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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

CATEQUESE E LITURGIA... SEMPRE!

Imagem: Vatican News.
OLÁ PESSOAL!

Pois é... surge aqui uma questão que a catequese vem tratando há tempos: até onde se pode ir em nome da "renovação"?

A catequese nunca "casou" de fato com a liturgia. Lembro dos meus primeiros anos como catequista "amadora". Ah, como eu detestava o pessoal da liturgia. Eles "barravam" quase tudo que eu fazia. Nada era "litúrgico"! 

Mas, foi só eu aprofundar meus estudos em liturgia (tinha uma disciplina na Escola catequética), que vi as besteiras que eu queria fazer em nome de uma catequese "criativa" e antenada com a criançada. 

Os catequistas, via de regra, acham a liturgia sem atrativo para a criança, mas, esquecem que, de fato, a liturgia não é mesmo "a praia" para as crianças. Até por isso, na antiguidade, as crianças só vinham a acompanhar toda a missa, depois que recebiam todos os sacramentos da iniciação. 

Vejo que muitos catequistas ainda hoje, pensam na liturgia da missa como um "teatro" e o presbitério, "palco" para chamar a atenção das crianças da catequese. Acontece que não é esse o foco da catequese. 

Segundo o Diretório para a Catequese (2020), uma das atividades da catequese é INICIAR À CLEEBRAÇÃO DO MISTÉRIO: 

"81. (...)catequese também tem a missão de ajudar na compreensão e na experiência das celebrações litúrgicas. Por meio dessa atividade, a catequese ajuda a compreender a importância da liturgia na vida da Igreja, inicia à consciência dos sacramentos e à vida sacramental (...)"

82. A catequese também educa a atitudes que as celebrações da Igreja exigem: alegria pelo caráter festivo das celebrações, o sentido comunitário, a escuta atenta da Palavra de Deus, a oração confiante, o louvor e a ação de graças e a sensibilidade aos símbolos e sinais. (...)". 

Ou seja, a celebração da missa não é um "oba-oba" onde se procura chamar atenção a todo custo. As crianças precisam ser, aos poucos, direcionadas à celebrar junto com a comunidade. Aliás, a própria comunidade precisa desta direção também. Os ritos e as celebração de fé da nossa Igreja são milenares, tem seu fator cultural e histórico também. 

Um "solução", acredito eu, é começar a "educar" os pais (família) para as celebrações litúrgicas, visto que muitos o fazem mais por "obrigação" do que exatamente por alegria do encontro dominical. Quando os pais, primeiros exemplos dos filhos, entenderem e valorizarem a liturgia, vão amá-la. E quando se ama, se dá exemplo e testemunho. 

Ângela Rocha - Formadora




Um comentário:

Moisés Emanoel Cardoso disse...

Parabéns pelo comentário. É assim mesmo que pensa a maioria, bem como, os não catequizados, pois quando não se entento o rito litúrgico, ficam desmotivados e menos participantes da celebração.