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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

HOMILIA DO DOMINGO: É TEMPO DE CONVERSÃO


            

                                      
                                  3º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO A

Sabendo da morte de João Batista, Jesus foge. Sim, Ele tem consciência de que sua proximidade com o Batista é um risco contra a sua vida. A vida pública do Messias é iniciada por uma saída estratégica. E lá vai Jesus, um subversivo refugiado, anunciar uma sociedade alternativa que se opõe ao poder de Herodes.

Assim, cumprindo as profecias do Antigo Testamento, Deus vem para a Galileia dos pagãos. Jesus não começa por Jerusalém; também não é saduceu ou escriba, não pertence à casta sacerdotal. Jesus é um homem do povo e vem de um território desprezado, de um local sem relevância. Aqui vemos a gratuidade de Deus, evidenciada na predileção de Jesus pelos pequenos, pobres e pecadores, pela sua quebra de paradigmas, por suas atitudes desconcertantes. Ainda hoje, Deus vem onde menos esperamos. Esperamos encontrar Deus somente nas Igrejas, nas catedrais, e corremos o risco de não perceber que Ele vem em cada ser humano, sobretudo naquele que é mais insignificante para o mundo.

Qual o anúncio do Messias? “Convertei-vos, porque o Reino dos céus está próximo”. O Reino dos céus (reino de Deus para os outros evangelistas sinóticos) é o núcleo central da pregação de Jesus. De fato, Ele veio para nos dizer e mostrar que o Reino se aproxima, que um dia virá de modo definitivo e que está ao nosso alcance. Hoje, devemos reconhecer que o Reino está bem perto de cada um de nós, quando somos testemunhas dos gestos de amor e humildade; quando a prepotência herodiana é vencida pelos gestos de humildade e fraqueza, então há Reino.

“Convertei-vos!” Converter-se é uma tarefa para toda vida, não uma ação pontual. Um bom trabalho a ser feito, já nos diz Papa Francisco. Muitas estratégias não se demonstram muito eficazes para que esta tarefa seja executada. É comum enumerar os pecados de uma lista, culpabilizar-se em demasia, reprimir desejos, almejar um passo imediato para a perfeição. Rapidamente, quem segue este caminho vai cair na frustração, voltando-se aos mesmos erros. Outro caminho seria elencar propósitos. Estes também acabam sendo penosos e não são facilmente alcançados. O cristianismo não é um ascetismo, portanto, a conversão não depende em primeiro lugar de nossas forças, mas da ação gratuita de Deus.

A conversão não virá à custa de promessas a Deus, por atos piedosos, de assiduidade às celebrações, de rezas mais frequentes, de novenários. Isso pode ajudar, mas será em vão se não acolhermos que Deus nos ama. Compreender que Deus não se afasta de nós nunca, mesmo em nossas dificuldades, mesmo diante de nossos limites. Não precisamos ser “perfeitinhos” para que o Senhor esteja ao nosso lado. É preciso encarar a nossa realidade com franqueza e nos reconciliarmos com nossa raiva, com nossa afetividade, com nosso egoísmo... Se não nos aceitarmos como somos, colocando a nossa verdade diante de Deus, seremos escravos da ditatura da perfeição.

Converter-se implica em assumir o Reino como centro, e no centro do Reino está o amor. Para que haja conversão verdadeira, é preciso que os afetos pelo Senhor estejam alimentados. Por isso, Jesus, fitou com um olhar firme e terno cada um dos seus apóstolos. Do carinho do Mestre nasceu a resposta de seus discípulos. Hoje igualmente, nossa resposta ao Senhor deve ser calcada no amor, uma entrega do coração. O seguimento é afetivo, não é racional ou depende do puro esforço.

