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segunda-feira, 25 de maio de 2015

ROTEIRO DE ENCONTRO – SANTÍSSIMA TRINDADE

Pois é gente, está chegando a Festa da SANTISSÍMA TRINDADE, e precisamos falar dela aos nossos catequizandos...

Não como "dogma" da Igreja Católica ou matéria do CIC - Catecismo da Igreja Católica (nossos pequenos ainda não estão maduros para entender a complexidade da doutrina da nossa Igreja), mas, como verdade intrínseca da nossa Fé. Pois cremos que Pai, Filho e Espírito Santo habitam uma só essência. É o Deus Trindade que, apesar de parecer ser fruto de consenso humano, é a conclusão óbvia da longa história da Salvação experimentada pelo Povo de Deus e pela Igreja primitiva, chegando até os nossos dias.

Vale lembrar às nossas crianças já batizadas que a participação na vida da fé em nossa Igreja tem início quando escutamos o nosso nome e em seguida a frase: "Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo". Mesmo que a gente nem lembre, este dia foi decisivo! Pelo Batismo cada um de nós foi mergulhado na longa experiência de Salvação do Pai que nos deu seu Filho no Espírito Santo.

A fé no Deus único no foi dada por Abraão, já a fé de que este Deus é as três pessoas divinas (Pai, Filho e Espírito Santo) nos foi comunicada pela experiência dos primeiros cristãos em Jesus Cristo, Senhor Nosso. Deus assim quis se manifestar a nós! Em sua bondade, mostra ao ser humano que é comunidade de pessoas.

Desta experiência brota a profissão de fé cristã, que pode ser dividida em duas partes principais:
- Cremos em um só Deus;
- Que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Estas duas partes da fé no deus cristão não podem jamais estar separadas. Deus é um só. Mas, este UM é o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Parece difícil, um absurdo até: um em três. Mas não é matemática. É Fé. E quem começa a querer contar, começa a errar...

Por isso é bom não se ater a matemática humana com as crianças, nela um é um e três são três. É impossível três laranjas serem uma laranja e nem uma maçã ser ao mesmo tempo três maças...

Mas a TRINDADE não se trata de matemática. Trata-se de fé. Deus está muito acima de nossos pensamentos, de nossa matemática, de nossa razão e de nossa ciência. A Trindade não é uma verdade para ser entendida com a razão, mas para experimentarmos e sentirmos com o coração. Foi assim que ela foi descoberta pela nossa Igreja e é assim que acolhemos esta verdade em nosso coração. É "mistério".

E mistério aqui não significa coisa oculta e que não se pode compreender. Pelo contrário, ela deriva da palavra grega "myein", que significa "lábios fechados".

De fato, nosso Deus Trindade se revela a nós assim: compreendemos em nosso coração Quem Ele é, mas se tentarmos falar e explicar, não conseguimos. As palavras são insuficientes, é melhor fecharmos nossos lábios e apenas louvar. É como o amor que as mães sentem pelos filhos: não se explica, entende-se melhor quando se experimenta. Assim, a nossa Igreja denomina "mistérios" as realidades acerca da nossa fé, que embora a gente conheça e precise dizer algo sobre elas, nossas palavras não bastam para exprimir o que de fato significam, pois são inacessíveis às razões humanas, ao nosso ser "racional". Só as conhecemos porque Deus as quis revelar, portanto entende-se melhor pela experiência do que pela especulação intelectual.

Não procuremos então, entender, procuremos experimentar, sentir e louvar. Neste momento, nossos catequizandos precisam somente "sentir" em seus corações como nossa Fé é forte e verdadeira. E como se trata do "mistério dos mistérios", é importante ter os seguintes cuidados:

- HUMILDADE: é importante entender que nossa linguagem é humana e limitada. Jamais conseguiremos dizer com exatidão o que deus é. Deus está além de todo nosso pensar e não cabe em nossa inteligência;
- COMPARAÇÕES: contudo, é preciso falar de alguma forma sobre o Deus Uno e Trino, tendo em vista nosso esforço catequético. E esta fala só é possível por meio de comparações e analogias. A trindade jamais será compreendida pela nossa mente humana e limitada;
- CONVERSÃO: somente com a transformação da vida de acordo com o Evangelho é possível sentir e saber sobre a Trindade. Só quem ama pode entender como Três pessoas podem ser ao mesmo tempo um só SER.

E uma das comparações que podemos usar com as crianças é unir a chama de três velas que, separadas são três coisas distintas, juntas, formam uma só chama. As chamas se unem e dão origem ao fogo da Trindade Santa.

Também podemos trabalhar com comparações da natureza, como de uma árvore: suas raízes, que dão alimento e sustentação (Deus), invisível ao homem; seu tronco que aparece da terra (o Filho) para trazer a nós os frutos e folhas (Espírito Santo) que nos dá seus dons e energia para enfrentarmos qualquer coisa.

DINÂMICA SUGERIDA:

Ainda trabalhando uma árvore pode-se montá-la com três corações, grudando-as num molde onde só existe o tronco.  Para isso é necessário confeccionar vários corações, pintando-os de cores diferentes (três para cada catequizando escrito em um Pai, no outro Filho e no outro Espírito Santo), e um molde da árvore para cada um também (se forem muitos pode ser realizado em dupla).

As árvores podem ser grudadas nas paredes da sala em locais diferentes. Os corações com os nomes (da Trindade) podem ficar espalhados sobre uma mesa decorada com a cruz, vela, bíblia, água benta...

Depois da explanação sobre a Santíssima Trindade (como o texto acima), pode-se pedir a eles que façam memória das muitas vezes que usam o "nome do Pai" (persignação). . Somos batizados em nome da Santíssima Trindade. Por isso o sinal da cruz é uma profissão de fé. Fé na Santíssima Trindade, fé no mistério da Encarnação e da Redenção. Mostrar como devem ser feitos os gestos corretamente, devagar e pronunciando a profissão de fé “Em nome do Pai (na testa), do Filho ( no peito), do Espírito Santo ( primeiro do lado esquerdo e depois do direito)”. Este não é um mero ritual mas, o sentido Sagrado de que acreditamos na Trindade.

E a Trindade se entende com amor. E o amor é representado pela imagem de um coração. E na mesa temos vários corações. Peça aos catequizandos que venham, cada um de uma vez, pegar seus três corações. E com este "amor" em "três" pedaços, façam dele um SÓ! E que façam isso montando estes corações nas pequenas árvores espalhadas pela sala... Árvores formadas por várias partes mas que, juntas, formam um só ser...

Os corações devem ser postos conforme o esquema desenhado.

Depois que todos tiverem colado os corações nas árvores, peça a todos que escrevem no tronco o que ela significa: "Santíssima Trindade".

Encerre o encontro com um canto ou uma oração e, no final que todos façam o sinal da cruz, dizendo em voz alta: "Em nome do Pai, do Filho... " molhando a ponta dos dedos na água benta.


(Baseado no texto de Pe. Alexsander Cordeiro Lopes).

ANEXOS:
 
 




Ângela Rocha
Catequista

Um comentário:

Nativa Santos disse...

Parabéns.Gostei muito