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domingo, 8 de março de 2015

RETIRO COM CATEQUIZANDOS - Catequese com os pais


Nós reclamamos da família dos catequizandos, mas não temos nenhuma ação concreta para inseri-los na catequese. E o grande problema é que muitas vezes, nem mesmo inseridos na comunidade eles estão. Limitam-se tão somente a vir a algumas celebrações de missa. Isso quando vêm.

Que os primeiros catequistas são os pais, nós já sabemos e reiteramos inúmeras vezes nas oportunidades em que eles nos dão. Mas, os pais estão sabendo “catequizar” os filhos? Eles foram catequizados? Ou são apenas cristãos batizados que tiveram apenas rudimentos de uma catequese voltada exclusivamente para os sacramentos da eucaristia e da crisma? Nossos pais têm vivência de fé para passar para os filhos? É fato que não posso dar aquilo que não tenho. Não estamos exigindo algo além da capacidade da família?

Pouco ou nada nos preocupamos com a catequese de adultos. Acreditamos que se a pessoa é batizada, fez a preparação para a primeira eucaristia e a crisma, está iniciado na fé. Vivenciamos experiências na catequese que se a gente contar, ninguém acredita. Encontramos numa mesma família, várias religiões, pai de uma religião, mãe de outra, avós católicos, pais evangélicos e católicos sem qualquer tipo de instrução na fé.

São inúmeros os depoimentos de crianças e jovens que nos dizem: “Minha mãe vem à missa, meu pai, não.” Ou vice versa. Temos várias crianças na catequese que estão lá por influência dos avós. Que exemplo de fé é esse? Que espécie de educação é essa em que os pais querem que os filhos façam o que eles não querem fazer? Ouvi uma mãe me dizer que acha um absurdo nós “exigirmos” que os pais também se confessem antes da cerimônia da Primeira Eucaristia. O marido dela estava injuriado: “Onde já se viu? Eu contar meus pecados pra um homem como eu?”. Perguntei se ele era católico. Sim, é católico. Que espécie de católico é esse? Quer que o filho faça algo que ele se recusa a fazer! E nós catequistas, marretando na cabecinha dele tudo que ele deve fazer para ser um bom cristão e católico. Imagine como fica a cabeça de uma criança vivendo situações como essa.

Nós precisamos tomar atitudes concretas. Precisamos iniciar uma “revolução” na catequese. Precisamos trazer os pais para a fé. Precisamos fazer catequese com eles sim! Não vamos chegar a lugar algum se não fizermos isso. E eles estão sedentos disso, podem ter certeza. E uma ação concreta que se pode fazer, é promover os tão falados "retiros", que se faz antes da Primeira Eucaristia, também com os pais.

Experiências de Retiro com Catequizandos e Pais


Começamos pensando numa espécie de “retiro espiritual” com as crianças um pouco antes da Primeira Eucaristia. Normalmente à noite, a luz de velas, com memória da última ceia e lava-pés. Fizemos isso num ano. No entanto, para as crianças, não acredito que tenha sido muito “espiritual”. Eles não têm, aos dez, onze anos, maturidade para tanto. Os pais que puderam assistir um pouco comentaram que deveríamos fazer o evento com a família.

No ano seguinte, fizemos um retiro de dia inteiro com as crianças no meio do ano. Com almoço, lanche, missa. Para ser bem franca, aquilo se mostrou algo tremendamente aborrecido para as crianças e um pesadelo para as catequistas. O local foi inadequado, as crianças não gostaram. Enfim, uma trabalheira danada para nada. No final do ano foi feito o retiro à noite, na sexta anterior a Primeira Eucaristia. Novamente não deu certo. Mesmo dividindo em duas turmas, fazer oitenta crianças ficarem quietas, a luz de velas, fazendo oração, mostrou-se algo desgastante e infrutífero. Sem contar que estávamos querendo que as crianças vivessem a “Eucaristia” (partilha do pão e do vinho), “antes” da Primeira Eucaristia.

Finalmente, o grupo de catequistas do terceiro ano, resolveu mudar um pouco as coisas. O “retiro” com as crianças, foi feito fora da Igreja, num local agradável, com espaço e verde para as crianças brincarem. E as crianças foram lá para fazer aquilo que elas mais gostam: brincar. E brincaram de bola, de corrida do saco, de cabo de guerra. E, de Gincana Bíblica. Mas, o mais importante: O retiro foi feito para as FAMÍLIAS. Convidamos a todos, pais, avós, irmãos, tios, primos, amigos, quem quisesse ir. Cobramos uma taxa para cobrir as despesas do almoço e do lanche da tarde e pedimos aos pais para levar os refrigerantes.