“O povo que andava na escuridão, viu uma grande luz; para os que habitavam nas sombras da morte, uma luz resplandeceu” (Is 8, 23b). O texto de Isaías enunciado por Jesus é o cumprimento de uma promessa, ou seja, a luz para o povo dominado pelos assírios. A grande luz é o Cristo: luz para todos os povos. Todos os dias, de algum modo, Deus nos visita e nos traz uma grande luz ou nos dá oportunidade para que tiremos alguém das sombras das trevas. Sua luz dá cor, brilho e sentido a nossa existência. Brilhe a luz do Senhor sobre todos nós. Afetados por seu brilho de amor, esvaziados de esquemas preestabelecidos, seguiremos na alegria de sermos discípulos de Jesus.

Pe Roberto Nentwig
Arquidiocese de Curitiba - PR

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

APRENDENDO MAIS SOBRE ANO LITÚRGICO: ANO A - MATEUS

São Mateus, padroeiro dos contadores, escreveu o primeiro dos três evangelhos sinóticos, originalmente escrito em aramaico, entre os anos de 60 e 90.
EVANGELHO DE SÃO MATEUS (ANO A - 2017)

Estamos iniciando o Ano Catequético e precisamos estar atentos às leituras do Evangelho Dominical. Este é o Ano Litúrgico A, com leituras do Evangelho de São Mateus. Vamos conhecer um pouco mais deste Evangelho e do Ano Litúrgico?

O que são as letras A, B e C do Ano litúrgico?

As leituras Bíblicas que ocorrem nas celebrações são determinadas de acordo com o Ano Litúrgico, criado para acompanharmos através das leituras dos textos bíblicos (evangelho e outros livros) a vida de Jesus em ordem cronológica do nascimento até a ascensão aos céus. Assim ouvimos nas celebrações textos que falam do anúncio do Messias, da encarnação, de seu ministério público, com seus milagres e curas, do chamado ao discipulado, discursos, parábolas até culminarmos com morte e ressurreição nos preparando para a Parusia, ou seja, do Cristo Rei do Universo no final do ano litúrgico. A ideia desta distribuição de textos bíblicos ao longo de três anos tem como objetivo se ter uma visão e leitura de toda a Bíblia.
  
O rito romano, utilizado nas celebrações da Igreja católica possui um conjunto de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos perpassando os domingos e as solenidades. A cada ano, a liturgia das celebrações segue uma sequência de leituras próprias, divididas em anos A, B e C.

No ano “A” a leitura principal do evangelho na celebração segue o Evangelho de São Mateus;

No ano “B”, a leitura principal do evangelho segue o Evangelho de São Marcos;

No ano “C”, a leitura principal do evangelho segue o Evangelho de São Lucas.

Já o Evangelho de São João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e Solenidades, para este evangelho não existe um ano litúrgico.

O ano litúrgico inicia-se no primeiro domingo do Advento (cerca de quatro semanas antes do Natal) e se encerra com a solenidade de Cristo Rei do Universo do ano seguinte. 

Como estamos prestes a voltar à catequese, já no ANO A, vamos saber mais sobre o Evangelho de Mateus, neste artigo de Frei Ildo Perondi, biblista.


ESTUDO DO EVANGELHO DE SÃO MATEUS


PLANO GERAL DO EVANGELHO DE MATEUS

1 - Evangelho da Infância de Jesus:1,1-2,23 -  Mateus narra infância de Jesus para proclamar que Ele é o Herdeiro das promessas feitas a Abraão e a David (Genealogia), é o descendente de David anunciado pelos Profetas (1ª passagem), reúne os traços de Salomão, o sábio (2ª passagem) e de Moisés, o salvador do povo (3ª passagem). Os pagãos vêm a Ele com presentes, como o tinham anunciado os profetas (2ª passagem).

2 - Anúncio do Reino do Céu: 3,1-25,46 - São Mateus mostra-nos o princípio do Reino dos Céus: Jesus é anunciado e proclamado como Filho de Deus, nas tentações cumpre a vontade do Pai como verdadeiro Filho e no sermão ensina-nos a cumprir essa mesma vontade de Deus, para podermos receber o Reino dos Céus (5, 20) e ser também filhos de Deus (5, 45). Os capítulos 8 e 9 do Evangelho mostra o poder do Reino dos Céus; Cristo é Aquele que tem esse poder e demonstra-o fazendo milagres e perdoando os pecados, no mesmo tempo que expulsa os demônios; mas logo a seguir, transmite este poder aos Doze, de modo que esse poder se perpetue na Igreja.

