Se alguém nos perguntar “quem é Jesus Cristo”, certamente diremos o que aprendemos na catequese, como Ele veio salvar o mundo, diremos a verdadeira doutrina sobre Jesus: é o Salvador do mundo, o Filho do Pai, Deus, homem, o que recitamos no Credo». Mas, será um pouco mais difícil responder à pergunta: “É verdade, mas quem é Jesus Cristo para ti?”. Trata-se de uma ‘pergunta’ que nos deixa um pouco envergonhados, porque para dar a resposta devo pensar e entrar no meu coração". (Outubro/2018).
Por Marília de Paula Siqueira - Cidade do Vaticano
Na catequese da quarta-feira 22 de junho, o Papa cita uma frase que obviamente não é apenas para o público idoso (ao qual já dedicou 15 catequeses) mas, para todos os católicos. Disse Francisco: “O seguimento de Jesus é importante: seguir Jesus sempre, a pé, correndo, lentamente, na cadeira de rodas, mas sempre segui-lo”.
O que podemos na prática realizar para que esse seguimento possa acontecer em nossas vidas? O próprio para Francisco nos responde, com duas atitudes que podemos nos encorajar a atingir este seguimento:
Reconhecer-se pecador:
“O primeiro passo para entrar no mistério, é o conhecimento dos próprios pecados. Todos nós nos aproximamos do sacramento da reconciliação e contamos nossos pecados, mas uma coisa é dizer pecados, reconhecer pecados e outra é reconhecer-se como um “pecador”, de natureza “pecadora”, capaz de fazer qualquer coisa. Em suma, "reconheça uma sujeira".
É necessário, estar ciente de que o primeiro passo é o autoconhecimento, da própria miséria, que precisa ser redimida, que precisa de alguém para pagar: pagar pelo direito de se chamar filho de Deus.
O primeiro passo é reconhecer os pecadores, mas não na teoria, mas na prática. Dizer “Comecei a fazer isso, parei, mas se tivesse continuado neste caminho, teria terminado mal, muito mal” é “a raiz do pecado que te leva adiante”. Por isso, o primeiro passo é este: reconhecer-se pecador e contar-se as próprias misérias, ter vergonha de si mesmo: é o primeiro passo”.
Oração e contemplação:
O segundo passo é a contemplação, a oração, com a simples invocação: “Senhor, faz-me conhecer-te”. E acrescentando que "há uma bela oração, de um santo: "Senhor, que eu te conheça e me conheça". Trata-se, de “conhecer a si mesmo e conhecer Jesus”. E aqui está esta relação de salvação: a oração, não se contentar em dizer três, quatro palavras adequadas sobre Jesus porque conhecer Jesus é uma aventura, mas uma verdadeira aventura, não uma aventura de criança.
Conhecer Jesus, é uma aventura que leva a vida inteira, porque o amor de Jesus não tem limites. Ele também o lembra na carta aos Efésios: "qual é a largura e o comprimento, a altura e a profundidade" é uma expressão para indicar, precisamente, que "não tem limites". Mas "só podemos encontrá-lo com a ajuda do Espírito Santo: é a experiência de um cristão. E Paulo diz isso: Ele tem todo o poder para fazer muito mais do que podemos pedir ou pensar. Ele tem o poder de fazê-lo. Mas temos que pedir: “Senhor, que te conheço; que quando eu falar de você, não diga palavras como um papagaio, diga palavras que nascem da minha experiência”.
Os passos para seguir Jesus foram citados por Francisco em 25 de outubro de 2018 na Missa celebrada na capela da Domus Sanctae Marthae.
FONTE: Vatican News.
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