Começamos às 11 horas, com acolhida às famílias. Nossa coordenadora deu as boas vindas a todos, fizemos oração para um bom dia e partilhamos um almoço simples e gostoso. Após o almoço convidamos a todos para se dividirem em grupo e iniciamos nossa gincana. Foi muito divertido! Pais, avós, filhos, primos se agitarem e correram em busca de objetos, procurando versículos na bíblia, respondendo questões sobre fé e religião. Não teve quem não se divertisse. Às quinze horas, convidamos os adultos presentes, para se reunirem conosco, enquanto as crianças continuaram a brincar. Fizemos a proposta de fazer um “encontro de catequese” com eles. Como os filhos fazem o ano todo. Com um roteiro preparado por Pe. Luiz Baronto, para catequese com adultos, fizemos a “Ação de Graças pela Eucaristia”. Absolutamente maravilhoso. Pais choraram dando depoimentos que nos mostraram o quanto eles carecem de “encontro”, de “partilha”.

Não foram um nem dois que disseram que essa iniciativa foi muito boa. Que eles se sentem meio “isolados”, alheios à comunidade e ao que está acontecendo. E, principalmente, como é importante fazer oração e partilha em família. Tivemos duas experiências assim já. Numa tivemos a presença de 80 pessoas, entre pais, familiares e catequizandos num retiro com almoço. Noutro, tivemos a presença de 60 pessoas, numa tarde maravilhosa com um lanche preparados pelas mães e partilhado por todos. Claro que não tivemos adesão de cem por cento dos pais, mas aqueles que estiveram lá, com certeza gostaram e pediram para repetir a experiência.

É possível sim. É mais do que possível atingir as famílias. Basta que a gente faça um esforço. Que a gente se disponha a “perder” mais dias na semana para preparar tudo, fazer uma reunião de planejamento, estar disposto a ficar um domingo com nossos catequizandos e suas famílias. Nossa família também deve estar lá, pois somos “igreja”, somos comunidade igualmente.

Tenho uma catequizanda, cujos pais são separados. Ela foi ao retiro com o pai. Fiquei muito feliz em vê-la. Mas o que me deixou mais feliz ainda foi o que ela me contou no MSN depois: “Tia, meu pai não queria ir... mas depois me disse que adorou ter ido.” Ele não é muito participativo na igreja não, mas foi um dos maiores entusiastas na gincana. Dava pra ver a alegria nos olhos dele. E deu também pra ver nos olhos marejados dele, na hora da oração, como nossa partilha tocou-lhe o coração...

Ângela Rocha

Catequista Amadora 

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

E VAMOS FALAR DAS FAMIGERADAS "REUNIÕES" DE PAIS... DE NOVO

Fico triste por ver que alguns catequistas consideram ainda de "bom tom" ficar distribuindo aos pais "sermões" em forma de papel. Textos que a gente nem sabe quem foi que escreveu. Foi um estudioso de comportamento? Foi um pedagogo? Foi um psicologo? Este tipo de texto é indicado?

Mas enfim, ainda precisamos lapidar muita coisa na catequese. E fazer o que a consciência manda e ser feliz não é bem a solução... Temos que ter consciência do nosso papel social... que não é bem moldar o comportamento social das crianças. Este é dos pais. O papel da escola é ensinar o conhecimento e o nosso papel é ensinar para Deus, para a fé.

Penso que se os catequistas se preocupassem menos com a "falta de educação" das crianças e a ausencia dos pais, a catequese seria bem mais feliz... Porque alguns catequistas acham que é sua missão "educar os pais" que "mal educaram" os filhos"... Nessa roda vida não vamos chegar nunca a lugar algum...

Sou mais a linha do Alberto Meneguzzi... dizer aos pais o que fazer: beijar, abraçar, conversar, participar, brincar... e não o que "não fazer"!

Mas aí vocês vão me perguntar: "E o que eu faço com aquele "mal educadinho" que não quer saber de nada e só atrapalha?"
Se você quiser ser feliz e cumprir sua missão, mande ele pra casa... Caridosamente, veja bem, "caridosamente", com jeito e tato, sugira aos pais uma terapia...