3 - Paixão e Ressurreição de Jesus: 26,1-28,20 -  Mateus apresenta Jesus como o Filho de David, o herdeiro do Reino (2 Samuel 7, 12-14), e também como o Emanuel (“Deus conosco”), da profecia de Isaías (7, 14). No entanto, o título que mais lhe interessa é o de Filho de Deus. A imagem de Cristo apresentada por Mateus é a do enviado de Deus, na qual se vão cumprir todas as expectativas do Antigo Testamento. Cristo é a realização de tudo o que fala o Antigo Testamento; dito de outra maneira, Mateus contempla todos os personagens do Antigo Testamento como figuras de Cristo, enquanto que Cristo é a realidade, na qual tudo se cumpre. É como se tudo o que dizia a Sagrada Escritura até então, fosse algo vazio que agora se enche, ou como um desenho que agora tem de se terminar de pintar.

Mateus fala frequentemente do “Reino de Deus”, ou do “Reino dos Céus”, dando preferência a esta última expressão, sem fazer aparentemente distinção entre as duas formas. Os outros evangelistas, ao contrário, usam mais a primeira. É notável a frequência com que Mateus se refere ao Reino: enquanto Mateus refere-o 50 vezes, Marcos refere-o somente 14 e Lucas 39.

Deve-se recordar que a “Boa Nova” consiste em Deus que vem reinar sobre o seu povo. O Reino dos Céus não é algo que está exclusivamente do outro lado (no Céu), mas sim, que vem a este mundo: Deus vem exercer a sua função de Rei, transformando tudo, tanto o mundo, como os homens. O Reino dos Céus vem a este mundo, começa a ganhar forma na terra, e terá a sua consumação nos Céus. São Mateus preocupa-se em mostrar que a boa nova da chegada do Reino dos Céus dá-se na pessoa de Jesus Cristo. O Reino dos Céus anunciado e preparado no Antigo Testamento já está presente em nós, porque Jesus é o cumprimento de todas as profecias. Jesus forma uma comunidade, na qual se começam a manifestar os sinais da presença do Reino. São Mateus é o único evangelista que dá o nome de “Igreja” a esta comunidade (Mateus 16, 18).

 DETALHES DO EVANGELHO DE MATEUS

Autor: Mateus significa “dom de Deus” (Matatias, no hebraico) é um dos Doze Apóstolos. Foi chamado enquanto estava sentado na sua banca, pois era cobrador de impostos (9,9). Depois do chamado ofereceu um almoço para Jesus e seu grupo (9,10-13). É o mesmo Levi de Lc 5,27 e era filho de Alfeu (Mc 2,14).

Local e data: Na Bíblia, é o primeiro Livro do NT (é o mais longo dos quatro Evangelhos). A maioria dos autores hoje concorda que foi escrito no norte da Galiléia; outros afirmam que foi na Síria (Antioquia). Foi escrito primeiro em hebraico ou aramaico. Não temos mais o original. A data deve ter sido por volta dos anos 80-90 dC. Seguramente depois que os romanos destruíram o Templo no ano 70, e quando os cristãos já não podiam mais freqüentar as sinagogas dos judeus.

Objetivo: O objetivo principal deste Evangelho é que Mateus quer responder a duas perguntas, que com certeza os cristãos se colocavam depois da vida, morte e ressurreição de Jesus:
Quem é Jesus? (conhecer). Jesus é o Emanuel, o Deus conosco, o Filho de Deus!;
Como seguir Jesus Cristo? (fazer o que Ele mandou). Mateus mesmo dá o exemplo. Jesus o chama: Segue-me! E ele, levantando-se, o seguiu! (cf. 9,9).

