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sábado, 11 de novembro de 2023

A SANTISSIMA TRINDADE E A AGUA EM SUAS DIFERENTES FORMAS


Uma catequista me perguntou se eu já tinha visto esta comparação... A Trindade Santa e a água. Aí fui ao nosso inestimável Google procurar... E achei MUIIIIITA coisa... rsrsrsr... Inclusive comparações químicas, com moléculas, H2O e tudo mais... Mas o texto que mais gostei, e achei simples, foi o do blog da Catequese de Redunfinho em Portugal, que adapto aqui para vocês:

É normal que nós nos questionemos sobre o grande mistério que é a Santíssima Trindade. São muitas as questões que nos surgem e para as quais não encontramos respostas. Imagine então como é explicar para as crianças algo que nem nós, entendemos direito.

Entretanto, existe algo que entendemos, não o mistério no seu todo, porque assim deixaria de ser mistério, mas entendemos a ligação das três Pessoas, que é o Deus Pai, o Deus Filho e o Deus Espírito Santo. Agora como explicar isto aos nossos catequizandos?

Primeiro vamos lembrar uma história sobre Santo Agostinho, que se debateu muito sobre este mistério, que é a seguinte:

Certo dia Santo Agostinho estava caminhando pela praia. Nessa caminhada fazia a sua meditação e nesse altura procurava entender o mistério da Santíssima Trindade. Foi quando se deparou com uma criança brincando na areia. Ao observá-la melhor, se dá conta que aquela criança tinha feito um buraco na areia. O mais intrigante de tudo é que a criança caminhava para a água, enchia as suas pequeninas mãozinhas e em seguida dirigia-se para o tal buraco e lá colocava a pouca água que conseguia segurar. Santo Agostinho aproxima-se e pergunta:
- O que você está fazendo?
- Estou colocando a água do mar neste buraco que fiz - responde a criança.
- Mas isso é impossível! - diz Santo Agostinho.
E a criança responde prontamente:
- É mais fácil eu colocar a água do mar neste buraco do que você entender o mistério da Santíssima Trindade. - E o pequeno anjo desapareceu...

Ao lermos esta história ficamos com a ideia do mistério envolvente. É de fato um mistério muito grandioso, mas podemos simplificar. 

Quando nós, cristãos, falamos sobre a Trindade estamos afirmando que o Deus que encontramos através da Revelação é um Deus único, mas ao mesmo tempo Trino. Ou podemos dizer de uma outra forma: há um só Deus em três pessoas que é o Pai, Filho e Espírito Santo. Há uma só natureza, mas existem três pessoas. A essas três Pessoas são identificadas ações próprias, mas é necessário lembrar que quando uma das três Pessoas age, Deus está agindo por inteiro. Assim chamamos o Deus Pai de Criador, o Deus Filho de Redentor e o Deus Espírito Santo de Santificador.

Existe ainda uma comparação simples que se pode fazer, numa linguagem mais comum, que nos ajuda a entender melhor. Nessa explicação vamos comparar a Santíssima Trindade à água:

Quando a água está no estado liquido, no estado sólido (gelo) e no estado gasoso (vapor), ela está em estados diferentes? Sim.
Mas ela deixou de ser água? Não.
Assim também é a Trindade. Deus Pai está longe das nossas mãos, não podemos abracá-Lo, mas, é fluído como o líquido; Jesus é o Verbo do Pai que se encarnou, é sólido, humano como nós; e o Espírito Santo é a brisa suave, produto do amor do Pai e do Filho.

Viram que coisa simples e bonita?
E dá para usar água benta no encontro...
E dá para usar picolés...
E dá para ferver água... Opa! Essa parte, sei não... rsrsrsr...
Fica pela criatividade de vocês.

Ângela Rocha
Catequista
Graduada em teologia pela PUCPR



quarta-feira, 31 de maio de 2023

A SANTÍSSIMA TRINDADE: ROTEIRO DE ENCONTRO


O DOMINGO DA SANTISSÍMA TRINDADE, exige que falemos dela aos nossos catequizandos...

Não como "dogma" da Igreja Católica ou matéria do CIC - Catecismo da Igreja Católica,  nossos catequizandos ainda não estão maduros para entender a complexidade da doutrina da nossa Igreja), mas, como verdade da nossa Fé. Pois cremos que Pai, Filho e Espírito Santo habitam uma só essência. É o Deus Trindade que, apesar de parecer ser fruto de consenso humano, é a conclusão óbvia da longa história da Salvação experimentada pelo Povo de Deus e pela Igreja primitiva, chegando até os nossos dias. 

Vale lembrar às nossas crianças já batizadas que a participação na vida da fé em nossa Igreja tem início quando escutamos o nosso nome e em seguida a frase: "Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo". Mesmo que a gente nem lembre, este dia foi decisivo! Pelo Batismo cada um de nós foi mergulhado na longa experiência de Salvação do Pai que nos deu seu Filho no Espírito Santo.

