deus em seus pensamentos (testa), perto do coração e em suas ações (mãos). Devemos ler a Palavra até nossos pensamentos serem formados por elas e nossas mãos guiadas pelos seus preceitos.

** Aqui portas se referem aos portões das cidades.

 O resto é só pesquisar para incrementar seu encontro!


FONTES DE PESQUISA:

https://pt.chabad.org/library/article_cdo/aid/666735/jewish/O-Tefilin.htm

https://pt.wikipedia.org/wiki/Tefilin

Bíblia de Jerusalém.

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

MÍDIAS DIGITAIS: NOVOS SUJEITOS, NOVOS CATEQUISTAS

 

Comunicação significa “ com – múnus”, aquilo que é compartilhado, ou seja, um dom pessoal ofertado a outro ou um dever de todos para com todos. A comunicação, na sua essência, tem o objetivo de criar comunhão, estabelecer vínculos de relações, promover o bem comum, o serviço e o diálogo. Já aprendemos que o “encontro suscita o anúncio”. Santo Agostinho nos disse: “Se quero, porém, falar contigo, procuro o modo de fazer chegar ao teu coração o que já está no meu. ”

Eu pergunto: não tem sido isso, o que estamos fazendo por aqui, através do Grupo de Facebook e através do Blog Catequistas em Formação? Primeiro, teve o encontro, mesmo que virtual. Antes, porém, um objetivo comum, ou seja, a evangelização, porque a Igreja existe para evangelizar. Depois do encontro, o anúncio. Às vezes, pode até parecer que o anúncio não está acontecendo. Mas está, e de forma concreta ele acontece entre nós por aqui. De que forma? Em cada curtida, em cada postagem que é compartilhada, cada comentário, um vídeo que seja visualizado, uma foto, uma frase, um texto, uma provocação, uma reflexão a respeito da nossa missão, a nossa interação uns com os outros, tudo isso transforma o encontro em anúncio. A nossa manifestação, mesmo que tímida, às vezes nem aparece, é, ao mesmo tempo, um recado ao mundo de que nesta imensidão de coisas, de fatos, informações, nesta “loucurada” que se transformou a internet, há também gente disposta a fazer as coisas diferentes.

No marketing se diz: onde existe uma necessidade, existe também uma oportunidade. Mais de cinco milhões de visualizações – quase seis - num blog voltado aos catequistas é a prova da necessidade, de Deus, de uma mensagem mais uma humana, de caminhos diferentes, de palavras que tocam mais o coração, de transformação da sociedade. Mais de cinco milhões de visualizações num blog evangelizador, direcionado para catequistas, organizado por leigos, atualizado por colaboradores? Isso, gente, é raro, impensável, é quase de não acreditar.

A cultura digital que está estabelecida nos dias de hoje, nos desafia a reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé. Isso significa favorecer a comunhão e a cooperação entre as pessoas. Então, estamos no caminho certo, e isso é ótimo. Estamos, também, e isso é louvável, fugindo daquilo que os especialistas em comunicação chamam de “lógica do mercado”, ou seja, tudo aquilo que a gente vê nos veículos de comunicação de massa: monopólio, lucro, modelos distorcidos, busca obsessiva por ouvintes, telespectadores e leitores e com isso, uma despreocupação com a qualidade da programação, com uma comunicação social vulgar e banalizada. Não é isso que temos aqui, não é isso que queremos ao propagar o projeto de Deus através de um blog. Aliás, o que queremos aqui é justamente o contrário da lógica do mercado: formar cristãos capazes de anunciar a palavra e dar voz aos que dela são privados.

Por isso, um número como como esse de cinco milhões de visualizações num blog voltado aos catequistas, é um feito a ser comemorado e, ao mesmo tempo, nos desafia a pensar além.  Existe uma necessidade bem clara, e a oportunidade de evangelizar, de tocar corações e transformar o mundo, é agora, não pode ser amanhã, não podemos postergar. Somos comunicadores por excelência. A catequese hoje não nos pede que sejamos discípulos, missionários, apóstolos, evangelizadores?  Então, o catequista deve ser um facilitador neste processo, um mediador, um facilitador da comunicação e não um dificultador. O dom do discipulado, é ser comunicador. Estamos imersos num mundo digital, isso não tem volta, não adianta lutar contra. Mas é bom que saibamos e lembremos algo: o anuncio de uma mensagem, seja ela em qual plataforma for, está intimamente ligado e vinculado a um testemunho coerente por parte que de quem anuncia.

Os meios de comunicação, devem servir ao humano e isso significa, conhece-lo e principalmente amá-lo. Com isso, sejamos cada vez mais, novos sujeitos através das mídias digitais. Dá sim, para construir amizades autênticas por aqui e transformar este mundo em algo melhor. O nosso grupo, dos Catequistas em Formação, é um pouco, a prova disso.

 Alberto Meneguzzi

Caxias do Sul - RS