SENHOR, QUERO SABEDORIA!
“Não sabemos pedir o que convém”
(Rm 8,26). Escutamos isso no domingo passado. De fato, somos facilmente
ofuscados em nossas escolhas. Às vezes parece que o prestígio, o prazer, o
poder, a vida mais cômoda são as melhores opções. Imagine você diante de Deus.
Ele aparece e lhe concede um pedido, como o fez a Salomão. Você precisa decidir
na hora e pedir algo que seja realmente útil para a sua vida. O que você
pediria? A bolada da Mega Sena? A cura de alguma doença? Longevidade? Algum dom
que o leve a viver melhor o evangelho? Salomão pediu o discernimento para bem
governar. Deus lhe concedeu um dos mais importantes dons – a sabedoria.
Salomão preferiu a sabedoria, que se
traduz em fazer e dizer a coisa certa, na hora certa. Aqui está um dos segredos
da felicidade. Isso é o que São Paulo quer dizer, quando afirma que “tudo concorre para o bem daqueles que
amam a Deus”. Não significa que haja uma predestinação de benesses para
quem serve a Deus, mas que Deus conduz o fiel no seu amor, mesmo diante das
dificuldades naturais da vida. Na miséria ou na abundância, podemos ter a
oportunidade de ter a vida nas mãos pelas decisões que tomamos. Tendo o dom da
sabedoria, escolhemos a felicidade, escolhemos a vida. Caso contrário, mesmo o
mais rico e poderoso poderá destruir a própria existência e a vida dos seus.
Jesus fala de um tesouro. O tesouro é
esta sabedoria, o dom do Reino, a felicidade, a nossa salvação. Encontramos
este tesouro como uma pérola que é produzida no profundo dos oceanos, no
interior das ostras. Também nós não encontremos fora de nós. É no mais profundo
de nosso ser que encontraremos a verdade de nós mesmos e o que nos torna
inteiros e felizes. É no profundo que encontramos a Deus e o amor. É preciso
mergulhar, o que será exigente. Trata-se de uma tarefa que pode desanimar a
muitos, mas é um trabalho necessário.
Pe. Roberto Nentwig
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