A fé em um Deus único no foi dada por Abraão, já a fé de que este Deus são as três pessoas divinas (Pai, Filho e Espírito Santo) nos foi comunicada pela experiência dos primeiros cristãos em Jesus Cristo. Deus assim quis se manifestar a nós! Em sua bondade, mostra ao ser humano que é comunidade de pessoas. 

Desta experiência brota a profissão de fé cristã, que pode ser dividida em duas partes principais: 

- Cremos em um só Deus;

- Que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo. 

Estas duas partes da fé no Deus cristão não podem jamais estar separadas. Deus é um só. Mas, este UM é o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Parece difícil, um absurdo até: um em três. Mas não é matemática. É Fé. E quem começa a querer contar, começa a errar... 

Por isso é bom não se ater a matemática humana com as crianças, nela um é um e três são três. É impossível três laranjas serem uma laranja e nem uma maçã ser ao mesmo tempo três maças... 

Mas a TRINDADE não se trata de matemática. Trata-se de fé. Deus está muito acima de nossos pensamentos, de nossa matemática, de nossa razão e de nossa ciência. A Trindade não é uma verdade para ser entendida com a razão, mas para experimentarmos e sentirmos com o coração. Foi assim que ela foi descoberta pela nossa Igreja e é assim que acolhemos esta verdade em nosso coração. É "mistério". 

E mistério aqui não significa coisa oculta e que não se pode compreender. Pelo contrário, ela deriva da palavra grega "myein", que significa "lábios fechados". 

De fato, nosso Deus Trindade se revela a nós assim: compreendemos em nosso coração Quem Ele é, mas se tentarmos falar e explicar, não conseguimos. As palavras são insuficientes, é melhor fecharmos nossos lábios e apenas louvar. É como o amor que as mães sentem pelos filhos: não se explica, entende-se melhor quando se experimenta. Assim, a nossa Igreja denomina "mistérios" as realidades acerca da nossa fé, que embora a gente conheça e precise dizer algo sobre elas, nossas palavras não bastam para exprimir o que de fato significam, pois são inacessíveis às razões humanas, ao nosso ser "racional". Só as conhecemos porque Deus as quis revelar, portanto entende-se melhor pela experiência do que pela especulação intelectual. 

Não procuremos então, entender, procuremos experimentar, sentir e louvar. Neste momento, nossos catequizandos precisam somente "sentir" em seus corações como nossa Fé é forte e verdadeira. E como se trata do "mistério dos mistérios", é importante ter os seguintes cuidados: 

- HUMILDADE: é importante entender que nossa linguagem é humana e limitada. Jamais conseguiremos dizer com exatidão o que deus é. Deus está além de todo nosso pensar e não cabe em nossa inteligência;

- COMPARAÇÕES: contudo, é preciso falar de alguma forma sobre o Deus Uno e Trino, tendo em vista nosso esforço catequético. E esta fala só é possível por meio de comparações e analogias. A trindade jamais será compreendida pela nossa mente humana e limitada;

- CONVERSÃO: somente com a transformação da vida de acordo com o Evangelho é possível sentir e saber sobre a Trindade. Só quem ama pode entender como Três pessoas podem ser ao mesmo tempo um só SER. 

E uma das comparações que podemos usar com as crianças é unir a chama de três velas que, separadas são três coisas distintas, juntas, formam uma só chama. As chamas se unem e dão origem ao fogo da Trindade Santa. 

Também podemos trabalhar com comparações da natureza, como de uma árvore: suas raízes, que dão alimento e sustentação (Deus), invisível ao homem; seu tronco que aparece da terra (o Filho) para trazer a nós os frutos e folhas (Espírito Santo) que nos dá seus dons e energia para enfrentarmos qualquer coisa. 

DINAMICA SUGERIDA: 

Trabalhamos uma árvore e a montamos montá-la com três corações, grudando-as num molde onde só existe o tronco.  Para isso é necessário confeccionar vários corações, pintando-os de cores diferentes (três para cada catequizando: escrito em um Pai, no outro Filho e no outro Espírito Santo, e um molde da árvore para cada um também (se forem muitos pode ser realizado em dupla.

As árvores podem ser grudadas nas paredes da sala em locais diferentes. Os corações com os nomes (da Trindade) podem ficar espalhados sobre uma mesa decorada com a cruz, vela, bíblia, água benta... 

Depois da explanação sobre a Santíssima Trindade (como o texto acima), pode-se pedir a eles que façam memória das muitas vezes que usam o "nome do Pai" (persignação). . Somos batizados em nome da Santíssima Trindade. Por isso o sinal da cruz é uma profissão de fé. Fé na Santíssima Trindade, fé no mistério da Encarnação e da Redenção. Mostrar como devem ser feitos os gestos corretamente, devagar e pronunciando a profissão de fé “Em nome do Pai (na testa), do Filho ( no peito), do Espírito Santo ( primeiro do lado esquerdo e depois do direito)”. Este não é um mero ritual mas, o sentido Sagrado de que acreditamos na Trindade. 

