* A partir desta semana estaremos publicando uma série de CINCO textos referente formação feita com os catequistas do Grupo, no mês de junho. Em cada texto foram selecionados comentários de catequistas com observações interessantes sobre o tema. Não deixe de ler!
Vocês já perceberam que temos sempre os mesmos problemas na catequese? E eles se repetem continuamente? São os pais que não colaboram, são as crianças desinteressadas, são os padres que não estão nem aí com a catequese, são catequistas que não se comprometem, são os coordenadores sem preparo, é a falta de formação, é a falta de material...
E é A MISSA! Algo que faz
parte da catequese, no entanto, é um problema!
A missa, ou falando mais
especificamente, a LITURGIA, é "matéria" da catequese. Nós fazemos
catequese para que os fiéis sejam educados na fé. E a fé pressupõe a
participação na Liturgia, ou seja, nas missas. A missa é o “segundo” encontro
da semana. Se não é, deveria ser. Já pensaram que interessante seria se quando
uma família fosse á Igreja procurar o sacramento para os filhos, fosse dito a
ela o seguinte: “Olha a catequese é a missa do Domingo, é preciso participar da
celebração dominical.” Depois, o encontro com a catequista é opcional... Que
inversão interessante de valores, não é mesmo?Normalmente, no começo do
ano, durante as inscrições, deixa-se claro aos pais que as crianças não podem
ter mais que "X" faltas nos encontros. Mas a gente deixa claro para
os pais que a missa faz parte da catequese? Ou tratamos a missa como uma coisa
das "outras pastorais"?
Muito da nossa catequese se
faz na Igreja, durante as celebrações. O sacramento da eucaristia, por exemplo,
acontece durante a celebração da missa. É inconcebível que os catequizandos
para a Primeira Eucaristia, não participem das celebrações dominicais (ou
semanais), pelo menos para a liturgia da Palavra. Em se falando dos
catequizandos de crisma, nem se pode cogitar a falta deles à missa. Estamos
sendo bastante hipócritas fazendo uma catequese exclusivamente teórica e doutrinal,
pois a doutrina se expressa nas ações litúrgicas.
Mas é preciso pensar que as
nossas crianças e jovens que estão sendo catequizados, são exatamente isso:
Crianças e jovens. Então é preciso considerar todos os fatores envolvidos
nisso. É preciso atentar para a capacidade cognitiva (de aprendizado), para o
desenvolvimento psicológico e físico e para o ambiente sócio cultural em que
vivem. Uma criança ou adolescente não é igual a um adulto. Eles ainda não têm
maturidade para entender a complexidade que envolve uma verdadeira vida de fé.
Eles estão "aprendendo". Eles têm um ritmo. Que não é o nosso, dos
adultos. E são os adultos que “dirigem” a vida deles. Criança nenhuma toma
decisão sozinha.
E as nossas paróquias,
coordenações e os nossos padres, estão preocupados com isso? Será que a Igreja
está vendo isso? Por que será que ela está falando tanto na IVC pelo processo
catecumenal? Por que se tem pedido tanto para priorizar a catequese de adultos? Principalmente
aqueles “catequizados” mas, não “evangelizados”.
Mas, voltemos a nossa Missa.
Que, por ser da catequese de eucaristia e crisma, é para as crianças ou com
crianças.
Existe uma preocupação de
fazer uma missa especial para as crianças? Existe a preocupação de se adaptar a
linguagem litúrgica para os jovens e crianças? Existe ainda a preocupação de
fazer essa missa num horário condizente com as várias atividades que envolvem a
vida de uma criança? Sabemos que as missas dominicais, via de regra, são
dirigidas aos adultos. Afinal o adulto, que tem seus compromissos de trabalho,
dedica o domingo ao Senhor. Vamos pensar que os adultos precisam da missa do
domingo para eles. Misturar as coisas não é correto, já que nem todos os
adultos possuem filhos em idade de catequese. Uma missa de crianças com adultos
impacientes envolvidos é, no mínimo, algo que só vai fazer aborrecer o adulto
que está lá.
