ANO C
Lc 9, 28b-35
O Evangelho apresenta-nos Jesus, o Filho amado do Pai, cujo êxodo (a morte na cruz) concretiza a nossa libertação. O projeto libertador de Deus em Jesus não se realiza através de esquemas de poder e de triunfo, mas através da entrega da vida e do amor que se dá até à morte.
É esse o caminho que nos conduz, a nós também, à transfiguração em Homens Novos!
O episódio está cheio de referências ao Antigo Testamento. O “monte” situa-nos num contexto de revelação (é “no monte” que Deus Se revela e que faz aliança com o seu Povo); a “mudança” do rosto e as vestes de brancura resplandecente recordam o resplendor de Moisés, ao descer do Sinai (cf. Ex 34,29); a nuvem indica a presença de Deus conduzindo o seu Povo através do deserto (cf. Ex 40,35; Nm 9,18.22;10,34).
A mensagem fundamental é, portanto, esta: Jesus é o Filho amado de Deus, através de quem o Pai oferece aos homens uma proposta de aliança e de libertação.
E o “sono” dos discípulos e as “tendas”? O “sono” é simbólico: os discípulos “dormem” porque não querem entender que a “glória” do Messias tenha de passar pela experiência da cruz e da entrega da vida; a construção das “tendas, parece significar que os discípulos queriam deter-se nesse momento de revelação gloriosa, de festa, ignorando o destino de sofrimento de Jesus.
Lc 9, 28b-35
O Evangelho apresenta-nos Jesus, o Filho amado do Pai, cujo êxodo (a morte na cruz) concretiza a nossa libertação. O projeto libertador de Deus em Jesus não se realiza através de esquemas de poder e de triunfo, mas através da entrega da vida e do amor que se dá até à morte.
É esse o caminho que nos conduz, a nós também, à transfiguração em Homens Novos!
O relato da transfiguração de
Jesus, é uma catequese sobre Jesus, o
Filho amado de Deus, que através da cruz concretiza um projeto de vida.
O episódio está cheio de referências ao Antigo Testamento. O “monte” situa-nos num contexto de revelação (é “no monte” que Deus Se revela e que faz aliança com o seu Povo); a “mudança” do rosto e as vestes de brancura resplandecente recordam o resplendor de Moisés, ao descer do Sinai (cf. Ex 34,29); a nuvem indica a presença de Deus conduzindo o seu Povo através do deserto (cf. Ex 40,35; Nm 9,18.22;10,34).
Moisés e Elias representam a
Lei e os Profetas (que anunciam Jesus e que permitem entender Jesus); além
disso, são personagens que, de acordo com a catequese judaica, deviam aparecer
no “dia do Senhor”, quando se manifestasse a salvação definitiva (cf. Dt
18,15-18; Mal 3,22-23). Eles falam com
Jesus sobre a sua “morte” que ia dar-se em Jerusalém. A palavra usada por Lucas
situa-nos no contexto do “êxodo”: a morte próxima de Jesus é, pois, vista por
Lucas como uma morte libertadora, que trará o Povo de Deus da terra da
escravidão para a terra da liberdade.
A mensagem fundamental é, portanto, esta: Jesus é o Filho amado de Deus, através de quem o Pai oferece aos homens uma proposta de aliança e de libertação.
O Antigo Testamento (Lei e
Profetas) e as figuras de Moisés e Elias apontam para Jesus e anunciam a
salvação definitiva que, n’Ele, irá acontecer. Essa libertação definitiva
dar-se-á na cruz, quando Jesus cumprir integralmente o seu destino de entrega,
de dom, de amor total. É esse o “novo êxodo”, o dia da libertação definitiva do
Povo de Deus.
E o “sono” dos discípulos e as “tendas”? O “sono” é simbólico: os discípulos “dormem” porque não querem entender que a “glória” do Messias tenha de passar pela experiência da cruz e da entrega da vida; a construção das “tendas, parece significar que os discípulos queriam deter-se nesse momento de revelação gloriosa, de festa, ignorando o destino de sofrimento de Jesus.
O fato fundamental deste episódio reside na
revelação de Jesus como o Filho amado de Deus, que vai concretizar o plano
salvador e libertador do Pai em favor dos homens através do dom da vida, da
entrega total de Si próprio por amor. É dessa forma que se realiza a nossa passagem
da escravidão do egoísmo para a liberdade do amor. A “transfiguração” anuncia a vida nova que daí nasce, a ressurreição.
Os
três discípulos que partilham a experiência da transfiguração recusam-se a
aceitar que o triunfo do projeto libertador do Pai passe pelo sofrimento e pela
cruz. Eles só concebem um Deus que Se manifesta no poder, nas honras, nos
triunfos; e não entendem um Deus que Se manifesta no serviço, no amor que se
dá.
Qual é o caminho da Igreja de
Jesus (e de cada um de nós, em particular): um caminho de busca de honras, de
busca de influências, de promiscuidade com o poder, ou um caminho de serviço
aos mais pobres, de luta pela justiça e pela verdade, de amor que se faz dom? É
no amor e no dom da vida que buscamos a vida nova aqui anunciada?
Os
discípulos, testemunhas da transfiguração, parecem também não ter muita vontade
de “descer à terra” e enfrentar o mundo e os problemas dos homens. Representam
todos aqueles que vivem de olhos postos no céu, mas alheados da realidade
concreta do mundo, sem vontade de intervir para o renovar e transformar. No
entanto, a experiência de Jesus obriga a continuar a obra que Ele começou e a
“regressar ao mundo” para fazer da vida um dom e uma entrega aos homens nossos
irmãos. A religião não é um “ópio” que nos adormece, mas um compromisso com
Deus que Se faz compromisso de amor com o mundo e com os homens.
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