E a Trindade se entende com amor. E o amor é representado pela imagem de um coração. E na mesa temos vários corações. Peça aos catequizandos que venham, cada um de uma vez, pegar seus três corações. E com este "amor" em "três" pedaços, façam dele um SÓ! E que façam isso montando estes corações nas pequenas árvores espalhadas pela sala... Árvores formadas por várias partes mas que, juntas, formam um só ser... 

Os corações devem ser postos conforme o esquema desenhado. 



Depois que todos tiverem colado os corações nas árvores, peça a todos que escrevem no tronco o que ela significa: "Santíssima Trindade".
 

Encerre o encontro com um canto ou uma oração e, no final que todos façam o sinal da cruz, dizendo em voz alta: "Em nome do Pai, do Filho... " molhando a ponta dos dedos na água benta. 

(*) Baseado no texto de Pe. Alexsander Cordeiro Lopes.

MOLDES:

 




Árvore pronta

Se preferir explicar a Santíssima Trindade como uma "árvore", ainda pode usar a seguinte imagem:



Ângela Rocha
Catequistas em Formação










 

sábado, 29 de maio de 2021

REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DOMINGO: A FESTA DA TRINDADE

Imagem: cebi.org
SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE - Mateus 28,16-20

Celebra-se neste domingo a Solenidade da Santíssima Trindade. É uma festa que se nos convida a celebrar e agradecer. As três leituras que se oferecem na liturgia deste domingo ajudam a entender melhor a presença do Pai, do Filho e do Espírito Santo. A conclusão do evangelho de Mateus define a missão dos discípulos e discípulas como continuação da presença de Jesus no mundo.

Na narrativa do Evangelho de hoje, escutamos que “Os onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado.” Eles voltam para suas terras, para o lugar onde se encontraram com o Senhor. Nesse mesmo espaço que conheceram ao Senhor e experimentaram sua Boa Nova receberam também suas últimas palavras. Aos discípulos ele se faz presente e atualiza até nossos dias a missão de Jesus.

Quando viram Jesus, ajoelharam-se diante dele. Os discípulos, ao verem Jesus, se ajoelham, mas alguns ainda duvidavam. É significativo o realismo dos evangelistas que sempre deixam aberta a possibilidade de não entender ou até não aceitar o que está acontecendo.

Acabam de ver Jesus e alguns se ajoelham diante dele porque o aceitam como o Senhor Ressuscitado. Eles o reconhecem como seu Deus, seu Mestre, que continua acompanhando-os e permanece a seu lado. Jesus tinha dito: “Eu não deixarei vocês órfãos, mas voltarei para vocês” (Jo 14,18). Eles acreditam nas suas palavras e neste momento reconhecem sua presença no meio deles.

Ainda assim, alguns duvidaram”. Neste texto do evangelista Mateus acontece diante da mesma manifestação de Jesus aparecem diferentes atitudes dos discípulos e discípulas.

Alguns deles o adoram e outros duvidam. Eles ainda não acreditam que a presença de Jesus no meio deles. É possível que ele continue guiando-os como seu Mestre e Senhor? Ao longo do Tempo Pascal, lemos diferentes manifestações de Jesus às mulheres, aos discípulos reunidos, aos que iam pelo caminho de Emaús, e a tantos outros/as, mas nem todos acreditam no imediato.

Podemos reconhecer, nessa pequena comunidade, a nossa comunidade e a Igreja onde convivem luzes e sombras?

Adorar o Senhor é resposta ao dom de sua presença e do seu Amor, que nos cativa e surpreende. Eles se ajoelham diante do Senhor! O reconhecem e acreditam nele. Mas nem sempre é fácil colocar-se de joelhos. É reconhecer-se menor e colocar tudo nas mãos daquele que consideramos nosso guia e mestre.

Neste dia peçamos ao Senhor que nos conceda esse presente que nos coloca de joelhos diante dele! Que sejamos uma comunidade de discípulos e necessitados das palavras e dos conselhos de Jesus. Uma comunidade humilde, simples, sem aparência.

Como disse Francisco, somos parte de uma “Igreja que é uma barca que ao longo da travessia deve enfrentar também ventos contrários e tempestades que ameaçam afundá-la. O que a salva não são a coragem e as qualidades de seus homens: a garantia contra o naufrágio é a fé em Cristo e em sua palavra. Esta é a garantia: a fé em Jesus e em sua palavra”. (Disponível em: “A fé não é uma fugados problemas da vida”, Papa Francisco).