O que acredito é que falta
preparo, cuidado e carinho no trato com nossos catequizandos. No trato com
nossos pais também. Não se pensa as celebrações conforme as pessoas que estão
nela. E não estou dizendo aqui que se deve mudar a Liturgia da Igreja nem os
ritos. É possível tornar uma missa atraente sem mudar uma vírgula do Missal.
Basta que se tenha vontade. Penso que se houvesse, em primeiro lugar, uma preocupação
verdadeira das lideranças da Igreja com os membros de suas comunidades, a coisa
melhoraria e muito. Nesse mundo secularizado ao extremo a Igreja precisa se
adaptar. E não esperar que a sociedade se adapte a ela. Queiramos ou não, temos
que admitir: não vivemos mais na Cristandade onde todos eram cristãos de berço
e a Igreja era quem guiava a vida da sociedade.
Pensemos em mudanças! E
vamos a elas!
Ângela Rocha - Catequista
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COMENTÁRIOS:
"Estas são preocupações de
todos nós, catequistas e coordenadores de catequese. O que fazer e como fazer
para que catequizandos, família e comunidade entendam que a missa, ou melhor, a
liturgia é a parte principal e integrante da catequese? O ideal seria realmente
aquela inversão que você menciona: A participação na eucaristia dominical ser a
catequese e o encontro com o catequista ser opcional. Mas enquanto não acontece
temos que educar na fé através dos
encontros catequéticos, com catequistas capacitados e um trabalho bem
elaborado com pais ou responsáveis pelos catequizandos. Quem catequiza, não são
os catequistas somente, mas sim, um conjunto de pessoas: Família, pároco,
Catequistas e Comunidade. Isto foi que o que sempre aprendi e tenho feito
esforço para colocar em prática. É fácil? Não!!! Temos em nossa comunidade uma
missa dominical com crianças e famílias e já realizamos várias tentativas para
torná-la mais chamativa: Teatro de fantoches na hora do evangelho, encenações
do evangelho com os catequizandos e apresentação das figuras do evangelho no
flanelógrafo. Funcionava muito bem, mas cada pároco tem sua maneira de ser e
nem sempre aceitam essas dinâmicas. Mas houve tempos bons onde o pároco tocava
violão e concluía o Evangelho com um canto ligado ao tema junto com as crianças.
E em alguns domingos partilhava desenhos para colorir com as figuras do
evangelho daquele domingo. Todos estas alternativas que partilho responderam
bem aos nossos anseios, os catequizandos e comunidade se interessavam mais pela
celebração eucarística. Atualmente, tivemos que deixar muitas destas práticas,
pois o atual pároco é menos adepto de tais dinâmicas, contudo, tenta na homilia
dialogar com as crianças, mas de vez enquanto esquece. E assim vamos
caminhando..."
(Maria Angela Guenka – Sorocaba/SP)
“Não se pensa as celebrações conforme as pessoas que estão nela", infelizmente isso acontece muito, se as equipes de liturgia levassem isso em consideração seria um bom começo."
(Ilze
Iwasenko – Pinhão/PR)
"Esta observação reflete a
nossa falta de cuidado com a liturgia e com as celebrações. Temos centenas de cantos especiais para as crianças e
eles não são sequer lembrados ou cantados. A Igreja em seus documentos conclama
a catequese e a liturgia para se unirem, uma vez que uma fica menor sem a outra,
e nós na catequese precisamos buscar essa integração sem esperar pelo padre ou
pela liturgia. Na grande maioria das vezes, esquecemos que a Missa é uma
celebração da comunidade e para a comunidade."
(Luna Ronald – Barra Velha/SC)
"Aqui a Catequese é
responsável pela missa do primeiro domingo do mês. No começo achei ruim, pois,
sempre acreditei que deveria ter uma missa especial para as crianças todos os
domingos. Mas hoje mudei de opinião. Acho ótimo eles terem que participar da missa com os adultos,
pois eles devem tomar gosto e participar da missa como ela realmente é. No
primeiro domingo as crianças fazem as leituras, fazem ofertório, entregam o
dizimo mirim, fazem tudo e sempre fazemos uma mensagem final ou uma ação de
graças, ou até exposição, alguma coisa que comprometa as crianças e pais para
participarem da missa. E sem dúvida para mim a maior dificuldade é a
participação das crianças nas missas, mas, este ano, trabalhando desta forma,
temos aumentado bastante a participação. Aqui nosso pároco tem também nos
ajudado bastante, nas missas da catequese elogia as crianças, abençoa as
famílias.
