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domingo, 29 de junho de 2014

DINÂMICA: A ASSERTIVIDADE


Ao longo da nossa experiência do “fazer catequese”, muitas vezes nos deparamos com o que chamamos de turmas “inquietas” onde, normalmente é difícil estabelecer a calma para que possamos falar ou até mesmo fazer uma oração. As crianças e jovens de hoje estão cada vez mais “participantes” do mundo e não querem saber de “escutar” o outro. Querem falar e manifestar suas opiniões... e quase todos ao mesmo tempo!
Nossos pais e avós até chamariam isso de “falta de educação” e “falta de respeito aos mais velhos”, afinal, vimos de uma geração onde crianças e adolescentes, nem sequer escutavam a conversa dos adultos, que dirá participarem. Mas, o mundo mudou e a nova geração está aí com concepções totalmente diferentes. Resta-nos ajudar essa moçada a desenvolver uma característica que, infelizmente, muitos adultos não têm: a ASSERTIVIDADE. Ou seja, saber defender seus pontos de vista respeitando o do outro, em resumo: saber falar e saber ouvir e sempre na hora certa.

DINÂMICA DOS 30 SEGUNDOS

OBJETIVO: Desenvolver a Assertividade*, a capacidade de comunicação e escuta; criatividade; comunicação verbal; administração do tempo; poder de persuasão e influência; estabelecer a calma; proporcionar desafio individual, intelectual e social; crenças e valores.
DURAÇÃO: 30 minutos.

PARTICIPANTES: de 06 a 50.

MATERIAL: Não necessita.

Dividir as pessoas em grupos conforme o número de participantes. Se forem poucos, não é necessária a divisão.

DESENROLAR: Previamente deve-se selecionar um tema a ser discutido pelo grupo. Que poderá se referir a um conteúdo trabalhado ou a qualquer assunto que esteja em discussão no mundo no momento, uma notícia, etc.
Ao iniciar a dinâmica cada participante do grupo terá 30 segundos para falar sobre o tema apresentado e defender seu ponto de vista. Cada participante terá que usar toda sua desenvoltura e comunicação para sua apresentação.
Nenhum participante poderá, de forma alguma, ultrapassar o tempo de 30 segundos ao falar sobre o tema. Os demais participantes deverão ficar em TOTAL silêncio durante a apresentação de cada colega. Qualquer manifestação durante a fala do outro, será penalizada.
Após as apresentações, abrir uma discussão sobre: “Saber falar e saber escutar”.

DICAS PARA A DISCUSSÃO:
·         O que sentimos aos escutar o outro em silêncio sem poder argumentar?
·         Foi possível resumir as ideias de forma objetiva e clara?
·         A discussão de forma organizada foi produtiva? Por que?
·         É possível respeitar a opinião do outro sem ignorá-la?
·         Foram agregados conhecimentos durante a discussão?
·         Alguma argumentação conseguiu mudar a sua opinião sobre o assunto?
·         Como esta dinâmica pode nos ajudar no dia a dia em outras discussões?
·         Como lidamos no dia a dia nas discussões com outras pessoas?

* A Assertividade é a habilidade social de fazer afirmação dos próprios direitos e expressar pensamentos, sentimentos e crenças de maneira direta, clara, honesta e apropriada ao contexto, de modo a não violar o direito das outras pessoas. A postura assertiva é uma virtude, pois se mantém no justo meio-termo entre dois extremos inadequados, um por excesso (agressão), outro por falta (submissão). Ser assertivo é dizer "sim" e "não" quando for preciso. Pessoas com comportamento mais assertivo sentem menos ansiedade, tem maior grau de internalidade, ou seja, capacidade de refletir antes de falar ou agir, e melhor auto-estima. Conviver com pessoas assertivas também aumenta a auto-estima e diminui a agressividade.

Em nossos dias, o termo “assertividade” é muito usado. Talvez, por causa da necessidade imperiosa que temos de colocar em prática seu significado. Assertividade é um estilo de comunicação, aberto às opiniões alheias, dando–lhes a mesma importância que às próprias opiniões. É algo que parte do respeito de alguém para com os demais e até consigo mesmo, estabelecendo com segurança e confiança o que se deseja. A pessoa assertiva aceita que a postura das outras não precisa coincidir com as dela e, de maneira direta, aberta e honesta, evita conflitos.

O que nos anima é que a assertividade não é algo que se herda, mas, que pode ser adquirida e aprendida. Todos nós podemos ter essa qualidade, e isso vai nos ajudar muito nos nossos relacionamentos.

Então, o que precisamos modificar e treinar, a fim de melhorar o trato com as pessoas? Teria Jesus Cristo colocado em prática a assertividade?
Nós, que acompanhamos a vida de Jesus, observamos que todos os Seus atos foram assertivos. Ele não emitia palavras demais, ocupava-Se das necessidades das pessoas e até de pequenos detalhes que pareciam insignificantes. Não fazia discriminação e sabia envolver os que O cercavam em tarefas nas quais podiam se sentir úteis.
Esse conceito também implica empatia e humildade. Sem essas características, é impossível nos preocuparmos com outras pessoas e considerar as opiniões delas. Enquanto viveu na Terra, Jesus também revelou as virtudes da empatia e humildade em todos os Seus atos. Ele, realmente, praticou a assertividade.

Nada façais por espírito de partido ou vanglória, mas que a humildade vos ensine a considerar os outros superiores a vós mesmos. Cada qual tenha em vista não os seus próprios interesses, e sim os dos outros. (Fl 2, 3-4).

Estes versículos nos aconselham a considerar os outros como a nós mesmos, e também sugere o atual conceito de assertividade. Ser assertivo é expressar nossos pontos de vista respeitando o das outras pessoas.

Jesus se conduziu aqui na terra, de maneira compassiva, amável e cortês. Foi bondoso e misericordioso. Jesus revelava, com cada um que encontrava, sua disposição amável em atendê-los. Com mãos cheias de boa vontade estava sempre pronto para servir aos outros. Manifestava uma paciência que nada conseguia perturbar, e uma veracidade que nunca sacrificou a sua integridade. Ele era firme como a rocha em questões de princípios, mas, sua vida nos revela a graça da abnegada cortesia em escutar o outro.

Angela Rocha


FONTE: Adaptação de Dinâmicas de Grupo.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Catequese do Papa: 25 de junho de 2014


Prezados irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje há outro grupo de peregrinos unidos a nós na Sala Paulo VI: trata-se dos peregrinos enfermos, pois com este tempo, entre o calor e a possibilidade de chuva, era mais prudente que eles permanecessem ali. Contudo, estão ligados a nós através de uma tela gigante. E assim estamos unidos na mesma audiência. E hoje todos nós rezaremos especialmente por eles, pelas suas enfermidades. Obrigado!

