No passado, como na época de nossos avós por exemplo, as pessoas eram
mais religiosas, comprometidas com os ensinamentos da igreja, praticavam o que
o sacerdote lhes ensinava e aí justificava que os leigos pudessem ajudar na
catequese, eram os chamados "católicos praticantes". Mas, de um tempo
para cá, percebe-se que este comprometimento com a Igreja vem se perdendo. Algumas
pessoas, envolvem-se com a Igreja apenas por status.
Isso acontece também na catequese. Temos inúmeros
catequistas, armados só de boa vontade. Mesmo que nos dias de hoje exista uma
estrutura melhor, como materiais didáticos que podem ser seguidos, não raro,
temos catequistas que não tem formação, quando o ideal seria uma formação “antes”
da prática.
Não podemos negar que é importante atender o chamado à sua
vocação, quando este é o caso. Mas, ainda assim é importante que a pessoa se comprometa
com o aprendizado. Segundo os documentos da Igreja, o catequista não deve
atuar somente com as “suas opiniões”, mas, de fato conhecer a Bíblia, o
catecismo e o magistério da Igreja, além, é claro, de estar comprometido com a
comunidade, sendo exemplo de fé, esperança e caridade. O catequista deve
anular-se para enaltecer os ensinamentos e não o contrário.
Pelo que temos aprendido no Catequistas em Formação, ser catequista vai além de só ensinar,
a pessoa deve demonstrar pelo próprio exemplo o que é ser católico. A
inspiração para o catequizando começa na própria pessoa que eles estão vendo ao
vivo e a cores. Alguém que lhes dá testemunho fora do ambiente familiar, ou
seja, que não está falando ou fazendo o que parece conveniente, mas sim,
reafirmando o que é o caminho certo.
Não esqueçamos ainda que estamos em tempos turbulentos, onde
percebemos muitos jovens perdidos, sem estrutura, sem educação familiar. A
catequese deve auxiliar as famílias nesse sentido, e não somente às crianças e
adolescentes, mas, principalmente, aos pais.
Enfim, nos tempos atuais é essencial que haja uma formação
adequada para os catequistas. Formação esta que não só afirme os conhecimentos
obtidos pela prática, mas também lhes dê a didática necessária para atrair a
atenção do catequizando e sua família. Formação que lhes mostre o real papel de
um catequista associado ao ser católico,
comprometido com a sua fé, onde não cabe o desconhecimento, a distração,
tampouco quaisquer tipos de concorrências.
Por isso vejo no grupo Catequistas em Formação um
ambiente perfeito, de partilha de conhecimentos e experiências com intuito de
fazer o melhor para Deus e para nossos semelhantes.
Colaboração:
Edivane Bertulino
Paróquia de Santo Antônio - Barbacena – MG
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