(Nathalia Luna Colares – Juiz de Fora/MG)
"Acredito que hoje,
infelizmente, na maioria de nossas paróquias a participação das crianças na
missa é um problema, uma vez que nossas crianças necessitam dos pais para os
levarem até a igreja. Elas não tomam
decisão por si só, elas podem até querer ir, sentir vontade, necessidade em
participar, mas, se não tiver um adulto, um responsável para leva-la, como
participar? Em nossa paróquia temos uma missa especial voltada para a
catequese, uma missa onde se criou, em conjunto com o padre, um ministério para
as crianças, onde elaboramos e preparamos temas a serem abordados, tudo dentro
da santa liturgia, mas, mesmo assim, com tantos horários de missas, faltam
crianças e assim, evangelizar o catequizado é uma grande dificuldade."
(Vanessa Pelissari – Sorocaba/SP)
"Em minha Comunidade temos a
Missa de domingo, às 10h30, voltada para as crianças. É uma missa para crianças
e não só da catequese. Nesta Missa
trabalhamos com fantoches no intuito de aproximar as crianças da liturgia, mas,
esta participação entre crianças e fantoches acontece antes de começar a celebração.
Porém, noto que sempre são os mesmos pais e as mesmas crianças da catequese que
vão. E olha que temos 115 crianças e adolescentes entre pré-eucaristia e
perseverança, e volto a afirmar é sempre o mesmo numero que vai. Já me
perguntei por diversas vezes onde erramos e, claro, se é culpa da pastoral, do
horário e tal; mas, acaba sempre no mesmo questionamento: Por que as crianças
não vão a Missa? Algumas crianças me falam que querem ir mas “Papi” e “Mami” estão cansados e não gostam
de acordar cedo (só reforçando a missa de crianças começa as 10:30). Enfim
este assunto é longo. Quanto ao preparo, acredito que nós catequizadores
precisamos estar em busca sempre de formação, seja na paroquia ou por outros
meios, mas, estar sempre em busca de aprendizado para que possamos passar
informações para os pais no intuito de se apaixonarem pela nossa Igreja.
Participar dela pelo que ela é. E não, somente quando a Tia da catequese fala
que vai ter apresentação. Porque temos muitos casos. Em que a criança só
aparece e é deixada no portão, para vir buscar depois. Vemos isto nos eventos
especiais: Coroação de Nossa Senhora, dia das mães e dos pais e muito no Natal."
(Lesley Alessandra Adami – Campinas/SP).
"Penso que enquanto fizermos
uma catequese em busca de um sacramento isso não vai mudar. Temos que fazer uma
catequese onde a criança aprenda a amar a igreja e a fazer parte de uma
comunidade de irmãos. E isso tem que começar desde a Catequese para o Batismo, com os pais que vão buscar o sacramento, começam
a fazer parte da comunidade e assim, teremos famílias e crianças comprometidas
com a igreja."
(Carmem Lucia Marques – Vila Velho/ES)
"E se pensarmos que, em
paróquias como a que participo, temos apenas uma missa "ao ano"
direcionadas as crianças! Isso mesmo, não leram errado, não: Temos missa apenas
em dois domingos do mês. Nos demais finais de semana, temos celebração da
Palavra. Depois de muitas tentativas, resolvemos mudar o nosso dia e
horário de catequese, que era aos sábados pela manhã, para os domingos após a
missa/celebração da palavra. Fiz uma reunião com os pais e apresentei a ideia,
explicando a importância da participação da família nas celebrações. No começo
houve um pouco de rejeição, mas agora, percebo que as crianças sentem-se mais
motivadas para participarem da missa e fazem questão de ficar ao lado dos pais.
E até trazem dúvidas dos pais sobre alguma coisa que aconteceu na celebração.
