Estávamos
todos lá...
Eu e vinte e uma cabecinhas em volta da pia batismal na Igreja.
Quarenta e dois olhinhos e mãozinhas segurando verdadeiras preciosidades: as
roupinhas, sapatinhos, toquinhas, velas, lembrancinhas e mantas que usaram no
dia do batismo. Aqueles tesouros foram guardados por dez, onze anos por mães
zelosas. E agora estavam ali novamente na igreja num dia, por que não? Muito
especial também.
Círio
aceso, água benta na pia, óleo e sal. Tudo pronto para fazermos memória do dia
mais importante de nossa vida como cristãos: Nosso Batismo!
Naquele
dia já distante, pais e mães, que transmitiram a vida às crianças e as
receberam como dons de Deus, como verdadeiros presentes, foram perguntados: “Que nome escolheram para eles?”, e eles
responderam o nome de cada um. E hoje cada um, novamente, repetiu o seu nome: Ângela, Laura, Flávia, Larissa, Guilherme,
Gabriel, Letícia, Eliza, Evellyn, Maria da Graça, Luiz Henrique, Vítor,
Gabriel, Leonardo, Larissa, Lucas, Gustavo, João Felipe, Marluza, Francisco,
Gabriela e Mayara. E lembraram também que os pais pediram à Igreja o sacramento do batismo e prometeram
ajudá-las a crescer na fé, observar os mandamentos e viver em comunidade como
seguidores de Jesus. Padrinhos e madrinhas, prometeram ajudar os pais nesta
missão e prometeram ser uma comunidade de fé e amor para eles.
Lembramos
também da enorme responsabilidade que o Batismo nos deu: a propagação da nossa
fé. Como batizados temos o dever de levar a nossa fé a todas as criaturas e
jamais nos envergonhar ou renegar a nossa Igreja. Pelo batismo fomos chamados a
ser sacerdotes, profetas e reis (pastores)! Sacerdotes
porque “ligamos” as coisas do céu às coisas da terra; Profetas porque anunciamos o reino e denunciamos as injustiças; Reis que tem a responsabilidade de zelar
pelos outros como os pastores com suas ovelhas,
E
com o sinal da cruz foram marcadas. Escutaram a palavra e relembraram a
instituição do Batismo feito por Cristo: “Em
verdade Eu vos digo se alguém não nasce da água e do Espírito não pode entrar
no Reino de Deus”. Naquele tempo lá longe, seu peito foi ungido com óleo e
guardado pela força de cristo, como uma couraça. Com a água abençoada, os pais
fizeram a promessa de renunciar ao mal e permanecer e crer na Igreja de Cristo.
Derramada a água sobre nossas cabeças fomos batizados então, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Lembramos
também que as roupas do batismo simbolizam que somos revestidos de Cristo,
novas criaturas, livres da escravidão do pecado e filhos de Deus. Iluminados
pela luz do círio, como batizados, podemos ser a luz do mundo. E assim, com nossos padrinhos segurando a vela
recebemos a luz de Cristo. A nós também foi entregue o sal, para que fossemos o
sal da terra, a fertilidade do
mundo. O sacerdote no Èfeta tocou
nossa boca e nossos ouvidos e disse: “Ó
Senhor Jesus, que fez os surdos ouvirem e os mudos falarem, lhes conceda que
possa logo ouvir sua Palavra e professar a fé para louvor e glória de Deus Pai.
Amém!”.
Oramos
então pelos pais, pelas crianças, pelos padrinhos e por toda nossa comunidade.
E nos despedimos com a Oração do Pai Nosso, uma das riquezas nos deixada por
Cristo.
Nem
posso dizer como foi importante o encontro de hoje. Ao relembramos o nosso
Batismo, segurando em nossas mãos, símbolos daquele que foi o dia em que fomos
“apresentados” a Deus, sentimos novamente toda a emoção que nossos pais
tiveram.
No
final quando perguntei: “E quando vocês
tiverem filhos? Vão querer também fazer essa cerimônia?” Recebi um “Sim!” bem alto e convicto.
Ângela
Rocha
Catequista
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