Ilustração: Dinha Claudia Pinheiro |
Alguém
já leu ou ouviu esta afirmação? Pois bem, vamos conhecer uma historinha pra
entender melhor essa afirmação:
“Sem qualquer razão
aparente, a serpente começou a perseguir o vagalume que, cheio de medo tentava
fugir, mas a serpente não desistia e continuava “correndo” atrás dele. A
perseguição durou uns três dias, até que vagalume, já sem forças, decidiu parar
e perguntar à serpente:
– Desculpe, mas posso
lhe fazer-te três perguntas?
– Bem, não costumo
abrir esse precedente, mas já que vou te devorar, pode perguntar…
– Eu, por acaso,
pertenço à sua cadeia alimentar?
– Não.
– Em algum momento eu
lhe fiz algum mal?
– Não.
– Então por que quer
acabar comigo?
– Porque eu não
suporto ver você brilhar!”
A
inveja nada mais é do que um “Certificado de Incompetência”, porque leva o
invejoso a dedicar tempo e energia para cobiçar e prejudicar o espaço e a luz
dos outros, ao invés de reconhecer o valor que possui, e assim fazer brilhar a
sua própria luz. Por isso, o invejoso é alguém que fica mais feliz quando
consegue ofuscar a luz alheia, do que quando faz brilhar a sua própria luz,
mesmo porque tem pouco tempo para brilhar, já que está sempre ocupado na
tentativa de evitar que outros brilhem.
Isso
faz da inveja um dos sentimentos mais prejudiciais a qualquer
ambiente onde as pessoas se reúnam, porque quebra a relação de confiança, cria
competição onde deveria haver colaboração, leva líderes a impedir o crescimento
de seus liderados por não aceitar que estes brilhem mais do que eles, enfim, é
um dos piores venenos do mundo, e o grande problema é que a maioria dos
invejosos não percebe que, de fato, estão bebendo do seu próprio veneno,
esperando que os outros “morram”.
Enfim,
a inveja deriva, muitas vezes, de um sentimento que é possível de ser
revertido: a INSEGURANÇA. Normalmente o invejoso não acredita em si mesmo.
É
impossível impedir que sentimentos negativos cheguem até nós, incluindo a
inveja, contudo é plenamente possível desprezar ou substituir os sentimentos
que nos limitam, por aqueles que nos potencializam, e isso é uma escolha. E
estamos num ambiente em que esta escolha se chama simplesmente “amar ao outro”
e a “si mesmo”. Isso não lembra um mandamento de Jesus? Pois é... quem se ama,
sabe amar ao outro.
Todos
nós temos luzes e sombras, pontos fortes e fracos, virtudes e defeitos. Nossa
luz, nosso brilho e nossa influência serão tão fortes quanto nossa capacidade
de reconhecer estes dois lados, e então trabalhar com disciplina para
potencializar os pontos fortes e melhorar os pontos fracos. A disciplina dói
menos que a inveja e o arrependimento. Se você é humano, é bem provável que
sentimentos de inveja busquem dominá-lo em alguns momentos, contudo, escolha
substituí-la por sentimentos que o levem a expandir a sua própria luz e o seu
próprio brilho, ao invés de deixar que ela ocupe a sua mente e o seu coração em
tentar ofuscar a luz alheia.
É
bem mais fácil crescer “junto” do que sozinho, não é mesmo? E é preciso
valorizar e potencializar nossos dons e talentos e daqueles que nos cercam. E
isso nos lembra de Jesus em várias parábolas... Mas, sobre dons e talentos cabe
outra reflexão, numa outra oportunidade.
Ângela Rocha
Catequistas em Formação
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