FINANCEIRO
NA CATEQUESE??
Já
observei em várias conversas com catequistas aí pelo Brasil afora, que existe
nas coordenações de catequese o serviço ou a função de TESOURARIA ou
FINANCEIRO. E que a catequese se "vira como pode" nas paróquias.
Bom,
só para esclarecer: cabe à ADMINISTRAÇÃO DA PAROQUIA se preocupar se tem
dinheiro ou não para manter as várias pastorais. E a catequese é uma delas
(senão, a principal delas) na dimensão evangelizadora. Dentre as três dimensões
de custos, que o DÍZIMO deve cobrir na paróquia, está a dimensão EVANGELIZADORA
(Missionária). As outras duas são a Religiosa e a Social.
Claro
que existem custos com material de expediente, material didático catequético,
livros, etc., mas, não cabe à coordenação da catequese a gestão de fundos para
custear isso! Mesmo porque o serviço da catequese é "ensino da fé", é
serviço de evangelização e serviço missionário. O Dízimo da paróquia é para
isso! Inclusive o Dízimo Catequético ou "Mirim". Quando se implanta
"Dízimo catequético" a função dele não é cobrir custos da catequese e
sim, levar os catequizandos a conhecer o Dízimo e sua função no Templo. Se,
desde pequenos eles aprenderem que é uma "partilha", quando crescerem
terão essa consciência.
E
falando "legalmente", todo recurso que entra na paróquia deve ser
CONTABILIZADO, pois a paróquia deve prestar contas à diocese a que pertence, já
que uma porcentagem destes valores sustenta as dioceses, que não tem
"fiéis" para recolher dízimo e tem, também, seus custos. Quando não passa
pelo sistema de caixa da paróquia este recurso, é como se estivéssemos fazendo
"Caixa 2", portanto,
"sonegando" valores a quem de direito. Como bem disse nosso mestre: “A César o que é de César...".
A
EQUIPE DE COORDENAÇÃO tem, é óbvio que levar ao pároco estes custos, as
informações a respeito de gastos, mas, isso pode ser feito pelo (a) coordenador
(a) que é a ligação da pastoral com o pároco. De forma alguma o pároco pode se
negar a cobrir despesas de evangelização. Ele bem o sabe como administrador da
paróquia.
"Dinheiro"
é, e tem que ser, a MENOR DAS PREOCUPAÇÕES de vocês. Além de cuidar da evangelização
e ter que gerir praticamente uma "escola", é demais querer que os
catequistas ainda se preocupem se vão ter dinheiro para comprar material, não
acham?
Agora,
se a catequese vive "inventando" lembrancinha pra tudo quanto é data,
o custo disso é alto, e é claro, o conselho econômico da paróquia vai vetar e
querer ver a catequese "pelas costas". A catequese NÃO É ESCOLA e não
precisa imitar a escola nisso. "Lembrancinhas" tem que ter uma razão
de ser, um motivo evangelizador e não social.
Outra
coisa, se a catequese cobra "taxas", quem tem que receber isso é a
SECRETARIA PAROQUIAL que tem um sistema de caixa para isso. Também não é
"proibido" aos catequistas ajudarem nas promoções para angariar
fundos para a paróquia ou fomentar o dízimo junto às famílias dos
catequizandos... E nem ser dizimista!
E
eu quero lembrar que o nosso país está nessa situação, justamente porque o
CORRETO sempre parece mais difícil, então todo mundo sempre quer dar um
jeitinho na coisa, não é mesmo? O que eu estou falando aqui é uma NORMA da
Igreja, está no Código de Direito Canônico, que é a lei que rege nossa Igreja.
E que, no entanto, como nas diversas situações no Brasil, muitos preferem
ignorar.
Nós
somos CATEQUISTAS, responsáveis pela EVANGELIZAÇÃO na nossa Igreja. Para gerir
os custos da paróquia existe um CONSELHO ECONÔMICO PAROQUIAL, e o pároco está
ciente disse. E para isso existe o dízimo, que é para custeio da evangelização,
também.
E
existem também várias promoções que a PAROQUIA faz e que cada catequista pode
ajudar a promover. Se a equipe de catequese ajuda a paróquia, por que a
paróquia não ajudaria a catequese? E se a equipe de coordenação da catequese
for boa, planejar as despesas antecipadamente e levar ao pároco, ele estará
ciente do que será preciso. O coordenador (a), junto com a (o) secretaria (o),
podem perfeitamente fazer uma lista do que vão precisar de material
pedagógico/catequético durante o ano e passar ao pároco, não podem? Sem contar
que a Coordenação da Catequese deve participar das reuniões do CPP, Conselho
Pastoral paroquial, onde pode levar as necessidades da pastoral ao conhecimento
de todas as lideranças. É
preciso trabalhar a Evangelização JUNTOS, em UNIDADE e não separadamente como
se cada pastoral fosse uma empresa.
E pensemos também que, quando a paróquia investe demasiadamente em sua manutenção física: construções, reformas, imagens, etc.; e esquece das "pessoas" que nela entram, que precisam dela; corremos o risco de, no futuro, termos lindos Templos, sem ninguém lá dentro!
E pensemos também que, quando a paróquia investe demasiadamente em sua manutenção física: construções, reformas, imagens, etc.; e esquece das "pessoas" que nela entram, que precisam dela; corremos o risco de, no futuro, termos lindos Templos, sem ninguém lá dentro!
Ângela
Rocha
Catequista
2 comentários:
Ângela, bom dia! Parabéns 👏
Quais são os Artigos Oficiais da Igreja, que com segurança podemos expor o Assunto fundos para a Catequese assegurados pelas normas vigentes da Igreja Católica Apostólica Romana?
Excelentes orientações. Também gostaria de fundamentar essas verdades no Código de Direito Canônico.
Infelizmente essa regra simples, em minha Arquidiocese, não passa de utopia.
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