Na primeira catequese sobre a Igreja, na quarta-feira passada, começamos a partir da iniciativa de Deus, o qual quer formar um povo que leve a sua Bênção a todos os povos da terra. Começa com Abraão e depois, com muita paciência — e Deus tem muita paciência! — prepara este povo na Antiga Aliança até o constituir em Jesus Cristo como sinal e instrumento da união dos homens com Deus e entre si (cf. Conc. Ecum. Vat. II, Const. Lumen gentium, 1). Hoje, desejamos meditar sobre a importância, para o cristão de pertencer a este povo. Falaremos sobre a pertença à Igreja.
Não vivemos isolados e não somos cristãos a título individual, cada qual por sua própria conta, não, a nossa identidade cristã é pertença! Somos cristãos porque pertencemos à Igreja. É como um sobrenome: se o nome é «sou cristão», o sobrenome é «pertenço à Igreja». É muito bom observar que esta pertença se exprime também no nome que Deus atribui a Si mesmo. Com efeito, respondendo a Moisés, no maravilhoso episódio da «sarça ardente» (cf. Êx 3, 15), Ele define-se a Si mesmo como o Deus dos pais. Não diz: Eu sou o Todo-Poderoso..., não: Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacob. Deste modo, Ele manifesta-se como o Deus que fez uma aliança com os nossos pais e permanece sempre fiel ao seu pacto, chamando-nos a entrar nesta relação que nos precede. Esta relação de Deus com o seu povo precede-nos a todos, desde aquela época.

Em tal sentido o pensamento dirige-se, em primeiro lugar, com gratidão àqueles que nos precederam e que nos acolheram na Igreja. Ninguém se torna cristão por si só! É claro isto? Ninguém se torna cristão por si só! Os cristãos não se fazem no laboratório. O cristão faz parte de um povo que vem de longe. O cristão pertence a um povo que se chama Igreja, e é esta Igreja que o faz cristão, no dia do Batismo e depois no percurso da catequese, e assim por diante. Mas ninguém se torna cristão por si só! Se cremos, se sabemos rezar, se conhecemos o Senhor, se podemos ouvir a sua Palavra, se O sentimos próximo de nós e se O reconhecemos nos irmãos, é porque outros, antes de nós, viveram a fé e porque depois no-la transmitiram. Nós recebemos a fé dos nossos pais, dos nossos antepassados; foram eles que no-la ensinaram. Se pensarmos bem, quem sabe quantos rostos de entes queridos passam diante dos nossos olhos neste momento! Pode ser o rosto dos nossos pais que pediram o Batismo para nós; o dos nossos avós ou de algum familiar que nos ensinou a fazer o sinal da cruz e a recitar as primeiras orações. Recordo-me sempre do rosto da religiosa que me ensinou o catecismo, vem sempre ao meu pensamento — indubitavelmente, ela está no Céu, porque é uma mulher santa — mas eu recordo-me sempre dela e dou graças a Deus por esta religiosa. Ou então o rosto do pároco, de outro sacerdote, ou de uma religiosa, de um catequista, que nos transmitiu o conteúdo da fé e nos fez crescer como cristãos... Eis, esta é a Igreja: uma grande família na qual somos acolhidos e aprendemos a viver como crentes e discípulos do Senhor Jesus.

Podemos percorrer este caminho não apenas graças a outras pessoas, mas juntamente com outras pessoas. Na Igreja não existe «personalizações», não existem «jogadores livres». Quantas vezes o Papa Bento descreveu a Igreja como um «nós» eclesial! Às vezes ouvimos alguém dizer: «Eu creio em Deus, creio em Jesus, mas não me interesso pela Igreja...». Quantas vezes ouvimos isto? Assim não funciona. Alguns pensam que podem manter uma relação pessoal, direta, imediata com Jesus Cristo, fora da comunhão e da mediação da Igreja. São tentações perigosas e prejudiciais. Como dizia o grande Paulo VI, trata-se de dicotomias absurdas. É verdade que caminhar juntos é algo exigente, e por vezes pode ser cansativo: pode acontecer que algum irmão ou irmã nos cause problemas, ou provoque escândalos... Mas o Senhor confiou a sua mensagem de salvação a pessoas humanas, a todos nós, a testemunhas; e é nos nossos irmãos e nas nossas irmãs, com os seus dotes e os seus limites, que vem ao nosso encontro e se deixa reconhecer. É isto que significa pertencer à Igreja. Recordai-vos bem: ser cristão significa pertença à Igreja. O nome é «cristão» e o sobrenome, «pertença à Igreja».

Caros amigos, peçamos ao Senhor, por intercessão da Virgem Maria Mãe da Igreja, a graça de nunca cair na tentação de pensar que podemos renunciar aos outros, que podemos prescindir da Igreja, que nos podemos salvar sozinhos, que somos cristãos de laboratório. Pelo contrário, não se pode amar a Deus sem amar os irmãos; não se pode amar a Deus fora da Igreja; não se pode viver em comunhão com Deus sem viver na Igreja; não podemos ser bons cristãos, a não ser juntamente com todos aqueles que procuram seguir o Senhor Jesus, como um único povo, um único corpo; é nisto que consiste a Igreja. Obrigado!


Saudações
Dirijo uma cordial saudação à delegação da Bethlehem University, que este ano celebra o quadragésimo aniversário de fundação, com particular reconhecimento pela louvável atividade acadêmica realizada a favor do povo da Palestina.

Cordiais boas-vindas aos peregrinos de língua árabe, de modo particular aos provenientes do Médio Oriente! Estimados amigos, a nossa identidade cristã é pertença à comunidade eclesial! Peçamos ao Senhor que nos faça compreender o verdadeiro sentido desta pertença e que juntos formemos um só povo e um único corpo. Que o Senhor vos abençoe!

Com cordial afeto, saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, em especial o grupo brasileiro da Paróquia Nossa Senhora Consolata, de São Manuel, e os fiéis do Santuário de Nossa Senhora do Porto, em Portugal. Irmãos e amigos, estais em boas mãos, estais nas mãos da Virgem Maria. Ela vos proteja da tentação de prescindir dos outros, de pôr a Igreja de lado, de pensar em salvar-vos sozinhos. Rezai por mim! Que Deus vos abençoe!

Saúdo por fim os jovens, os doentes e os recém-casados. Ainda está vivo o eco da solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, que celebramos recentemente. Amados jovens, encontrai sempre na Eucaristia o alimento da vossa vida espiritual. Vós, caríssimos doentes — especialmente vós que estais unidos a nós na sala Paulo VI— oferecei o vosso sofrimento e a vossa oração ao Senhor, para que Ele continue a infundir o seu amor no coração dos homens. E vós, queridos recém-casados, aproximai-vos da Eucaristia com fé renovada e, alimentados de Cristo, sede famílias animadas por um testemunho cristão concreto.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Como fazer inculturação na catequese? (3)



A catequese deve ser inculturada – é o que se diz. Mas, o catequista se pergunta: O que é isso, na prática? Em que consiste a inculturação do evangelho?


Não é fácil responder essa questão. Até porque o conceito de cultura é vasto, complexo e dinâmico. Cada um usa a palavra cultura em um sentido. E ainda não ficou muito claro em que sentido a Igreja tem empregado o termo cultura. É só pegar alguns documentos mais recentes da Igreja que vamos encontrar várias referências à cultura, cada vez num sentido diferente.


Às vezes, nos discursos sobre esse assunto, cultura significa simplesmente a tradição, o folclore de povos específicos, seus usos e costumes que a modernidade tende a sufocar. Então, inculturar seria resgatar costumes e tradições, por meio de símbolos. Algo como usar um cocar de índio. Ou cobrir-se com um pano de estampas africanas. Vemos isso em muitas celebrações. Num encontro de catequistas de que certa vez participamos, sempre que se proclamava um texto bíblico na liturgia, o leitor se enrolava num pano colorido, punha a Bíblia numa peneira e estava convencido de fazer inculturação.


Outras vezes, o termo cultura é usado para distinguir estratificações sociais que teriam características próprias. Cultura seria aquilo que diferencia um grupo social de outro. Fala-se então de cultura urbana, cultura rural, cultura das minorias, cultura dos guetos, etc. Nesse caso, o conselho que se dá é que a Igreja aprenda a falar a língua de cada grupo social. Mas, pode-se perguntar: O que seria mesmo essa língua característica? A língua do homem do campo seria diferente da língua da cidade, ainda mais depois da globalização?