Destinatários: Mateus escreve para os judeus que se converteram ao cristianismo, por isso utiliza muito o AT e usa muitos termos hebraicos. Mas a mensagem de Jesus é universal e por isso o Evangelho termina afirmando: “fazei que todas as nações se tomem discípulos meus... (28,19).


CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS DO EVANGELHO DE MATEUS

1. A certeza que Jesus é Deus presente no meio de nós: no início, meio e final:

- 1,23: “Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que quer dizer: Deus está conosco”;
- 18,20: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio de deles”;
- 28,20: “Eis que estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”.

2. É o Evangelho do Pai:

Enquanto que em Marcos Jesus aparece mais e é mais cristológico; em Lucas é o Espírito Santo que tem uma função especial; em Mateus é a primeira pessoa da Santíssima Trindade que tem destaque. Numerosas são as vezes em que Jesus fala de Deus como doPai nosso (21 vezes contra 5 de Lucas); o seu Pai (18 vezes, contra 6 de Lc e 3 de Mc). Passagens interessantes são: 10,29 (cf. Lc 12,6); 10,20 (cf. Lc 12,12); 20,23 (cf. Mc 10,40). Algumas parábolas, que se encontram exclusivamente em Mateus, são verdadeiras parábolas do “Pai”: a parábola do servo infiel (18,23-35, cf. v. 35), a parábola dos trabalhadores na vinha (20,1-12), a parábola das bodas reais (22,1-14; cf. Lc 14,16-24), a parábola dos dois filhos (21,28-31), a parábola do joio e do trigo (13,24-30; cf v.27).

3. É o Evangelho da Justiça:

(3,15; 5,6; 10,20; 6,1.33; 21,32, etc.)
- Jesus nasce no ambiente de um homem justo (1,19);
- As primeiras palavras de Jesus neste Evangelho são: “deixe como está, pois convém que cumpramos toda a justiça” (3,15);
- A busca fundamental nossa deve ser “o reino dos céus e sua justiça” (6,33);
- O julgamento de Deus será pela justiça e misericórdia que praticamos (25,31-46).
- O tema da “recompensa” aparece muitas vezes.

4. O projeto que Jesus anuncia é uma Boa Notícia, chamado de Reino dos Céus:

- O tema do Reino “dos céus” (ou “de Deus” – 5 vezes) aparece 54 vezes no Evangelho;
- Mateus prefere usar “reino dos céus”, para evitar a expressão “reino de Deus”, pois os judeus, por respeito, evitavam pronunciar o nome de Deus (YHWH – Javé).

5. A valorização da história e do Antigo Testamento:

- Jesus nasce da descendência do povo hebreu. São 14 vezes três gerações (1,17). 14 é a soma das consoantes hebraicas do nome David dwd (4 + 6 + 4 = 14). Jesus é três vezes Davi;
- Várias vezes encontramos “para se cumprir as Escrituras”, ou “o que foi dito pelos Profetas”; ou “também está escrito”; ou “ouviste o que foi dito aos antigos”, etc.

6. As mulheres:

- Na genealogia de Jesus aparecem 5 mulheres. Isso era incomum no ambiente judaico. Todas têm problemas: Tamar que perdeu o marido e se fez passar por prostituta (Gn 38);Raab é prostituta (Js 2,1-21); Rute é moabita, isto é, uma estrangeira (Rt 1,4); Betsabéiaera mulher de Urias, que Davi mandou matar para ficar com ela (2Sm 11 e 12); e Maria, que ainda não era casada com José;
- É uma mulher que unge Jesus e prepara seu corpo para a sepultura (26,6-13);
 - As mulheres são o grupo que é fiel até o fim (27,55-56.61) e são as primeiras as receberem a boa notícia da ressurreição de Jesus e serão as primeiras anunciadoras de que Jesus está vivo (28,1-10);
- Porém, a infância de Jesus é contada na ótica de José e não de Maria, como em Lucas.
                       