Agora, se quer sofrer mesmo, viver atrapalhada (o) e ir para a catequese já angustiada (o), deixe-o ficar... E boa sorte em tentar ser, além de uma catequista; uma psicologa, uma pedagoga, uma terapeuta familiar, etc e tal...


Lembram daquele dito popular? 'Educação' vem do berço...

Não somos terapeutas, não somos psicólogos e nem pedagogos. Somos catequistas! Estas ciências nos ajudam a compreender a pessoa humana, mas jamais devemos fazer o que não é nosso papel. "Terapia"? Só se estiver preparado. Mas então "feche" a catequese e "abra" um consultório...

E aí lembrei deste texto da Solange, catequeta de BH. Ele fala de "catequese familiar" mas também esclarece alguns pontos da nossa discussão, principalmente na questão de querermos por toda lei, fazer com que os pais "participem", eduquem seus filhos direito e virem nossos parceiros. E aí nos metemos onde não somos chamados, que é a educação que cada pai dá aos filhos... Não que a Igreja não deva intervir na família mas, precisamos lembrar:

"É papel da pastoral familiar – e não tanto da catequese – oferecer aos casais um incentivo específico para a vida familiar."

Leiam o texto na próxima postagem e vejam se concordam...

Ângela Rocha

quinta-feira, 19 de junho de 2014

ENCONTRO COM PAIS E PADRINHOS EM PREPARAÇÃO AO BATISMO

EQUIPE RESPONSÁVEL: Pastoral Catequética


PÚBLICO-ALVO: Pais e padrinhos das crianças que freqüentam a catequese e ainda não são batizadas. 


TEMPO PREVISTO: 02 horas a 2h e meia. (Este tempo não prevê intervalo mas deixa os presentes livres para saírem caso necessário: ir ao banheiro, tomar água, atender ás crianças).


AMBIENTAÇÃO:

- À frente, preparar uma mesa para a acolhida da Bíblia. Um vaso de flores, um suporte (a vela será trazida na entronização).

Simbologia do Batismo:

- Expor os símbolos numa mesa, logo á entrada, arrumando-os com placas indicativas e convidar aos presentes que examinem os símbolos. (Fundo musical)

CRUZ É a identidade do Cristão. Traçada no peito e na testa significa que o batizando, pelo batismo, participa da morte libertadora de Jesus Cristo. Lembra a graça da redenção que Cristo nos proporcionou na Cruz.

O ÓLEO Assim como o óleo penetra na pele da criança, Cristo penetra na vida da pessoa, em especial no seu coração (a unção é feita no peito), fortalecendo o ungido na luta contra o mal.

A VELA e CÍRIO PASCAL Acesa no círio pascal, significa que Cristo iluminou o batizado, que deverá ser “luz do mundo”. Simboliza a presença do Espírito na vida do batizando e a fé em Jesus ressuscitado. Acende-se uma nova luz, luz da graça, da fé, que deve ser conservada até o fim da vida pela vivência em Cristo.

A VESTE BRANCA Expressa a pureza, a VIDA NOVA que recebemos no Batismo e que agora vamos viver. Sinaliza que o batizado “vestiu-se de Cristo”, o que equivale a dizer que ressuscitou com Cristo.

A ÁGUA Simboliza purificação e vida nova. A água batismal nos lava do pecado original e nos torna filhos de Deus e membros da Igreja. A água é sinal da graça de Deus, que nos purifica totalmente.

A PALAVRA
È pela leitura constante da Palavra de Deus que renovamos diariamente a nossa fé pelo testemunho de nossos antepassados.


- Preparar uma mesa na recepção com água, chá, suco e bolachinhas. (Oferecer aos convidados enquanto fazem as inscrições).


01 – ACOLHIDA – Coordenação


02 – APRESENTAÇÃO DA EQUIPE E DOS PARTICIPANTES

Apresentar os catequistas presentes e dizer por qual turma são responsáveis. Pedir aos participantes que cada um que se identifique com o nome e, se pai/mãe ou padrinho/madrinha. Aos pais, pedir que digam o nome do filho que será batizado. Caso haja crianças presentes e se houver condições, pedir que se apresentem também, criando um clima de intimidade e aconchego.


