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sábado, 15 de outubro de 2016

POR QUE TEMOS MEDO DE MUDANÇAS?


Vocês já perceberam o quanto a “mudança” causa pânico nas pessoas? Pois é...

Quantas e quantas vezes chegamos animadas na catequese com ideias e coisas novas e... recebemos um balde de água fria na cabeça! Isso porque as coisas “sempre foram assim”. E lá vamos nós aceitar que o “desde sempre” é melhor que o desafio de fazer as coisas de forma diferente.

Mas, por que isso? Por que tanto medo?

Segundo a psicologia o medo de mudar se refere ao medo do desconhecido e surge da nossa imaginação. Porque imaginar o quanto será difícil a adaptação a este novo: seja um emprego, um namorado, um bairro, estado civil, condição social, ou seja lá qual mudança; desinstala o ser humano do seu conforto.

Mas, o medo de mudar também surge da falta de imaginação, ou seja, de nossa limitada capacidade para perceber o quanto o novo pode ser estimulante e motivador. O ser humano tem uma tendência a perceber mais o negativo do que de perceber o que há de positivo. O que pode dar errado é visto com muito mais ênfase do que o que pode dar certo e ficar melhor. Sendo assim tendemos à depressão. Isso tem uma explicação: a evolução.

Isso mesmo, foi a evolução que mostrou que havia uma boa vantagem em observar com mais atenção o que poderia dar errado, este comportamento ajudou a sobrevivência em tempos neandertais. O homem das cavernas que sobreviveu aos ataques, fome, frio foi o que soube observar de onde vinha o perigo. Este sobrevivente deixou descendentes, e você sabe quem são estes descendentes?

Você! Eu! Sua mãe e meu vizinho! Ou seja, todos nós. Os que não conseguiram olhar para o futuro com medo, olhar para as mudanças com desconfiança perderam o jogo da sobrevivência. A grande sacada para quem não mora mais em cavernas é perceber que não há mais necessidade de tanto medo, tanta ansiedade, as mudanças são muito favoráveis – agora são. Hoje já não sofremos os perigos de uma vida limitada pelas condições naturais.

E, mesmo o medo de mudar para melhor, também assusta. Mudar para melhor pode ser tão aterrorizante quanto não saber para onde a mudança te leva. A fantasia humana sempre associa mudança ao desconhecido. “Vamos mudar, mas...”. Este, “mas” é tão terrível que faz o ser humano ficar com medo de mudar. É ele que diz, lá no cantinho da sua mente, que mudar não será tão bom assim.

O que você deve saber é que este medo é irracional, é mentiroso, é seu mecanismo de defesa que se desregulou e está acionando o alarme desnecessariamente.

Sair de uma posição onde já se conhece todos os problemas e defeitos e cair em possibilidade novas, é doloroso. Significa que posso sofrer coisas com as quais não saberei lidar. Quanto mais você se prende à antiga rotina – só porque já a conhece – mais aumenta o seu medo e isso faz com que você não melhore ou experimente uma vida melhor.

E nem sequer gostamos que as pessoas ao nosso redor mudem. Parece que pior do que passar por mudanças é encarar as mudanças dos que nos são próximos. Vamos e venhamos, todos mudam, mudam de ideia, de filosofia de vida, de endereço, de valores, mudam a cor do cabelo e o time para o qual torcem. Dar um novo olhar para a mesma pessoa é muito difícil porque isso nos obriga a gerar mudanças em nós mesmos.

A melhor forma é mudar seus padrões de pensamento, ficar nas vantagens e lutar para que você seja vitorioso em cada mudança. Pensar que vai se deixar para trás muita insatisfação, dependência, mediocridade e encontrar um caminho de realizações e possibilidades. Para alguns será necessário eliminar cargas negativas referentes às mudanças malsucedidas em outras fases da vida. Para outros, muitas vezes, é até o caso de procurar ajuda de um psicólogo.

Ângela Rocha

Fonte de referência: Portal Terra

Psicóloga Marisa de Abreu - CRP 06/29493-5

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