Um dos maiores problemas enfrentados pela catequese hoje é a formação permanente. Muitos não participam ativamente, inserindo-se na comunidade e em comunhão com a Igreja que conferiu o mandato de catequista. A consequência da falta de compromisso com a formação continuada será a educação de cristãos desvinculados da vida e da comunidade, para uma prática descompromissada e individualista.
Além da problemática da formação, encontramos diversas realidades que a catequese se depara:
- Crianças e jovens que encontraram na família um ambiente propício para a iniciação cristã e outras não.
- Catequizandos que foram iniciados aos
sacramentos, mas não foram devidamente iniciados à vida comunitária.
- Diversidade quanto à realidade vivida pelos
catequizandos.
- Famílias em situações irregulares diante das
leis da Igreja.
- Pessoas cada vez mais sedentas de Deus e de
um caminho de fé.
- Pluralidade de religiões e seitas numa
sociedade cada vez mais global e excludente.
- Grande rotatividade de catequistas.
- Faltam catequistas preparados para o
ministério na Igreja.
- Falta de um maior conhecimento bíblico e
teológico.
É muito comum ouvir nas ruas que as pessoas não querem compromisso. Mas, isto vira filme de terror, quando ouvimos da boca de um catequista: “se for pra exigir algo mais sério eu desisto de ser catequista!”. Se for um trabalho que exige tempo, disponibilidade e perseverança as pessoas e até os catequistas tentam dar um jeitinho para saírem de fininho. Não querem, não gostam, não se sentem autenticamente motivados.
Numa conversa bastante franca pode-se dizer que não é só a catequese que empenha sacrifício, capacidade para aprender e uma boa dose de motivação. Tudo na vida requer isso, inclusive o trabalho e o casamento. Será que as pessoas estão realmente conscientes disso? Muitos fazem suas opções sem terem consciência das consequências de suas escolhas.
A maioria das pessoas hoje quer optar por uma vida fácil, descomprometida e sem muita dor de cabeça. Será que a nossa fé cristã admite sustentar uma visão dessas? Ser cristão, não só de nome, implica em assumir pra valer o mesmo caminho de Jesus, um caminho que dá sentido à vida, que traz felicidade, mas que tem as suas renúncias, que requer doação, discernimento e coragem. Só quem ama verdadeiramente, está disposto a correr todos os riscos para oferecer maior qualidade de vida para os outros. Isto fez Jesus: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos amigos” (Jo 15,13). Quem não segue este mesmo caminho, trai a sua fé e engana a si próprio num caminho de aparências e desventuras.
Em meio aos desafios, as Diretrizes Gerais para a Catequese já apontam para a catequese como uma ação prioritária na Igreja: “a formação catequética é prioridade absoluta, e qualquer atividade pastoral que não conte para a sua realização, com pessoas realmente formadas e preparadas, coloca em risco a sua qualidade” (DGC 234).
- Ser jovem (acima de 15 anos) ou adulto, que tenha recebido os sacramentos de iniciação cristã.
- Alguém que tenha
passado por uma formação inicial para ser catequista.
- Uma pessoa bem
integrada consigo mesma, equilibrada em sua afetividade e sexualidade.
- Seja uma pessoa
aberta e disponível para viver a comunhão com os demais membros da comunidade
que atuam em pastorais, movimentos e ministérios na Igreja.
- Tenha discernimento e
boa conduta, habilidade para corrigir e humildade para servir.
- Saiba exercitar a
paciência, por meio do respeito e da tolerância ao diferente.
- Seja uma pessoa
alegre, com coração de discípulo para aprender e um místico para experimentar a
presença de Deus pela oração.
- Seja membro ativo de
sua comunidade, que participa e celebra a sua fé, testemunha a caridade e a
esperança.
- Seja um pessoa de
fácil convivência, de bom relacionamento e amizade com os demais catequistas.
- Saiba acolher os
catequizandos e conviver com a diferença, sem perder sua identidade de pessoa,
cristão e ministro da Igreja.
- Esteja aberto e
atento à formação permanente, para crescer cada dia a mais no discipulado missionário
de Jesus.
- Tenha grande estima
pela catequese, deixando transparecer sua paixão pela catequese no anúncio-testemunho
da Palavra de Deus.
FONTE: Apostila de Formação para catequistas - Arquidiocese de Pouso Alegre - MG.
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