Texto de apoio:

Cada ser humano é único, insubstituível. Somos pensados e amados por Deus, desde a eternidade e para toda a eternidade nesta individualidade singular, e assim devemos ser vistos e acolhidos pelos outros. Podemos possuir coisas e delas dispor a nosso bel-prazer, usando-as, subordinando-as a nossos interesses, trocando-as. Com as pessoas, não podemos fazer o mesmo. A pessoa deve ser aceita com suas próprias idéias, com seus sentimentos e sua maneira de ser. A pessoa não pode ser meio para atingirmos nossos objetivos. O outro é distinto de nós, com direito a ser quem realmente ele é, a ver reconhecida sua própria autonomia, sem precisar renunciar à sua personalidade para viver e conviver. O nome exprime esta identidade pessoal a ser reconhecida pelos outros, chamada a colocar-se a serviço de todos.


03 – OBJETIVO

- Apresentação do cronograma: Dizer aos presentes o que vai acontecer no encontro e se possível o tempo que vai durar cada etapa.
- Informar a localização dos banheiros, água e oferecer o “chá” (lanche), a ser compartilhado no final do encontro.


04 – ORAÇÃO INICIAL 

Sejam bem-vindos. Nossa comunidade estava ansiosa por recebê-los.
Estamos aqui reunidos em nome do Pai, do Filho e do espírito Santo. No dia do nosso batismo o padre acolheu a todos, pais, padrinhos e familiares, dando-lhes as boas vindas, vamos hoje nos acolher desejando, uns aos outros, que Deus esteja conosco durante este encontro e que continue a habitar nosso espírito de uma forma diferente depois aprendermos um pouco mais sobre o batismo.
Rezemos juntos a oração que Jesus nos ensinou e que devemos ensinar aos nossos filhos:
Pai- Nosso...

Quero convidar agora, a ............. para nos apresentar um pequeno panorama da História da Salvação e das Alianças que Deus fez com seu povo.




05 – HISTÓRIA DA SALVAÇÃO 

Material:
- GRAVURAS com a história da salvação.

Atenção: Cantar a cada mudança de quadro-gravura o refrão:
"Também sou teu povo Senhor, e estou nesta estrada,
Somente a Tua graça me basta e mais nada."

O PLANO Salvífico de DEUS com ênfase em Jesus Cristo (Querigma)
Objetivo: Apresentar de onde vem o Batismo, a origem do sacramento é a Páscoa de Jesus.
Apresentação em quadros: Caminhada do Povo de Deus
--- Deus Pai Criador (apresentar a gravura do Paraíso): Homem e Mulher criados à imagem e semelhança de Deus / desejado e sonhado por Ele para ser feliz./com Liberdade/ Adão e Eva dizem Não ao plano de Deus. Pecado/ruptura da ALIANÇA entre Deus e o Homem./ Deus não desiste,Fiel à sua Promessa / propõe novas ALIANÇAS. E assim podemos cantar:

Canto: Também sou teu povo Senhor, e estou nesta estrada,
Somente a Tua graça me basta e mais nada.

As quatro grandes Alianças na Bíblia são:
- 1ª Aliança: Foi feita com Noé depois do dilúvio e seu símbolo é o Arco-íris (Gn 6ss). Pelas águas do dilúvio prefigura-se o nascimento da nova humanidade. Arco-íris liga o céu com a terra (Mostrar a gravura com a arca de Noé).
Canto:Também sou teu povo Senhor, e estou nesta estrada
Somente a Tua graça me basta e mais nada
- 2ª Aliança: Foi celebrada entre Deus e Abraão (Gn15ss). Seu símbolo é a circuncisão. Dá origem ao Povo de DEUS (apresentar a gravura com Abraão).
Canto:Também sou teu povo Senhor, e estou nesta estrada
Somente a Tua graça me basta e mais nada
- 3ª Aliança: Foi instituída com Moisés e com o povo no deserto na marcha para a Terra Prometida. Seu símbolo é a Lei (os 10 Mandamentos). As águas do mar Vermelho que atravessaram muda Morte versus Vida (Ex19ss) - (Mostrar gravura de Moisés no Mar Vermelho)
Canto:Também sou teu povo Senhor, e estou nesta estrada
Somente a Tua graça me basta e mais nada
- 4ª Aliança: A Nova e Eterna Aliança, feita por Jesus Cristo na Ceia. Seu símbolo é a Eucaristia (Mostrar gravura).
Canto:Também sou teu povo Senhor, e estou nesta estrada
Somente a Tua graça me basta e mais nada


A morte de Jesus na cruz Deus, não esgota sua DOAÇÃO, o Mistério Pascal permanecerá atual até o fim dos tempos através dos SACRAMENTOS. Do coração de Jesus transpassado por uma lança, correu sangue e água, surgindo do sangue a Eucaristia e da água o Batismo. Da Páscoa de Cristo nasce o Batismo!
Jesus Sacramento do Pai para o mundo, cria a Igreja, sacramento de Jesus!

