Você escreve a lápis
ou a caneta?
Estamos
nestas últimas semanas da Quaresma, vivendo com intensidade os sacramentos da
Iniciação. Isso porque, pelo processo catecumenal, é o tempo ideal para os
sacramentos. Assim, teremos a nossa Crisma no dia 31 de março, Sábado Santo.
E
neste último sábado (24/03), que precede esta data tão importante para os crismandos, tivemos
uma pequena celebração penitencial com Frei Alexandre, pároco da nossa comunidade, preparando mentes e
corações para a confissão. E tal como nossas crianças, me vi
"maravilhada", ouvindo e sentindo, o que é estar próximo de receber
mais essa graça e este sinal de fé da Igreja Católica.
E entre tanta
sabedoria que ali ouvi, destaco uma reflexão:
Frei Alexandre comentou que muita gente continua vivendo o sacramento da
reconciliação como "quem ainda
escreve a lápis"...
E ele perguntou se a gente lembrava de quando trocou o lápis pela caneta na
escola.
Qual foi a sensação?
Era bom escrever a lápis, né?
E que medo de começar a escrever com a caneta!
Por que? Porque quando escrevemos a lápis, sabemos que tem borracha para apagar
os erros rapidinho.
Já a caneta, exige segurança, maturidade. Não se apaga facilmente uma escrita
de caneta... no mínimo a gente acaba mesmo, rasgando a folha ou borrando tudo.
E é assim que muitas pessoas encaram o sacramento da confissão/reconciliação.
Pensam e vivem "escrevendo a lápis", errando e refazendo, às vezes,
até os mesmos erros. Afinal, dá pra apagar mesmo! E lá vamos nós pensando que
podemos errar sempre que Deus perdoa sempre, é só ir ao confessionário. E
continuamos a escrever nossa vida “a lápis”...
Não seria melhor "escrever de caneta"? Tentando fazer tudo certo, nos
esforçando para não errar? E é assim, tem muito adulto ainda escrevendo de
lápis a vida, vivendo uma fé infantil, imatura, achando que pode errar, é só
apagar... E o confessionário vira borracha...
Ângela Rocha
Catequista
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