Assim conseguimos uma participação da família inteira nas celebrações e nos
encontros de catequese. Nas raras vezes que a catequese é convidada para
participar de alguma atividade litúrgica,
sempre procuro incluir os pais que pouco participam. É visível como sentem-se
valorizados e cada vez mais, interessados na vida das crianças na
catequese."
(Janice Santos – São Paulo/SP)
"Se tivéssemos um pensamento
"marketeiro", faríamos uma pesquisa de público alvo e elaboraríamos
um “produto” que chamasse a atenção da nossa "clientela"... Visto que
nossos ''clientes-catequizandos" merecem o melhor, aliás já possuem o
melhor (a presença de Jesus Eucarístico). No entanto, esbarramos na falta de
preparo ou de vontade. Na minha paróquia, todo primeiro domingo do mês, os
trabalhos da celebração ficam por conta das crianças (músicas, leituras). Nosso
pároco incentiva bastante. As crianças são bem participativas, pelo simples motivo
de que seus pais já estão engajados em
algum movimento/pastoral."
(Maria Izabel da Silva – Londrina/PR)
"A missa do domingo de manhã em
nossa paróquia é de responsabilidade da catequese. A cada domingo um tempo da
catequese prepara a liturgia e distribui as leituras, preces e comentários
entre os catequizandos leitores. São liturgias bem preparadas, os pais gostam muito de ver os filhos
participando da celebração e gostam muito quando o padre faz a homilia
voltada para os catequizandos e as famílias. Nossa maior preocupação é com a
participação dos demais catequizandos, aqueles que, naquela missa específica,
não tem algum serviço; e também quando o padre prepara uma homilia de difícil
compreensão, voltada só para os adultos."
(Marilena Schiefer – Londrina - PR)
Sou coordenadora da minha
Paróquia e tenho uma turma de 2º ano, pois aqui a catequese se dá em 3 anos:
Pré-Catecumenato , 1º ano e 2º ano. Este ano estamos com um projeto,
primeiramente de acolhimentos às
famílias, com encontros pessoais e individuais com cada uma, visando não
só conhecê-la, mas também demonstrar o interesse da Paróquia e da catequese por
aquela família em especial. Depois desse momento teremos um encontrão, com
dinâmicas, conversa com o Padre, reflexão sobre o papel da catequese na família
e com a família, e a participação nas Missas, celebrações e ritos. E só então, depois
de tudo isso, os pais tendo pleno conhecimento que o caminho deverá ser feito
juntos, a inscrição será efetivada. Os primeiros passos dados tiveram boa
aceitação. Temos uma Missa especialmente para as crianças no sábado às 17 horas.
(Alba Valéria Silveira Neves – Niterói/RJ)
"Penso que é necessário haver
uma catequese familiar. A catequese deve
ir além das paredes da igreja. Aqui, todo quarto sábado, as crianças são
responsáveis pelos serviços da celebração, porém está celebração acontece às
10h da manhã. Para os pais que trabalham a semana inteira e acordam cedo, a
vontade de participar no sábado de manhã é pouca. E é exatamente aí que deveria
ter uma adequação de horário, uma preocupação maior. Por mais que saibamos a
importância da celebração, alguns pais sentem dificuldades quanto ao horário.
Outros participam em outros horários durante a semana. Mas, acredito eu, que se
houvesse um trabalho contínuo com os pais, como encontros mensais, ou a cada
dois, seis meses, isso ajudaria. Mas, o que acontece é que conhecemos os pais
durante no ato das inscrições e depois em alguma reunião, isso quando eles vem."
(Fabi Mello – São Paulo/SP)
"Em minha comunidade tínhamos
uma missa para catequese todo primeiro sábado do mês, no horário da catequese,
mas, ainda assim alguns deixavam de vir. Sem contar com o desânimo do próprio
padre, a música cantada de qualquer jeito, uma celebração pouco animadora. Hoje
não fazemos mais missa aos sábados, ela acontece às 9h30 no domingo e é missa
com as crianças. O comentário é realizado por uma criança, que também faz um
diálogo introdutório da missa com o fantoche. As leituras também são realizadas
pelas crianças. A homilia, às vezes, é
explicada com um teatrinho sobre o Evangelho e depois o Frei arremata se achar
conveniente. Tem atraído muitas crianças, mas, infelizmente, ainda há muita
ausência de catequizados. Percebemos que a família também tem nos abandonado
nessa missão. Mas, vamos experimentando novos rumos, sensibilizar as famílias é
um percurso a correr."