Aí entra o conceito de língua. E, às vezes, a Igreja fala de cultura querendo se referir à forma de expressão vocabular de cada grupo, ou seja, ao tipo de português que cada um sabe falar. Cultura seria, então, a gramática, a correção vocabular, as palavras usadas para expressar ideias. Então se diz: É preciso falar a língua do homem do campo. E os líderes começam a usar expressões como: enxada, cerca de arame, bota de borracha, boi; e cantam “Penerei fubá, fubá caiu”. E acham que estão inculturados. E na cidade fala-se de vídeo, fast-food, shopping-center, internet, blog etc. Acontece que parece não haver tanta distinção entre cidade e campo. O homem do campo assiste televisão e tem acesso à internet. A modernidade tem globalizado a cultura. Quando falam para jovens, alguns catequistas começam a usar gírias, a fazer tatuagens, a cantar axé e hip-hop. Para crianças, colocam tudo no diminutivo, transformam Deus em papai do céu, Maria de Nazaré em mãezinha do céu, rezam orações do anjinho da guarda etc. Infantilizam a fé ou transportam-na para o campo da moda que a mídia impõe. Parece que alguns insistem em ressaltar as diferenças que não são a coisa mais importante no momento, esquecendo-se de que cada um desses grupos é capaz da fé madura, no universo cultural ou situação em que se encontra, sem subterfúgios.


Poderíamos citar ainda outros dos muitos conceitos de cultura. Mas parece que o que mais se aproxima do ponto que a Igreja quer atingir é o conceito de cultura como linguagem. Não como língua, mas como linguagem. Há uma grande diferença. Língua é o vocabulário, as palavras, o idioma. No Brasil, todos falamos português. Então, não é o idioma que vai dificultar a compreensão. Linguagem é mais que língua. A linguagem é o conjunto de valores que está na mente das pessoas. Por detrás de cada coisa que se faz ou se fala, existe um universo de valores e crenças que compõem a linguagem de um povo. Esse conjunto é a cultura desse povo. Nesse sentido, inculturar é compreender a motivação mais profunda que está na mente das pessoas, entendendo a mente não tanto como realidade individual, mas como mentalidade ampla e abrangente. Poderíamos quase dizer que cultura é mentalidade. O processo de inculturação exige, pois, que a fé da Igreja encontre uma forma de ser compreendida pela mentalidade do povo. A mentalidade abre umas portas e fecha outras. A Igreja precisa descobrir, no homem chamado pós-moderno, quais são as portas abertas e quais são as portas fechadas. É preciso saber por qual porta a mensagem da fé vai entrar no coração desse novo destinatário da evangelização.


O Estudo da CNBB nº 73 – Catequese para um Mundo em Mudança – resumiu tudo isso, dizendo: “Não se trata de montar um espetáculo bonito, mas de falar ao coração do povo, nas diferentes realidades” (n. 14). Fica apenas a pergunta se, num mundo globalizado, as realidades ainda continuam tão diferentes. A chamada pós-modernidade criou nova mentalidade em todos os seguimentos sociais: pobres, ricos, índios, negros, marginalizados, minorias, homens do campo, da cidade etc. Talvez a cultura seja muito mais o que une esses seguimentos sociais do que o que os separa. E a Igreja, no seu discurso, precisa enfocar coisas que as pessoas queiram ouvir com boa vontade, coisas que respondam aos anseios da pós-modernidade. Esses anseios indicam as portas abertas nos corações das pessoas, por onde a boa-nova de Cristo pode ser acolhida como força para viver.

Já se fala também de inculturação como o processo pelo qual a pessoa se insere na cultura cristã ou na cultura do evangelho. Dessa forma, a pessoa evangelizada é que deve se inculturar, ou seja, absorver os valores do evangelho, como os gregos absorveram a pregação de um judeu – Jesus! – e adotaram os valores cristãos adaptando-os à sua cultura.


Então, não adianta, no processo formativo, vestir roupas africanas e usar cocar de índio, se não falamos ao coração da sociedade e não respondemos aos seus anseios. A inculturação, nesse sentido, requer a ousadia de subverter o discurso oficial e padronizado. Para a catequese, isso é fundamental. É preciso apresentar a boa-nova de Cristo de modo que ela signifique algo importante dentro de nossa cultura. Quando Jesus pregou o evangelho, as pessoas se sentiram profundamente tocadas por sua mensagem. A mensagem de Jesus fez a diferença para aquelas pessoas. Hoje precisamos apresentar esta mesma mensagem, de modo que ela também faça a diferença para as pessoas do nosso tempo.


Isso não significa que vamos nivelar o evangelho a partir das necessidades das pessoas. Mas vamos apresentar a boa-nova como uma força motivadora para os tempos atuais, pois ela é assim. Deus continua querendo falar aos corações das pessoas. Vamos entender a inculturação como o esforço para superar uma linguagem arcaica, muitas vezes baseada no argumento da autoridade, em prol de uma linguagem que deixe transparecer a beleza do evangelho de Cristo. As pessoas continuam tendo sede de Deus. Tanto que se fala da busca pelo sagrado, característica dos nossos tempos. Mas o modo de falar de Deus precisa ser tal que o sagrado seja de fato transmitido pelo nosso discurso. Senão, as pessoas vão procurar o sagrado em outras Igrejas que pregam o evangelho de outra forma.


Solange Maria do Carmo
Mestre em Sagrada Escritura, doutoranda em Catequese pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia-FAJE

domingo, 22 de junho de 2014

Como falar hoje dos sacramentos? (2)


A catequese sacramental é hoje muito criticada. E com razão. Preparar para os sacramentos é muito pouco para uma catequese cristã. Não vamos, porém, pensar que os sacramentos perderam sua importância. Apenas o jeito de falar deles é que precisaria mudar. Ninguém pensa em excluí-los do processo catequético. Mas talvez fosse importante situá-los de forma nova. Essa atualização se faz necessária por causa da mudança que ocorreu na mentalidade do povo.


Desde o Concílio de Trento, os sete sacramentos são aceitos sem nenhum questionamento. E desde criança, a gente já sabia que era preciso ir à missa, comungar, confessar-se. Ninguém pensava em constituir família sem passar pelo sacramento do matrimônio. A crisma era também uma necessidade não questionada. Quando o bispo ia fazer visita pastoral, todo mundo sabia que era preciso crismar. O que se questionava então era mais a história de cada sacramento e sua doutrina. A catequese tentava responder a perguntas como: “O que é tal sacramento? Qual o ensino da Igreja sobre ele? Quais as condições de validade de cada sacramento?”. Era mais um estudo dogmático e canônico dos sacramentos.

Acontece que hoje as pessoas já perderam, na maioria dos casos, o referencial axiológico da vida sacramental, ou seja, perderam-se aqueles valores básicos, antes cultivados em família, que nos faziam encarar os sacramentos como algo que não se questionava. Hoje, a pergunta não é mais “O que é este sacramento?”, mas “Para que serve esse sacramento?”, “Qual o sentido e a utilidade dos sete sacramentos?”, ou “Será que eles realmente significam e realizam algo?”. A catequese se vê, portanto, desafiada a responder questionamentos mais profundos.