E toda essa caminhada do Povo de Deus está narrada num "Manual de Instruções", na Carta de Amor que Deus escreve para nós, vamos recebê-la cantando:


06 – ENTRONIZAÇÃO DA BÍBLIA – (Catequistas entram com a Bíblia e uma vela acesa)
Canto: A sua Palavra Senhor é sinal de interesse por nós.
Como o Pai ao redor de sua mesa,/revelando seus planos de amor.
É feliz quem escuta a Palavra/ e a guarda no seu coração.

Leitura Bíblica: Mateus 28, 18-29 - (Uma catequista)
Após a leitura, induzir os presentes a fechar os olhos e em silêncio, refletir sobre a palavra proclamada.


07 – VISÃO PANORÂMICA DOS SACRAMENTOS
Convidar os presentes a assistir um vídeo que foi preparado especialmente para os encontros de batismo.
Material: Vídeo das Paulinas – Série Sacramentos. Utilizar o Tema Batismo, nos capítulos:
- Batismo na tradição – Cap. 03
- A Teologia do batismo – Cap. 05


08 – PALESTRA - (Angela)
Teologia, compromissos do Batismo e envolvimento na comunidade.
Material:
- Apresentação em PowerPoint (projetor multimídia).
- Um vaso de cactos

PALESTRA - SACRAMENTO DO BATISMO (TEOLOGIA) – (Angela)
- Apresentação de slides – Com imagens
Slide 01 - Aconteceu naqueles dias, que Jesus veio de Nazaré da Galiléia e foi batizado por João no rio Jordão, e logo ao subir da água Ele viu os céus rasgando e o Espírito, como uma pomba, descer até Ele e uma voz veio dos céus: Tu és o meu Filho amado, em Ti me comprazo. (Mc 1,9-11)


Slide 02 - Antes de Jesus, já havia no antigo Egito e na Babilônia, banhos sagrados com a finalidade de purificar a pessoa mergulhada na água. João Batista realizava essa mesma prática, mas seu objetivo era a conversão para o perdão dos pecados. Jesus se faz batizar por João no Jordão, não porque precisava de conversão ou purificação, mas para mostrar que, a partir dali, estava sendo inaugurado um novo Batismo (o da graça) e uma nova religião (a do Espírito). E, ainda, para que Deus pudesse manifestar publicamente aos homens o seu Filho amado.


Slide 03 - O batismo (mergulho) é um gesto litúrgico realizado com água e contém em sua realidade simbólica dois momentos: a imersão (a adesão a Jesus, à missão) e a emersão (a vida nova em Jesus).
Esse mergulho nos exorta à purificação, à conversão e a um novo nascimento (o da água e do espírito).
Nele recebemos as Virtudes que vêm de Deus e nele têm seu objeto imediato:
São a Fé, a Esperança e a Caridade.
Recebemo-las com a graça do Batismo, e, em maior abundância, com a da Confirmação.


Slide 04 - Nosso batismo foi instituído por Jesus. Ele ordenou aos seus discípulos :
Vão e façam com que todos os povos se tornem meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a observar tudo quanto Vos ordenei. E eis que Eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. (Mt 28,19-20).


Slide 05 - O Evangelho mostra Jesus sendo batizado junto com o povo. Isso mostra que Ele veio para se solidarizar com a humanidade. É assim que realizará seu projeto de vida. Cabe a cada um de nós, batizados, aderirmos a essa missão: estar à disposição da comunidade, ajudar aos nossos irmãos a defender os seus direitos e a denunciar toda e qualquer injustiça contra o projeto de vida de Deus.


Slide 06 - O Batismo impõe responsabilidades:
1 - Para com Deus – fé, aliança, culto e oração;
2 - Para com a Igreja – fidelidade, respeito e colaboração,
3 - Para com o próximo – caridade, justiça e serviço.


Slide 07 - Assim como o Batismo é a fonte de responsabilidades e deveres, é também:
Graça, porque é dado até aos culpados;
Dom, porque é conferido àqueles que nada trazem;
Unção, porque é sagrado e régio;
Iluminação, porque é luz resplandecente;
Veste, porque cobre nossa vergonha;
Banho, porque lava;
Selo, porque nos guarda e é sinal do Senhorio de Deus.


Slide 08 - O Batismo é um Sacramento que nos reconduz à comunhão com o Deus Pai que nos proclama Seus filhos muito amados aos nos tornar membros de Seu filho Jesus. Isso nos faz ser Igreja (assim como Jesus o é), pois nos infunde a fé, a esperança e a caridade.


Slide 09 - É um nascer de novo, da água e do Espírito (Jo 3,1-8). É a porta de entrada na Igreja. A partir do Batismo somos inseridos numa comunidade eclesial. Somos Corpo de Cristo, que é cabeça da Igreja. Temos a mesma missão de Jesus Cristo – enviados para falar em nome Dele, ser sal, luz e fermento. Evangelizar levando a Boa Nova a toda a criatura.


Slide 10 - Batizar quer dizer mergulhar. Todos os homens e mulheres estão mergulhados no acontecimento de salvação, todos estão mergulhados em Jesus Cristo – Ele veio para dar vida ao mundo. Veio salvar e não condenar.


Slide 11 – Imagens dos símbolos do batismo.
Sinal da Cruz – Água - Pai nosso – Creio - Veste branca – Vela – Óleo - Palavra de Deus


Slide 12 e 13 –
Sinal da Cruz: Sinal do cristão – penetra no mistério do amor, família: Pai, Filho, Espírito Santo.
Água: dom de Deus. Fonte de vida e purificação. Simboliza a vida nova, do nascimento da água e do Espírito. Morte e vida, morte do homem/mulher velho (egoísta) e vida do homem/mulher novo (vida no amor).
Óleo: simboliza agilidade e força. Antigamente quando um lutador ia para a arena era besuntado de óleo. Atribuía-se ao óleo a propriedade de enrijecer e adestrar os músculos para o combate, ou ao menos tornar o lutador escorregadio e difícil de ser pego. Esta primeira unção feita no peito do batizando significa que o cristão deverá lutar na vida para conservar a fé.
Vela: a vela é o Círio Pascal, símbolo do Cristo ressuscitado, que vence as trevas do pecado, do egoísmo, do ódio, da maldade e de todo o mal. A chama da vela nos lembra que Cristo é a luz do mundo, e nós como cristãos (de Cristo) devemos iluminar o mundo também. A cera que se consome, lembra que Jesus consumiu sua vida na cruz por nosso amor, assim como também a vida do cristão deverá estar a serviço da comunidade.
Veste branca: simboliza se revestir de homem novo. Simboliza a pureza da fé e da vida. Simboliza a graça: a vida divina é a comunhão permanente com Deus.
Palavra de Deus (Bíblia): O próprio Cristo nos falando. Ele vem junto com a Palavra. Ele o Verbo dando orientações para a nossa vida. Ensinando a observar tudo que ordenou.
Creio: profissão de fé – condensado tudo o que o cristão deve crer. (convidar á oração).
Pai nosso: Oração dos filhos ensinada por Jesus, deve estar presente em todos os momentos da vida do cristão.



Slide 14 – Onde ficamos nós, pais e padrinhos, em tudo isso?


Slide 15 - A Educação pela fé: A conseqüência, para os pais que pedem o batismo para seus filhos, é o compromisso, já assumido na celebração do casamento, de educá-los na fé, dentro da comunidade eclesial. Pelo Batismo as crianças se tornam parte da Igreja. E naquele dia seus pais disseram que iam ajudá-las a crescer na fé, observando os Mandamentos e vivendo na comunidade dos seguidores de Jesus.


Slide 16 - A colaboração dos padrinhos: No cumprimento deste compromisso de educar seus filhos na fé, os pais são ajudados pelos padrinhos. Depois dos pais, padrinho e madrinha representam a Igreja, nossa Mãe, "que, pela pregação e pelo batismo, gera, para uma vida nova e imortal, os filhos concebidos do Espírito Santo e nascidos de Deus" (LG 64). Representam a Comunidade que, ao enriquecer-se com a entrada de um novo membro, vê sua responsabilidade também acrescida.
Os padrinhos, assim como os pais, são responsáveis pela formação religiosa de seus afilhados. Devem acompanhá-los em sua caminhada na Igreja e garantir-lhes uma vida cristã, dando-lhes o exemplo e o testemunho de fé.

(Fazer ligação sempre com a catequese dos filhos, chamando também à responsabilidade do acompanhamento das crianças nos encontros e nas missas dominicais, na participação da família e dos padrinhos na comunidade).