Nas palavras que Jesus nos dirige hoje está explicitado o mandato missionário da Igreja de todos os tempos: “vão e façam discípulos em todos os povos, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei a vocês”.

A missão dos discípulos não é ficar olhando sua partida e simplesmente lembrando o que foi vivido. O Espírito Santo celebrado e recebido na semana passada é luz interior para descobrir sempre qual é o melhor caminho para responder a esta missão. Continua sendo assim a presença contínua que anima a Igreja desde seus inícios.

Jesus promete estar sempre com os seus: “Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo”.

As palavras “todos os dias” nos comunicam a certeza de que, em cada momento que vivemos, o Senhor está conosco! Peçamos ao Espírito Santo que nos abra os olhos para reconhecer, no hoje de nossa vida, a presença do Emanuel.

O mandato missionário de Jesus a sua Igreja nos revela o coração da Trindade. O desejo de Deus é que a humanidade participe de sua vida de comunhão para a qual fomos criados.

Assim, a missão da Igreja, que tem como centro o ser humano, se coloca a serviço, especialmente daqueles que mais precisam da centralidade e da atenção: os pobres, os marginalizados e tantas pessoas que continuam na busca de uma terra digna para seus filhos e filhas.

Texto de Ana Maria Casarotti

(Publicado pelo Instituto Humanitas, 25/05/2018)

Fonte: https://cebi.org.br/reflexao-do-evangelho/a-festa-da-trindade/  

 

domingo, 7 de junho de 2020

SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE



A Solenidade que hoje celebramos não é um convite a decifrar o mistério que se esconde por detrás de “um Deus em três pessoas”; mas é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família.

A Solenidade da Santíssima Trindade, Deus que é comunidade de amor. Deixemo-nos envolver por este mistério e manifestemos ao Senhor a nossa fé, a qual é alimentada por sua graça eficaz. A Solenidade que hoje celebramos não é um convite a decifrar o mistério que se esconde por detrás de “um Deus em três pessoas”; mas é um convite a contemplar o Deus que é amor, que é família, que é comunidade e que criou os homens para os fazer comungar nesse mistério de amor.

Na primeira leitura (Ex 34,4b-6.8-9), o Deus da comunhão e da aliança, apostado em estabelecer laços familiares com o homem, auto-apresenta-Se: Ele é clemente e compassivo, lento para a ira e rico de misericórdia. A primeira leitura revela que Deus é Pai misericordioso, paciente, não age com precipitação, sabe esperar, dá sempre um prazo esperançoso a cada um de nós para nossa conversão, é rico em bondade, nunca se irrita conosco, tolera nossas misérias, dá coragem e força para enfrentarmos os desafios do dia a dia e jamais não abandona, por pior que seja o pecado que tenhamos cometido, está sempre disposto a perdoar diante de um arrependimento sincero. Deus é sempre fiel e trata-nos como filhas e filhos muito amados.

Na segunda leitura (2Cor 13,11-13), São Paulo expressa - através da fórmula litúrgica “a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco” - a realidade de um Deus que é comunhão, que é família e que pretende atrair os homens para essa dinâmica de amor. A segunda leitura continua revelando quão amoroso é nosso Deus. Quando o ser humano dispensou Deus de sua vida pensando que poderia subsistir sozinho, distanciou-se dele, fugiu de sua intimidade, rejeitou sua amizade, tornou-se indiferente a Deus e, como consequência, perdeu-se totalmente, vendo-se sem esperança de salvação. Mas Deus mostrou que sempre esteve próximo e, para resgatar o homem, saiu ao seu encontro por Jesus Cristo, seu Filho, para lhe oferecer amizade, amor, comunhão e salvação.

No Evangelho(Jo 3,16-18), João convida-nos a contemplar um Deus cujo amor pelos homens é tão grande, a ponto de enviar ao mundo o seu Filho único; e Jesus, o Filho, cumprindo o plano do Pai, fez da sua vida um dom total, até à morte na cruz, a fim de oferecer aos homens a vida definitiva. Nesta fantástica história de amor (que vai até ao dom da vida do Filho único e amado), plasma-se a grandeza do coração de Deus.

O Evangelho revela-nos outra verdade inimaginável: o amor de Deus é também uma pessoa, o Espírito Santo que nos restaura e santifica para podermos viver eternamente com Deus. Deus nunca fechou e jamais fechará as portas de seu coração, de sua amizade, mas respeita nossa opção; ele não obriga nenhuma de seus filhos a voltar para casa; viver eternamente com Ele ou, então, desterrados fora da nossa verdadeira e definitiva casa, depende de nós. Sabemos quem é nosso Deus, mas não basta um conhecimento teórico, não basta saber coisas sobre Ele e falar dele; isso ainda não é fé. É necessário entrar em contato com Deus, conversar com Ele pela oração; ter abertura para Deus, escutá-lo, “encharcar-se” com sua Palavra nas Sagradas Escrituras e responder a Ele amando concretamente as pessoas, começando com aquelas com as quais convivemos, porque Deus as ama e somos todos seus filhos e filhas.