Será preciso ajudar as pessoas a assumirem os valores que servem de base para a compreensão e a vivência dos sacramentos. Assim, antes de explicar o que é a eucaristia, será preciso ajudar a pessoa a perceber a presença de Jesus que continua vivo no meio de nós; antes de falar de confissão, será preciso compreender a situação de fraqueza humana, pois não somos tão potentes como podemos pensar; antes de falar de crisma será necessário mostrar as vantagens e o sentido do engajamento do jovem na Igreja e no mundo, a beleza que é pertencer a um povo de fé e nessa comunidade professar a fé, confirmando-a cada dia.

Mais importante que teorizar sobre os sacramentos, é criar a base axiológica que sustenta sua vivência. Desse modo, quando a catequese apresenta Jesus e desperta a admiração por ele e a compreensão do sentido de sua presença viva, está no universo da eucaristia, embora não parta do sacramento. E quando ajuda a descobrir o sentido da pessoa humana com sua força e sua fraqueza, com sua sede de crescer sempre mais, de ser feliz, de superar-se, de perdoar e ser perdoado, a catequese está tratando da confissão, embora não parta do sacramento. E quando fala da beleza da vida em família e da importância da presença de Deus no lar, a catequese está de alguma forma mostrando o valor do matrimônio.

Enfim, para que a catequese prepare a pessoa para a vivência sacramental, não é preciso que haja, no roteiro, de imediato, uma lista com os sete sacramentos para se decorar.

Podemos até saber de cor os sete sacramentos e incentivar os catequizandos a guardar de cor a lista completa dos sacramentos ou dos mandamentos. Mas isso não fará muita diferença e não significará uma compreensão da fé mais profunda, se não ajudarmos os catequizandos a entenderem os valores cristãos celebrados em cada sacramento.

Isso é o que chamamos de mudança de categorias. A nossa observação serve para o ensino de toda a doutrina da Igreja que, sem ser abandonada, precisa ser reformulada. A transmissão da doutrina precisa ser feita, pois é também parte do processo catequético dar as razões da fé. Mas esse aprofundamento na fé da Igreja, traduzida em sua doutrina, surtirá melhor efeito se partir de uma experiência cristã de Deus; se a doutrina fizer sentido na vida de quem busca suas razões. Cabe, pois, à catequese trabalhar a doutrina de modo novo e significativo, de forma mais existencial e afetiva que tanto intelectual e dedutiva, repensando as formulações da fé para a vida das pessoas hoje.

Solange Maria do Carmo
Mestre em Sagrada Escritura e professora da PUC-Minas e do Centro Loyola BH.

sábado, 21 de junho de 2014

Catequese hoje: limites e tendências (1)


Um dos pontos de estrangulamento de nossa catequese – lamentavelmente não é o único – tem sido a dificuldade de traduzir a reflexão teológica, tão ampla e generosa, numa linguagem catequética que fale, de fato, ao coração dos catequizandos. Entendemos aqui por linguagem catequética a comunicação entre catequistas e catequizandos e o modo como se dá essa comunicação, ou seja, a pedagogia que norteia os encontros. Essa comunicação tem sido bastante confusa porque tem se baseado em categorias que já deviam ter sido superadas, em razão de todo o avanço da reflexão teológico-catequética. Diante disso, precisamos buscar o modo adequado de compreender certas tendências da catequese hoje.
As perguntas que todo catequista se faz são mais ou menos as seguintes: Como vou traduzir a teologia catequética – presente em tantos documentos bonitos da Igreja – em linguagem que se preste à comunicação com os catequizandos? Como vou fazer uma catequese com tais características? Como deve ser a pedagogia do encontro, para que a catequese realmente fale ao coração das pessoas?

O catequista, cheio de boa vontade, vai a um encontro e lá aprende que a catequese precisa assumir as angústias do homem moderno. Mas quando o catequista volta à paróquia e se vê diante de sua turma, ele se sente perdido e interroga a si mesmo: “Como é que se assume a angústia desses catequizandos?”. Ou ainda: “A catequese precisa valorizar profundamente a dimensão afetiva da pessoa, mas, na prática, o que preciso fazer, na hora do encontro, para valorizar essa tal dimensão afetiva?”.

A questão que parece precisar de esclarecimento é a seguinte: A quem compete fazer essa tradução da reflexão teológica em linguagem catequética, construindo uma pedagogia adequada? Em nossa opinião, isso é função dos roteiros catequéticos. Esses roteiros têm o objetivo de organizar pedagogicamente a fé que a catequese deseja transmitir, pois a catequese lida em primeiro lugar com a transmissão da fé. Se o roteiro favorece uma boa comunicação da fé, teremos a porta aberta para que o catequizando faça sua experiência cristã de Deus.

Com relação aos roteiros, há pelo menos dois problemas:
Primeiro: a fobia de roteiros. Em muitos lugares, há um preconceito contra roteiros. Uma verdadeira roteirofobia. Dizem que não se pode dar tudo pronto para o catequista, que o catequista não pode se contentar com uma catequese livresca, que nenhum roteiro é completo, e por aí vai. Esse modo de pensar pode até ter certa razão. Mas parece que os roteiros acabam sendo importante auxílio pedagógico para a prática da catequese. Se cada catequista tiver que pesquisar e preparar encontros, partindo somente de suas teorias e sua prática eclesial, sem um instrumento didático, então a catequese jamais será coerente e orgânica, além de correr o risco de não transmitir a genuína fé, professada, celebrada e vivida pela comunidade-Igreja. Não é que não valorizemos o catequista. É até o contrário. Por valorizar o trabalho dos catequistas, julgamos de fundamental importância fornecer a eles material pedagógico adequado ao seu trabalho. Esse material, além de ajudar na unidade de todo o processo catequético, também será um auxílio para a formação do próprio catequista. A função do roteiro não é tirar a criatividade do catequista, dando tudo pronto, mas organizar metodologicamente a fé que a Igreja professa, celebra e vive; tudo isso dentro das categorias que as reflexões catequéticas vão pontuando nos documentos.

Segundo: a linguagem dos roteiros. Outro problema que surge com os roteiros existentes, pelo menos com grande número deles, é que utilizam ainda categorias antigas para falar de coisas novas. Há uma distância enorme entre as reflexões teológicas e o conteúdo de certos roteiros oferecidos aos catequistas. A maior parte dos roteiros ainda centraliza a catequese nos sacramentos, não indo muito além do esquema Dogma-Bíblia-Igreja. Então, o catequista encontra nos documentos reflexões interessantes, mas ao dar seus encontros vai partir do roteiro e não das teorias. Esse descompasso entre reflexão teológica e roteiro didático é outro ponto por onde nossa catequese se derrama.

Julgamos importante elaborar roteiros pedagógicos que assumam novas categorias para trabalhar a transmissão e o amadurecimento da fé. Isso não é fácil nem ranqüili, porque os pastores da Igreja se assustam quando pegam determinados subsídios catequéticos e não enxergam de imediato os sete sacramentos, os dez mandamentos, os sete pecados capitais, as orações dos cristãos e coisas assim.

Do ponto de vista pedagógico, sabemos que uma linguagem codificada em categorias antigas terá dificuldade de penetrar no coração dos catequizandos. Mas tudo é questão de código. Isso é admitido com ranqüilidade pelos documentos da Igreja. O Estudo da CNBB 53 – Textos e Manuais de Catequese – afirma no n. 108: “As formulações da fé têm seus condicionamentos históricos: a mesma fé pode, em situações diferentes, receber formulação diferente. O significado é que deve permanecer”. O mais interessante é que, ao dizer isso, os bispos estão praticamente citando o Concílio Vaticano I, de 1870! Então, é preocupante imaginar que há ainda resistências contra as reformulações da fé. Se não codificarmos nossa doutrina – tão rica! – em linguagem nova, ela será ininteligível.

