1. Abrir as portas do coração. Deus
desce e vem. Quer estar no meio de nós. Vamos abrir nossos corações e a porta
da fé. Advento é Deus nos procurando para o dialogo, a aliança de amizade, a
oferta da salvação. Não fecheis vossos corações, vamos acolher receber, ouvir a
Deus que vem. Escancarai as portas do coração a Jesus Cristo. Ele bate à nossa
porta.
2. Respeitar o direito e a justiça. Os textos
bíblicos do Advento enfocam a nova ordem, a nova terra que o Messias trará. O
seu trono pousa sobre o direito e a justiça, a paz e a convivência fraterna. O
que o Messias vai trazer é o reino de Deus que consiste em “amar a
misericórdia, praticar a justiça e viver na presença de Deus” (Miq. 6, 8). O
reino de Deus transforma o deserto em jardim, as espadas em arados, as lanças
em foices.
3. Estar vigilantes, não distraídos. Quem
espera deve estar vigilante, acordado, atento. São três as vindas de Deus: no
Natal, no fim do mundo e no nosso cotidiano. Precisamos estar antenados, conectados,
sintonizados com Deus, sua presença, sua vontade, seus desígnios. Agitação,
barulho, dispersão nos afastam da oração, do silêncio e, portanto da
vigilância. Vivemos apressados, atulhados com mil preocupações e também
cansados, apáticos, indiferentes no que diz respeito a Deus e ao próximo.
Vigiai, pois não sabeis nem o dia, nem a hora.
4. Endireitar os caminhos tortuosos. Advento é
tempo de conversão. Caminhos tortuosos levam à perdidão. O rumo, a bússola, a
direção de nossa vida é Jesus Cristo, que pela mediação da Igreja, é luz do
nosso caminho. É hora de sair de si, peregrinar, ir ao povo, endireitar os
caminhos em direção ao irmão e a Deus.
5. Preparar a chegada. A mãe
prepara a chegada do bebê, a cozinheira prepara as refeições, a noiva prepara o
casamento. Tudo o que é preparado tem sucesso. Devemos estar preparados para a
vinda do Senhor. Nunca ociosos, desligados, desinteressados. Longe de nós a
mediocridade, a sonolência, a mesmice, o desinteresse. Preparemos um belo
presépio para acolher o Menino. Preparemos nossos corações.
6. Escutar a voz que chama. João
Batista clama no deserto, chamando-nos ao silêncio, à escuta, à meditação.
Saber parar, silenciar, contemplar é remar contra a corrente do consumismo, da
dissipação, do barulho. Advento tem tudo a ver com deserto onde Deus fala ao
coração.
7. Uma criança vai nascer. Maria
esta grávida por obra do Espírito Santo graças a sua resposta de fé. Advento
leva-nos a pensar na gravidez, nos cuidados e respeito com o nascituro, na
generosidade de acolher a vida de mais um filho. O embrião é um de nós, é um
filho. Jesus foi também embrião e Maria cuidou dele.
8. Viver o tempo que nos é dado. Advento é
um tempo especial. Que fazemos com nosso tempo? É preciso viver o hoje, o
agora, o instante, o momento presente com intensidade, consciência e alegria. Percebemos
que o tempo passa, a vida é breve o fim vem. Demos tempo a nós mesmos, aos
outros, a Deus. É no tempo que construímos a historia e acolhemos a salvação.
9. Visitar e ir ao encontro. Visita e
encontro são os dois pés do Advento. Recebemos a visita de Deus e no propomos a
visitar casas, asilos, hospitais, cadeias, creches. A missão hoje depende da
visitação. A visita proporciona a experiência do encontro, do diálogo, da
comunicação.
10. Participar
das novenas. Façamos de nossa rua, prédio, condomínio, uma família. Façamos
a experiência da alegria que vem da comunhão e participação e de novas
amizades. Superemos a solidão, o egoísmo, e isolamento e busquemos a
socialização, a comunicação, a convivência.
Dom Orlando Brandes
Arcebispo de Londrina
Folha de Londrina, 30 de novembro de 2013
Arcebispo de Londrina
Folha de Londrina, 30 de novembro de 2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário