Vocês já perceberam o
quanto a “mudança” causa pânico nas pessoas? Pois é...
Quantas
e quantas vezes chegamos animadas na catequese com ideias e coisas novas e...
recebemos um balde de água fria na cabeça! Isso porque as coisas “sempre foram
assim”. E lá vamos nós aceitar que o “desde sempre” é melhor que o desafio de
fazer as coisas de forma diferente.
Mas, por que isso? Por que
tanto medo?
Segundo
a psicologia o medo de mudar se refere ao medo do desconhecido e surge da
nossa imaginação. Porque imaginar o quanto será difícil a adaptação a este novo:
seja um emprego, um namorado, um bairro, estado civil, condição social, ou seja
lá qual mudança; desinstala o ser humano do seu conforto.
Mas,
o medo de mudar também surge da falta de imaginação, ou seja, de nossa limitada
capacidade para perceber o quanto o novo pode ser estimulante e motivador. O
ser humano tem uma tendência a perceber mais o negativo do que de perceber o
que há de positivo. O que pode dar errado é visto com muito mais ênfase do que o
que pode dar certo e ficar melhor. Sendo assim tendemos à depressão. Isso tem
uma explicação: a evolução.
Isso
mesmo, foi a evolução que mostrou que havia uma boa vantagem em observar com
mais atenção o que poderia dar errado, este comportamento ajudou a
sobrevivência em tempos neandertais. O homem das cavernas que sobreviveu aos
ataques, fome, frio foi o que soube observar de onde vinha o perigo. Este
sobrevivente deixou descendentes, e você sabe quem são estes descendentes?
Você!
Eu! Sua mãe e meu vizinho! Ou seja, todos nós. Os que não conseguiram olhar
para o futuro com medo, olhar para as mudanças com desconfiança perderam o jogo
da sobrevivência. A grande sacada para quem não mora mais em cavernas é
perceber que não há mais necessidade de tanto medo, tanta ansiedade, as
mudanças são muito favoráveis – agora são. Hoje já não sofremos os perigos de
uma vida limitada pelas condições naturais.
E,
mesmo o medo de mudar para melhor, também assusta. Mudar para melhor pode ser
tão aterrorizante quanto não saber para onde a mudança te leva. A fantasia
humana sempre associa mudança ao desconhecido. “Vamos mudar, mas...”. Este,
“mas” é tão terrível que faz o ser humano ficar com medo de mudar. É ele que
diz, lá no cantinho da sua mente, que mudar não será tão bom assim.
O
que você deve saber é que este medo é irracional, é mentiroso, é seu mecanismo
de defesa que se desregulou e está acionando o alarme desnecessariamente.
Sair
de uma posição onde já se conhece todos os problemas e defeitos e cair em
possibilidade novas, é doloroso. Significa que posso sofrer coisas com as quais
não saberei lidar. Quanto mais você se prende à antiga rotina – só porque já a
conhece – mais aumenta o seu medo e isso faz com que você não melhore ou
experimente uma vida melhor.
E
nem sequer gostamos que as pessoas ao nosso redor mudem. Parece que pior do que
passar por mudanças é encarar as mudanças dos que nos são próximos. Vamos e
venhamos, todos mudam, mudam de ideia, de filosofia de vida, de endereço, de
valores, mudam a cor do cabelo e o time para o qual torcem. Dar um novo olhar
para a mesma pessoa é muito difícil porque isso nos obriga a gerar mudanças em
nós mesmos.
A
melhor forma é mudar seus padrões de pensamento, ficar nas vantagens e lutar
para que você seja vitorioso em cada mudança. Pensar que vai se deixar para trás muita insatisfação, dependência, mediocridade e encontrar um caminho de realizações e possibilidades. Para alguns será necessário
eliminar cargas negativas referentes às mudanças malsucedidas em outras fases
da vida. Para outros, muitas vezes, é até o caso de procurar ajuda de um
psicólogo.
Ângela Rocha
Fonte de referência: Portal Terra
Psicóloga
Marisa de Abreu - CRP 06/29493-5
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