Trata-se de transmitir o mesmo conteúdo da fé, a boa-nova de Cristo, mas de um modo tal que ela seja acolhida como algo realmente novo e importante para as pessoas do nosso tempo. Para compreendermos melhor essa mudança de categorias, essa recodificação, e para entendermos as tendências catequéticas presentes hoje no cenário eclesial católico, vamos tentar responder às perguntas seguintes, que julgamos de grande importância.

Solange Maria do Carmo
Mestre em Sagrada Escritura e professora da PUC-Minas e Centro Loyola de BH.

HOMILIA DO DOMINGO

12º. Domingo do Tempo Comum – Ano A

Pardal
A primeira leitura e o Evangelho falam das dificuldades da missão. A vida está repleta de desafios. Jeremias enfrenta a dura tarefa de denunciar o erro, vivendo com radicalidade seu profetismo. No Evangelho temos uma comunidade em conflito com os judeus, além de viver o contexto de perseguição romana. É neste contexto que as palavras de Jesus fazem eco.

O que dizer das cruzes do dia a dia? Deus não nos priva delas. Lembremos que o Filho de Deus morre clamando diante do abandono do Pai. É preciso deixar de lado um Deus intervencionista, que parece ter a obrigação de nos dar clareza, respostas, milagres, um deus tapa buracos que teria a obrigação de nos livrar sempre do perigo. É preciso entender que o amor tem o risco da dor. É preciso entender que Deus nos quer livres e autônomos na árdua jornada da vida, crescendo mediante os desafios que surgem diante de nossas escolhas ou de um modo inesperado, sem aparentes razões. Ou seja, nem sempre há uma razão no sofrimento.
O que, então, Deus tem a nos oferecer? Sua presença: “Eis que estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos!” Eis sua promessa. Ele não deu uma promessa de solução mágica para nossos conflitos, mas prometeu sua presença que consola e fortalece. O mais importante é manter-se unido ao amor de Deus em atitude de gratuidade, recebendo com a alegria os imensos benefícios de Deus e tentando deixar a lamúria diante das perdas. São Paulo deixa bem claro que o sofrimento não pode nos privar do amor de Deus: “Quem nos afastará do amor de Cristo: tribulação, angústia, perseguição, nudez, perigo, espada? Em todas essas circunstâncias, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou” (Rm 8,35-37).
Diante do conflito é comum que nos venha o medo. E vivemos em uma cultura do medo. O medo gera insegurança, tristeza, ansiedade, depressão… A Palavra de Deus neste domingo nos traz coragem: “Não tenhais medo!” Valemos mais do que pardais, nossos cabelos estão contados. Deus cuida da gente, não desampara, não deixa de amar. Combatemos o medo com a confiança na providência, com a esperança que nos anima a caminhar sempre. Deus é a nossa segurança, não precisamos nos apegar ao que nos ilude. Amar implica em arriscar, arriscar é saber soltar tudo aquilo que nos dá uma aparente segurança (circunstância, postos, coisas, pessoas) e entregar tudo nas mãos de Deus.
São bem vindas as palavras do Santo Papa Bom: “Consulte, não aos seus medos, mas as suas esperanças e sonhos. Pense, não sobre suas frustrações, mas sobre seu potencial não usado. Preocupe-se, não com o que você tentou e falhou, mas com aquilo que ainda é possível a você fazer” (São João XXIII).
Pe. Roberto Nentwig
Santuário São José
Arquidiocese de Curitiba - PR

sexta-feira, 20 de junho de 2014

GINCANA BÍBLICA ***

A- FALA SÉRIO OU COM CERTEZA

(5 pts para quem acertar primeiro, 2 pts passar para outra turma, 1 pt procurar na bíblia)


1 – Jesus nasceu em Jerusalém. (Mt 2,1)
R- Fala sério, nasceu em Belém.

2 – Jesus foi batizado por João Batista. (Mc 1,9)
R= com certeza

3 - O nome do rio que Jesus foi batizado é Rio São Francisco.(Mc 1, 9-10)
R= fala sério, foi batizado no Rio Jordão.

4 - Anjo que anunciou o nascimento de Jesus foi o anjo Rafael.(Lc 1,26)
R= fala sério, foi o anjo Gabriel

5 – A bíblia tem 73 livros, sendo o NT 27 livros e o AT 46.
R= com certeza

6 – O primeiro mandamento da lei de Deus é: Não tomar seu santo nome em vão.
R= fala sério, é : Amar a Deus sobre todas as coisas.

7 – O sexto mandamento da lei de Deus é : Não pecar contra a castidade.
R = com certeza

8 – Na igreja temos os 10 sacramentos.
R= Fala sério, temos 7 sacramentos.

9 – O tema da Campanha da Fraternidade 2012 é : Que a saúde se difunda sobre a terra.
R = Fala sério, esse é o lema. O tema é Fraternidade e Saúde Publica.

10 – Saúde é simplesmente a ausência de doença.
R= Fala sério. Saúde é o processo harmonioso de bem estar físico, psíquico, social e espiritual.

11 – As cores litúrgicas são: Roxo, Verde, Branco e Vermelho.
R= Com certeza

12 – Os quatro evangelistas são: Judas, Marcos, Lucas e João.
R=Fala sério é Mateus, Marcos, Lucas e João.

13 – O primeiro papa da igreja católica foi Pedro.
R= Com certeza

14 – A primeira leitura da missa é sempre tirada dos evangelhos.
R= Fala sério, é tirada do antigo testamento.


B – CAÇA PALAVRAS NA BÍBLIA (As crianças deverão procurar na bíblia o versículo sorteado e identificar o objeto e procurá-lo dentro de uma caixa com vários objetos, quando achar o objeto, volta e pega outro versículo, a turma que trouxer mais objetos marca pontos (10 pts cada acerto e menos 10 cada objeto errado)


Juízes 19,5 (Pão) - ....Restaura primeiro as tuas forças com um pouco de pão e depois disso partireis.
Lucas 14,34 (Sal) O sal é uma coisa boa, mas se ele perder seu sabor, com que o recuperará?
Mateus 16,19 (Chave) Eu te darei as chaves do Reino dos céus....
I Timóteo 6,10 (Dinheiro) Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro....
Atos 1,5 (Àgua) Porque João batizou com água, mas vós sereis batizado no Espírito Santo.
Ester 8,2 (Anel) Tirando seu anel que tinha retomado de Amã, o rei o presenteou a Mardoqueu....
Mateus 3,4 (Cinto) João usava uma vestimenta de pêlos de camelo e um cinto de couro em volta dos rins.
Gênesis 1,1 (Terra) No princípio, Deus criou os céus e a terra.
Gênesis 14,23 (Sandália) De tudo que é teu, não tomarei sequer um fio nem um cordão de sandália.....
I Samuel 17,49 (Pedra) ....A pedra penetrou-lhe na fronte, e o gigante caiu por terra.