Dom Eurico dos Santos Veloso - Arcebispo Emérito de Juiz de Fora, MG.

sábado, 15 de junho de 2019

DOMINGO DA SANTÍSSIMA TRINDADE

franciscanos.org.br
Estamos celebrando a festa da Santíssima Trindade. Depois de celebrarmos a ascensão de Jesus e a vinda do Espírito Santo, a Igreja nos chama a recordar o mistério da unidade de Deus. Mesmo sendo o nosso Deus três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo, nós professamos a fé em um Deus único. Não temos três deuses. Não somos politeístas, como eram, por exemplo, os gregos. Estes tinham muitos deuses que, sendo diferentes entre si, causavam a Zeus um grande transtorno para poder administrar contrastantes conflitos e interesses.
Nós, cristãos, nascemos da fé hebraica e cremos em um só Deus, onipotente e criador de todas as coisas. Mas Jesus nos revelou que este Deus único é também comunidade. Deus não é um ser solitário. Em seu interior estão o Pai, o Filho e o Espírito Santo, gozando da mesma onipotência, da mesma glória, da mesma vontade, têm também os mesmos interesses, se amam entre si e transbordam o seu amor... Mesmo sendo esta uma realidade de difícil compreensão, ou seja, um mistério impossível de ser compreendido em toda a sua profundidade, somos todos convidados a contempla-lo e a encontrar nele explicações e motivações para as nossas vidas.
Por meio deste mistério constatamos que nós também não fomos feitos para a solidão. Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo, quando nos fez à sua imagem e semelhança, já nos fez abertos e em relacionamento profundo com os demais. É inútil pensar que posso viver sozinho, ou que posso encontrar felicidade fechado em meu egoísmo. Não fomos feitos para ser assim. É o pecado que se encarrega de obscurecer nossa semelhança com Deus, nos levando a buscar o isolamento. Desde de o princìpio fomos feitos para a vida em comunidade, para a comunhão, para a fraternidade. Toda a nossa ação tem algum efeito que, indo além de nós mesmos, acaba por atingir toda a comunidade humana. Se faço o bem a uma pessoa, estou fazendo isto a ela, mas também a mim mesmo e a toda a humanidade. De igual modo, ao maltratar uma pessoa, estou ferindo a mim mesmo e estou atingindo a comunidade como um todo. Assim sendo, será sempre inútil pensar que posso crescer pisando sobre os demais.
Que poderei ser melhor por criticar os outros.
Que posso ser mais rico por desprezar a caridade.
Que posso saber mais se não ensinar o que sei.
Que posso ser mais respeitado por humilhar aqueles que acredito estarem abaixo de mim.
Infelizmente o diabo entrou na nossa história. A palavra diabo significa: “aquele que se atravessa e separa”. Sempre que somos motivo de divisão e de contendas, estamos sendo diabólicos, estamos colaborando para obscurecer a imagem de Deus. Não é razoável pensar que eu possa ser imagem de Deus me afastando dos demais. Sozinho, ninguém é imagem de Deus, pois nosso Deus é comunidade, é Trindade. A imagem de Deus é o matrimonio, é a família, é a comunidade, é a amizade, é a fraternidade.
Jesus Cristo veio ao mundo para reunirnos. Ele queria refazer a imagem de Deus. Toda a sua vida, suas palavras e suas ações queriam nos ensinar o caminho da unidade. Até mesmo a eucaristia, é uma unidade mística com Deus, mas a unidade de todo o gênero humano.
Somos chamados a romper os muros, abrir as portas, fazer estradas, construir pontes, a abraçar, ajudar, estender a mão, perdoar, elogiar.
Que todos sejam um!
O Senhor vos abençoe e vos guarde,
O Senhor faça brilhar a vossa face e tenha misericórdia de vós.
O Senhor volva seu olhar carinhoso e vos dê a PAZ.
Frei Mariosvaldo Florentino, capuchinho.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

HOMILIA DO DOMINGO: DEUS TRINO, EXPERIÊNCIA DE AMOR

                                                                                                                                               
HOMILIA DA SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA TRINDADE 

Deus não é fechado em si mesmo. A Trindade não fica cultivando o carinho mútuo, no egoísmo narcisista. Pelo contrário, Deus é vida que se abre à nossa história. Nós cristãos cremos e experimentamos Deus que vem até nós e participa da nossa história: “Reconhece, pois, hoje e grava-o em teu coração, que o Senhor é o Deus lá em cima do céu e cá embaixo da terra, que não há outro além dEle” (Dt 4, 39). Deus habita o mundo com presença trinitária. E se Deus não se ausenta, não importam as trevas que possam assaltar, o Senhor está no meio de nós, caminhando ao nosso lado: “Eis que eu estarei convosco todos os dias, até ao fim do mundo” (Mt 28, 20).