(Heloisa Silva – Brasilia/DF)
"Na nossa comunidade a
missa com as crianças é domingo às 18 horas. Temos uma boa participação das
famílias. Este ano temos mais catequistas e cada domingo uma turma é responsável
pelas leituras, acolhidas, ofertório. E sempre temos uma turma que faz uma
pequena ação de graças. Mas, nem sempre o padre faz uma homilia voltada pras
crianças. Outra coisa que deixa as
crianças felizes é quando o padre as chama para a benção final. Temos muito
ainda que melhorar."
(Viviane Ferreira – Contagem/MG)
"Aqui em minha Paróquia,
temos duas missas: uma no sábado às 16 horas e outra no Domingo às 9 horas. As
missas tem participação dos Pais fazendo as leituras, e das crianças na
procissão do Ofertório. O Padre chama as
crianças no Presbitério para o Pai-Nosso e na hora do abraço da Paz pede aos
pais que venham receber seus filhos para dar o abraço, é muito lindo. Eu,
particularmente falando, acho que nosso sucesso, depende de como cada
catequista acolhe os pais. No primeiro encontro fiz uma reunião com os pais e
fiz a dinâmica da bala, onde se reflete sobre o papel dos pais: Catequista e
pais precisam trabalhar juntos. Isto significa que pais precisam participar, vendo
o material que usamos com as crianças e participando da Missa. Pois assim as
crianças vão aprendendo a viver em comunidade, seguindo o exemplo de seus pais.
Também elaborei uma agenda para a minha turma com controle das presenças e se a
família for viajar vão na Missa onde estiverem. E tem dado muito certo. Também
fiz um grupo no Facebook onde posto as fotos dos encontros e de todos na Missa.
E as crianças também são chamadas em pequenos grupos de quatro para ajudar no altar
como coroinhas. A participação nesse ano está melhor porque as crianças ficam
junto de seus pais."
(Vera Lucia Ramos – São Paulo/SP)
"Em minha opinião, o que falta é catequizar os pais. O exemplo
educa muito mais que palavras. Como fazer uma criança entender a maravilha de
uma missa se o que ela vê como exemplo são os pais que só vão a missa por
obrigação social? E que não entendem nada do que está acontecendo e quando
saem tem atitudes contrárias a tudo o que foi falado nas leituras e na homilia?
Eu penso que para se conseguir a atenção das crianças é preciso fazer com que
elas entendam o que está acontecendo, participem das leituras, da acolhida, do
ofertório. À medida que elas tem
abertura para participar e começam a entender o que está acontecendo fica mais
gostoso ir à missa. Ir só por ir, além de ser chato, cria uma certa antipatia
que afasta as crianças. É preciso também trabalhar a missa na catequese. Eu fiz
algumas adaptações e faço encontros sobre as partes da missa, vemos filmes, fazemos
atividades, e eles estão montando um encontro em que eles mesmos serão os
catequistas dos pais. Tem dado bons resultados, a turma está bem mais participativa,
eles gostam de fazer leituras, de passar o "cestinho" durante o
ofertório. Aqui em minha paróquia a missa da catequese é as 8h30 (são 5 missas
no domingo), e duas vezes por semana as leituras são por conta da catequese. A
coordenação distribui as turmas pra que todos possam participar. Nossa paróquia
é muito grande, somos vinte e três catequistas na preparação para a primeira
eucaristia de crianças."
(Izabella Brom – Belo Horizonte /MG)
"Aqui a missa das crianças é aos
sábados. O padre sempre conta uma história como reflexão do Evangelho. Elas participam do encontro e depois ficam
pra missa. São elas que fazem as leituras e seguram as cestas do ofertório.
Temos também um cartão que controla a frequência na missa, ao final de cada missa nós rubricamos no
dia, confirmando assim a presença. Vamos começar agora a dividir os bancos
da igreja por turma. Cada turma com sua catequista. Mas sentimos falta dos pais na missa. Ainda precisamos trabalhar
isso por aqui."
