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terça-feira, 19 de maio de 2015

LITURGIA DE PENTECOSTES

Algumas dicas para a nossa liturgia



A cor de Pentecostes é o vermelho




O espaço deve ser expressão da Páscoa do Senhor, destacando o círio Pascal, a mesa da Palavra, a mesa da eucaristia e a pia batismal. 


Antes do início de celebração pode-se cantar um canto do Espírito Santo e 7 pessoas com velas acesas entram, representando os 7 dons. Preparar com antecedência um lugar para por as velas. 

No ato penitencial pode ser feita a aspersão lembrando nosso batismo, utilizando um canto próprio para o momento. 

Nesta solenidade a liturgia traz a sequência. A "sequência" é um hino que surgiu por volta do século IX. De forma lírica e expressiva, fala sobre determinado tema da devoção cristã. Este hino é cantado antes da aclamação ao Evangelho. Deve ser valorizado. 


Na profissão de fé, pode-se renovar as promessas do batismo. Nas preces, lembrar todos os jovens que recebem o sacramento do crisma nesse ano. 

No final da celebração, após a oração pós-comunhão, pode ser realizado o rito de apagar o Círio Pascal. É importante que antes de iniciar o rito, o presidente da celebração ou o animador, oriente os celebrantes explicando porque o Círio Pascal é retirado da assembleia. 

A comunidade poderá ser motivada assim: 

"Na noite da Vigília Pascal, aclamamos Cristo nossa Luz e acendemos o Círio Pascal. A luz do Círio nos acompanhou nestes cinqüenta dias do Tempo Pascal. No dia de Pentecostes, ao concluir o Tempo da Páscoa, o Círio será apagado. Este sinal nos é tirado para que, educados na escola pascal do mestre Ressuscitado, nos tornemos a “luz de Cristo” que se irradia, como uma coluna luminosa que passa no mundo, para iluminar os irmãos e irmãs e guiá-los no êxodo definitivo rumo ao céu."

* * * * *
A "sequência": O que é?

Nas festas da Páscoa, Pentecostes, Corpus Christi e Nossa Senhora das Dores, o missal romano prevê para, logo após a segunda leitura da Missa, um hino chamado “Sequência”.

A origem da “Sequência” está ligada a um costume medieval de acrescentar à vogal final do aleluia solene – antes  da  proclamação do Evangelho – uma série de notas que se desdobravam num longo vocaliza chamado por muitos de “jubilus do Aleluia” ou “sequência”.

Essa jubilação aleluiática, com o passar do tempo, atingiu um grau de complexidade técnica tão elevado, que somente profissionais do canto (solistas, coros...) poderiam executá-la. Numa tentativa de favorecer a participação do povo, ao longo dos séculos, foram introduzidos textos sob o “jubilus” do aleluia. Estes, aos poucos, forma ampliados e ajustados com um formato de extensos hinos chamados “Sequencia”.

A “sequência” é um hino que canta loas – de forma lírica e expressiva –  sobre determinado  tema  da  devoção  cristã.  Esse  gênero musical surgiu por volta do século IX. Sua popularidade foi tamanha que, dois séculos depois, já havia um número aproximado de 5000 “sequências”. Praticamente, para cada festa ou outra circunstância, existia uma “sequência” própria.

O Papa Pio V (Século XVI), conservou no seu missal somente cinco sequencias, a saber: Victmae paschalli laudes (Páscoa); “Veni Sancte Spiritus” (Pentecostes); Lauda Sion Savatorem (Corpus Christi); Stabat Mater Dolorosa (N. Sra das Dores); Dies Irae (Missa dos fíéis defuntos).

O missal romano pós- Vaticano II deixou de fora a Dies irae e manteve as outras quatro “sequências”. Porém são de uso obrigatório apenas duas: a da Páscoa e a de Pentecostes. 

* Texto extraído do livro: Cantando a Missa e o Ofício Divino, Joaquim Fosneca, OFM. Ed. Paulus

ESCUTE:


Veni Sancte Spiritus, também chamada de “Sequência de Pentecostes”, é a sequência prescrita para a Missa de Pentecostes na liturgia romana. É atribuída ao Papa Inocêncio III ou ao Arcebispo de Canterbury Estêvão Langton (Stephen Langton), que a teria composto por volta de 1200. Veni Sancte Spiritus é uma das quatro Sequências medievais que foram preservadas no Missal Romano publicado em 1570, fruto do Concílio de Trento (1545-63). É utilizada ainda hoje.


Vinde Espírito Criador

Vinde Espírito Criador,
Visitai as almas vossas,
Enchei da graça do alto,
Os corações que criastes.

Sois chamado Consolador,
O dom de Deus Altíssimo,
Fonte viva, fogo, caridade,
E unção espiritual.

Sois formado de sete dons,
O dedo da direita de Deus,
Solene promessa do Pai,
Que inspira as palavras.

Iluminai os sentidos,
Infundi o amor nos corações,
Fortalecei nossos corpos,
Virtude firmai para sempre.

Afastai o inimigo,
Dai-nos a paz sem demora;
E assim guiados por Vós,
Evitaremos todo o mal.

Fazei-nos conhecer o Pai,
E revelai-nos o Filho;
Para acreditar sempre em Vós, Espírito
Que de ambos procedeis.

Glória seja dada ao Pai,
E ao Filho que da morte
Ressuscitou, ao Espírito Paráclito
Pelos séculos dos séculos.

Amém

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