Explanação sobre o tema : “Enxertados em Cristo e na Igreja”. - (Helena)
Com um pequeno vaso de cactos, daqueles que possuem enxerto de duas ou mais espécies, fazer uma breve explicação do tema e da importância de “incorporar-se" à Igreja com o batismo.


- Abertura para questionamentos – (Caso alguma dúvida não consiga ser sanada, anotar nome e telefone e entrar em contato depois).


09 - MENSAGEM FINAL:

- Distribuir a oração a todos os presentes.

Texto de apoio: (um catequista)

Muitas vezes buscamos o sacramento querendo apenas seu efeito.
Porém, o sacramento não produz mágica.
Toda criança batizada é marcada com o selo do batismo para sempre.
Deus concede sua graça sem depender da resposta humana.
No entanto, o sacramento somente produzirá seus frutos, será eficaz, se a criança se abrir à Graça divina ao longo de sua existência segundo o caminho do Evangelho.
E isso requer uma família com princípios de fé, respeitosa do outro, bem como, padrinhos atuantes e comprometidos com a missão de ajudar na educação da fé de seus afilhados.
Para que vocês consigam cumprir a meta que é a iniciação completa da criança, com a Eucaristia e a Confirmação num processo permanente de conversão, vamos encerrar nosso encontro, pedindo que a graça do nosso batismo se faça presente, sempre, em nossas vidas, rezando juntos a oração do compromisso:


Oração do Compromisso

Senhor Deus,
Que pela graça do Batismo, saibamos dar aos nossos filhos e afilhados a condução necessária no caminho da fé,
Dá-nos sabedoria e discernimento para levá-los na fé até que possam assumir livre e pessoalmente a graça da fé e do batismo.
Que o Batismo lhes traga uma vida nova, nascida da água e do Espírito Santo.
Que ao receber esta “Vida nova”, sejam lavadas de todo pecado.
Que nossas crianças sejam, real e verdadeiramente, enxertadas em Cristo e na Igreja.
Que o óleo da bênção os revista da couraça de Cristo contra todo mal do mundo,
Que a fé que lhes é infundida seja colocada a serviço do Reino de Deus, tornando-as templo do Espírito e co-herdeiras da vida eterna.
Que saibamos, por força do batismo, oferecer nossa vida a Deus e a educação de nossos filhos e afilhados, no serviço de cada dia,
Que saibamos, como profetas, professar diante deles a fé que recebemos pela Igreja, com exemplo de vida e testemunho da palavra,
Assim como fomos consagrados para formar um povo de sacerdotes e reis, que nossos filhos, batizados e herdeiros desse Reino aceitem e amem a Cristo Senhor, sobre a nossa proteção e nosso exemplo.

Amém.


- Utilizar a água benta para uma bênção a todos no final.
- Despedir-se de todos e agradecer a presença.

Bibliografia Consultada:

CIC – Catecismo da Igreja Católica. O sacramento do Batismo. Pgs. 340-355. Edições Loyola: 2000.
CNBB. Batismo de Crianças - Documento 19. Itaici: 14/02/1980.
Frei Ildo Peroni. Me verás pelas costas. Editora Oikos: 2008.
NUCAP. Batismo de crianças. Livro do catequista. Paulinas: 2008.
UNISAL. Teologia dos Sacramentos da Iniciação Cristã. Revista de Catequese nº130. Abril-junho 2010, pg.6-17.


Organização:
Helena Okano
Angela Rocha


OBSERVAÇÕES:

O sucesso de qualquer encontro ou palestra, depende do carisma e da objetividade dos assessores. Os textos aqui colocados são sugestivos, podendo o palestrante enriquecer com experiências e incentivando a platéia à participação. Interessante incentivar testemunhos e na apresentação já ir colocando algumas coisas sobre o batismo: por exemplo, o NOME das pessoas... “Você sabe por que seus pais escolheram este nome?”

O encontro na paróquia durou duas horas e meia, sem intervalo. Observamos que não houve muitas saídas ou cansaço por parte dos presentes. Muito pelo contrário, via-se no semblante das pessoas o interesse pelo assunto abordado.
Acreditamos que a utilização de variados métodos didáticos colaborou para isso.