A nossa história, portanto, estende-se como autocomunicação de Deus, que livremente age na história da salvação. A experiência da graça é comunicada no Filho; o Espírito Santo nos diviniza e nos faz experimentarmos a filiação do Pai, enquanto irmãos de Jesus Cristo e assumimos em nossa própria existência a vida divina: “De fato, vós não recebestes o Espírito de escravidão, para recairdes no medo, mas recebestes o Espírito que, por adoção, vos torna filhos, e no qual clamamos: Abba, Pai” (Rom 8,15).

A experiência de Deus Trino é uma experiência de amor. Deus vem habitar a história porque nos ama, porque nos quer para Ele. Ser habitado pela Trindade é viver esta experiência de amor. Portanto, o mistério trinitário não é reservado para os sábios e teólogos, mas para todo ser humano que fizer a experiência do amor. Quem não ama não pode entender o mistério da Trindade.

Diante do Deus da Trindade, primeiramente silenciamos e contemplamos o seu mistério. Num segundo momento, percebemos o dom trinitário em nós. Nossa relação com cada uma das pessoas é importante. O Pai nos lembra que Deus está acima de nós, dando a sua lei, manifestando a sua vontade. O Filho nos lembra que Deus está ao nosso lado, caminha conosco, dá a sua vida, ensina quem é o ser humano. O Espírito nos lembra que Deus está no meio de nós, é a voz divina no interior de nossos corações, a experiência de intimidade.


No encontro com o Deus Trindade, aceitamos livremente o dom de Deus e nos tonamos colaboradores de sua ação no mundo. Por isso no Evangelho deste domingo, Jesus nos convida à missão. A Trindade realiza a Missio Dei, vindo até nós e revelando seu plano de amor. De nossa parte, cabe-nos acolher o Deus Trinitário e anuncia-lo ao mundo: “Ide por todo o mundo...”  (Mt 28, 19). Nossa missão é fazer discípulos em nome da Trindade. O desejo de Deus é que todos sejamos seus discípulos.

Nossa alegria é a filiação divina, a graça do Espírito que habita em nós, o amor do Pai que reside em nosso coração, o seguimento ao Senhor Jesus, a vida de graça que acolhemos pelo olhar da fé, a nossa vida configurada à morte e ressurreição de Cristo. Esta alegria deve ser anunciada ao mundo. Queremos que todos descubram esta graça e participem desta vida nova no Senhor. Não faremos proselitismo aos não crentes, mas testemunharemos esta graça. Que todos possam descobrir a graça da vida trinitária, experimentando dentro de si o amor de Deus derramado em nossos corações. Vivamos o amor que sai de nós e seremos verdadeiramente imagem e semelhança da Trindade Santa.

Pe. Roberto Nentwig
Arquidiocese de Curitiba-PR

FONTE: 
NENTWIG, Roberto. O Vosso Reino que também é nosso. Reflexões Homiléticas - Ano B. Curitiba; Editora Arquidiocesana, 2015. pg. 79.


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sexta-feira, 9 de junho de 2017

HOMILIA : SANTÍSSIMA TRINDADE

Quem é nosso Deus? Celebrar o Deus Trindade é resgatar uma imagem positiva de Deus. Por muitos séculos, preferimos falar de Deus a partir de categorias filosóficas que não são mais compreensíveis como substância, consubstancial… 

Ainda pior é a imagem idolátrica de um deus frio, distante, carente de humanização, punidor. Até mesmo chamar Deus de onipotente pode atrapalhar. Acostumamo-nos mais com sua onipotência do que com o seu amor, com sua misericórdia…

Moisés já tinha uma imagem positiva de Deus, embora estejamos ainda no Antigo Testamento: “Deus misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel” (Ex 34,6). O Povo da Bíblia já tinha uma imagem de Deus-conosco, um Deus que caminha próximo. Não era um deus punitivo que se fixava nas culpas, sedento por condenar, por exigir contas. Deus Pai é este Deus amoroso, misericordioso… É este mesmo o Deus que experimentamos?

Deus não é só amor em si, mas amor para o mundo: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). Este versículo é a síntese do sentido do mistério da encarnação e redenção: Deus Filho veio para nos salvar, para nos trazer vida, para doar a sua vida. A revelação é sempre um sair de si, por isso, uma graça. A vida dos seguidores do Senhor crucificado-ressuscitado é uma busca constante de sair de si mesmo, de livrar-se do narcisismo egoísta. Deus não ficou fechado em sua onipotência, mas se fez fraqueza, fez-se humano, fez-se limite, despojou-se…

Deus Espírito Santo age agora na história. É o sopro divino que nos impulsiona, que nos dá vida, que enche nossa vida de sentido. O Espírito Santo é o amor de Deus derramado em nossos corações, é a experiência íntima do amor, do sentido, da vida, da paz… É preciso olhar para dentro de si mesmo e perceber a presença amorosa de Deus…

