JOÃO 1,35-51
"O seguimento a Jesus e a formação da comunidade cristã"
Oração inicial
- Saudar a Santíssima Trindade e pedir especialmente a assistência do Espírito Santo.
♫ Canto: A nós descei Divina Luz...
Na leitura Orante de hoje vamos ler a bíblia e rezar com o texto de Jo 1, 35-51, onde veremos o início da formação do grupo de seguidores e seguidoras de Jesus e do chamado que Ele fez. Vamos acompanhar como a Comunidade do Discípulo Amado entendeu e compreendeu como deve acontecer o chamado e a formação da comunidade cristã. O texto apresenta os acontecimentos durante o desenrolar de dois dias que fazem parte da semana inaugural, segundo este evangelho, do movimento de Jesus.
- Antes, vamos olhar e lembrar como acontece/ aconteceu o chamado de Deus em nossa vida.
- Quem nos chamou para prestar o serviço que hoje desempenhamos?
- O que sentimos? Aceitamos de imediato ou relutamos um pouco?
(Antes da leitura do texto)
♫ Canto: Pela Palavra de Deus/ ou outro canto a escolher.
1. Leitura (Lectio): O que o texto diz em si
- Tomar a Bíblia com a convicção de que Deus nos fala. Ler o texto atentamente prestando atenção nos personagens (o que falam, onde falam, quando falam, os verbos e se há mudanças de cenários). Repetir a leitura silenciosamente.
- Procurar lembrar bem o que leu e considerar o sentido de cada frase. Procurar descobrir as divisões dentro do texto. Recontar o texto e repetir a frase que mais lhe tocou.
2. Meditação: O que o texto me diz
- Ler de novo o texto e atualizar a Palavra ligando-a com a vida. Fazer também se possível uma relação com outros textos dos evangelhos com a finalidade de ampliar a visão do texto. Podemos ainda também nos perguntar:
v. 35-36 – João Batista está novamente com dois de seus discípulos e ao ver Jesus passar o identifica como o Cordeiro de Deus.
- Temos procurado dizer, apontar para outras pessoas que é Jesus o Cordeiro de Deus?
- Sentimos a ação dele em nossas vidas? Como efetuamos essa identificação, esse anúncio?
Alargando a visão dos versículos: Em relação ao testemunho de João Batista a respeito de Jesus, anteriormente no v. 34 ele declara: “Ele é o Filho de Deus”, que por ter visto o Espírito Santo descer e permanecer no momento do batismo de Jesus em 3,27, diz que se Jesus está batizando é porque ele tem autoridade dada a partir do céu para tal. Também em 10,41 muitos que seguiram João Batista declaram que a respeito de Jesus tudo o que João havia dito, era verdade e por isso passaram a crer nele.
v. 37 – Os dois que ouviram a declaração de João Batista seguiram imediatamente Jesus.
- Temos procurado ouvir as declarações de outras pessoas a respeito de suas experiências com Jesus? Estamos dispostos a seguir imediatamente Jesus?
- O que me impede de seguir Jesus?
- O que impede as pessoas de seguirem Jesus?
v. 38-39 – Os dois discípulos de João Batista, agora chamam Jesus de Mestre. Também neste evangelho os discípulos de Jesus assim o chamam em: 4,31; 9,2 e 11,8. Já Nicodemos um dos chefes dos judeus, também chama Jesus de Mestre em 3,2, e a multidão que procurava Jesus também desta forma o identifica em 6,25.
- Consideramos realmente Jesus como nosso Mestre?
- Como demonstro isso ou o que faço para isso se manifestar?
- Para mim, como entendo o que é permanecer junto a Jesus?
- Tenho procurado permanecer junto a Jesus? Como faço isso?
- Que dificuldades encontro, ou preciso superar, para procurar sempre permanecer junto a Jesus?
v. 40-42 – André dá a primeira notícia de ter encontrado o Cristo, a seu irmão. Temos procurado anunciar primeiramente na minha família, Jesus Cristo?
- Quais as dificuldades que tenho encontrado para fazer esse anúncio?
- O que preciso fazer para superá-las?
- O que significa conduzir as pessoas até Jesus? Como tenho feito isso?
v. 43-44 – Jesus está sempre se movimentando, indo de um lugar para outro (do Jordão para a Galileia) e a quem encontra chama para o seguir sem antes perguntar o que sabe, o que faz ou quem é a pessoa. No texto, este é um novo dia, na semana inaugural, para a comunidade do Discípulo Amado. Lembrando que Jesus chama desta forma pessoas para o seguirem como a Levi (Mateus) em Mt 9,9 e Mc 2,14 e chama discípulos em Mt 8,22 e 19,21 e a Pedro para efetivar o seguimento em Jo 21,19.22.