C – CITAÇÕES BÍBLICAS

(Anotar algumas citações bíblicas e pedir que eles falem)

Mt 27,5-10 (Mateus capitulo 27 versículo 5 a 10)
Rm 4,1s (Romanos capitulo 4, versículo 1 e 2)
Eclo 38,1-8
Gn 6,5-10
SL 90
II Mac 8,12-20
Ex 37,17-29
Ato 16, 9s


D – Jogo da Velha
(Fazer em uma cartolina o # jogo da velha e em cada quadrado colocar um envelope com as perguntas abaixo, quando acertar a turma coloca a bolinha ou cruzinha, quem fechar a sequência marca ponto)


* O primeiro mandamento da lei de Deus. (1° Amar a Deus sobre todas as coisas)
* Respeitar o nome de Deus. (2° - Não tomar seu santo nome em vão)
* Devemos dedicar um dia pra o lazer e para participar da missa com a comunidade. (3° Guardar domingos e festas)
* A família deve ser respeitada. ( 4° - Honrar pai e mãe)
* Deus quer que o homem cuide da vida do seu irmão. (5° Não matar)
* Deus quer que seja respeitada a imagem d´Ele dentro do ser humano cada um respeitando o seu corpo. (6° Não pecar contra a castidade)
* O homem não tem o direito de tirar as coisas do seu irmão. (7° Não furtar)
* Seja seu sim, sim e seu não, não. (8° Não levantar falso testemunho)
* O homem e a mulher devem ser fiéis no seu relacionamento. (9° Não desejar a mulher do próximo)
* Devo valorizar o que tenho e respeitar o que é do outro (10° Não cobiçar as coisas alheias)
* Dia da semana santa que celebramos a instituição da eucaristia. (Quinta feira santa)
* Dia da semana santa que celebramos a morte de Jesus Cristo. (Sexta feira santa)
* Dia da semana santa que celebramos a ressurreição de Jesus .(Domingo de Páscoa)
* Grande vela acesa na noite de sábado da aleluia, com a benção do fogo. Círio Pascal.
* Sacramento que nos reconciliamos com Deus. (Confissão ou Penitência)
* Sacramentos da iniciação cristã. (Batismo, Crisma e Eucaristia)
* Qual o único dia do ano que não se celebra missa. (Sexta feira santa)
* Que dia da semana santa celebramos a entrada de Jesus em Jerusalém. (Domingo de Ramos)

***Enviado por Angela Maria Silva Santos

quinta-feira, 19 de junho de 2014

ENCONTRO COM PAIS E PADRINHOS EM PREPARAÇÃO AO BATISMO

EQUIPE RESPONSÁVEL: Pastoral Catequética


PÚBLICO-ALVO: Pais e padrinhos das crianças que freqüentam a catequese e ainda não são batizadas. 


TEMPO PREVISTO: 02 horas a 2h e meia. (Este tempo não prevê intervalo mas deixa os presentes livres para saírem caso necessário: ir ao banheiro, tomar água, atender ás crianças).


AMBIENTAÇÃO:

- À frente, preparar uma mesa para a acolhida da Bíblia. Um vaso de flores, um suporte (a vela será trazida na entronização).

Simbologia do Batismo:

- Expor os símbolos numa mesa, logo á entrada, arrumando-os com placas indicativas e convidar aos presentes que examinem os símbolos. (Fundo musical)

CRUZ É a identidade do Cristão. Traçada no peito e na testa significa que o batizando, pelo batismo, participa da morte libertadora de Jesus Cristo. Lembra a graça da redenção que Cristo nos proporcionou na Cruz.

O ÓLEO Assim como o óleo penetra na pele da criança, Cristo penetra na vida da pessoa, em especial no seu coração (a unção é feita no peito), fortalecendo o ungido na luta contra o mal.

A VELA e CÍRIO PASCAL Acesa no círio pascal, significa que Cristo iluminou o batizado, que deverá ser “luz do mundo”. Simboliza a presença do Espírito na vida do batizando e a fé em Jesus ressuscitado. Acende-se uma nova luz, luz da graça, da fé, que deve ser conservada até o fim da vida pela vivência em Cristo.

A VESTE BRANCA Expressa a pureza, a VIDA NOVA que recebemos no Batismo e que agora vamos viver. Sinaliza que o batizado “vestiu-se de Cristo”, o que equivale a dizer que ressuscitou com Cristo.

A ÁGUA Simboliza purificação e vida nova. A água batismal nos lava do pecado original e nos torna filhos de Deus e membros da Igreja. A água é sinal da graça de Deus, que nos purifica totalmente.

A PALAVRA
È pela leitura constante da Palavra de Deus que renovamos diariamente a nossa fé pelo testemunho de nossos antepassados.


- Preparar uma mesa na recepção com água, chá, suco e bolachinhas. (Oferecer aos convidados enquanto fazem as inscrições).


01 – ACOLHIDA – Coordenação


02 – APRESENTAÇÃO DA EQUIPE E DOS PARTICIPANTES

Apresentar os catequistas presentes e dizer por qual turma são responsáveis. Pedir aos participantes que cada um que se identifique com o nome e, se pai/mãe ou padrinho/madrinha. Aos pais, pedir que digam o nome do filho que será batizado. Caso haja crianças presentes e se houver condições, pedir que se apresentem também, criando um clima de intimidade e aconchego.


Texto de apoio:

Cada ser humano é único, insubstituível. Somos pensados e amados por Deus, desde a eternidade e para toda a eternidade nesta individualidade singular, e assim devemos ser vistos e acolhidos pelos outros. Podemos possuir coisas e delas dispor a nosso bel-prazer, usando-as, subordinando-as a nossos interesses, trocando-as. Com as pessoas, não podemos fazer o mesmo. A pessoa deve ser aceita com suas próprias idéias, com seus sentimentos e sua maneira de ser. A pessoa não pode ser meio para atingirmos nossos objetivos. O outro é distinto de nós, com direito a ser quem realmente ele é, a ver reconhecida sua própria autonomia, sem precisar renunciar à sua personalidade para viver e conviver. O nome exprime esta identidade pessoal a ser reconhecida pelos outros, chamada a colocar-se a serviço de todos.


03 – OBJETIVO

- Apresentação do cronograma: Dizer aos presentes o que vai acontecer no encontro e se possível o tempo que vai durar cada etapa.
- Informar a localização dos banheiros, água e oferecer o “chá” (lanche), a ser compartilhado no final do encontro.


04 – ORAÇÃO INICIAL 

Sejam bem-vindos. Nossa comunidade estava ansiosa por recebê-los.
Estamos aqui reunidos em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo. No dia do nosso batismo o padre acolheu a todos, pais, padrinhos e familiares, dando-lhes as boas vindas, vamos hoje nos acolher desejando, uns aos outros, que Deus esteja conosco durante este encontro e que continue a habitar nosso espírito de uma forma diferente depois aprendermos um pouco mais sobre o batismo.
Rezemos juntos a oração que Jesus nos ensinou e que devemos ensinar aos nossos filhos:
Pai- Nosso...

Quero convidar agora, a ............. para nos apresentar um pequeno panorama da História da Salvação e das Alianças que Deus fez com seu povo.




05 – HISTÓRIA DA SALVAÇÃO 

Material:
- GRAVURAS com a história da salvação.

Atenção: Cantar a cada mudança de quadro-gravura o refrão:
"Também sou teu povo Senhor, e estou nesta estrada,
Somente a Tua graça me basta e mais nada."