Nossa relação com cada uma das pessoas é também importante. O PAI nos lembra que Deus está acima de nós, dando a sua lei, manifestando a sua vontade. O FILHO nos lembra que Deus está ao nosso lado, caminha conosco, dá a sua vida, ensina quem é o ser humano… O ESPÍRITO nos lembra que Deus está dentro de nós, inspira-nos e nos conduz com o seu sopro.
Um Deus relacional nos conduz à relação, à uma cultura do encontro. Deus se relaciona em si, Deus sai de si e se relaciona conosco. E sua relação respeita a nossa liberdade, não invade, não arromba… Assim, não anunciamos a intolerância religiosa, a falta de respeito pelas diferenças. Entendemos as pessoas e as culturas em suas diferenças. Somos também convidados a viver a comunhão na diferença, como Deus é uma comunhão de três diferentes.
Pe. Roberto Nentwig

Arquidiocese de Curitiba - PR

sábado, 21 de maio de 2016

Se Deus fosse uma pessoa sozinha não podia ser feliz : SANTÍSSIMA TRINDADE

Pai Santo,
é bom acreditarmos que Deus não é uma pessoa sozinha e sem companhia para conviver. A nossa fé diz-nos que Deus é uma Família constituída por três pessoas.

Trindade Santa,
como fomos criados à vossa imagem e semelhança, também nós estamos talhados para o encontro e a comunhão com os outros.

É por esta razão que as pessoas só veem de modo direto o rosto dos outros, não o seu. Isto quer dizer que estamos talhados para o face-a-face da comunhão.
Deus moldou-nos para a comunhão familiar.

Glória a Vós por serdes o Deus do encontro e da Festa.
Se Deus fosse uma pessoa sozinha não podia ser a fonte da Comunhão e da Amizade.

Aliás, se Deus fosse uma pessoa sozinha não podia ser feliz, pois a plenitude da pessoa não está em si, mas na comunhão com outras pessoas.

A Santíssima Trindade tem um coração familiar no qual também nós temos um lugar, porque o Filho de Deus se tornou nosso irmão.

São Paulo diz que o Filho de Deus se tornou nosso irmão, a fim de ser o primogênito, isto é, o irmão maior de muitos irmãos (Rm 8, 29).

E com o seu jeito maternal de amar, o Espírito Santo é o sangue da Nova Aliança a alimentar a vida desta Família humano-divina.


Pe. Calmeiro Matias

segunda-feira, 25 de maio de 2015

ROTEIRO DE ENCONTRO – SANTÍSSIMA TRINDADE

Pois é gente, está chegando a Festa da SANTISSÍMA TRINDADE, e precisamos falar dela aos nossos catequizandos...

Não como "dogma" da Igreja Católica ou matéria do CIC - Catecismo da Igreja Católica (nossos pequenos ainda não estão maduros para entender a complexidade da doutrina da nossa Igreja), mas, como verdade intrínseca da nossa Fé. Pois cremos que Pai, Filho e Espírito Santo habitam uma só essência. É o Deus Trindade que, apesar de parecer ser fruto de consenso humano, é a conclusão óbvia da longa história da Salvação experimentada pelo Povo de Deus e pela Igreja primitiva, chegando até os nossos dias.

Vale lembrar às nossas crianças já batizadas que a participação na vida da fé em nossa Igreja tem início quando escutamos o nosso nome e em seguida a frase: "Eu te batizo em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo". Mesmo que a gente nem lembre, este dia foi decisivo! Pelo Batismo cada um de nós foi mergulhado na longa experiência de Salvação do Pai que nos deu seu Filho no Espírito Santo.

A fé no Deus único no foi dada por Abraão, já a fé de que este Deus é as três pessoas divinas (Pai, Filho e Espírito Santo) nos foi comunicada pela experiência dos primeiros cristãos em Jesus Cristo, Senhor Nosso. Deus assim quis se manifestar a nós! Em sua bondade, mostra ao ser humano que é comunidade de pessoas.

Desta experiência brota a profissão de fé cristã, que pode ser dividida em duas partes principais:
- Cremos em um só Deus;
- Que é o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Estas duas partes da fé no deus cristão não podem jamais estar separadas. Deus é um só. Mas, este UM é o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Parece difícil, um absurdo até: um em três. Mas não é matemática. É Fé. E quem começa a querer contar, começa a errar...

Por isso é bom não se ater a matemática humana com as crianças, nela um é um e três são três. É impossível três laranjas serem uma laranja e nem uma maçã ser ao mesmo tempo três maças...