(Andréa Tomaz – Rio de Janeiro/RJ)
"Aqui a missa para as
crianças é no sábado, com participação dos pais. As crianças é que puxam os pais para a missa. Nada foi fácil, foi
um trabalho de formiguinha, demorou muito, hoje temos 80% de participação das
crianças e pais. Mas, ainda temos alguns que largam seus filhos e vão embora. Cobramos
sempre a participação dos pais."
(Marina Donizetti Nascimento – São Paulo/SP)
"Vivemos a mesma realidade de
todas as comunidades. Temos também um horário de missa só para crianças, mas, voltada
para os adultos, esta missa é de responsabilidade das catequistas e seus
catequizandos. De vez em quando usamos o
teatrinho com fantoches, evangelho encenado. Adotamos o sistema de álbum com
figurinhas para cada domingo as crianças que participarem das celebrações
recebem a figurinha correspondente ao domingo do tempo litúrgico em que
estamos. Funcionou? Acho que ainda não deu o resultado esperado. Houve um
tempo em que enquanto os adultos iam para a fila da comunhão, as catequistas
distribuíam bolachinhas para as crianças, mas o padre desta época era 10, um “crianção”
que as crianças adoravam, mas, gostaríamos que elas gostassem bem mais de Jesus
do que do padre! Estamos procurando todos os meios para cativar as crianças para
participarem das missas."
Alessandra Teodoro – Lavras/MG
"Na nossa comunidade temos
apoio do padre e da comunidade. Isso é novo e foi depois de uma assembleia que ficou decidido que a prioridade
na comunidade, era a catequese. Também mudamos a maneira de catequizar:
mudamos o livro, onde a cada cinco encontros temos uma celebração que é
realizada na missa. E a cada celebração
é entregue um sinal da nossa fé como: o Credo, o Pai Nosso, a Bíblia. E
temos tido a colaboração dos pais, mas tudo é novo. Só com o tempo saberemos o
resultado."
Inez Oliveira – Taubaté/SP
"Aqui em nossa comunidade
temos três missas no fim de semana, e ainda assim muitos simplesmente inventam
desculpas para não ir, e deixam a missa para último plano. Na turma de crisma tenho percebido um aumento na frequência, mas quando
pergunto sobre a missa não sabem me responder. Ai vem outra questão além da
frequência: A qualidade de sua presença: estar lá de corpo e alma."
Luise Petry – Navegantes/SC
"Acredito que o processo
catequético está totalmente relacionado com a postura do pároco. Na minha Paróquia, o padre não se envolve
com a catequese. Deixa muito claro que as crianças são necessárias, mas nem
sempre bem vindas. Lá, não existe missa especial para as crianças, embora as
missas de domingo pela manhã, desde o início deste mês são da catequese, ou
seja, as crianças fazem leituras, oração comunitária e participam da coleta de
ofertas. Fora isto, em todas as missas, ele convida as crianças,
inclusive as “barulhentas” (sim, ele fala isto), para receberem a bênção lá na
frente. A pastoral da catequese lançou um projeto este mês, chamado MISSA NOSSA
MISSÃO, para tentar estimular as crianças a irem e participarem da missa. A
missa das crianças, é voltada totalmente para elas, desde a acolhida até a
bênção final. Toda a missa é feita em linguagem acessível, com muita música
infantil, teatros, dentre outras coisas. Participei da formação e é realmente
muito interessante. Os adultos foram avisados, e quem não achar interessante, terá que procurar outro horário
para participar da missa."