Ângela Rocha

segunda-feira, 17 de março de 2014

DIREITOS E DEVERES DOS PAIS

(Este texto pode ser trabalhado e distribuído em um encontro de pais da catequese)

* Tânia Zagury

Ninguém, seja criança, jovem ou adulto, pode ter apenas direitos ou somente deveres. Pais e filhos têm direitos e deveres. Os direitos dos pais não excluem os dos filhos, assim como os deveres dos pais não impedem que os filhos também tenham deveres, porque a base de uma sociedade democrática repousa no equilíbrio entre direitos e deveres.  Parece que atualmente, muitas pessoas ignoram (ou esquecem) que a cada direito alcançado há, em contrapartida, um dever que lhe é correspondente. Leia, a seguir, alguns exemplos dos direitos e dos deveres dos pais em relação aos filhos: 

DEVERES

1. Dar amor
2. Proteger
3. Criar condições que propiciem segurança física e psicológica
4. Criar condições para o desenvolvimento intelectual pleno
5. Promover condições no entorno familiar que permitam o desenvolvimento do equilíbrio e da inteligência emocional
6. Subsidiar e promover vivências concretas que possibilitem o caminhar para a independência financeira
7. Zelar pela saúde física e mental
8. Dar estudo e profissionalizar
9. Estruturar o caráter
10. Formar eticamente (ensinar valores)

DIREITOS

1. Não se omitir quando o filho agir de forma que possa prejudicar outras pessoas, animais e/ou o meio ambiente. Agir com segurança, porém sem agressões físicas, sem medo de causar “traumas e frustrações”.

2. Procurar fundamentar e definir, de preferência sempre através de um diálogo franco e direto, normas e regras de conduta que regerão o dia a dia da família. Se, no entanto, o diálogo não funcionar, cabe aos pais a palavra final sobre qualquer tema, até que os filhos se tornem independentes do ponto de vista físico, emocional e financeiro.

3. Se necessário, pais podem proibir comportamentos, atitudes e até alguns tipos de roupas que coloquem em risco a segurança e dignidade dos filhos. Podem também cortar algumas regalias, como a mesada, por exemplo, se perceberem uso indevido das mesmas.

4. Pais têm o direito de questionar, acompanhar e até mesmo vigiar ou buscar provas concretas no espaço privado dos filhos, caso percebam sinais que indiquem possibilidade de envolvimento dos filhos com drogas ou outras práticas ilegais.

5. Os pais não devem se intimidar com a prática bastante comum de os jovens transformarem seus quartos em fortalezas indevassáveis. Sempre que tiverem em bom motivo - e ainda que não sejam bem-vindos –, têm o direito de entrar para verificar o que está ocorrendo.

6. Liberdade para fazer o que se quer da vida tem limite. Os pais devem exigir que os filhos estudem para garantir um mínimo de rendimento, como contrapartida ao direito de receber educação e profissionalização; podem, por isso mesmo, fazer sanções se perceberem que os filhos não estão cumprindo seus deveres.

7. Os pais podem frear o apetite consumista dos filhos, através de conversas e/ou atos. Uma coisa é comprar um tênis ou uma jaqueta por necessidade; outra bem diferente é aceitar exigências quanto a marcas e grifes por capricho ou influências da sociedade de consumo.

8. Ter conversas sérias sobre sexo é uma necessidade essencial nos dias atuais. Se o adolescente se negar a ouvir alegando “já ter conhecimento de tudo”, os pais podem exigir ainda assim, que sejam ouvidos sobre DSTs (doenças sexualmente transmissíveis), gravidez precoce, bem como sobre as regras que regem a casa. Os pais não têm obrigação de aceitar que os filhos mantenham relações sexuais em casa por imposição dos filhos, apenas devido ao fato de outras famílias o permitem. Cada família tem o direito de viver de acordo com sua visão de mundo.

9. Ter resultados positivos na escola, não é um prêmio para os pais - o adolescente está apenas cumprindo seu dever. Pais não são obrigados, portanto, a proporcionar luxos - como viagens ao exterior quando o filho passa de ano ou carro zero como prêmio por entrar na faculdade. A não ser que o desejem fazer por iniciativa própria.

10. Pais têm direito a um mínimo de vida pessoal. Pelo menos de vez em quando, não devem se privar de um jantar a dois ou de uma viagem curta sem a presença dos filhos, se têm com quem os deixar em segurança e protegidos. E também não precisam se sujeitar à tirania da agenda inflada dos adolescentes nos finais de semana. Saber fazer opções sem que isso resulte numa frustração absurda é uma aprendizagem fundamental para a vida.
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(*) Adaptado de Zagury, T. Os Direitos dos Pais, Construindo cidadãos em tempos de crise. Record, RJ, 2005.
(**) Filósofa, Escritora, Mestre em Educação e Conferencista.