Mas a TRINDADE não se trata de matemática. Trata-se de fé. Deus está muito acima de nossos pensamentos, de nossa matemática, de nossa razão e de nossa ciência. A Trindade não é uma verdade para ser entendida com a razão, mas para experimentarmos e sentirmos com o coração. Foi assim que ela foi descoberta pela nossa Igreja e é assim que acolhemos esta verdade em nosso coração. É "mistério".

E mistério aqui não significa coisa oculta e que não se pode compreender. Pelo contrário, ela deriva da palavra grega "myein", que significa "lábios fechados".

De fato, nosso Deus Trindade se revela a nós assim: compreendemos em nosso coração Quem Ele é, mas se tentarmos falar e explicar, não conseguimos. As palavras são insuficientes, é melhor fecharmos nossos lábios e apenas louvar. É como o amor que as mães sentem pelos filhos: não se explica, entende-se melhor quando se experimenta. Assim, a nossa Igreja denomina "mistérios" as realidades acerca da nossa fé, que embora a gente conheça e precise dizer algo sobre elas, nossas palavras não bastam para exprimir o que de fato significam, pois são inacessíveis às razões humanas, ao nosso ser "racional". Só as conhecemos porque Deus as quis revelar, portanto entende-se melhor pela experiência do que pela especulação intelectual.

Não procuremos então, entender, procuremos experimentar, sentir e louvar. Neste momento, nossos catequizandos precisam somente "sentir" em seus corações como nossa Fé é forte e verdadeira. E como se trata do "mistério dos mistérios", é importante ter os seguintes cuidados:

- HUMILDADE: é importante entender que nossa linguagem é humana e limitada. Jamais conseguiremos dizer com exatidão o que deus é. Deus está além de todo nosso pensar e não cabe em nossa inteligência;
- COMPARAÇÕES: contudo, é preciso falar de alguma forma sobre o Deus Uno e Trino, tendo em vista nosso esforço catequético. E esta fala só é possível por meio de comparações e analogias. A trindade jamais será compreendida pela nossa mente humana e limitada;
- CONVERSÃO: somente com a transformação da vida de acordo com o Evangelho é possível sentir e saber sobre a Trindade. Só quem ama pode entender como Três pessoas podem ser ao mesmo tempo um só SER.

E uma das comparações que podemos usar com as crianças é unir a chama de três velas que, separadas são três coisas distintas, juntas, formam uma só chama. As chamas se unem e dão origem ao fogo da Trindade Santa.

Também podemos trabalhar com comparações da natureza, como de uma árvore: suas raízes, que dão alimento e sustentação (Deus), invisível ao homem; seu tronco que aparece da terra (o Filho) para trazer a nós os frutos e folhas (Espírito Santo) que nos dá seus dons e energia para enfrentarmos qualquer coisa.

DINÂMICA SUGERIDA:

Ainda trabalhando uma árvore pode-se montá-la com três corações, grudando-as num molde onde só existe o tronco.  Para isso é necessário confeccionar vários corações, pintando-os de cores diferentes (três para cada catequizando escrito em um Pai, no outro Filho e no outro Espírito Santo), e um molde da árvore para cada um também (se forem muitos pode ser realizado em dupla).

As árvores podem ser grudadas nas paredes da sala em locais diferentes. Os corações com os nomes (da Trindade) podem ficar espalhados sobre uma mesa decorada com a cruz, vela, bíblia, água benta...

Depois da explanação sobre a Santíssima Trindade (como o texto acima), pode-se pedir a eles que façam memória das muitas vezes que usam o "nome do Pai" (persignação). . Somos batizados em nome da Santíssima Trindade. Por isso o sinal da cruz é uma profissão de fé. Fé na Santíssima Trindade, fé no mistério da Encarnação e da Redenção. Mostrar como devem ser feitos os gestos corretamente, devagar e pronunciando a profissão de fé “Em nome do Pai (na testa), do Filho ( no peito), do Espírito Santo ( primeiro do lado esquerdo e depois do direito)”. Este não é um mero ritual mas, o sentido Sagrado de que acreditamos na Trindade.

E a Trindade se entende com amor. E o amor é representado pela imagem de um coração. E na mesa temos vários corações. Peça aos catequizandos que venham, cada um de uma vez, pegar seus três corações. E com este "amor" em "três" pedaços, façam dele um SÓ! E que façam isso montando estes corações nas pequenas árvores espalhadas pela sala... Árvores formadas por várias partes mas que, juntas, formam um só ser...

Os corações devem ser postos conforme o esquema desenhado.

Depois que todos tiverem colado os corações nas árvores, peça a todos que escrevem no tronco o que ela significa: "Santíssima Trindade".

Encerre o encontro com um canto ou uma oração e, no final que todos façam o sinal da cruz, dizendo em voz alta: "Em nome do Pai, do Filho... " molhando a ponta dos dedos na água benta.


(Baseado no texto de Pe. Alexsander Cordeiro Lopes).

ANEXOS:
 
 




Ângela Rocha
Catequista