- Tenho procurado dentro da comunidade conhecer todas as realidades, todas as pessoas?
- Tenho chamado indistintamente pessoas para seguir Jesus?
- Tenho oferecido a mesma oportunidade para todas as pessoas?
v. 45 – Felipe fica conhecendo quem é Jesus e percebe que é a respeito dele que os Profetas e inclusive Moisés escreveram. Mostrou um conhecimento das Escrituras a respeito de Jesus. E leva a novidade do encontro com Jesus a Natanael.
- E eu, nós o que conhecemos das Escrituras?
- Como procuro desenvolver esse conhecimento?
- Quanto tempo do meu dia a dia emprego nesse conhecimento?
- Como tenho mostrado, anunciado o meu encontro com Jesus?
v. 46 – Natanael mostra-se preconceituoso em relação às pessoas que habitavam a Galileia. E Felipe insiste com ele, quer lhe mostrar quem é Jesus.
- E eu (nós) já fui (fomos) preconceituoso(s) em relação a outras pessoas?
- E quando outros são preconceituosos, qual a minha (nossa) reação?
- Tenho (temos) procurado entender o porquê as pessoas agem desta forma?
- O que procuro (amos) fazer para que haja uma mudança de atitude em quem é preconceituoso?
v. 47-48 – Agora é Jesus quem vê, quem caminha a seu encontro e diz conhecer
perfeitamente Natanael, embora este não o conheça e o desdenhe por ser da Galileia.
- Somos capazes de reconhecer as qualidades das pessoas, ou só vemos os defeitos delas?
v. 49 – Há uma profunda mudança em Natanael. Ele faz uma confissão de fé: Jesus é Mestre, é o Filho de Deus e o Rei de Israel. Para a comunidade do Discípulo Amado, esta é a mudança que deve acontecer na vida de quem se torna seguidor(a) de Jesus.
- De que forma manifesto também essa confissão de fé em Jesus, na minha vida?
v. 50-51 – Agora é Jesus quem faz perguntas a Natanael e a todos nós também. A alusão aos anjos subindo e descendo sobre o Filho do Homem, referem-se à sua ressurreição.
- Acreditamos em Jesus, porque vemos coisas grandes, inusitadas ou porque ele nos ama incondicionalmente?
- Podemos também refletir a respeito de como é que hoje se dá o processo de chamado e de seguimento a Jesus e da formação da comunidade cristã.
3. Oração: O que o texto me faz dizer a Deus
Ler de novo o texto. Podemos a partir do que foi meditado, assumir um compromisso e fazer uma oração como resposta a Deus, que pode ser em forma de: louvor, adoração, agradecimento e pedido de força, ou perdão. Podemos também rezar um salmo, o Sl 23 (22), por exemplo:
O Senhor é o meu pastor: nada me falta.
Em verdes pastos me faz descansar e conduz-me a lugares de águas tranquilas. Conforta a minha alma e leva-me por caminhos retos, honrando o seu bom nome.
Ainda que eu atravesse o vale da sombra da morte, não terei receio de nada, porque tu, Senhor, estás comigo.
O teu bordão e o teu cajado dão-me segurança.
Preparaste-me um banquete à frente dos meus inimigos.
Recebeste-me com todas as honras e a minha taça transborda.
A tua bondade e o teu amor acompanham-me todos os dias da minha vida.
E habitarei na casa do Senhor, ao longo dos meus dias.
4. Contemplação: Procurar ver a realidade, a vida com os olhos de Deus
- A que conversão ou ação, Deus me convida através deste texto?
- Qual novo olhar que sobrou em mim depois da Leitura Orante deste texto?
- Como tudo isso pode me ajudar a viver melhor meu compromisso de vida cristã?
- Que desafios descobrir para me aperfeiçoar como discípula/discípulo de Jesus?
Final:
- Escolher uma frase do texto para guardar para sua vida e repeti-la sempre.
- Pode-se encerrar a Leitura Orante com a oração do Pai-nosso.
FONTE:
SCHERER, Odilo Pedro; BERTOLDI, Marlene; TOGNERI, Silvia; SILVA, Sérgio; FERREIRA, Nilson Caetano. Mistagogia: novo caminho Formativo de Catequistas. Cap. 3, 4, 5. VII SULÃO DE CATEQUESE. São José do Rio Preto – SP. 19 a 21 de agosto de 2011. editor@suliani.com.br
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