O PLANO Salvífico de DEUS com ênfase em Jesus Cristo (Querigma)
Objetivo: Apresentar de onde vem o Batismo, a origem do sacramento é a Páscoa de Jesus.
Apresentação em quadros: Caminhada do Povo de Deus
--- Deus Pai Criador (apresentar a gravura do Paraíso): Homem e Mulher criados à imagem e semelhança de Deus / desejado e sonhado por Ele para ser feliz./com Liberdade/ Adão e Eva dizem Não ao plano de Deus. Pecado/ruptura da ALIANÇA entre Deus e o Homem./ Deus não desiste,Fiel à sua Promessa / propõe novas ALIANÇAS. E assim podemos cantar:

Canto: Também sou teu povo Senhor, e estou nesta estrada,
Somente a Tua graça me basta e mais nada.

As quatro grandes Alianças na Bíblia são:
- 1ª Aliança: Foi feita com Noé depois do dilúvio e seu símbolo é o Arco-íris (Gn 6ss). Pelas águas do dilúvio prefigura-se o nascimento da nova humanidade. Arco-íris liga o céu com a terra (Mostrar a gravura com a arca de Noé).
Canto:Também sou teu povo Senhor, e estou nesta estrada
Somente a Tua graça me basta e mais nada
- 2ª Aliança: Foi celebrada entre Deus e Abraão (Gn15ss). Seu símbolo é a circuncisão. Dá origem ao Povo de DEUS (apresentar a gravura com Abraão).
Canto:Também sou teu povo Senhor, e estou nesta estrada
Somente a Tua graça me basta e mais nada
- 3ª Aliança: Foi instituída com Moisés e com o povo no deserto na marcha para a Terra Prometida. Seu símbolo é a Lei (os 10 Mandamentos). As águas do mar Vermelho que atravessaram muda Morte versus Vida (Ex19ss) - (Mostrar gravura de Moisés no Mar Vermelho)
Canto:Também sou teu povo Senhor, e estou nesta estrada
Somente a Tua graça me basta e mais nada
- 4ª Aliança: A Nova e Eterna Aliança, feita por Jesus Cristo na Ceia. Seu símbolo é a Eucaristia (Mostrar gravura).
Canto:Também sou teu povo Senhor, e estou nesta estrada
Somente a Tua graça me basta e mais nada


A morte de Jesus na cruz Deus, não esgota sua DOAÇÃO, o Mistério Pascal permanecerá atual até o fim dos tempos através dos SACRAMENTOS. Do coração de Jesus transpassado por uma lança, correu sangue e água, surgindo do sangue a Eucaristia e da água o Batismo. Da Páscoa de Cristo nasce o Batismo!
Jesus Sacramento do Pai para o mundo, cria a Igreja, sacramento de Jesus!

E toda essa caminhada do Povo de Deus está narrada num "Manual de Instruções", na Carta de Amor que Deus escreve para nós, vamos recebê-la cantando:


06 – ENTRONIZAÇÃO DA BÍBLIA – (Catequistas entram com a Bíblia e uma vela acesa)
Canto: A sua Palavra Senhor é sinal de interesse por nós.
Como o Pai ao redor de sua mesa,/revelando seus planos de amor.
É feliz quem escuta a Palavra/ e a guarda no seu coração.

Leitura Bíblica: Mateus 28, 18-29 - (Uma catequista)
Após a leitura, induzir os presentes a fechar os olhos e em silêncio, refletir sobre a palavra proclamada.


07 – VISÃO PANORÂMICA DOS SACRAMENTOS
Convidar os presentes a assistir um vídeo que foi preparado especialmente para os encontros de batismo.
Material: Vídeo das Paulinas – Série Sacramentos. Utilizar o Tema Batismo, nos capítulos:
- Batismo na tradição – Cap. 03
- A Teologia do batismo – Cap. 05


08 – PALESTRA - (Angela)
Teologia, compromissos do Batismo e envolvimento na comunidade.
Material:
- Apresentação em PowerPoint (projetor multimídia).
- Um vaso de cactos

PALESTRA - SACRAMENTO DO BATISMO (TEOLOGIA) – (Angela)
- Apresentação de slides – Com imagens
Slide 01 - Aconteceu naqueles dias, que Jesus veio de Nazaré da Galiléia e foi batizado por João no rio Jordão, e logo ao subir da água Ele viu os céus rasgando e o Espírito, como uma pomba, descer até Ele e uma voz veio dos céus: Tu és o meu Filho amado, em Ti me comprazo. (Mc 1,9-11)


Slide 02 - Antes de Jesus, já havia no antigo Egito e na Babilônia, banhos sagrados com a finalidade de purificar a pessoa mergulhada na água. João Batista realizava essa mesma prática, mas seu objetivo era a conversão para o perdão dos pecados. Jesus se faz batizar por João no Jordão, não porque precisava de conversão ou purificação, mas para mostrar que, a partir dali, estava sendo inaugurado um novo Batismo (o da graça) e uma nova religião (a do Espírito). E, ainda, para que Deus pudesse manifestar publicamente aos homens o seu Filho amado.


Slide 03 - O batismo (mergulho) é um gesto litúrgico realizado com água e contém em sua realidade simbólica dois momentos: a imersão (a adesão a Jesus, à missão) e a emersão (a vida nova em Jesus).
Esse mergulho nos exorta à purificação, à conversão e a um novo nascimento (o da água e do espírito).
Nele recebemos as Virtudes que vêm de Deus e nele têm seu objeto imediato:
São a Fé, a Esperança e a Caridade.
Recebemo-las com a graça do Batismo, e, em maior abundância, com a da Confirmação.


Slide 04 - Nosso batismo foi instituído por Jesus. Ele ordenou aos seus discípulos :
Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo quanto Vos ordenei. E eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. (Mt 28,19-20).


Slide 05 - O Evangelho mostra Jesus sendo batizado junto com o povo. Isso mostra que Ele veio para se solidarizar com a humanidade. É assim que realizará seu projeto de vida. Cabe a cada um de nós, batizados, aderirmos a essa missão: estar à disposição da comunidade, ajudar aos nossos irmãos a defender os seus direitos e a denunciar toda e qualquer injustiça contra o projeto de vida de Deus.


Slide 06 - O Batismo impõe responsabilidades:
1 - Para com Deus – fé, aliança, culto e oração;
2 - Para com a Igreja – fidelidade, respeito e colaboração,
3 - Para com o próximo – caridade, justiça e serviço.


Slide 07 - Assim como o Batismo é a fonte de responsabilidades e deveres, é também:
Graça, porque é dado até aos culpados;
Dom, porque é conferido àqueles que nada trazem;
Unção, porque é sagrado e régio;
Iluminação, porque é luz resplandecente;
Veste, porque cobre nossa vergonha;
Banho, porque lava;
Selo, porque nos guarda e é sinal do Senhorio de Deus.


Slide 08 - O Batismo é um Sacramento que nos reconduz à comunhão com o Deus Pai que nos proclama Seus filhos muito amados aos nos tornar membros de Seu filho Jesus. Isso nos faz ser Igreja (assim como Jesus o é), pois nos infunde a fé, a esperança e a caridade.


Slide 09 - É um nascer de novo, da água e do Espírito (Jo 3,1-8). É a porta de entrada na Igreja. A partir do Batismo somos inseridos numa comunidade eclesial. Somos Corpo de Cristo, que é cabeça da Igreja. Temos a mesma missão de Jesus Cristo – enviados para falar em nome Dele, ser sal, luz e fermento. Evangelizar levando a Boa Nova a toda a criatura.


Slide 10 - Batizar quer dizer mergulhar. Todos os homens e mulheres estão mergulhados no acontecimento de salvação, todos estão mergulhados em Jesus Cristo – Ele veio para dar vida ao mundo. Veio salvar e não condenar.