7. Aparecem fortes conflitos com os judeus, principalmente com os fariseus:

O Evangelho foi escrito depois da destruição de Jerusalém e do templo (70 dC). Era um momento de ruptura entre judeus e cristãos. Era o tempo da reestruturação do judaísmo formativo. Os cristãos nesta época eram expulsos das sinagogas, por isso Mateus fala das “suas/vossas sinagogas” ou “sinagogas deles” (4,23; 9,35; 10,17; 12,9; 13,54; 23,34).

8. Evangelho das Bem-aventuranças (Mt 5,1-12):

- São 7 ou 9, depende de como são contadas;
- A recompensa na primeira (aos pobres) e na sétima (aos perseguidos pela justiça) a promessa é no presente “deles é o reino dos céus”. As demais são no futuro: herdarão a terra; serão saciados…;
- Diferente de Lucas, os “Ai de vós” não vêm em seguida aos “felizes / bem-aventurados vós”.
Eles aparecem no capítulo 23;
- Deus quer o povo feliz! E essa felicidade começa logo para quem entra no Reino;
- Pessoas pobres, doentes, endemoninhadas, famintas, cegas, desempregadas, crianças, mulheres, multidões… Este é o povo que Jesus encontra e são as privilegiadas no anúncio do Reino.

9. Os números em Mateus:

Mateus usa muito os números, sobretudo 3, 5, 7 e 10. Ex.: narra 3 tentações de Jesus; 3 “quando…” (6,2.5.16); 3 súplicas no monte das Oliveiras; temos 3 negações de Pedro; 3 séries de 14 (7 x 2) gerações na genealogia de Jesus. Encontramos 7 discursos de Jesus, 7 parábolas sobre o Reino;
- O Evangelho está organizado em 5 livrinhos (igual ao Pentateuco, no AT);
- Devemos perdoar não 7 vezes, mas setenta vezes sete, isto é, infinitamente;
- Encontramos em Mateus 10 milagres (igual às 10 pragas ou aos 10 Mandamentos no AT).

10. Jesus é o novo Moisés:

- A matança dos meninos (2,13-18) recorda um fato semelhante com Moisés (Ex 1,15-22);
- Jesus é maior que Moisés, pois Ele cumpre toda a Lei (5,17) e lhe dá uma nova interpretação (5,21-48; 19,3-9.16-21);
- Várias vezes, Jesus sobe à montanha. Esta era o lugar privilegiado para o encontro com Deus. Jesus sobe à Montanha (5,1), assim como Moisés foi ao Sinai. O sermão na Montanha (5-7) e o envio dos Apóstolos pelo mundo (28,16-20) lembram as tábuas da Lei dadas a Moisés no Monte Sinai.

11. O verbo “ver”:

- Jesus “viu” os primeiros Apóstolos (4,18.21); “viu” Mateus (9,9); “viu” as multidões (5,1; 8,18; 9,36); “viu” a sogra de Pedro de cama (8,14); “viu” a mulher doente (8,22); etC.

12. É o Evangelho da Igreja:

- Duas vezes aparece a palavra ekklesía: Igreja / Assembléia (16,18; 18,17);
- Mateus procura corrigir certos problemas da comunidade: o perdão aos que erram, o bom comportamento (parábola do semeador, todo o capítulo 18, a questão da autoridade, o perdão etc.);
- Ele quer demonstrar que os cristãos são o novo Povo de Deus e a Igreja é o verdadeiro Israel;
- O batismo substitui a circuncisão. É o novo sinal de pertença ao povo de Deus;
- Foi o Evangelho mais usado na Igreja primitiva. Seu estilo é de Catequese.



Frei Ildo Perondi – ildo@sercomtel.com.br

Ildo Perondi é Frei Capuchinho, nascido em Romelândia (SC), com Mestrado em Teologia Bíblica pela Universidade Urbaniana de Roma. É Professor de Sagradas Escrituras na PUC-PR (Campus Londrina) e no Instituto Teológico Divino Mestre de Jacarezinho (PR). Assessor Bíblico da CRB, CEBI, CEBs e Escolas Bíblicas para leigos.