(Renata Torres Goldfeld Peixoto – Goiânia/GO)
"Sim, temos esses problemas around the world, não importa se é
Brasil ou Estados Unidos. Aqui, da minha experiência, posso relatar que foi
importante conscientizar os jovens da Crisma de que cada um de nós é responsável
pela Liturgia acontecer. Que depende de nós a participação nas Missas. Fiz eles
entenderem também que muitas vezes vamos
nos deparar com liturgias em que o Padre pode estar cansado; algumas vezes
também, vamos à Missa distraídos e cansados; e haverá dias em que as equipes não estarão
inspiradas... E assim, que atitude devemos tomar? Eles me responderam que mesmo
tudo isso acontecendo, eles estarão lá. Um deles me disse que, às vezes, quando
está cansado e distraído, chega à Missa e fala para o Senhor: “Hoje estou assim, mas, estou aqui. Sei que Você
está aqui e me entende e eu quero participar de tudo”. Essa foi uma
experiência que tive e que me levou a refletir... De o problema são as diversas atividades que acumulamos em nossas vidas,
e que tudo nos prende a atenção no mundo material. O progresso da
tecnologia nos leva para longe de nos mesmos, da essência de tudo. (...) O
homem não pode deixar jamais a essência dele mesmo, de Deus e muitas outras
coisas. Acho que o nosso desafio é mostrar a diferença, ajudar os catequizados,
mas, principalmente, a família a buscar a essência da Missa, da catequese, da
vida. Tem certas coisas na vida que deve acompanhar o progresso, usar a
tecnologia que temos à nossa disposição, por exemplo, mas, com muito
discernimento, para que seja usado com consciência. Há muitos métodos pedagógicos
e, claro, podemos mudar muitas coisas na catequese, na liturgia, etc.; mas, no mundo
de hoje será a melhor solução? Ou apenas estaremos acrescentando mais alguma
coisa a esse acelerado processo de vida em a essência sempre fica para trás? Minha
experiência é pequena, mas, tem me ajudado a mostrar isso aos catequizados, fazendo
com que eles vejam essa realidade e deem uma resposta concreta pessoal."
(Teresinha Dos Santos – Nova Iorque - USA)
"Tive por um determinado
tempo uma boa "experiência" de missa com crianças. Quando envolvidas,
elas são bem participativas sim, e gostam, e quando isso acontece acaba que
trazendo os pais, os irmãos, avós, enfim o que seria a catequese citada no
texto, mas, para que isso seja contínuo, essas missas precisam estar sob a coordenação de pessoas com formação suficiente,
para levar essas crianças e pais, a entenderem que missa não é obrigação de domingo
e sim umas opções."
(Solange Mutta – Londrina/PR)
"A
missa com as crianças é no domingo, às 9 horas, com responsabilidade exclusiva
da catequese. Temos uma coordenação litúrgica da catequese. O nosso pároco é
bastante comprometido e faz questão de fazer a homilia direcionada às crianças.
A celebração é bastante participativa. Lendo o que muitos colocaram, louvo e
agradeço a Deus pelo o que já conquistamos. Porém, temos problemas com a falta
de compromisso dos pais em trazer as crianças a missa. No
início da catequese o padre recebe as famílias e procura explicar que o
principal encontro com Jesus se dá na celebração do Domingo. E toda a família é
convidada a estar com o Senhor nesse dia. Como catequistas do domingo, nos
nossos primeiros encontros, procuramos ressaltar o compromisso com a celebração
por parte de toda a pastoral da catequese, catequistas, pais e crianças.
Durante esses seis anos que assumi a turminha do domingo, percebi que o
compromisso tem sido aceito de bom grado e cada ano procuramos melhorar e
estimular a participação e a importância de celebrarmos o nosso encontro com
Jesus."
(Vitória Gonçalves Dos Santos – Belém/PA)
"Sou catequista de crisma e
também estou preparando duas crianças de oito e seis anos para serem batizadas
e vejo a diferença. Como é bom ir à casa
da família e como é bom esse contato direto, conhecer a realidade em que vivem.
Estas famílias não iam à missa, agora já estão indo. Eu penso que nós, como
evangelizadores, devemos ser uma igreja em saída como pede o Papa Francisco.
Concordo também que a celebração deve ser bem preparada, com carinho, por parte
de nossos catequistas."
(Silvana Domingos da Silva – Sangão/SC)
"Na paroquia aonde sou
catequista, iniciamos a missa com os catequizando no ano passado. Ela acontece aos sábados, antes do encontro.
Estamos tendo uma boa frequência, tantos dos catequizando quanto dos
responsáveis. Nosso pároco é muito preocupado em preparar uma missa
direcionada e leve, principalmente na homilia. Mas, ainda temos alguns fujões
da missa."
(Liany Matavelli – São Paulo/SP)
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