Slide 11 – Imagens dos símbolos do batismo.
Sinal da Cruz – Água - Pai nosso – Creio - Veste branca – Vela – Óleo - Palavra de Deus


Slide 12 e 13 –
Sinal da Cruz: Sinal do cristão – penetra no mistério do amor, família: Pai, Filho, Espírito Santo.
Água: dom de Deus. Fonte de vida e purificação. Simboliza a vida nova, do nascimento da água e do Espírito. Morte e vida, morte do homem/mulher velho (egoísta) e vida do homem/mulher novo (vida no amor).
Óleo: simboliza agilidade e força. Antigamente quando um lutador ia para a arena era besuntado de óleo. Atribuía-se ao óleo a propriedade de enrijecer e adestrar os músculos para o combate, ou ao menos tornar o lutador escorregadio e difícil de ser pego. Esta primeira unção feita no peito do batizando significa que o cristão deverá lutar na vida para conservar a fé.
Vela: a vela é o Círio Pascal, símbolo do Cristo ressuscitado, que vence as trevas do pecado, do egoísmo, do ódio, da maldade e de todo o mal. A chama da vela nos lembra que Cristo é a luz do mundo, e nós como cristãos (de Cristo) devemos iluminar o mundo também. A cera que se consome, lembra que Jesus consumiu sua vida na cruz por nosso amor, assim como também a vida do cristão deverá estar a serviço da comunidade.
Veste branca: simboliza se revestir de homem novo. Simboliza a pureza da fé e da vida. Simboliza a graça: a vida divina é a comunhão permanente com Deus.
Palavra de Deus (Bíblia): O próprio Cristo nos falando. Ele vem junto com a Palavra. Ele o Verbo dando orientações para a nossa vida. Ensinando a observar tudo que ordenou.
Creio: profissão de fé – condensado tudo o que o cristão deve crer. (convidar á oração).
Pai nosso: Oração dos filhos ensinada por Jesus, deve estar presente em todos os momentos da vida do cristão.



Slide 14 – Onde ficamos nós, pais e padrinhos, em tudo isso?


Slide 15 - A Educação pela fé: A conseqüência, para os pais que pedem o batismo para seus filhos, é o compromisso, já assumido na celebração do casamento, de educá-los na fé, dentro da comunidade eclesial. Pelo Batismo as crianças se tornam parte da Igreja. E naquele dia seus pais disseram que iam ajudá-las a crescer na fé, observando os Mandamentos e vivendo na comunidade dos seguidores de Jesus.


Slide 16 - A colaboração dos padrinhos: No cumprimento deste compromisso de educar seus filhos na fé, os pais são ajudados pelos padrinhos. Depois dos pais, padrinho e madrinha representam a Igreja, nossa Mãe, "que, pela pregação e pelo batismo, gera, para uma vida nova e imortal, os filhos concebidos do Espírito Santo e nascidos de Deus" (LG 64). Representam a Comunidade que, ao enriquecer-se com a entrada de um novo membro, vê sua responsabilidade também acrescida.
Os padrinhos, assim como os pais, são responsáveis pela formação religiosa de seus afilhados. Devem acompanhá-los em sua caminhada na Igreja e garantir-lhes uma vida cristã, dando-lhes o exemplo e o testemunho de fé.

(Fazer ligação sempre com a catequese dos filhos, chamando também à responsabilidade do acompanhamento das crianças nos encontros e nas missas dominicais, na participação da família e dos padrinhos na comunidade).


Explanação sobre o tema : “Enxertados em Cristo e na Igreja”. - (Helena)
Com um pequeno vaso de cactos, daqueles que possuem enxerto de duas ou mais espécies, fazer uma breve explicação do tema e da importância de “incorporar-se" à Igreja com o batismo.


- Abertura para questionamentos – (Caso alguma dúvida não consiga ser sanada, anotar nome e telefone e entrar em contato depois).


09 - MENSAGEM FINAL:

- Distribuir a oração a todos os presentes.

Texto de apoio: (um catequista)

Muitas vezes buscamos o sacramento querendo apenas seu efeito.
Porém, o sacramento não produz mágica.
Toda criança batizada é marcada com o selo do batismo para sempre.
Deus concede sua graça sem depender da resposta humana.
No entanto, o sacramento somente produzirá seus frutos, será eficaz, se a criança se abrir à Graça divina ao longo de sua existência segundo o caminho do Evangelho.
E isso requer uma família com princípios de fé, respeitosa do outro, bem como, padrinhos atuantes e comprometidos com a missão de ajudar na educação da fé de seus afilhados.
Para que vocês consigam cumprir a meta que é a iniciação completa da criança, com a Eucaristia e a Confirmação num processo permanente de conversão, vamos encerrar nosso encontro, pedindo que a graça do nosso batismo se faça presente, sempre, em nossas vidas, rezando juntos a oração do compromisso:


Oração do Compromisso

Senhor Deus,
Que pela graça do Batismo, saibamos dar aos nossos filhos e afilhados a condução necessária no caminho da fé,
Dá-nos sabedoria e discernimento para levá-los na fé até que possam assumir livre e pessoalmente a graça da fé e do batismo.
Que o Batismo lhes traga uma vida nova, nascida da água e do Espírito Santo.
Que ao receber esta “Vida nova”, sejam lavadas de todo pecado.
Que nossas crianças sejam, real e verdadeiramente, enxertadas em Cristo e na Igreja.
Que o óleo da bênção os revista da couraça de Cristo contra todo mal do mundo,
Que a fé que lhes é infundida seja colocada a serviço do Reino de Deus, tornando-as templo do Espírito e co-herdeiras da vida eterna.
Que saibamos, por força do batismo, oferecer nossa vida a Deus e a educação de nossos filhos e afilhados, no serviço de cada dia,
Que saibamos, como profetas, professar diante deles a fé que recebemos pela Igreja, com exemplo de vida e testemunho da palavra,
Assim como fomos consagrados para formar um povo de sacerdotes e reis, que nossos filhos, batizados e herdeiros desse Reino aceitem e amem a Cristo Senhor, sobre a nossa proteção e nosso exemplo.

Amém.


- Utilizar a água benta para uma bênção a todos no final.
- Despedir-se de todos e agradecer a presença.

Bibliografia Consultada:

CIC – Catecismo da Igreja Católica. O sacramento do Batismo. Pgs. 340-355. Edições Loyola: 2000.
CNBB. Batismo de Crianças - Documento 19. Itaici: 14/02/1980.
Frei Ildo Peroni. Me verás pelas costas. Editora Oikos: 2008.
NUCAP. Batismo de crianças. Livro do catequista. Paulinas: 2008.
UNISAL. Teologia dos Sacramentos da Iniciação Cristã. Revista de Catequese nº130. Abril-junho 2010, pg.6-17.


Organização:
Helena Okano
Angela Rocha


OBSERVAÇÕES:

O sucesso de qualquer encontro ou palestra, depende do carisma e da objetividade dos assessores. Os textos aqui colocados são sugestivos, podendo o palestrante enriquecer com experiências e incentivando a platéia à participação. Interessante incentivar testemunhos e na apresentação já ir colocando algumas coisas sobre o batismo: por exemplo, o NOME das pessoas... “Você sabe por que seus pais escolheram este nome?”

O encontro na paróquia durou duas horas e meia, sem intervalo. Observamos que não houve muitas saídas ou cansaço por parte dos presentes. Muito pelo contrário, via-se no semblante das pessoas o interesse pelo assunto abordado.
Acreditamos que a utilização de variados métodos didáticos colaborou para isso.


Ângela Rocha